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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


RELAÇÕES INTERNACIONAIS

ANALISANDO A CRISE DO SUBPRIME

Ana Carolina Ferreira Lahr


Victor Thiago Thomaz Ferreira

Petrópolis
2016
ANA CAROLINA FERREIRA LAHR
VICTOR THIAGO THOMAZ FERREIRA

ANALISANDO A CRISE DO SUBPRIME

Trabalho apresentado como avaliação


parcial da disciplina Relações
Internacionais Contemporâneas I no
curso de bacharelado em Relações
Internacionais da Universidade Católica
de Petrópolis.
Professor Tiago Sales.

Petrópolis
2016
CRISE DO SUBPRIME

Em 2007 uma crise se instaurava nos mercados financeiros ao redor do mundo,


essa crise denominada de crise do subprime interferiu nos principais bancos e fundos de
investimentos mundiais.
O mercado imobiliário americano vinha em pleno desenvolvimento antes da
crise, o aumento do crédito imobiliário foi, em grande parte responsável por essa
ascensão. Esse grande aumento no mercado imobiliário gerou uma ampliação em
mercados paralelos a este, como o mercado de hipotecas, que com o aumento de crédito
incluiu os créditos subprime, onde as pessoas provavelmente não teriam como pagar suas
dívidas.

Diversos contratos de hipotecas eram deslocados para um único fundo de


investimentos, que emitia cotas de classes diferentes. Baseada no risco, havia uma taxa
de retorno, que era maior quanto maior consistia o risco adquirido. Era denominado
patrimônio líquido ou ainda “lixo toxico” as hipotecas que tomaria as iniciais perdas na
hipótese de atrasos ou inadimplência de pagamentos, isto se dava pela dificuldade de ser
descartada, porem para estas, a taxa de remuneração era mais alta, neutralizando o risco
para os demais investidores. Outro fator que aumentava o risco desses créditos é o longo
período ao qual se paga por eles, normalmente 30 anos, com taxas fixas nos 3 primeiros
e ajustadas conforme o mercado nos 27 restantes.

A troca de hipoteca era feita pelas famílias que enfrentavam dificuldades para
pagar, ou seja, adquiriam um novo financiamento a cada 3 anos, quando as taxas
aumentavam. Isso, juntamente com o aumento dos preços era favorável tanto para os
tomadores dos empréstimos quanto para as instituições. A tomada de riscos maior dos
mutuários das hipotecas, provocou a elevação dos preços imobiliários, já que estes
renegociavam seus financiamentos em melhores bases, como uma diminuição dos termos
de concessão de crédito verificação inadequada da qualidade dos créditos originados,
elevação da relação risco/garantia e taxas de juros iniciais “atraentes” em hipotecas de
juros flutuantes

Com a desaceleração do mercado imobiliário a crise subprime era uma questão


de tempo, já que o número de imóveis construídos diminuiu gerando uma redução no
preço dos imóveis usados, impossibilitando os métodos de troca de hipoteca. Isso,
juntamente com o aumento da taxa de juros tornou o processo inviável, aumentando o
número de devedores.
Para empréstimos residenciais, o governo federal americano costumava dar
garantias, porém não foram dadas aos financiamentos subprime e isto é justificado pelo
alto risco de crédito. A venda de títulos por agentes privados foi a principal financiadora
do mercado de hipotecas e a securitização dos créditos subprime, diante disso era
determinante a função dos grandes bancos e corretoras americanas.

Nos Estados Unidos o financiamento de imóveis é feito por um método onde as


pessoas que não conseguem paga-lo apenas precisam o entregar para o banco, porém,
quando há um quadro de queda nos preços dos imóveis faz com que o imóvel se torne
menos valioso do que a dívida, aumentando a probabilidade do imóvel ser entregue. Isso
tira a segurança que os bancos tem ao oferecer crédito e aumenta o custo, para o banco,
de venda dos mesmos para terceiros. Um fundo composto somente de hipotecas
residenciais podia, ser composto por direitos sobre milhares de contratos, incorporados
de distintas configurações, e por meio dos mais diferentes instrumentos. Desta forma,
almejava produzir a máxima dissolução do risco de cada hipoteca individual, atingindo
maiores classificações de risco, se confrontado as originadores.

