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Universidade de Uberaba
Reitor:
Marcelo Palmério
Assessoria Técnica:
Ymiracy N. Sousa Polak
Editoração:
Supervisão de Editoração
Equipe de Diagramação e Arte
Capa:
Toninho Cartoon
Edição:
Universidade de Uberaba
Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário
O episódio desagradável foi uma palestra proferida por uma pessoa sem
a devida competência na área de gestão, mas muito presunçosa, com
ares de autoridade no assunto. Neige conta como amargou a palestra
até o fim, sem ter como sair do lugar onde sentara. Isto fez com que
se lembrasse de um colega de trabalho, esse sim, exemplo de como
se deve portar um educador corporativo e a quem cabe o epíteto de
“mestre”. Qual seria o segredo de tanta eficiência? É Calil quem, em
poucas palavras, resume a receita: “Estudo e experiência – eis o antídoto
para os espetáculos caros e vazios a que se via obrigado a assistir e que
concedem a anônimos como Rodrigo o dom da análise e o poder da
síntese.” Rodrigo era o nome desse mestre reverenciado no artigo. Mas,
como se aprende mais com exemplos do que com palavras, vamos deixar
que você acompanhe a descrição feita pelo próprio Calil do perfil dessa
pessoa que, segundo ele, continua anônimo até hoje e é apaixonado por
educação nas organizações. Você só tem a ganhar para a sua formação
profissional, se prestar atenção aos mínimos detalhes da narrativa.
VIII UNIUBE
Foi para a lida logo cedo, encostou a barriga em muito balcão pra fazer
suas vendas. Amante dos livros, aprendia na poeira das ruas e no banco da
faculdade, num esforço que lhe rendeu um mestrado pouco depois dos 30
anos. Tornou-se excelente professor e eterno aprendiz. Fala dos autores
com intimidade e da prática na capacitação de pessoas com entusiasmo.
Fui transferido para a matriz e trabalhei lado a lado com esse mito. Andar
com ele pelas dependências da empresa era uma tortura – parecia
galho de árvore solto na enchente, pois se enroscava em todos os
setores. Chamava os colegas pelo nome, brincava, ouvia, dava palpites,
colocava-se à disposição. Era nítido como as pessoas se sentiam
bem em sua presença e buscavam por ele. Nunca escutei uma alma
se queixar dele. Pelo contrário, eram uníssonas as demonstrações
de admiração e carinho pelo conhecimento dessa criatura.
Educadores não são produzidos em massa, eles nascem assim,
como Rodrigo. São pessoas que souberam aprender com a vida e
com as letras e carregam com naturalidade o desejo de repartir com
os outros. Infelizmente, tenho encontrado colegas que mais parecem
administradores de contratos de consultorias que verdadeiros arquitetos
de um programa educacional perene e em consonância com as
estratégias da empresa.
X UNIUBE
Rodrigo sabia fazer isso com maestria. Tinha autoridade para falar com a
área comercial, seus principais clientes internos, pois tirou muitos pedidos
e conhecia o negócio. Demonstrava sustentabilidade teórica, adquirida
com muita leitura e trocas acadêmicas. Conquistara credibilidade, pois
expressava convicção e endossava seu discurso com atitudes. Era
querido, pois dominava como poucos a arte de se relacionar.”
Nesse livro, você verá que o seu enfoque é exatamente essa possibilidade
de transformar grupos em equipes; transformação essa que passa
necessariamente pela educação corporativa.
Capítulo Dinâmicas de grupo
1
Introdução
Os grupos são fundamentais para o planejamento da organização
no alcance de resultados, sendo que grupos que se configuram em
equipes apresentam uma vantagem para a empresa e estão aptos
a terem melhores resultados que os demais. O desempenho melhor
avaliado de grupos decorre dos seus elementos integrados que
possuem origens diversas, mas, para compreendermos o motivo
de sua formação, o capítulo irá abordar conceitos como a estrutura
do grupo, como ele se constitui e articula, os principais teóricos
que contribuíram para o desenvolvimento desses conceitos e o
entendimento da necessidade humana em se afiliar. O aprendizado
proporcionado permitirá avaliar as origens da formação para analisar
os seus conceitos primários e proporcionar um desenvolvimento de
dinâmicas que melhor se adaptem às características do objeto em
estudo, destacando que essa compreensão é de suma importância
para os resultados da empresa, principalmente com a valorização
do capital intelectual para formação de valor.
