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SOLOS COLAPSÍVEIS

Estevan Rodrigues
Naldelis dos Santos Pereira Junior
Renan Queiroz Nunes

RESUMO

Os solos colapsíveis são solos não saturados encontrados em diversas regiões do Brasil. Este
tipo de solo quando inundado apresenta grande deformação e perda de resistência. Na Escola
de Engenharia de São Carlos foi realizado um grande número de ensaios de placa para
verificação do comportamento de fundações diretas em solos colapsíveis. Os resultados de
capacidade de carga destes ensaios mostraram grande variabilidade, de acordo com o teor de
umidade do maciço geotécnico, que varia inversamente com a sucção matricial no solo. Visto
que a capacidade de carga de uma fundação direta apoiada em solo colapsível varia
significantemente com a sucção matricial do solo, é importante que esta variabilidade seja
considerada na análise de segurança e confiabilidade de projetos de fundações apoiadas em
solos colapsíveis. Danos a edificações (rachaduras e trincas) causados por recalques
diferenciais de fundações devido ao colapso do solo após elevação do teor de umidade são
observados em boa parte do Estado de São Paulo e em algumas regiões do Brasil. A presente
pesquisa tem como objetivo fins didáticos na disciplina de Comunicação Oral e Escrita
Aplicada na estimativa do comportamento de fundações diretas apoiadas em solo colapsível,
visto que neste caso os valores de capacidade de carga e de recalque variam com o teor de
umidade do solo (variação que pode ser causada por ruptura de condutos de água ou esgoto,
infiltração de água de chuva, fissuras e trincas em reservatório enterrado, ascensão do lençol
freático, etc.). Para este fim, será feito um estudo probabilístico utilizando-se um grande número
de dados obtidos em pesquisas anteriores realizadas em São Carlos. Com base nestes resultados
experimentais, será feita a análise de segurança e confiabilidade de fundações diretas em solos
colapsíveis. Os resultados desta pesquisa auxiliariam o projetista de fundações a definir fatores
de segurança tanto global quanto parciais para projetos de fundação em solos colapsíveis. (AU)

Palavras Chave: Solos colapsíveis, fundações.


ABSTRACT

The collapsible soils are unsaturated soils found in various regions of Brazil. This type of soil
when flooded has large deformation and strength loss. In the School of Engineering of São
Carlos was carried out a large number of plate assays for direct foundations of behavior check
in collapsible soils. The load capacity of these tests showed large variability, according to the
moisture content of geotechnical mass, which varies inversely with the soil matric suction.
Since the load capacity of a direct foundation supported by collapsible soil varies significantly
with the soil suction of the soil, it is important that this variability be considered in the safety
analysis and reliability of foundations projects supported by collapsible soils. Damage to
buildings (cracks and cracks) caused by differential settlements of foundations due to the
collapse of the soil after high moisture content are observed in much of the state of São Paulo
and in some regions of Brazil. This research aims at teaching purposes in Oral Communication
discipline and Applied Writing in estimating the behavior of direct foundations supported by
collapsible soil, since in this case the load capacity values and discharge vary with the moisture
content of the soil (variation that may be caused by breaking of water or sewage pipes, rainwater
infiltration, fissures and cracks in the reservoir buried rise of groundwater, etc.). To this end,
there will be a probabilistic study using a large number of data obtained in previous research in
São Carlos. Based on these experimental results, it will be the safety and reliability analysis of
direct foundations on collapsible soils. The results of this research would help the designer of
the foundations set safety factors both global and partial foundation for projects in collapsible
soils. (AU)

Keywords: Collapsible soils, foundation.


1. DEFINIÇÃO

Quando determinados solos experimentam aumento da quantidade de água em seus


vazios ou são umedecidos após aplicação de sobrecargas, estes podem sofrer uma redução de
volume expressa por uma variação do índice de vazios sem que necessariamente tenha havido
aumento das cargas aplicadas. Tal fenômeno tem sido atribuído ao colapso da estrutura dos
solos, donde esses solos têm recebido a designação de solos colapsíveis. Em alguns casos,
outros termos têm sido utilizados para descrever este comportamento, dentre os quais podem
ser citados: subsidência, hidro compactação e hidro consolidação (VILAR et al., 1981;
COLLARES, 1997; PINTO, 2000). Fisicamente, o fenômeno do colapso está relacionado à
perda de resistência do solo não saturado e pode ocorrer em função da perda dos vínculos que
mantinham as partículas sólidas unidas ou pela destruição dos efeitos capilares. As condições
nas quais o processo se desencadeia podem levar a crer que variados tipos de solos podem estar
sujeitos ao colapso, no entanto algumas condições próprias de ocorrência do processo e
características básicas dos solos colapsível devem ser satisfeitas para que o colapso ocorra.

