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Sumário

1. Introdução ........................................................................................................ 2

2. Objetivo ............................................................................................................ 2

3. Fundamentação Teórica ................................................................................. 2

3.1. Fratura frágil .................................................................................... 2

3.2. Fatores que influenciam o comportamento frágil dos materiais dúcteis ............. 3

4. Material, equipamento e método .................................................................. 4

4.1. Material ............................................................................................ 4

4.2. Equipamento .................................................................................... 5

4.3. Método ............................................................................................. 5

5. Avaliação dos resultados................................................................................. 6

6. Conclusão ....................................................................................................... 10

7. Pós-textuais .................................................................................................... 10

8. Referências Bibliográficas ............................................................................ 10


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1. Introdução
Os ensaios de impacto são feitos para medir a segurança, qualidade e
confiabilidade dos mais diversos materiais como, por exemplo, na indústria automotiva e na
indústria aeronáutica, assim como em peças específicas utilizadas em outras indústrias. É
empregado no estudo da fratura frágil dos metais, que é caracterizada pela propriedade de um
metal atingir a ruptura sem sofrer deformação elástica.
Embora hoje em dia existam ensaios mais elaborados e bem mais representativos,
pela sua simplicidade e rapidez, o ensaio de impacto (às vezes denominado ensaio de choque
ou impropriamente de ensaio de resiliência), é um ensaio dinâmico usado ainda em todo o
mundo e consta de várias normas técnicas internacionais como ensaio obrigatório,
principalmente para materiais utilizados em baixa temperatura, como teste de aceitação do
material. Os materiais testados são de madeira, aço, ferro e até mesmo o plástico.
O ensaio de impacto permite estudar os efeitos das cargas dinâmicas, este ensaio é
usado para medir quanto um material pré-estabelecido tende a comportar-se de maneira frágil.

2. Objetivo
O ensaio de impacto é um ensaio dinâmico usado principalmente em materiais
que trabalham em baixas temperaturas, e é um dos ensaios empregados para o estudo da
fratura frágil. O corpo de prova é padronizado e provido de um entalhe para localizar a sua
ruptura e produzir um estado triaxial de tensões, quando ele é submetido a uma flexão por
impacto.
A energia que o corpo de prova absorve para se deformar e romper são medida
pela diferença entre a altura atingida pelo martelo e após o impacto, multiplicado pelo peso do
martelo.

3. Fundamentação teórica
3.1. Fratura frágil
As fraturas produzidas por impacto podem ser frágeis ou dúcteis. As fraturas
frágeis caracterizam-se pelo aspecto cristalino e as fraturas dúcteis apresentam aparência
fibrosa, de acordo com a imagem 1 abaixo.
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Imagem 1 (retirado da apostila Telecurso 2000)

Os materiais frágeis rompem-se sem nenhuma deformação plástica, de forma


brusca. Por isso, esses materiais não podem ser utilizados em aplicações nas quais sejam
comuns esforços bruscos, como em eixos de máquinas, bielas etc.
Para estas aplicações são desejáveis materiais que tenham capacidade de absorver
energia e dissipá-la, para que a ruptura não aconteça, ou seja, materiais que apresentem
tenacidade.
Esta propriedade está relacionada com a fase plástica dos materiais e por isso se
utilizam as ligas metálicas dúcteis neste tipo de aplicação.
Porém, mesmo utilizando ligas dúcteis, com resistência suficiente para suportar
uma determinada aplicação, verificou-se na prática que um material dúctil pode romper-se de
forma frágil.
Esta característica dos materiais ficou mais evidente durante a Segunda Guerra
Mundial, quando os equipamentos bélicos foram levados a solicitações críticas de uso,
despertando o interesse dos cientistas pelo assunto.

3.2. Fatores que influenciam o comportamento frágil dos materiais dúcteis


Um material dúctil pode romper-se sem deformação plástica apreciável, ou seja,
de maneira frágil, quando as condições abaixo estiverem presentes:
• velocidade de aplicação da carga suficientemente alta;
• trinca ou entalhe no material;
• temperatura de uso do material suficientemente baixa.
Alguns materiais são mais afetados pela velocidade alta do choque, apresentando
uma sensibilidade que é chamada sensibilidade à velocidade.
Uma trinca promove concentração de tensões muito elevadas, o que faz com que a
maior parte da energia produzida pela ação do golpe seja concentrada numa região localizada
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da peça, com a consequente formação da fratura frágil. A existência de uma trinca, por menor
que seja, muda substancialmente o comportamento do material dúctil.
Esta característica do material dúctil, de comportar-se como frágil devido à trinca,
é frequentemente chamada de sensibilidade ao entalhe.
A temperatura tem um efeito muito acentuado na resistência dos metais ao
choque, ao contrário do que ocorre na resistência estática.
A energia absorvida por um corpo de prova varia sensivelmente com a
temperatura do ensaio.
Um corpo de prova a uma temperatura T1 pode absorver muito mais energia do
que se estivesse a uma temperatura T2, bem menor que T1, ou pode absorver a mesma
energia a uma temperatura T3, pouco menor que T1

Em outras palavras
A existência de trincas no material, a baixa temperatura e a alta velocidade de
carregamento constituem os fatores básicos para que ocorra uma fratura do tipo frágil nos
materiais metálicos dúcteis.