Objetivos
Ao final do estudo desse capítulo, esperamos que você seja capaz de:
• compreender a importância do relacionamento pessoal;
2 UNIUBE
Esquema
1.1 Contextualização da dinâmica de grupo
1.2 Homem: um ser relacional
1.3 Como os grupos se estruturam, constituem-se e se articulam
1.4 Grupos humanos e operatividade
1.5 Relações vinculares e Modalidade de aprendizagem
1.6 Teorias
1.7 Abrangência da dinâmica de grupo
1.8 Avaliação do processo grupal
1.9 Conclusão
Grupos de encontro
São constituídos pela expressão criadora, por vários meios de arte, sendo
o objetivo a espontaneidade individual e a liberdade de expressão. Têm,
também, o poder curador, para melhorar ou redirecionar comportamentos.
Podem ser de cunho terapêutico ou desenvolvimento de atividade de trabalho
(empresa, escola projetos etc.)
Quadro 4: Conceitos
VERTICALIDADE
1.6 Teorias
Átomo Social: é o perfil construído para cada indivíduo que, para sua
compreensão, é necessário considerar as características reveladas dentro do
contexto social.
Fonte: Minicucci (2007, p. 36).
UNIUBE 21
Figura 7: Psicodrama.
Fonte: Minicucci (2007, p. 36).
Rivière (1988) irá definir o vínculo como a estrutura complexa que detém
o sujeito e o objeto e a sua mútua inter-relação com os processos de
comunicação e aprendizagem. A Teoria do Vínculo se diferencia das
demais, pois descreve as possíveis relações de um sujeito considerando
a volta do objeto sobre o sujeito, sendo uma relação espiral, em que
sujeito e objeto se realimentam de forma mútua.
Os papéis normalmente são fixos, a não ser que uma liderança conduza
para a sua mudança. Essa situação tende a ocorrer mesmo em
situações comuns devido ao que Rivière denomina de emergente grupal.
“Emergente grupal é o que, em determinadas e diferenciadas situações,
é repleto de significados e sentidos para quem escuta e observa”. (apud
BEAUCLAIR, 2009, p. 74).
UNIUBE 25
Interjogo
1.6.5 Festinger
EXEMPLIFICANDO!
Vamos supor que você quer comprar um carro e então você passa a ler
tudo sobre os carros e a ouvir opiniões. Você não sabe qual escolher (isto
se chama dissonância), mas, por injunções econômicas, acaba adquirindo
um Fusquinha.
A partir de então você passa a ler e a ouvir tudo sobre o Fusquinha, para
convencer-se de que fez uma boa compra (redução da dissonância).
(MINICUCCI, 2007, p. 53).
O grupo possui uma relação direta com o seu meio e será influenciado
diretamente pelo mesmo. Minicucci (2007, p. 22) comenta dois exemplos
dessa relação. “Uma favela que se instala nas proximidades de um bairro
classe A, que é hostil ao grupo social “favela”, a situação de ambos –
bairro e favela – vai influir na conduta de uma e de outra partes”. “Numa
empresa, esse conflito poderá verificar-se entre o setor de recursos
humanos e o setor de serviços de produção; a atuação dos dois setores
irá interferir no comportamento dos elementos que participam de ambos
os grupos”. (Ibd, 2007, p.22)
1 – Grupamentos efetivos
a – à base de atração sexual – ou de paixões resultantes desta atração;
b – à base de sentimentos (estáveis e instáveis);
c – à base de emoções.
2 – Grupamentos de trabalho
a – limitados a tarefas precisas, escolares ou profissionais;
b – duráveis e ampliados a interesses culturais.
3 – Grupamentos de jogos
a – espontâneos ou pouco socializadores;
b – profundamente socializados;
c – associais ou antissociais.
