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MATERIAL DE APOIO

Disciplina: Direito Administrativo


Professor: Roberto Baldacci
Aulas: 03 e 04 | Data: 16/03/2017

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO

FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
c) Função Administrativa, conforme 3 Elementos constitutivos (continuação).

REGIME JURÍDICO
a) Regime jurídico da Administração
b) Regime Jurídico administrativo

Na aula passada vimos as 3 abordagens principais da função administrativa: A) conforme a evolução do modelo de
administração; B) conforme a divisão dos 3 poderes; C) conforme seus três elementos constitutivos. Hoje
continuaremos esse último ponto e veremos o regime jurídico.

FUNÇÃO ADMINISTRATIVA

c) Função Administrativa – Conforme seus três elementos Constitutivo.

I - Elemento Objetivo (O que ela faz?): Atender necessidades e interesses do povo (que é titular do interesse no
modelo gerencial) de forma direta (Executivo) ou indiretamente (pelo Legislativo e Judiciário).

II – Elemento subjetivo (quem exerce?): Todos que integram a estrutura do Estado exercem função administrativa,
preponderantemente pelo executivo e atipicamente pelo judiciário e pelo legislativo.

III Elemento formal (Como vai ser exercida?): essa função é exercida sempre através de regime jurídico de direito
público.

REGIME JURÍDICO

Breve conceito: é um determinado conjunto de normas e princípios jurídicos que irão reger com exclusividade uma
determinada relação jurídica afastando a incidência de outras normas e princípios jurídicos.

Ex.1: Imagine o caso de uma pessoa que, em razão de propaganda excessiva, é induzido a fazer compra pela
internet. Contudo, se arrependeu após 5 dias e quis desfazer o negócio. Segundo o CDC, o consumidor tem esse
direito, que está dentro do Princípio Jurídico da proteção ao consumidor.

Ex2: Home-broker compra ações da OGX = relação de acionista majoritário em acionista minoritário. Essa relação
jurídica está regida exclusivamente pelas normas da S.A e prevê o compartilhamento dos riscos. Diferente do CDC.

O operador do direito não escolhe a norma que quer aplicar conforme o resultado que pretende obter – as normas
estão pré-ordenadas às relações jurídicas em que são aplicáveis e estão divididas em dois grandes regimes:

EXTENSIVO ESSENCIAL CARREIRAS JURÍDICAS Noturno (estúdio)


CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Regime Privado Regime Público

É o conjunto de normas é princípios jurídicos comuns É o conjunto de normas e princípios jurídicos


que irão reger relações jurídicas que envolvam constitucionalizados (previstos ou decorrentes da
exclusivamente interesses privados. constituição).
Os fundamentos do regime público são
hierarquicamente superiores ao fundamento do
direito privado. Logo, as normas e princípios privados
não podem colidir com as do direito público, mas
devem se amoldar a ele.
Interesses privados são em regra disponíveis e o titular Esse conjunto especial de normas e princípios jurídicos
desses interesses deve ser livre para dispor ou irão reger relações jurídicas que envolvam interesses
renunciar. A omissão não implica nem em punição, públicos e coletivos. (ainda que a relação jurídica
nem responsabilização. também envolva interesses privados – norma de
atração)
Lei: A lei tem preceito normativo negativo ou Os interesses públicos são em regra indisponíveis e por
proibitivo, pois essa lei virá para proibir ou excluir serem indisponíveis, não admitem nem transação nem
faculdades de agir que o particular possuía até então. renúncia. A omissão em atendê-los, em regra, pune o
agente competente e pode levar à responsabilidade
civil do Estado para reparar danos decorrentes dessa
omissão. Ex.: prefeito que não investe o mínimo na
educação - crime de responsabilidade.
Nesse regime prepondera a autonomia da vontade A Lei sempre irá vincular ou condicionar nesse regime
(tanto que o vício na manifestação da vontade pode público e, portanto, o preceito normativo será positivo
até invalidar o negócio jurídico. ou permissivo, pois a lei irá autorizar formas de agir que
o ente público não possuía até então.
Nesse regime vigora a obrigatoriedade do
cumprimento da Lei. O vício na manifestação pessoal
de vontade, em regra, não interfere na validade do
ato ou negócio jurídico – princípio da impessoalidade.

