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COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA “SÃO PAULO”


CREDENCIADO PELO DECRETO DE 26/03/2001 - D.O.U. DE 27/03/2001

PROPRIEDADES DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS

THAIS GRIMM SILVA

Manaus

2012
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COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA “SÃO PAULO”


CREDENCIADO PELO DECRETO DE 26/03/2001 - D.O.U. DE 27/03/2001

PROPRIEDADES DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS

THAIS GRIMM SILVA

Relatório da prática experimental realizado


para a obtenção de nota no Grau 1, no
CEULM/ULBRA – Curso de Engenharia
Química na disciplina de Química Orgânica
Funcional.

Professora: Lilliam Gleicy de Souza Oliveira

Manaus

2012
3

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 5

OBJETIVO............................................................................................................................ 6

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................................... 7

MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................................................. 10
1.1. MATERIAL E REAGENTES........................................................................................ 10
1.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.......................................................................... 10
1.2.1. A – Fusão de substâncias orgânicas............................................................................. 10
1.2.2. B – Decomposição pelo calor...................................................................................... 11
1.2.3. C – Combustão............................................................................................................. 11
1.2.4. D – Miscibilidade de líquidos...................................................................................... 12
1.2.5. E – Ação do ácido sulfúrico concentrado sobre compostos orgânicos........................ 12

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS..................................................................................... 14


2.1. A – Fusão de substâncias orgânicas................................................................................ 14
2.1.1. Fenol (C6 H5 OH)........................................................................................................... 14
2.1.2. Cloreto de Sódio (NaCl).............................................................................................. 15
2.2. B – Decomposição pelo calor......................................................................................... 15
2.2.1. Açúcar (C2 H22 O11 )....................................................................................................... 16
2.2.2. Amido (C6 H10 O 5 )......................................................................................................... 16
2.3. C – Combustão................................................................................................................ 17
2.3.1. Combustão do álcool etílico (C 2 H6 O).......................................................................... 17
2.3.2. Combustão do hexano (C 6 H14 ).................................................................................... 17
2.4. D – Miscibilidade de líquidos......................................................................................... 18
2.4.1. Hexano (C6 H14 )e água (H2 O)....................................................................................... 19
2.4.2. Água H2 O e álcool etílico (C2 H6 O)............................................................................. 19
2.4.3. Água (H2 O) e éter (C4 H10 O 2 )....................................................................................... 20
2.4.4. Água (H2 O) e clorofórmio (CHCl3 )............................................................................. 20
2.4.5. Hexano (C6 H14) e álcool etílico (C2 H6 O)..................................................................... 21
4

2.4.6. Hexano (C6 H14 ) e éter (C4 H10 O 2 )................................................................................. 22


2.5. E – Ação do ácido sulfúrico concentrado sobre compostos orgânicos........................... 23
2.5.1. Foto 11 – Papel e Ácido sulfúrico (H2 SO 4 )................................................................. 23

CONCLUSÃO....................................................................................................................... 24

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................. 25
5

INTRODUÇÃO

A química orgânica é a química dos compostos de carbono. Os humanos têm utilizado


os compostos orgânicos e suas reações por milhares de anos. Sua primeira experiência
deliberada com uma reação orgânica provavelmente data da descoberta do fogo. Durante a
década de 1780 os cientistas começaram a fazer a distinção entre compostos orgânicos e
compostos inorgânicos. Os compostos orgânicos foram definidos como compostos que
podiam ser obtidos a partir de organismos vivos (Solomons, 2009).
6

OBJETIVO

Utilizar substâncias orgânicas a fim de fazer análises quanto aos seus pontos de fusão,
suas alterações por meio do calor, combustão, dissolução em um determinado solvente líquido
e observar a ação desidratante do ácido sulfúrico concentrado sobre determinados reagentes.
7

FUNDAMENTAÇAO TEÓRICA

O ponto de fusão de uma substância é a temperatura na qual existe um equilíbrio entre o


estado cristalino bem ordenado e o estado líquido mais aleatório (Solomons, 2009).