4 – Grupamentos de classe
a – centralizados no dinheiro ou no desejo de poder;
b – orientados para fins mais limitados: fazer parte de um clube, de um
círculo com certa notoriedade, mostra-se com pessoas influentes.
1.9 Conclusão
Resumo
Atividades
Atividade 1
Atividade 2
Atividade 3
Atividade 4
Atividade 5
Referências
MILITÃO, Albigenor & Rose. Jogos, Dinâmicas & Vivências Grupais. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 2000.
ZIMERMAN, David e OSÓRIO, Luis Carlos. Como trabalhamos com grupos. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1997.
Capítulo A dinâmica na organização
2
Introdução
As dinâmicas de grupo representam uma forma de aprendizagem
para o indivíduo envolvido, sendo que a exposição à experiência
é benéfica tanto para a pessoa quanto para a organização. A
vivência de situações planejadas serão as responsáveis pela
modificação dos comportamentos, atitudes e valores das pessoas,
quando necessário, de forma a agregar valor para o processo,
lembrando que essas mudanças de atitudes também são
influências pela ação do grupo. Apresentam-se, neste capítulo,
conceitos relacionados à vivência e à aplicação prática da
dinâmica e de jogos, que são classificados como forma lúdica de
aprendizado. Toda essa metodologia deve ser conduzida por um
facilitador capacitado e conhecedor das especificidades da técnica,
pois se lida com pessoas e deve-se ter uma cautela extrema para
que as mesmas se sintam à vontade ao participar da dinâmica
para não comprometer os resultados da avaliação.
Objetivos
Ao final do estudo desse capítulo, esperamos que você seja capaz de:
Esquema
2.1 Dinâmicas de grupo na formação de líderes
2.2 Dinâmicas, técnicas e jogos
2.3 Facilitadores de grupos
2.4 Dinâmicas do ponto de vista do avaliado
2.5 Conclusão
EXEMPLIFICANDO!
casa. Foi logo perguntando... perguntando – afinal, seis anos é aquela fase
das intermináveis perguntas.
O pai, ao mesmo tempo em que precisava continuar fazendo o seu trabalho,
não poderia se furtar em aproveitar, também, aquele momento com a sua
“pirralha”. Mas, estrategicamente, pensou numa maneira de “livrar-se” dela
por algum tempo. Pincelou o olhar pela estante e retirou um livro – era um
atlas geográfico -, abriu-o bem na página central e deu de cara com um
“mapa-mundi”.
Destacou-o, pegou uma tesoura, picotou-o em vários pedaços, embaralhou-
-o e disse satisfeito: “Filhinha, o papai tem um desafio para você... Você
vai ganhar esta caixa de chocolates (mostrou uma caixa que havia em
sua pasta), assim que voltar com esse quebra-cabeça (o dito mapa) todo
consertado, tá certo?”
Ela aceitou o desafio do pai, saiu rapidamente e ele respirou, aliviado, pois
iria ficar um bom tempo sem ela perguntando. Pouco mais de trinta minutos,
após, irrompe a elétrica criaturinha na sala onde estava o pai, ainda às
voltas com seus relatórios: “Papai! Papai! Terminei... agora eu quero a minha
caixa de chocolates, inteirinha!” Ao que ele retrucou surpreso (contendo a
sua decepção, pois ele imaginava que ela demoraria bem mais tempo):
“Muito bem, minha filha!” E como foi que você conseguiu tão rápido? Ela
mostrou uma grande folha de papel – tipo manteiga, meio transparente –
onde estavam os recortes do mapa colados no seu “estilo” e disse:
“Foi difícil... mas, olhando com atenção, eu vi que do outro lado de cada
pedacinho de papel havia uns traços que, quando eu juntava, formava a
figura de um homem... aí, eu pensei: se eu consertar o homem, eu conserto
o mundo!”
SAIBA MAIS
Etapa 1: Atividade
50 UNIUBE
EXEMPLIFICANDO!