A diminuição na receita esperada assustou investidores que começaram a retirar


suas aplicações em fundos imobiliários, fazendo com que problemas na liquidez a curto
prazo fossem detectados. Inicialmente não se acreditava que a crise pudesse gerar grandes
prejuízos, porém, logo grandes instituições financeiras perceberam que estavam expostas
ao risco, tendo em vista que esses créditos foram repassados, já que inúmeros papeis
lastreados nas hipotecas subprime foram caracterizados de baixo risco, devido à
combinação de títulos, de diferentes riscos, pelas agências internacionais. Em decorrência
os investidores contraíam das instituições financeiras, a disseminação do risco de credito.
Faltava o de pior risco, o toxic waste, para tal foi fundado empresas de investimentos
estruturados, com a finalidade de emitir títulos de curto prazo lastreados nas hipotecas, a
única adversidade estava na maturidade curta, de três ou seis meses. Os principais bancos
se fecharam em relação aos demais para realização de empréstimos de curto prazo,
gerando um aumento na taxa de juros.

Com os bancos se tornando mais cuidadosos em ceder crédito o mesmo cenário


se instaurou nas instituições que financiavam os bancos. No início da crise os bancos já
haviam transferido alguns créditos securitizados e com a crise se viram obrigados a
assumir parte desses créditos e mantê-los em carteira, já que não haviam mais
investimentos. As instituições financeiras tiveram que assumir compromissos assumidos
antes da crise, o que levou às intervenções dos Bancos Centrais, para evitar que grandes
instituições que, embora privadas sofriam com a crise, decretassem falência, os Bancos
Centrais interviram injetando liquidez.

A redução dos custos de captação das instituições financeiras através da venda


de créditos de baixa qualidade no mercado de capitais, foram possíveis devido a utilização
de produtos financeiros estruturados. As instituições financeiras emitiam novos títulos de
dívida, logo para se desfazer destes créditos securitizados se repassava a terceiros no
mercado de capitais, e dentre estes títulos repassados proveniente de outros títulos,
estavam os das hipotecas subprime, tendo em vista que eram repassados a diversas
instituições o risco já não era somente do banco que os emprestou. Os ativos
desvalorizados podiam ser encontrados também no mercado de crédito e bolsas de
valores, aumentando o custo de captação das instituições gerando uma queda nos seus
valores de mercado.

O Sistema de Reservas Federais aumentou a liquidez dos ativos dos bancos por
meios de intervenções não convencionais, porém essas operações eram realizadas pelo
prazo de 28 dias, o que não atraia os investidores.

Após a percepção que o mercado não respondia bem às intervenções o governo


optou por administrar algumas instituições que passavam por dificuldades financeiras.
Porém quando o Lehman Brothers não obteve suporte financeiro gerou um impacto de
grande proporção na crise, ou seja, aumentaram as preocupações relacionadas ao sistema
bancário americano, tornando o episódio crucial para o desdobramento da crise.

Com uma mudança em seus atos, o governo americano decidiu intervir nas
instituições que precisaram de ajuda, criando um montante que após aprovado liberou
700 bilhões de dólares para que o ativos ilíquidos fossem retirados do mercado. Sem
efeitos aparentes, a medida não conseguiu evitar que os mercados voltassem a se agitar.
As instituições continuavam a criar medidas para salvar os mercados e manter seu
equilíbrio.

A partir de 2008 o Sistema Federal de Reservas americano criou dois novos


programas para ajudar na liquidez, que empresta ativos pelo prazo de 28 dias e cria uma
linha de credito que tem uma grande gama de ativos com aceitação. Ambas as medidas
foram ineficazes, fazendo com que o Sistema Federal de Reservas se visse obrigado a
fazer operações para salvar grandes instituições americanas.
Com a crise pode se concluir que haverá maior intervenção do Estado na
economia, principalmente quanto ao funcionamento dos mercados e instituições
financeiras. E ainda na habilidade de auto regulação do mercado. Seria necessário uma
consolidação dos preços para que a situação mudasse, isso daria segurança aos bancos.
Efetivamente, os instrumentos de regulação e supervisão disponíveis terão de ser
inteiramente modificados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BORÇA JUNIOR, Gilberto Rodrigues; TORRES FILHO, Ernani Teixeira. Analisando a


Crise do Subprime. Rio de Janeiro: Revista do BNDES, 2008. pp. 130-157.

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