2. IDENTIFICAÇÃO

Os índices físicos são bons indicadores para a caracterização de solos colapsíveis. A


literatura geotécnica, ao longo dos anos, sempre relacionou a potencialidade de alguns solos
sofrerem colapso em função de seus índices físicos. Segundo Dudley (1970), dois pontos
principais configuram o solo como colapsível: uma estrutura porosa (caracterizada por um
elevado índice de vazios) e uma umidade menor que a necessária para sua completa saturação.
Já Barden et al. (1973), dentre algumas condições necessárias para a manifestação do colapso,
destacam a existência de uma estrutura parcialmente saturada porosa e potencialmente instável.
Como regra geral pode-se afirmar, que em termos de índices físicos e limites de consistência,
as principais propriedades de tais solos podem ser assim resumidas: valores de massa específica
aparente seca geralmente baixos; porosidade e índice de vazios altos; baixos valores de grau de
saturação; textura predominantemente arenosa e baixa plasticidade.

3. POSSÍVEIS SOLUÇÕES

Uma solução que pode viabilizar o emprego de fundações por sapatas em solos
colapsíveis consiste na remoção da camada de apoio de cada sapata, na espessura
correspondente a largura da sapata, e sua reposição em subcamadas compactadas.
Esse procedimento foi comprovado como eficaz para a quase eliminação do recalque de
colapso e consequente emprego de fundações por sapatas em solos colapsíveis. Em construções
mais simples, não há necessidade de controle rigoroso da compactação, bastando uma
compactação manual com controle apenas visual.
Obviamente, quanto mais espessa a camada compactada, melhor o efeito desejado. Mas
a justificativa para compactar o solo apenas até a metade do bulbo de tensões, além do aspecto
econômico, e que a profundidade z = B a parcela propagada equivale a somente 25% da tensão
aplicada por uma sapata quadrada.

4. GERENCIAMENTO DE RISCOS

Os métodos e técnicas de identificação, avaliação ou análise de riscos devem


fundamentar a elaboração de programas de gerenciamento, envolvendo uma série de ações de
mitigação adequadas a cada situação ou nível de risco. Estas ações de mitigação, também são
identificadas como medidas de prevenção e controle, ou de naturezas estrutural e não estrutural
(AUGUSTO FILHO, 2001). De acordo com Augusto Filho (op. cit.), talvez o melhor indicador
do esforço mundial, no sentido de se aplicar as técnicas de análise e gerenciamento de risco
para os processos da dinâmica natural do nosso planeta, seja a ação da Organização das Nações
Unidas – ONU, que proclamou os anos 90 como a Década Internacional para Redução de
Desastres Naturais. Abordando a questão de prevenção de acidentes, Cerri (1993) estabelece os
objetivos, as respectivas medidas de prevenção e as correspondentes ações técnicas, destinadas
à prevenção de acidentes associados a escorregamentos em encostas ocupadas. Os objetivos
apontados pelo autor são: eliminar e/ ou reduzir os riscos instalados; evitar a instalação de novas
áreas de risco; e conviver com os riscos instalados. Para atingir esses objetivos o autor recorre
ao emprego de medidas estruturais e não estruturais. Medidas estruturais são as que têm por
objetivo principal evitar a ocorrência ou reduzir a magnitude dos processos geológicos, por
meio da implantação de obras de engenharia. Frequentemente exigem aplicação maciça de
capitais, no geral contemplando áreas restritas (CERRI, 2001).
5. CONCLUSÃO

A formação de solos colapsíveis depende dos fatores climáticos regionais e do ambiente


geológico, assim a forma de ocorrência dos mesmos no momento atual (residuais ou
transportados, perfis naturais ou proveniente de aterros compactados) pode ser bastante variada.
A escolha da solução de fundação sempre deve ser feita atendendo a critérios técnicos e
econômicos, levando em conta diversos fatores como o perfil do subsolo, as cargas da estrutura,
vizinhança, espaço disponível, dificuldade de escavação, nível do lençol freático,
disponibilidade de mão de obra e materiais, facilidade de acesso para máquinas e equipamentos
etc. A interação solo-estrutura deve garantir à edificação um comportamento satisfatório, com
deslocamentos pequenos e ampla margem de segurança contra ruína.
REFERÊNCIAS
BUENO, B. S. & VILAR, O. M. (1998) Apostila de Mecânica dos Solos, vol. 2,
Departamento de Geotecnia, Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP).
CINTRA, J.C.A. (1998). Fundações em Solos Colapsíveis. São Carlos, SP. Projeto Reenge,
Escola de Engenharia de São Carlos – USP, 116p.
LOLLO, J.A. (2008). Solos Colapsíveis : Identificação, Comportamento, Impactos, S689
Riscos e Soluções Tecnológicas. – São Paulo : Cultura Acadêmica : Universidade Estadual
Paulista, Pró Reitoria de Graduação, 262 p.

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