Sie sind auf Seite 1von 21

Rua Nilo Soares Ferreira nº 50 - CEP 11750-000 - Fone (0xx13) 3451.

1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>

LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 03 DE JUNHO DE 2008.

INSTITUI A LEI DE USO DO SOLO DO MUNICÍPIO


DE PERUÍBE E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

D R A. J UL I E T A F UJ I NA M I O M U RO , P RE F E I T A M UNI CI P AL D A
E ST Â NC I A B AL NE ÁR I A DE P ER UI B E , F AZ S A B E R Q UE A C Â M A R A
M U NI C I P AL E M S E S S Õ E S O RD I NÁ R I A S R E AL I Z AD AS NO S D I AS 2 1 E
29 DE MAIO DE 2008 A PR O V O U E E U S A NC I O NO E P R O M UL G O A
S EG UI NT E L E I .
ÍNDICE

Capítulo I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ........................................................ 2


Capítulo II DO USO DO SOLO .................................................................................... 3
SEÇÃO I DA ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL ..................................................... 3
SEÇÃO II DOS USOS GERADORES DE INCOMODIDADES ............................. 3
Subseção I Da Poluição Sonora........................................................................ 4
Subseção II Da Poluição Atmosférica ............................................................... 5
Subseção III Da Poluição Hídrica ...................................................................... 6
Subseção IV Da Geração de Resíduos Sólidos ................................................ 7
Subseção V Da Vibração .................................................................................. 8
Subseção VI Da Periculosidade ........................................................................ 8
Subseção VII Da Geração de Tráfego de Veículos Pesados............................. 9
Subseção VIII Da Geração de Tráfego de Veículos Leves .............................. 10
SEÇÃO III DAS ATIVIDADES COM RESTRIÇÕES ESPECIAIS ....................... 10
Capítulo III DO ESTUDO PRÉVIO DO IMPACTO DE VIZINHANÇA ......................... 11
SEÇÃO I DOS EMPREENDIMENTOS DE IMPACTO........................................ 12
SEÇÃO II DO RELATÓRIO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA............................. 12
SEÇÃO III DA ANÁLISE DO RELATÓRIO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA...... 14
SEÇÃO IV DA EXPEDIÇÃO DO ALVARÁ PARA EMPREENDIMENTOS DE
IMPACTO.................................................................................................................... 15
Capítulo IV DO PROCESSO ADMINISTRATIVO....................................................... 15
SEÇÃO I DA CERTIDÃO DE DIRETRIZES E DO ENQUADRAMENTO DA
ATIVIDADE ................................................................................................................. 15
SEÇÃO II DA EMISSÃO DO ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO ......................... 16
SEÇÃO III DAS PENALIDADES ........................................................................ 17
SEÇÃO IV DOS USOS E ATIVIDADES DESCONFORMES .............................. 18
Capítulo V DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS...................................... 19

- Peruíbe terra da eterna juventude - 1


Rua Nilo Soares Ferreira nº 50 - CEP 11750-000 - Fone (0xx13) 3451.1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>

LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 03 DE JUNHO DE 2008.

Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1°. A produção e organização do espaço urbano do Município de Peruíbe, tendo


como princípio fundamental a função social da propriedade urbana e da cidade, obedecerá às
diretrizes estabelecidas no Estatuto da Cidade, na Lei Orgânica do Município de Peruíbe e às
normas contidas nesta Lei, complementar ao Plano Diretor do Município.

Art. 2°. As disposições desta Lei deverão ser observadas nos casos de concessão de
alvarás de funcionamento de usos e atividades, bem como emissão de certidões de diretrizes e
realização de medidas a eles vinculadas.

Art. 3°. Nenhuma nova atividade poderá ser iniciada, em edifício novo ou existente, sem
o respectivo Alvará de Funcionamento emitido pela Prefeitura.