Os alcanos são todos apolares. Desse modo, são insolúveis em solventes fortemente
polarizados, como a água; porém, são solúveis em solventes apolares, como o benzeno, e em
solventes fracamente polarizados, como o álcool.
Podemos dizer que os alcanos são bastante estáveis, daí só reagirem com reagentes
enérgicos e em condições enérgicas (Sardella, 1997).

A química de qualquer molécula orgânica, independentemente de seu tamanho ou


complexidade, é determinada pelos grupos funcionais que ela contém (McMurry, 2008).

As substâncias orgânicas são, em geral, covalentes [...] em consequência, suas


moléculas se atraem pouco e a substância apresenta então pontos de fusão e ebulição baixos, o
que significa que a substância estará no estado gasoso ou líquido. Mesmo no estado sólido é
comum as substâncias orgânicas se apresentarem no estado amorfo (Feltre, 2001).

De uma função orgânica para outra, e em igualdade de massa molecular, os pontos de


fusão e de ebulição serão maiores se as moléculas forem polares ou se entre elas aparecerem
“pontes de hidrogênio” (Feltre, 2001).

Uma substância polar tende a se dissolver em um solvente polar, e uma substância


apolar, em um solvente apolar (Feltre, 2001).

As reações moleculares (isto é, as que ocorrem entre moléculas) são, em geral, mais
lentas e difíceis do que as reações iônicas - é o que acontece normalmente com as reações
orgânicas. Nesses casos, a reação somente ocorre com a quebra de algumas ligações das
moléculas iniciais e a formação de novas ligações, que irão constituir as moléculas finais [...]
é evidente que, se a quebra das ligações iniciais for fácil e o reatamento das ligações finais for
propício, a própria reação será fácil e rápida, caso contrário, a reação será difícil e demorada e
somente irá ocorrer com ajuda externa, isto é, com o auxílio de temperaturas altas, pressões
elevadas, catalisadores especiais, etc.(Feltre, 2001).
8

Eletronegatividade é a capacidade que um átomo tem de atrair para si o par eletrônico


que ele compartilha com outro átomo em uma ligação covalente (Feltre, 2001).

Podemos classificar as ligações covalentes em: ligações apolares – quando a diferença


de eletronegatividade é zero; ligações polares – quando a diferença não é igual a zero. Quando
a diferença de eletronegatividade ultrapassa o valor 1,7, a atração de um dos átomos pelo par
eletrônico é tão grande que o átomo “rompe” a ligação covalente, tornando-a uma ligação
iônica (Feltre, 2001).

A polaridade de uma molécula depende não só da polaridade de suas ligações, mas


também da forma geométrica da molécula. Quando os vetores-polaridade se anulam, ela será
apolar. Pelo contrário, quando os vetores-polaridade não se anulam, a molécula será polar [...]
A polaridade das moléculas influi nas propriedades das substâncias. Um exemplo importante
é o da miscibilidade (ou solubilidade) das substâncias (Feltre, 2001).

Algumas substâncias orgânicas também se dissolvem em água é o caso, por exemplo,


do açúcar comum (C 12 H22 O 11 ) que tem moléculas polares devido à presença do radical
oxidrila (OH). No entanto, de um modo geral, as moléculas orgânicas são apolares ou pouco
polares (Feltre, 2001).

As substâncias orgânicas são, em geral, pouco densas. Isso é explicado pelo fato de as
moléculas orgânicas serem formadas principalmente por carbono e hidrogênio, que possuem
massas atômicas baixas (C= 12; H= 1), e também pelo fato de as atrações entre as moléculas
orgânicas serem, em geral, fracas, com isso, as moléculas ficam mais distantes entre si, e a
densidade torna-se baixa. Como consequência, as substâncias orgânicas formadas
exclusivamente por (C, H, O, N), são em geral, menos densas que a água (d= 1g/mL), quando
insolúveis em água, essas substâncias formam uma camada sobre a água (Feltre, 2001).