7. Não deveria existir destaque para pessoas que falam muito, mas sem
coerência, mas em muitos casos esse tipo de situação acontece. Deve-se
lembrar de que o que se espera de um candidato é que encontre alguma
solução racional no meio de uma situação totalmente desconexa.
15. Aja de acordo com o perfil da dinâmica. Cada vaga e empresa têm
características distintas – você deve estar atento para agir, na dinâmica,
de acordo com o cargo almejado.
“Ao falar de si, você deve discorrer sobre suas competências técnicas,
somente. As habilidades comportamentais já estão sendo observadas de
acordo com suas atitudes” – Carla Dalla Zanna (VIEIRA, 2013).
2.5 Conclusão
Resumo
Atividades
Atividade 1
Atividade 2
Atividade 3
Atividade 4
Atividade 5
Referências
MILITÃO, Albigenor & Rose. Jogos, dinâmicas & vivências grupais. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 2000.
68 UNIUBE
NÉRI, Agnaldo. 10 dicas para se sair bem na dinâmica. Disponível em: <http://
carreiras.empregos. com. br/carreira/administracao/ge/dinamica/performance/101207-
esperam_dinamica.shtm>. Acesso em: 25 fev. 2013.
Introdução
O indivíduo, por uma ascensão evidente e merecida, deixou de
ser analisado como objeto e passou a ser visto pela organização
que o observa e o interpreta pela percepção de valores (internos
e externos) que esse indivíduo transmite. Contudo, algumas
pessoas possuem determinados bloqueios que são difíceis de
superar. Diante disso, a dinâmica de grupo é o modo pelo qual se
consubstanciará uma interação equânime e harmoniosa.
Objetivos
Ao final do estudo desse capítulo, esperamos que você esteja
apto(a) a :
• identificar as correntes modernas das dinâmicas de grupo;
• possibilitar a comunicação dos integrantes de determinado
grupo;
• perceber seu comportamento e seus pontos positivos, e o
que deve ser melhorado no seu relacionamento interpessoal;
• ministrar técnicas de dinâmicas de grupo.
Esquema
3.1 Correntes modernas das dinâmicas de grupo
3.2 Comunicação nos grupos
3.3 A Janela de Johari
3.4 Conclusão.
70 UNIUBE
O feedback é um dos processos mais relevantes dentro de uma
organização, pois é a partir dele que o indivíduo consegue enxergar
como os outros o veem. Isso tem a devida importância porque, conforme
exaustivamente já estudado nas Unidades anteriores, o homem é um ser
social, porquanto vive em grupo e depende dos outros para se relacionar
e manter-se vivo; na organização, não é diferente, uma vez que, desde
o princípio em que se descobriu e adotou-se o trabalho em equipe, o
homem não trabalha mais sozinho. Logo, é necessário que o indivíduo se
auto-oriente sobre seus conceitos e suas atitudes, faça reavaliações do
seu comportamento humano e receba as avaliações que o seu superior,
UNIUBE 75
Com base nesse contexto, Joseph Luft e Harry Ingham criaram uma
teoria para idealizar a importância do processo de dar e receber
feedback. Deram a ela o nome de “Janela de Johari” e fundamentaram-
na como um mecanismo de comunicação pelo qual alguma pessoa dá
ou recebe informações acerca de si própria e acerca dos outros. Logo,
partindo-se da concepção de um diálogo na janela, Luft e Ingham ilustraram
o feedback como uma janela, com a intenção de auxiliar o indivíduo a
formar uma ideia sobre seu comportamento e enxergar os pontos em que
deve melhorar para conquistar qualidade no relacionamento interpessoal.
Recebe feedback
Dá feedback
EU
DESCONHECIDO
1 - Receber feedback
2 - Dá feedback
esse indivíduo possui uma grande área no quadrante “Eu cego” e, como
matraca, demonstra não se importar com o que o grupo diz, mantendo-se
como um “dono da verdade”. Dessa maneira, como o indivíduo não gosta
de ouvir a opinião do grupo a seu respeito (receber feedback), ele passa
a não enxergar a si próprio e não imagina que o grupo já o identificou.