a) Regime Jurídico da administração:

Quer saber a qual regime jurídico o ente está submetido.

a.1 – Administração de regime público:

 Todos os órgãos da Administração Direta são sempre de regime público (não existe órgão da administração direta
nem de regime privado e nem de regime misto)
 Todas as autarquias comuns ou especiais são sempre de regime público. (Não existe autarquia nem de regime misto
nem de regime privado).
 Excepcionalmente fundações públicas podem ser de regime público. São as chamadas “fundações autárquicas” ou
“autarquias fundacionais” que são fundações públicas equiparadas às autarquias.
 Associações públicas decorrentes de consórcios regidos pela lei 11.107 podem adotar regime público, sendo então
equiparadas às autarquias. Discricionariedade.

a.2 Administração de Regime privado:

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Recado importante: O decreto-Lei 200/67 e as demais leis especiais, na parte relativa à empresas públicas e
sociedades de economia mista, foram expressamente revogados pela lei 13.303 de junho/2016, chamada de
Estatuto Geral das Estatais. Atenção! Os manuais de direito administrativo não abordaram isso ainda e pior que
mudou muita coisa.

 Conforme o art.3º da Lei 13.303, todas as empresas públicas são sempre de regime privado, incluindo exploradora
de serviços públicos e exploradoras de atividades econômicas. Não diga pelo amor de Deus que o regime é misto.

“Art. 3o - Empresa pública é a entidade dotada de personalidade


jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com
patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça
em propriedade da União, do Estado, do Distrito Federal ou do
Município, será admitida, no capital da empresa pública, a
participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno,
bem como de entidades da administração indireta da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.”

 Conforme art. 4º da lei 13.303, todas as sociedades de economia mista são de regime privado, incluindo aquelas
de serviços públicos (Eletronorte) e aquelas de atividade econômica (Petrobras).

“Art. 4o - Sociedade de economia mista é a entidade dotada de


personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por
lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a
voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito
Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta.”

Obs.: A lei 13.303 mantém obrigações de regime público de licitar compras e contratações, concursar agentes e
prestar contas ao tribunal de contas.

Em regra fundações públicas são de regime privado. Ex.: Procons, Fundação casa.

Obs.: Associações públicas decorrentes de consórcios regidos pela Lei 11.107 podem optar pelo regime privado,
quando então deixam de integrar a administração pública.

b) Regime Jurídico Administrativo:

Todos os entes da administração que são de regime público, são de regime público porque são obrigados por lei a
atender de forma direta os interesses públicos e coletivos.

Interesses públicos estão sempre sujeitos aos dois princípios fundamentais do regime público.

 Princípio da supremacia do interesse público sobre o privado. Para garantir que o interesse público seja
superior ao privado, é necessário que goze de maiores poderes e faculdade de agir (prerrogativas públicas
Ex.: poder de polícia).

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 Princípio da indisponibilidade do interesse público. O ente sujeito ao regime público está submetido a
maiores obrigações e deveres de agir que não recaem sobre mais ninguém da estrutura da administração.
Essas maiores obrigações constituem sujeições públicas.

Regime administrativo é o conjunto de prerrogativas e sujeições próprios da administração de direito público


decorrente da supremacia e indisponibilidade do interesse público.

Prerrogativas + Sujeições

Corrente clássica: falavam que prerrogativas e sujeições são instrumentalizadas através dos princípios e poderes
administrativos.

Corrente moderna: que é atribuída ao direito alemão. Fala que a instrumentalização das prerrogativas e sujeições
decorre dos princípios administrativos. Princípios são ferramentas. E as prerrogativas e sujeições são concretizadas
através do exercício dos poderes administrativos que passa a ser tema da nossa próxima aula.

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