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ADVERTENCIA
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Factos repetidos, confirmados, presenceados pelo
mundo inteiro, não podem ser destruidos por um
faquin qualquer, que as sargetas de Portugal des-
pejaram para este cantinho do mundo.
Os primeiro oito artigos representam a torrente
de opinião unanime contra as apreciações banaes do
pyrilampo, que corisca no espaço escuro das
multidões charras.
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SOLEMNIA VERBA
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Á GAZETA CIVILlSADORA D'AFRICA
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O preto boçal - diz o artigo - não se parece com o
branco bocal senão na forma. E mais abaixo: « E'
fundamentalmente necessário partir do prin-
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A Emancipacão dos Libertos, opuscu1o do
marquez de Sá da Bandeira.
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Como conclusão, devemos dizer-te, que és um
cobarde, homem da Gazeta!
Sim, cobarde! porque um artigo escripto com a
convicção da impunidade, não revela senão uma
grande cobardia.
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REPLICA
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.....................................................
Que importa o que diz um asno ?
Enfadar-se é parvoice.
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Vae.................................................
Pastar longas campinas livremente
......................................................................................
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Só a falta de luzes ou a pobreza completa de
espírito, podia justificar o insulto do articulista;
porque, se a ignorancia de alguns indigenas é o
sufficiente para o articulista implorar aos governos os
castigos corporaes, é dever meu ponderar ao mesmo
articulista, na qualidade de orthodoxo, que a
orthodoxia manda e pede exactamente o contrario; isto
é, que aquelle que commetteu um crime com
conhecimento de causa seja o mais severamente
punido, tal é o branco, e aquelle que o commetteu na
ignorancia ou devido á sua boçalidade, seja perdoado;
isto é uma das maximas do Evangelho.
Ao artigo Na brecha, publicado no no. 5 da Gazeta
de Loanda, não respondo, porque farto de palliativos já
eu estou.
O articulista não faz mais do que mostrar a sua
incoherencia, porque, tendo insultado, receiou as suas
consequencias.
Pela minha parte podia elle estar descançado,
porque nunca tive por uso tive por costume fazer mal
a animaes, nem tão pouco bater cm biliosos pestiferos.
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EX DIGITO GIGAS
Á GAZETA DE LOANDA
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AGORA NÓS
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UM PROTESTO
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PRECONCEITOS
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Entremos no assumpto.
O que significa esse odio? - Qual a sua razão de
ser? - As causas que o determinam?
Por mais que submettamos a tratos a imaginacão,
não nos occorre uma razão plausivel, que justifique
esse estranho sentimento do oppressor contra o
opprimido ...
Que elle proviesse do indigena, era a seu modo
racional, partindo do principio evidente de que todo o
jugo, por mais brando que seja, é, por natureza,
intoleravel.
Mas não: a passividade com que, em geral, o
indigena encara a sua situação pouquissimo lisongeira
é um facto incontestavel.
Apertado num circulo de ferro, exposto
eternamente ás mil contingencias do verdadeiro
escravo, que é e tem sempre sido, assoma-lhe
simplesmente, quando muito, aos labios um d'esses
sorrisos mysteriosos e inexplicáveis, mixto talvez
extraordinario de resignação e de desdem ...
Nestas circumstancias, subsiste de pé a pergunta:
qual a razão de ser d'esse odio virulento dos
conquistadores contra o indigena?
Decididamente: - a não ser que vejam nisso
alguma vantagem particular, ainda assim a
imprudencia não justifica a publicação d'esse
preconceito disparatado.
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QUIS ERITIS?
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CONFRONTOS
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É O CUMULO DAS INFAMIAS
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TRANSCRIPÇÕES
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pagamento ao alcance d'elles da satisfação das
necessidades creadas, é que o exercito de jonaleiros-
que hoje se emprega na construcção da linha, ser a,
quanda conclui da esta, o exercita de agricultores da
nossa inculta Africa. Será esse exercito, que dessecará
os pantanos, que canalisara as aguas para onde: hoje
reina a estiagem perpetua, será elle que trará, á luz do
dia as riquezas mineraes hoje ignoradas, será elle que
mande á Europa as formosas madeiras d'aquella região,
será finalmente esse exercito organisado por vós que
saneará e tornará Angola habitavel sem risco para os
filhos da Europa».
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o SERVIÇO FORÇADO
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q.
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«Porque?
«O preto não trabalha?
«O preto trabalha; mas o que quer é que se lhe pague
o preço em que reputa o valor do seu trabalho, e não
que outrem lhe arbitre e lhe imponha esse preço.
«O preto o que quer é que se lhe dê integralmente o
que se lhe deve, e antes se tem convencionado; e não o
ser enganado, dando-se-lhe em fazendas por 100 o que
só vale 50, se tanto.
«O preto o que quer é que o tratem como gente, e
que, quando lhe não convem qualquer contracto ou
ajuste se lhe adrnitta o não me serve, sem que esta sua
alias muitas vezes justissima deliberação seja acolhida
com descomposturas, e, quando Deus quer, com não
poucas pancadas.
«Estas, e, porventura, outras exigencias que tem
todo o ente racional é o que muitos, só se escudando,
sem duvida, no direito da força, pretendem recusar ao
preto.
«Que o preto se presta ao trabalho sendo
convenientemente remunerado, prova o o que se tem
passado no Bembe, onde por vezes em consequencia
da sua a affluencia tem sido preciso despedir alguns: o
que se passa em todo o sertão de Benguella, onde as
mercadorias são transportadas para a cidade d'aquella
denominação sem que seja mister intervir a autoridade,
abuso que se fizera cessar em 1796; prova-o esse
cardume infindo de pretos que dos sertões não
avassallados conduzem seus generos de negocio aos
portos do littoral; prova o, finalmente, entre outros, o
officio que o digno chefe de Cambambe, o capitão
Rebocho, ha pouco dirigiu ao governo geral, e que se
acha publicado no Boletim Official no. 49 de 8 de
dezembro ultimo, quando diz, fallando dos trabalhos
da desobstrucção do rio Quanza:
«A gente que neste importante serviço tem sido
empregada, tem-se conservado muito satisfeita
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Odio de raça
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Um protesto
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bb.
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cc.
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dd.
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GARIPAR CAISSAR.
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NECROLOGIA
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gg.
ff.
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Carta de Loanda
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kk.
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CONCLUSÃO
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A.T.N.
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