Logo, em algumas situações, ele poderá agredir membros do grupo,
ou criticar determinado colega ou o grupo num todo. As setas indicam
que esse indivíduo dá mais feedback do que recebe feedback do grupo.
(Figura 5).
1 - Receber feedback
2 - Dá feedback
1 - Receber feedback
2 - Dá feedback
Figura 6: Janela do tartaruga.
Fonte: Adaptado de Fritzen (1978, p.78).
CURIOSIDADE
O feedback, para ser eficaz, deve ser comprovado pelo indivíduo avaliado,
de modo que ele repasse (interna e externamente) os ensinamentos,
conselhos e orientações que lhe foram dadas pelo avaliador.
Em resumo, o feedback é uma forma de oferecer ajuda, é um mecanismo
corretivo para o indivíduo que deseja aprender quanta afinidade existe
entre sua conduta e suas intenções. Nesse processo de receber o
feedback, o indivíduo deve ser bom ouvinte.
O maior dos benefícios que o indivíduo deve fixar para si mesmo nas
relações interpessoais, isto é, no convívio em grupo, é o de diminuir
seu quadrante “Eu cego”, de maneira sobre a qual ele passe a se
conhecer mais, principalmente a partir do que os outros lhe repassam
de informações.
EXEMPLIFICANDO!
EXEMPLIFICANDO!
Agora... se existe uma briga por inveja, ciúme, ou outro sentimento pessoal
entre funcionários, o gestor deve tratá-la em particular e, se necessário, punir
os infratores. Se o problema persistir, ele deve tomar medidas mais severas.
Como você vê, resolver conflitos corporativos depende de atitudes tão antigas
e presentes quanto a sabedoria do Rei Salomão ao dizer: ‘Falar é prata, mas
ouvir é ouro’”. (SHAPIRO, 2012, p. 01)
UNIUBE 95
EXEMPLIFICANDO!
1 – Você é tímido?
2 – Qual a sua maior alegria na vida?
3 – Que fato de sua infância você gosta de recordar?
4 – Que coisas gostaria de fazer, mas raras vezes consegue?
5 – Quando sente maior segurança?
6 – O que não gosta de fazer?
7 – Você se considera uma pessoa com iniciativas?
8 – O que mais o encanta nos outros?
9 – O que mais o entristece?
10 – Com quem você se sente mais seguro?
11 – O progresso atual o encanta? – o questiona? – o preocupa?
12 – Você tem algum hobby? Qual?
13 – A sua vida lhe satisfaz?
14 – O que mais o aborrece na vida?
15 – Que busca na vida?
16 – Prefere a cremação após a morte? Por quê?
17 – Você se considera organizado? Superorganizado? Desorganizado?
18 – Qual a primeira notícia que você lê no jornal?
19 – O que mais lhe aprecia nos outros?
20 – O que você entende por valores pessoais? Diga alguns valores que aprecia.
21 – Como você se sente no meio da multidão?
22 – Que valor você dá à prática da religião?
23 – Qual a qualidade que você mais aprecia no grupo?
24 – Quais são os seus maiores bloqueios num grupo?
UNIUBE 97
3.4 Conclusão
Resumo
Atividades
Atividade 1
Atividade 2
Atividade 3
Atividade 4
Recebe feedback
Dá feedback
Atividade 5
Referências
Introdução
Após aprendermos sobre a origem dos grupos, a importância
das relações humanas e sobre os seus diversos modos de
comportamentos, explicando teorias e técnicas para soluções de
qualquer conflito, ou mesmo para avaliação da equipe, chegou a hora
de colocarmos tudo em prática, aplicando as dinâmicas de grupo.
Objetivos
Ao final do estudo desse capítulo, esperamos que você seja capaz de:
Esquema
4.1 Dinâmicas de apresentação
4.2 Dinâmicas de entrosamento
4.3 Dinâmicas de reflexão e aprofundamento
4.4 Dinâmicas de sensibilização
4.5 Dinâmicas de avaliação
4.6 Dinâmicas de aquecimento e recreação
4.7 Dinâmicas de relaxamento
4.8 Conclusão
102 UNIUBE
A cadeira
Descrição:
3 – Com as mãos nos ombros de quem está sentado, o que está de pé apresenta o
que está sentado e coloca-se no lugar dele, como se fosse ele. Depois, trocam-se as
posições.