As reações na Química Orgânica são mais lentas e difíceis do que na Química


Inorgânica. Isso ocorre porque, em geral, as reações orgânicas são moleculares e as reações
inorgânicas são iônicas (Feltre, 2001).

Quando uma molécula é polar como, por exemplo, HCl, ela apresenta uma extremidade
mais eletropositiva e outra mais eletronegativa. Sendo assim, a molécula é um dipolo elétrico
permanente [...] o “lado positivo” de uma molécula passa a atrair o “lado negativo” da
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molécula vizinha. [...] Essas forças de coesão recebem o nome de forças (ou ligações) dipolo-
dipolo (Feltre, 2001).

Em geral, os compostos orgânicos sofrem combustão, isto é, queimam-se ou pegam


fogo com facilidade. Essa reação é uma oxidação extrema, ocorrendo o rompimento da cadeia
carbônica e a transformação de seus átomos em outros compostos. O carbono produz C, CO
ou CO 2 o hidrogênio produz H2 O (Feltre, 2001).

A combustão é uma reação de oxi-redução onde o composto orgânico é o redutor e se


denomina combustível e o oxigênio (ou ar) é o oxidado e se denomina comburente. Quando
há oxigênio em excesso a combustão é total e completa e sempre produz CO 2 e H2 O quando o
oxigênio começa a faltar, a reação é parcial ou incompleta, produzindo, então, CO ou C (o
próprio carbono) (Feltre, 2001).

Muitas substâncias apolares são líquidas. Surge, então, a pergunta qual é a força que
mantém unidas as moléculas apolares? São as chamadas forças de Van der Waals ou forças de
dispersão de London que são cerca de dez vezes mais fracas do que as forças dipolo-dipolo, e
resultam do seguinte: mesmo sendo apolar a molécula contém muitos elétrons, que se
movimentam rapidamente. Pode acontecer, num dado instante, de uma molécula estar com
mais elétrons de um lado que do outro, essa molécula estará, então, momentaneamente
polarizada e, por indução elétrica, irá provocar a polarização de uma molécula vizinha (dipolo
induzido) resultando uma atração fraca entre ambos. Essa atração é a força de Van der Waals
ou força de London (Feltre, 2001).

Quando um material qualquer entra em combustão, ele reage com o oxigênio do ar, e
nessa reação ocorre oxi-redução (Feltre, 2004).
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MATERIAIS E MÉTODOS

1.1. MATERIAL E REAGENTES:

2 Béckers de 250 mL
3 Cadinhos de porcelana
3 Espátulas
2 Estantes para tubos de ensaio
5 Pêras de borracha
5 Pinças de madeira
5 Pipetas graduadas de 10 mL
17 Tubos de ensaio
Bico de bunsen
Fósforo
Acetato de sódio (C 2 H2 O2 Na)
Acetona (C 3 H6 O)
Ácido acético (C 2 H4 O2 )
Ácido sulfúrico H2 SO4
Açúcar (C12 H22 O11)
Álcool etílico (C 2 H6 O)
Amido (C6 H10 O5 )
Celulose (C6 H10 O5 )n
Cloreto de sódio (NaCl)
Clorofórmio (CHCl3 )
Éter (C4 H10 O2 )
Fenol (C6 H6 O)
Hexano (C6 H14 )
Uréia [(NH2 )2 CO]

1.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1.2.1. A – Fusão de substâncias orgânicas


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1) Acrescentou-se com uma espátula uma pequena porção de fenol (C6 H6 O) em um


tubo de ensaio. Aqueceu-se no bico de bunsen.

2) Dispondo-se do bico de bunsen, aqueceu-se uma pequena porção de uréia


[(NH2 )2 CO] acrescida com uma espátula num tubo de ensaio.