4. Material, equipamento e método.


4.1. Material
Para a execução deste experimento foi utilizado o seguinte material: corpo de
prova de MPVC NBR 7665/2007 (Imagem 1), com dimensões e forma conforme a norma
ASTM D 6110-02.

Imagem 2 (tubo PVC de esgoto)


Os corpos de prova Charpy compreendem três subtipos (A, B e C), de acordo com
a forma do entalhe.
A imagem 3 a seguir mostra as formas e dimensões desses três tipos de corpos de
prova e dos respectivos entalhes.
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Imagem 3 (retirado da apostila Telecurso 2000)

As diferentes formas de entalhe são necessárias para assegurar que haja ruptura do
corpo de prova, mesmo nos materiais mais dúcteis.
Quando a queda do martelo não provoca a ruptura do corpo de prova, o ensaio
deve ser repetido com outro tipo de corpo de prova, que apresente entalhe mais severo, de
modo a garantir a ruptura. Dos três tipos apresentados, o C é o que apresenta maior área de
entalhe, ou seja, o entalhe mais severo.

4.2. Equipamento
 Máquina de ensaio Charpy;
 Pendulo teste impacto (imagem 4), 300 Nm:
- Modelo WP 410
- Fabricante: Gunt Hamburg
- Capacidade para execução de trabalho: 150 – 300 Nm. Imagem 4 (Laboratório)

4.3. Método
No impacto, não é só a força aplicada que conta. Outro fator é a velocidade de
aplicação da força. Força associada com velocidade se traduz em energia. O ensaio de
impacto consiste em medir a quantidade de energia absorvida por uma amostra do material,
quando submetida à ação de um esforço de choque de valor conhecido. O método mais
comum para ensaiar metais é o do golpe, desferido por um peso em oscilação.
A máquina correspondente é o martelo pendular. O pêndulo é levado a certa
posição, onde adquire uma energia potencial. Ao cair, ele encontra no seu percurso o corpo-
de-prova, que se rompe (sendo que o resultado obtido encontra-se na imagem 5). A sua
trajetória continua até certa altura, que corresponde à posição final, onde o pêndulo apresenta
uma energia final.
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Imagem 5 (corpo-de-prova após o impacto)


A diferença entre as energias inicial e final corresponde à energia absorvida pelo
material. De acordo com o Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade de energia
adotada é o joule (J). Em máquinas mais antigas, a unidade de energia pode ser dada em kgf •
m, kgf • cm ou kgf • mm. A máquina é dotada de uma escala, que indica a posição do pêndulo
e é calibrada de modo a indicar a energia potencial.

5. Avaliação dos resultados


Primeiramente foi feito três ensaios sem o corpo-de-prova para qualificar a
energia dissipada (Ed) pelos mancais e elementos da máquina bem como pelo atrito com o ar.
Obteram-se os seguintes resultados:
1ª leitura: 6,25 N.m (energia de impacto no ar);
2ª leitura: O mesmo da primeira;
3ª leitura: O mesmo da primeira;
Em seguida foi feito o ensaio com o corpo de prova, que ficou apoiado na
máquina de ensaio, e o martelo montado na extremidade de um pêndulo foi ajustado num
ponto de tal maneira que a sua energia cinética no ponto de impacto tenha um valor fixo e
determinado.
Para determinar a altura do pêndulo após a fratura do corpo-de-prova pode ser
feita diretamente pela sua elevação ou por cálculos baseados no ângulo do pêndulo, conforme
pode ser visto na imagem 6 abaixo, determinada por:

Imagem 6 (retirado do Livro Ensaio dos Materiais, Garcia A.)