As vogais
Etapas:
1 – a dinâmica consiste na apresentação dos nomes das pessoas por meio de gestos
e som verbal;
2 – com o grupo em círculo, com uma distância um do outro, cada pessoa fala
seu nome e, logo, após, todo o grupo repete o nome em voz bem alta, em ritmo
e realizando gestos com os braços de acordo com as vogais constantes no nome
pronunciado:
A - braços abertos;
E - braços cruzados;
Descrição:
Descrição:
1 – distribuir o papel para o grupo e pedir que escrevam o nome e criem um símbolo
que os represente e uma palavra que simbolize suas expectativas;
2 – quando todos estiverem prontos, deverão pregar o papel no peito e andar pela
sala observando nomes, expectativas e símbolos uns dos outros;
Memorização de nomes
Finalidade: saber o nome das pessoas com quem está convivendo no grupo. Esta
dinâmica possibilita uma apresentação socializada, estimulando atenção, memória e
proximidade.
Etapas:
Etapas:
2 – de forma espontânea, uma pessoa, de cada vez, vai para o centro da roda e fala
quem é, e, exprimindo-se com o corpo, faz um gesto, dança, pula, como quiser;
3 – em seguida, todo o grupo repete: “Eu sou (nome de quem se apresentou)” e faz a
exclamação com o corpo imitando o que a pessoa fez.
Balão do desejo
Descrição:
1 – distribui-se, entre os participantes, um balão (cada qual deve escolher a cor que
quiser), três tiras pequenas de papel e uma caneta;
6 – todos, em pé, ficam jogando os balões para o alto, trocando-os, sem deixá-los
cair por um minuto;
7 – depois cada um pega um balão qualquer, desde que não seja o seu. Estoura-o e
fica com as tiras que estão dentro dele;
Meu crachá
Etapas:
1 – distribuir os crachás pelo grupo e pedir que escrevam o nome e criem um símbolo
que os represente;
São dinâmicas voltadas a ajudar as pessoas a se relacionarem e a se
conhecerem, diminuindo as tensões existentes no grupo.
Os bichos
Descrição:
2 – depois, pede aos participantes que andem pelo espaço olhando e identificando
as pessoas do grupo orientados por esta questão: “se fosse identificá-los com um
bicho, que bicho seria?”
3 – o instrutor pede a cada participante que apanhe uma folha de papel em branco,
escreva (do lado direito) o próprio nome e, com um pedaço de fita adesiva, pregue
nas costas essa mesma folha de papel;
DOMÉSTICO – SELVAGEM
PESADO/LENTO – AGRESSIVO
RUMINANTE – ROEDOR
VOADOR – ESTÉTICO
7 – depois, cada participante deve escolher três categorias em que a pessoa, cuja folha ele
está analisando foi mais indicada e classificá-lo conforme as seguintes orientações:
DOMÉSTICO sociável, manso, fiel, subjugado, contido, reprimido, amigo (Ex.: cão, gato,
pato etc.);
SELVAGEM bravo, rude, bruto, ameaçador, áspero, causa receio, temido, de difícil
convivência (ex.: leão, cobra, onça etc.);
RUMINANTE remói muito, sedutor, reflete muito, pensador, sente como vítima (ex.: boi,
cabra, girafa etc.);
ROEDOR devora aos poucos, dá conta daquilo que se propõe, tem forma contínua,
custoso, persistente, calado, esperto (ex.: rato, esquilo, lebre);
VOADOR veloz, rápido, livre, dificuldade em lidar com a realidade, raciona (ex.: borboleta,
pássaros, águia);
ESTÉTICO belo, vaidoso, presunçoso, ostentador, instável, racional (ex.: pavão, felinos,
cavalo).