3) Uma pequena porção de cloreto de sódio (NaCl) foi adicionada, dispondo-se de uma
espátula, a um tubo de ensaio e aqueceu-se esta substância no bico de bunsen.

Quais dentre as três substâncias acima são orgânicas?

Por que os compostos orgânicos têm geralmente baixo ponto de fusão?

1.2.2. B – Decomposição pelo calor

4) Adicionou-se com uma espátula e por fim aqueceu-se uma pequena porção de açúcar
(C12 H22 O11 ) num tubo de ensaio.

5) Foi acrescida, num tubo de ensaio com uma espátula, uma pequena porção de amido
(C6 H10 O5 ) e aqueceu-se o reagente no bico de bunsen.

O que é carbonização?

1.2.3. C – Combustão

6) Pipetou-se 1 mL de álcool etílico (C 2 H6 O) no cadinho de porcelana. Aproximou-se


do álcool um fósforo aceso.

7) No cadinho de porcelana foi pipetado 1 mL de hexano (C 6 H14 ) e aproximou-se dele


um fósforo aceso.
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8) Aproximou-se um fósforo aceso predispondo-se de um 1 mL de clorofórmio (CHCl3 )


pipetado no cadinho de porcelana.

Quais dos líquidos acima são inflamáveis?

Foi completa a combustão do hexano?

Que substâncias se formaram nessa combustão?

1.2.4. D – Miscibilidade de líquidos

9) Pipetou-se 1 mL de cada um dos seguintes pares de reagentes em um tubo de ensaio.


Agitou-se a mistura.

a) água e hexano
b) água e álcool etílico
c) água e éter
d) água e acetona
e) água e clorofórmio
f) hexano e clorofórmio
g) hexano e acetona
h) hexano e álcool
i) hexano e éter
j) éter e acetona
k) éter e clorofórmio
l) acetona e clorofórmio

1.2.5. E – Ação do ácido sulfúrico concentrado sobre compostos orgânicos

10) Adicionou-se num bécker, com uma espátula uma pequena quantidade de açúcar
(C12 H22 O 11 ). Pipetaram-se algumas gotas de ácido sulfúrico (H2 SO4 ) concentrado.
13

11) Colocou-se um pequeno pedaço de papel num bécker. Neste pipetaram-se algumas
gotas de ácido sulfúrico (H2 SO 4 ) concentrado.
14

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

2.1. A – Fusão de substâncias orgânicas

1) Evidenciou-se que o fenol fundiu ao atingir seu ponto de fusão (41°C). Observou-se
também a liberação de fumaça e vapor.

2.1.1 Fenol (C6H6O)

2) Foi constatado que ao aquecer a uréia, esta também fundiu. Evidenciou-se que isto
ocorreu por esse composto possuir um ponto de fusão relativamente baixo (132,7°C).
Observou-se a sua evaporação na forma gasosa.

3) Observou-se que o cloreto de sódio não fundiu. Permaneceu no estado sólido


(branco) como se pode verificar na foto 2.1.2. Constatou-se que esse sal possui um ponto de
fusão alto (800°C) e que por isso o mesmo não sofreu alterações em seu estado. “Numa
substância iônica, os cátions e os ânions se atraem fortemente, pois possuem cargas elétricas
opostas. A dificuldade de afastar os cátions e os ânions se traduz na dificuldade de fundir [...].
Por exemplo, o sal comum (NaCl) só funde a 800 o C .”(FELTRE, 1928a, p. 588).
15

2.1.2. Cloreto de Sódio (NaCl)

Dentre as três substâncias: fenol, uréia e cloreto de sódio apenas o fenol e a uréia são
substâncias orgânicas, as quais são definidas por serem compostos moleculares. O cloreto de
sódio não é considerado por ser um composto iônico.