Art. 4°. Os responsáveis pelo funcionamento das atividades deverão também observar
as exigências específicas do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, da Vigilância
Sanitária Municipal e Estadual, das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas –
ABNT, das normativas do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA e do Código de
Trânsito Brasileiro, bem como demais normas específicas de cada matéria.

Art. 5°. São objetivos desta Lei:


I – regulamentar as normas de uso do solo instituídas pelo Plano Diretor;
II – simplificar as normas de uso do solo evitando o excesso de regulamentação;
III – estabelecer critérios de utilização do solo, tendo em vista o cumprimento da função
social da cidade e da propriedade;
IV – orientar o crescimento da cidade visando minimizar os impactos sobre áreas
ambientalmente frágeis;
V – promover, por meio de um regime urbanístico adequado, a qualificação do ambiente
urbano;
VI – compatibilizar usos e atividades diferenciadas, complementares entre si, tendo em
vista a eficácia dos serviços e da infra-estrutura;
VII – exigir medidas compensatórias e mitigadoras para empreendimentos e atividades
geradores de impactos socioambientais e incômodos à vida urbana;
VIII – promover a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de
urbanização.

Art. 6°. Para os efeitos desta Lei, consideram-se:


I – Atividade: refere-se ao tipo de atividade econômica que será desenvolvida: comercial,
serviços e/ou industrial;
II – Corredores: faixas das áreas que acompanham as principais vias do sistema viário
municipal e que exigem tratamento especial na definição de parâmetros reguladores de usos e
ocupação do solo, sobrepondo-se ao Macrozoneamento;
III – Incomodidade: a reação adversa de forma aguda ou crônica sobre o meio ambiente
natural e construído, tendo em vista suas estruturas físicas e sistemas sociais;
IV – Medidas mitigadoras: medidas que objetivam reduzir ou eliminar os impactos
previstos pela instalação do uso ou da atividade ao ambiente natural e urbano.
V – Poluente tóxico: aquele que apresenta agentes tóxicos entendidos como qualquer
substância ou mistura cuja inalação, ingestão ou absorção cutânea tenha sido cientificamente
comprovada como tendo efeito adverso (tóxico, carcinogênico, mutagênico, teratogênico ou
ecotoxicológico);
VI – Poluente gasoso não-tóxico: aquele que não apresenta agentes tóxicos;
VII – Ruído de fundo: é o ruído já existente no local antes da instalação do uso e/ou da
atividade;

- Peruíbe terra da eterna juventude - 2


Rua Nilo Soares Ferreira nº 50 - CEP 11750-000 - Fone (0xx13) 3451.1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>

LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 03 DE JUNHO DE 2008.


VIII – Testada: comprimento da frente do lote ou gleba, expressa em metros, medida
entre as divisas laterais do lote ou gleba;
IX – Uso: se refere ao tipo de utilização do imóvel, como: a) habitacional, b) não-
habitacional ou c) misto.

Capítulo II
DO USO DO SOLO

SEÇÃO I
DA ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL

Art. 7°. A organização territorial, para fins de regulação do uso do solo do Município, tem
como base:
I – as diretrizes de ordenamento territorial definidas pelo Plano Diretor;
II – a hierarquização do sistema viário municipal;
III – a legislação ambiental incidente.

Art. 8°. Para fins de ordenamento territorial, as vias classificam-se em:


I – corredores de alta capacidade de tráfego: são as avenidas de caráter regional ou
municipal mais adequadas a suportar o tráfego de grande porte e pelo mesmo motivo mais
adequada à recepção de atividades mais incômodas;
II – corredores comerciais: são as avenidas que formam a base do sistema viário
municipal, excluídas as descritas no inciso anterior, e são mais adequadas à recepção de
atividades de nível de incômodo intermediário;
III – o grupo das demais vias, caracterizadas sobretudo pelo uso residencial e o tráfego
local, são destinadas à recepção das atividades de baixo ou nenhum incômodo.
§ 1°. As vias classificadas dentro dos parâmetros dos incisos I e II constam do Anexo I
desta lei, sendo as demais vias classificadas dentro do grupo do inciso III.
§ 2°. O perímetro das vias classificadas dentro dos parâmetros dos incisos I e II fica
definido pelos lotes que possuem testada de frente para a via pública definida como Corredor,
respeitando uma profundidade máxima de 100m (cem metros) contados a partir do
alinhamento predial, ou até a primeira via paralela, adotando-se sempre o limite que apresenta
menor dimensão.