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Hq = S . ( 1 – cos ᵦ ) (m) em função do ângulo de queda

Hr = S . ( 1 – cos ᾳ ) (m) em função do ângulo de rebote


Onde:
S = distância do centro do peso até a extremidade do pêndulo (m);

ᵦ = ângulo de queda (rad);


ᾳ = ângulo de rebote (rad);
Dados:
 Hq = ?
 S = 840 mm
 ᵦ = 150º Hq = S . (1 – cos ᵦ)

Hq = 840 mm . (1 – cos 150º)

Hq = 1567,5 mm ou Hq = 1,57 m

Para determinar a velocidade de impacto, desprezando-se o atrito do peso com o


ar, utiliza-se a seguinte relação de energia:
Epotencial = Ecinética
m . g . Hq = m . V²/2
V = √2. 𝑔. 𝐻𝑞

 E = energia (J);
 V = velocidade do pêndulo no instante do impacto (m/s);
 g = aceleração da gravidade (9,81 m/s²);
 Dados:
 V=?
 g = 9,81 m/s²
 Hq = 1,57 m
V = √2. 𝑔. 𝐻𝑞
V = √(2) . (9,81). (1,57)
V = 5,5 m/s
A energia absorvida no impacto corresponde à diferença entre a energia potencial
do pêndulo na altura de queda e a energia potencial do pêndulo na altura de rebote, dada por:
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Eimpacto = m . g . (Hq – Hr)

1º ensaio (corpo-de-prova):
No primeiro ensaio foi aplicada uma carga perpendicular à superfície lateral do
cilindro. Considerando-se a capacidade (Em) de 150 N.m referente a materiais frágeis e a
energia de impacto (Ei) medida pela máquina foi de 9,5 N.m. A energia de rebote (Er) pode
ser calculada pela expressão:
Ei = Em – Er – Ed
Onde:
Ei – Energia de impacto.
Em – Energia de capacidade máxima da máquina.
Er – Energia de rebote.
Ed – Energia dissipada.
9,5 = 150 – Er – 6,25
9,5 – 143,75 = -Er
Er = 134,25 N.m
Calculando a altura de rebote:
 Eimpacto – Edissipada = 9,5 N.m – 6,25 N..m = 3,25 N.m
 m = 9,9 Kg
 g = 9,81 m/s²
 Hq = 1,57 m
 Hr = ?
Eimpacto - Edissipada = m . g . (Hq – Hr)
3,25 N.m = (9,9 Kg) . (9,81 m/s²) . [(1,57 m) – Hr]

3,25 = 97,12 . [(1,57) – Hr]

3,25 = 152,48 – 97,12Hr

3,25 – 152,48 = -97,12Hr

- 149,23 = -97,12Hr (-1)

Hr = 1,53 m
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2º ensaio (corpo-de-prova):
No segundo ensaio foi aplicada uma carga perpendicular à superfície externa do
cilindro. Considerando-se a capacidade (Em) de 150 N.m referente a materiais frágeis e a
energia de impacto (Ei) medida pela máquina foi de 8,75 N.m. A energia de rebote (Er) pode
ser calculada pela expressão:

Ei = Em – Er – Ed

8,75 = 150 – Er – 6,25

8,75 – 143,75 = Er

Er = 135 N.m

Calculando a altura de rebote:


 Eimpacto – Edissipada = 8,75 N.m – 6,25 N..m = 2,5 N.m
 m = 9,9 Kg
 g = 9,81 m/s²
 Hq = 1,57 m
 Hr = ?

Eimpacto - Edissipada = m . g . (Hq – Hr)

2,5 N.m = (9,9 Kg) . (9,81 m/s²) . [(1,57 m) – Hr]

2,5 = 97,12 . [(1,57) – Hr]

2,5 = 152,48 – 97,12Hr

2,5 – 152,48 = -97,12Hr

-149,98 = -97,12Hr (-1)

Hr = 1,54 m
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6. Conclusão:
O ensaio de impacto realizado no laboratório nos permite de forma clara,
identificar e conhecer as propriedades dos materiais frágeis, tanto cristalinos como fibrosos. O
ensaio obteve sucesso e demonstrou de forma objetiva e didática o rompimento de um
material de prova comumente encontrado em diversas áreas da construção civil. No entanto,
não foram identificadas possíveis fontes de erros nos dados em virtude do bom resultado
obtido.

7. Pós-textuais
“São muitos os responsáveis por nossa vitória, mas os que estão por trás dela nem
sempre recebem mérito justo. Sei da tua importância e dedico também a ti este momento".

8. Referências Bibliográficas
ASTM standard D 6110 - Standard Test Methods for determining the Charpy Impact
Resistance of Notched Specimens of Plastics.

GARCIA, A.; SPIM, J. A.; DOS SANTOS, C. A. Ensaios de Materiais. Ed. LTC, Rio de
Janeiro, 2000.

TELECURSO 2000 – Apostila Ensaio de Impacto.

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