Pelo fato desses compostos possuírem ligações covalentes onde nas suas moléculas
se atraem pouco fazendo com que eles tenham tanto baixo ponto de fusão como de ebulição.

Para que haja fusão (temperatura necessária para que uma substância passe do estado
sólido para o líquido) dos compostos orgânicos fez-se necessário o uso de condições
enérgicas, como a utilização do bico de bunsen. O fenol e a uréia (compostos orgânicos)
utilizados fundiram por possuírem baixo e relativamente baixo ponto de fusão,
respectivamente. Os quais foram facilmente atingidos com a temperatura necessária fornecida
e também pelo fato de que a forca que mantém suas moléculas apolares ligadas (força de Van
der Waals ou força de dispersão de London) ser mais fraca e mais fácil de quebrar. Já o
cloreto de sódio (composto inorgânico) necessitava de uma maior transferência de calor para
que o mesmo ocorresse por possuir ponto de fusão elevado e também devido à forca dipolo-
dipolo atuante nas suas moléculas ser muito mais forte mais difícil de ser quebrada fazendo
com que esse composto não fundisse.

2.2. B – Decomposição pelo calor

4) Constatou-se que o açúcar cristalizou. Evidenciou-se que com o aquecimento este


composto foi consumido produzindo somente carbono (carbonização) ficando num estado
amorfo (vide foto 2.2.1).
16

2.2.1. Açúcar (C2H22O 11)

5) Foi analisada a combustão do amido. Observou-se que esse composto fundiu e se


solidificou num estado amorfo, houve a liberação de uma fumaça marrom (vide foto 2.2.2.).
Neste também houve carbonização.

2.2.2. Amido (C6H10O 5)

Carbonização é a transformação de um composto orgânico em carbono por


aquecimento, onde há, necessariamente, a presença do combustível e do comburente (neste
caso e geralmente, o oxigênio). O hidrogênio e o oxigênio do sólido são removidos
(consumidos), quando submetidos ao calor elevado restando apenas o carbono.

A cisão das ligações químicas através do aquecimento provocou a carbonização desses


compostos. Onde o hidrogênio e o oxigênio do sólido foram removidos produzindo um
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composto formado principalmente de carbono o que fez com que eles ficassem com um
aspecto queimado e se solidificassem num estado amorfo (como o carvão).

2.3. C – Combustão

6) Observou-se que o álcool etílico sofreu combustão (completa). Houve a liberação do


gás dióxido de carbono (CO 2 ) e água na forma de vapor. Este composto pegou fogo por ser
inflamável. Houve o completo consumo do álcool. Equação:

C2 H6 O (l) + 3 O 2 (g) → 2 CO 2 (g) + 3 H2 O

2.3.1. Combustão do álcool etílico (C2H6O)

7) Foi observado que o hexano sofreu combustão (incompleta) e mais rápida, devido ao
ponto de fusão mais baixo (-95ºC), comparado ao experimento com o álcool etílico.
Observaram-se também chamas mais altas (vide foto abaixo).

2.3.2. Combustão do hexano (C6H 14)

Equação:
18

C6 H14 + 5 O2 → CO2 + CO + 4 C + 7 H2 O

8) O clorofórmio não sofreu combustão, pois esse composto halogenado não suporta a
combustão no ar. Sob a ação do calor ele se decompõe em cloreto de hidrogênio e gás
fosgênio. Equação:

CHCl3 + O → HCl + COCl2

São inflamáveis apenas o álcool etílico e o hexano porque eles entram em combustão
devido à produção de compostos de carbono.

Não. Porque a quantidade de oxigênio necessária para haver combustão completa foi
insuficiente. Formaram-se então outros produtos.