8 – depois, cada um vai sentar com a pessoa que analisou, apresentar o resultado do papel e
os bichos que lhe foram atribuídos e ainda a análise que fez. A pessoa analisada dá o
feedback, diz que concorda ou não com a análise. Acrescenta informações;
9 – em plenário, sentados em círculo, abre-se espaço para que os participantes deem sua
opinião sobre o que aconteceu. Cada um pode fazer uma análise do resultado de sua própria
classificação, dada pelo grupo. O grupo pode avaliar, em conjunto, cada um dos participantes.
UNIUBE 107
Desenho/Imagem
Etapas:
História coletiva
Etapas:
1 – sentados em roda, alguém inicia uma história (de preferência com um enredo estimulante);
2 – a história vai sendo completada pelo colega vizinho à sua direita e, assim, sucessivamente,
até que todos contribuam com a história.
Comentário: o instrutor deve frisar que uma regra fundamental do jogo é a não interrupção
da história, isto é, ao receber o enredo passado pelo colega do lado, o participante deve
continuar a história com coerência.
O bebê
Tangram
Descrição:
Valores – concordo/discordo
Etapas:
Juízo
Etapas:
6 – inicia-se o julgamento;
7 – um representante de cada grupo expõe seus argumentos em tempo breve, previamente
acertado com todo o grupo;
8 – o número de vezes de intervenção da defesa e da acusação também deve ser
previamente combinado, porém tanto defesa quanto acusação poderão intervir mais de uma
vez;
9 – suspende-se a sessão por alguns minutos;
10 – o júri resume o mais importante do que foi apresentado;
11 – os subgrupos deixam de ser acusação e defesa e o grupo discute o tema como um todo,
procurando chegar a um acordo.
Etapas:
1 – formar duplas, dando a cada dupla uma folha de papel e uma caneta. Solicitar que listem
todas as frases que ouvem no seu dia a dia e que considerem agressivas, ofensivas ou
desconfortáveis;
2 – pedir a cada dupla que, entre as frases escritas, escolha uma para apresentar ao grupo.
3 – quando todas as duplas tiverem escolhido uma frase, pedir que encontrem uma forma
clara e gentil de dizer a mesma coisa;
4 – cada dupla lê a frase original e a reformulada para o grupo;
5 – o grupo comenta o que descobriu ao fazer as comparações entre as diferentes maneiras
de dizer a mesma coisa.
Comentário: por meio deste trabalho, as pessoas podem perceber formas diversas de
dizerem o que sentem sem ofender ao outro, sem julgar, avaliar ou criticar.
Descrição:
3 – unir os participantes que receberam o número 2 e dar-lhes instruções individuais, pois cada
um deles desempenhará um papel diferente em sua dupla. Todos os papéis têm o objetivo de
interferir na comunicação, dificultando-a;
4 – todas as duplas cumprem o que foi proposto ao mesmo tempo;
5 – o coordenador observa o grupo e determina o final da atividade ao perceber que a maioria
das duplas concluiu a tarefa ou já se encontra suficientemente mobilizada;
6 – abrir o plenário para que cada dupla exponha para o grupo o que aconteceu durante a
execução da atividade e como está se sentindo. Pedir que falem primeiro todos os participantes
de número 1;
7 – o instrutor deve certificar de que os participantes estão expressando realmente o que
sentiram enquanto contavam a própria história;
8 – dar a palavra aos participantes de número 2 solicitando que falem inicialmente sobre os
sentimentos, se foi fácil ou difícil desempenhar o seu papel e por quê, para só então relatar
para o seu par e para o grupo a instrução recebida;
9 – depois de explorar os comentários sobre a atividade, ampliar a discussão para os seguintes
passos:
a) como você se sente quando alguém não escuta você?
b) é difícil para você escutar o outro? E falar de si?
c) que atitudes no outro facilitam a sua expressão?
10 – concluir falando da importância do saber ouvir, mostrando que o respeito e a atenção
dedicados ao outro são a chave para uma boa comunicação.
