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Manuel Raimundo Querino foi um abolicionista ferrenho, lutou contra

as perseguições existentes aos praticantes das religiões afro-brasileiras que eram


rotuladas de religiões bárbaras e pagãs.
Procópio de Ogum teve o seu reconhecimento por ter participado da legitimação da
religião do candomblé, durante a perseguição às religiões afro-brasileiras promovida pelas
autoridades do Estado Novo. Nesse período, o Ilê Ogunjá foi invadido pela polícia baiana,
sob a supervisão do famoso delegado Pedrito Gordo. Procópio foi preso e espancado. O
jornalista Antônio Monteiro foi uma das pessoas que ajudou na libertação de Procópio. Tal
acontecimento - caso Pedrito - registrou o nome de Procópio na história popular baiana,
chegando mesmo a fazer parte de uma letra de samba-de-roda:

"Não gosto de candomblé que é festa de feiticeiro quando a cabeça me dói


“ serei um dos primeiros Procópio tava na sala esperando santo chegá quando
chegou seu Pedrito Procópio passa pra cá Galinha tem força n’aza o galo no
esporão Procópio no candomblé Pedrito é no facão." "Acabe com este santo
Pedrito vem aí lá vem cantando ca ô cabieci" ”
O Jornal da Bahia, de 3 de maio de 1855, faz alusão a uma reunião na casa Ilê
“ Iyá nassô: "Foram presos e colocados à disposição da polícia Cristóvão
Francisco Tavares, africano emancipado, Maria Salomé, Joana Francisca,
Leopoldina Maria da Conceição, Escolástica Maria da
Conceição, crioulos livres; os escravos Rodolfo Araújo Sá Barreto, mulato;
Melônio, crioulo, e as africanas Maria Tereza, Benedita, Silvana... que estavam
no local chamado Engenho Velho, numa reunião que chamavam de
"candomblé"". ”

Brasília - Ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial para Políticas de Promoção da Igualdade
Racial, com a Baiana Mãe de Santo Raida, na Conferência Regional das Américas

Abdias do Nascimento conta, em uma entrevista concedida ao Portal Afro:

Os cultos afro-brasileiros eram uma questão de polícia. Dava cadeia. Até hoje,
“ nos museus da polícia do Rio de Janeiro ou da Bahia, podemos encontrar ”
artefatos cultuais retidos. São peças que provavam a suposta delinquência ou
anormalidade mental da comunidade negra. Na Bahia, o Instituto Nina
Rodrigues mostra exatamente isso: que o negro era um camarada doente da
cabeça por ter sua própria crença, seus próprios valores, sua liturgia e seu
culto. Eles não podiam aceitar isso.

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Homossexualidade[editar | editar código-fonte]


A homossexualidade está presente na maioria das religiões, porém oculta,
indiscutivelmente abafada por princípios e muitas vezes negada pelos ex-homossexuais.
No candomblé, a homossexualidade é amplamente aceita e discutida nos dias atuais, mas
já teve um período que homens heterossexuais e homossexuais não podiam ser iniciados
como rodantes (termo usado para pessoas que entram em transe), não era permitido em
festas que um homem dançasse na roda de candomblé mesmo que estivesse em transe.
O mais famoso e revolucionário homossexual do candomblé foi sem dúvida Joãozinho da
Goméia, que afrontou as matriarcas e ocupou seu espaço tornando-se conhecido
internacionalmente. Tiveram muitos outros, mas nenhum conseguiu suplantá-lo em
ousadia e popularidade.

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