São elas: dióxido de carbono (CO 2 ), água e calor. Equação:

C2 H6 O + 3 O 2 → 2 CO2 + 3 H2 O + calor (completa)

Existem dois tipos de combustão (reação de oxidação extrema – oxiredução): a


completa quando há oxigênio em excesso onde o carbono produz CO 2 e o hidrogênio produz
água na forma de vapor e a incompleta onde não há oxigênio suficiente no meio formando
apenas CO e ou C e água. Quanto mais baixo é o ponto de fusão mais rápida e com mais
intensidade ocorre a combustão por esses compostos serem inflamáveis.

2.4. D – Miscibilidade de Líquidos

9)

Mistura dos Reagentes Miscibilidade


a) água (H2 O) + hexano (C6 H14 ) imiscíveis

Observou-se um sistema bifásico com a mistura da água (polar) com o hexano (um hidrocarboneto apolar), onde
o hexano formou uma camada sobre a água por ser um composto menos denso (vide foto 2.4.1).
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2.4.1. Hexano (C6 H14 ) e água (H2 O)

Mistura dos Reagentes Miscibilidade


b) água (H2 O) + álcool etílico (C2 H6 O) miscíveis

Formou-se uma a mistura homogênea. O álcool por ser um composto polar misturou -se a água, gerando um
sistema monofásico (vide foto 2.4.2).

2.4.2. Água (H2 O) álcool etílico (C2 H6 O)

Mistura dos Reagentes Miscibilidade


c) água (H2 O) + éter (C4 H10 O2 ) imiscíveis

O éter por ser apolar formou um sistema bifásico (vide foto 2.4.3). O éter por ser menos denso que a água ficou
na camada superior.
20

2.4.3. Água (H2 O) e éter (C4 H10 O2 )

Mistura dos Reagentes Miscibilidade


d) água (H2 O) + acetona (C3 H6 O) miscíveis

Observou-se a mistura homogênea desses dois compostos em um sistema monofásico, pois a acetona é um
composto polar.

Mistura dos Reagentes Miscibilidade


e) água (H2 O) + clorofórmio (CHCl3 ) imiscíveis

Essa mistura tornou-se imiscível, pois o clorofórmio é um hidrocarboneto halogênio apolar. Por ser mais denso
que a água este ficou na camada inferior (vide foto 2.4.4).

2.4.4. Água (H2 O) e clorofórmio (CHCl3 )


21

Mistura dos Reagentes Miscibilidade


f) hexano (C6 H14 ) + clorofórmio (CHCl3 ) miscíveis

Ocorreu a mistura homogênea de dois compostos apolares. Observou -se um sistema monofásico.

Mistura dos Reagentes Miscibilidade


g) hexano (C6 H14 ) + acetona (C3 H6 O) imiscíveis

Esses dois compostos não se miscibilizaram formando um sistema bifásico. Pois, o hexano (hidrocarboneto
apolar) não se mistura em um composto polar como a acetona.

Mistura dos Reagentes Miscibilidade


h) hexano (C6 H14 ) + álcool etílico (C2 H6 O) miscíveis

Observou-se a mistura homogênea. A parte apolar do álcool (um composto polar) misturou-se com o hexano
(apolar). Formou-se um sistema monofásico.

2.4.5. Hexano (C6 H14 ) e álcool etílico (C2 H6 O)

Mistura dos Reagentes Miscibilidade


i) hexano (C6 H14 ) + éter (C4 H10 O2 ) miscíveis

Esses compostos se homogeneizaram por serem apolares. O sistema formou um sistema monofásico (vide foto
2.4.6.).
22

2.4.6. Hexano (C6 H14 ) e éter (C4 H10 O2 )

Mistura dos Reagentes Miscibilidade


j) éter (C4 H10 O2 ) + acetona (C3 H6 O) miscíveis

Houve a mistura homogênea desses dois compostos. Eles se misturaram, pois a parte apolar da acetona
(composto polar) miscibilizou-se no éter (composto apolar).

Mistura dos Reagentes Miscibilidade


k) éter (C4 H10 O2 ) + clorofórmio CHCl3 miscíveis

Esses dois compostos por serem apolares se miscibilizaram formando um sistema monofásico.