Técnica do barbante
Descrição:
1 – cada participante dá um nó nas pontas do seu barbante. Os nós devem ter mobilidade
(são nós do tipo de rabiola de pipa);
2 – formam-se duplas;
3 – um dos pares coloca um punho em cada nó;
4 – o outro par coloca um dos punhos em um dos nós do seu barbante;
5 – passa a outra ponta do seu barbante por debaixo do barbante atado nos punhos de seu
par;
6 – coloca o outro punho no nó da ponta que está solta;
7 – Os pares ficarão presos;
UNIUBE 111
8 – o desafio consiste em se soltarem um do outro sem desfazerem os nós dos punhos e sem
arrebentarem o barbante.
Resolução: como se soltar? Um dos pares corre seu barbante até um dos nós de seu
parceiro. Passa o seu próprio barbante dentro do nó do punho de seu parceiro fazendo uma
laçada. O parceiro passa então a própria mão por dentro desta laçada. Os pares estão soltos.
Barquinhas do sentimento
Material: papel.
Descrição:
Eu sou alguém
Finalidades: perceber seus valores pessoais, perceber-se como ser único e diferente dos
demais.
Descrição:
1 – em círculo, sentados;
2 – distribuir uma folha para cada um pedindo que listem, no mínimo, dez características
próprias. Dar tempo;
3 – solicitar que virem a folha, dividam-na no meio e classifiquem as características listadas,
colocando de um lado as que facilitam sua vida e do outro as que a dificultam. Dar tempo;
4 – em subgrupos, partilhar as próprias conclusões;
5 – em plenário:
a) qual o lado que pesou mais?
b) o que descobriu sobre você mesmo realizando a atividade?
O cego e o guia
Descrição:
1 – formam-se duplas;
2 – um de olhos fechados é guiado por outro que toma o cuidado para não deixar o cego
esbarrar nos obstáculos da sala;
3 – invertem-se os papéis;
4 – em plenária, falar como se sentiu guiando alguém e sendo guiado por alguém. Analisar
como se sente quando estas situações ocorrem nas relações que se estabelecem no dia a dia.
O botão de rosa
Descrição:
Roda da confiança
Descrição:
A barca
Descrição:
A bolsa de surpresas
Descrição:
Toca do coelho
Descrição:
Cheffe-cheffe
Descrição:
1 – o grupo em pé e em círculos;
2 – o coordenador para na frente de uma pessoa e canta: “Fui a (o nome da cidade que tem
a ver com o grupo) visitar minha avó e ela me ensinou a dançar o cheffe-cheffe”. (o instrutor
faz um movimento nos quadris representando a dança cheffe-cheffe);
3 – o instrutor e a pessoa em cuja frente parou saem da roda e vão fazendo fila, cantando e
dançando o cheffe-cheffe;
4 – eles vão parando na frente de um a um, até que todos estejam dançando e cantando o
cheffe-cheffe.
Caracol
Descrição:
A turma do aquecimento
Descrição:
1 – cantando:
“Somos a turma do aquecimento./Vamos aquecer neste momento./ Alegre, contente.”;
2 – fala: pra frente, (pula para frente (refrão);
3 – fala: pra trás, (pula para trás (refrão);
4 – fala: braço direito, (levanta braço direito (refrão);
5 – fala: braço esquerdo, (levanta braço esquerdo (refrão);
6 – fala: cabeça, (balança, mexe a cabeça (refrão);
7 – fala: corpo todo, (corpo todo mexendo, balançando (refrão).
Girafas e elefantes
Descrição:
Comentário: quando os participantes estão dispersos, esta dinâmica serve para retomar
a atenção.
Energização
Descrição:
Relaxamento dinâmico
Descrição:
Oxigenação
Finalidade: purificar o corpo do ar viciado; revitalizar o sangue que percorre todo o corpo;
ajudar na concentração individual e coletiva.
Descrição:
4.8 Conclusão
Resumo
Atividades
Atividade 1
Atividade 2
Atividade 3
Atividade 4
Atividade 5
Referências
MILITÃO, Albigenor & Rose. Jogos, Dinâmicas & Vivências Grupais. Rio de
Janeiro: Qualitymark, 2000.