Mistura dos Reagentes Miscibilidade


l) acetona (C3 H6 O) + clorofórmio CHCl3 miscíveis

A parte apolar da acetona (composto polar) miscibilizou -se clorofórmio (composto apolar). Havendo a mistura
desses dois compostos num sistema constituído de uma fase.

De acordo com a regra básica de solubilidade onde semelhante dissolve semelhante a


miscibilidade desses compostos aplica-se a essa regra. A qual diz que uma substância polar
tende a se dissolver em um solvente polar, e uma substância apolar, em um solvente apolar.
No caso do álcool etílico e da acetona houve uma ressalva os quais possuem uma parte polar e
outra apolar que misturados a água (polar) se solubilizaram considerando apenas a parte
correspondente à polaridade da outra substância. O álcool etílico possui uma massa molecular
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pequena fazendo com que sua parte apolar composta de hidrocarbonetos tenda a parte polar
da oxidrila dando assim o caráter polar do álcool. Na sua mistura como hexano (um
hidrocarboneto apolar) houve a miscibilização. Isto pode ser explicado pela momentânea
apolaridade do álcool (dipolo induzido). Caso fosse utilizado uma substância apolar composta
na sua maior parte de hidrocarbonetos com uma massa molecular maior o álcool não se
misturaria devido a essa tendência da oxidrila em atrair os elétrons compartilhados para seu
átomo.

2.5. E – Ação do ácido sulfúrico concentrado sobre compostos orgânicos

10) Foi constatado que na mistura de ácido sulfúrico concentrado e açúcar este se
misturou e liquefez-se na solução. Não ocorreu a reação devido ao ácido estar vencido
(validade H2 SO4 : janeiro de 2005). De acordo coma literatura, a desidratação da sacarose pelo
ácido ocorre pelo fato dele ser um excelente agente desidratante, ou seja, tem afinidade por
água e a retira da sacarose, impedindo-a de formar água, restando apenas como produto final
o carbono na forma de “carvão” (processo de carbonização).

11) Constatou-se que também devido ao ácido estar vencido não houve corrosão na
celulose (vide foto 2.2.1). De acordo com a literatura, o ácido tomará átomos de hidrogênio e
oxigênio da celulose.

2.2.1. Celulose (C6 H10 O5 )n e ácido sulfúrico (H2 SO4 )

Não houve sucesso no experimento de verificação da ação do ácido sulfúrico sobre os


compostos orgânicos devido ao ácido estar vencido. Segundo a literatura, a sacarose sob sua
ação é carbonizada e a celulose é corroída pela desidratação dessas substâncias.
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CONCLUSÃO

A partir dos experimentos realizados nesta prática, concluiu-se que os compostos


orgânicos possuem características próprias tanto sua composição quanto no estado físico e
químico dos sistemas analisados que os diferenciam, por exemplo, de compostos inorgânicos.
25

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FELTRE, Ricardo. Fundamentos da Química. 3ª ed. rev. e amp. São Paulo: Moderna, 2001.
Volume único. 104, 106, 108, 116, 118, 288, 588, 589, 615, 618, 642 p.

FELTRE, Ricardo. Química Orgânica. 6ª ed. São Paulo: Moderna, 2004. v. 3. 41 p.

MCMURRY, John. Química Orgânica I. 6ª ed. Tradução técnica Ana Flavia Bogueira e Izilda

Aparecida Bagatin. São Paulo: Cengage Learning, 2008. v.1. 65 p.

SARDELLA, Antonio. Curso de Química: Química Orgânica. 16ª ed. São Paulo: Ática, 1997. v.3.

135 e 145 p.

SOLOMONS, T.W.Graham; FRYHLE, Craig B. Química Orgânica. 9ª ed. Rio de Janeiro: LTC,

2009.v.2. 2,3, 64 e 66 p.

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