SEÇÃO II
DOS USOS GERADORES DE INCOMODIDADES

SEÇÃO III

Art. 9°. Todos os usos e atividades poderão ser instalados no território Municipal, desde
que obedeçam as condições estabelecidas nesta Lei, quanto aos requisitos de instalação em
relação ao padrão básico de incomodidade.
Art. 10. Para efeitos desta Lei, utilizar-se-á para a classificação do uso do solo:
I – a classificação do grau de incomodidade;
II – os critérios para análise do grau de incomodidade; e
III – os demais critérios e definições já estabelecidos no Plano Diretor.

Art. 11. A localização dos usos e das atividades no território municipal estará
condicionada a incomodidade gerada pelo uso ou pela atividade e a compatibilidade deste
incômodo com as características e objetivos da Macrozona e da Via em que pretende se
instalar.

- Peruíbe terra da eterna juventude - 3


Rua Nilo Soares Ferreira nº 50 - CEP 11750-000 - Fone (0xx13) 3451.1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>

LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 03 DE JUNHO DE 2008.


Art. 12. Os usos e atividades, de acordo com o Plano Diretor, são classificados em:
I – não incômodos;
II – incômodos 1;
III – incômodos 2.
§ 1°. Os usos e atividades enquadrados na categoria não incômodos poderão se instalar
em qualquer porção do território municipal.
§ 2°. O uso habitacional é considerado não incômodo no tocante aos parâmetros
enquadrados nesta seção.
§ 3°. Os usos e atividades enquadrados como incômodos serão classificados em
permitidos e não permitidos para cada via do território municipal de acordo com o Anexo I.
§ 4°. Os usos e atividades incômodos poderão alterar sua classificação desde que
cumpram medidas mitigadoras que reduzam seu grau de incomodidade.
§ 5°. A adequação do uso, atividade ou edificação para redução do incômodo gerado
será de responsabilidade exclusiva do proprietário ou responsável pelo empreendimento não
cabendo ao Município a definição das alterações e mudanças necessárias para sua
adequação.

Art. 13. Nos termos do Plano Diretor, para fins de análise e enquadramento dos usos e
das atividades nos graus de incomodidade, de acordo com o Anexo II, deverão ser observados
seus potenciais de incômodo em relação aos seguintes critérios:
I – poluição sonora;
II – poluição atmosférica;
III – poluição hídrica;
IV – geração de resíduos sólidos;
V – vibração;
VI – periculosidade;
VII – geração de tráfego pesado;
VIII – geração de tráfego leve.

Art. 14. Nos casos em que o uso ou a atividade for enquadrado em mais de um critério
de incomodidade prevalecerá, para fins de definição do grau de incômodo do uso ou da
atividade, aquele que indicar o maior grau.

Subseção I
Da Poluição Sonora

Art. 15. As atividades que apresentam conflitos de vizinhança pelo impacto sonoro que
produzem aos imóveis localizados no entorno serão consideradas produtoras de poluição
sonora.

Art. 16. Quaisquer usos ou atividades, para se instalarem no Município, deverão


respeitar um padrão de emissão de ruído estabelecido para sua localização e de acordo com o
período do dia.

Art. 17. Com relação à poluição sonora os usos ou atividades classificam-se em:
I – não incômodo: os que produzem ruídos no período diurno de até 65dB(A) (sessenta e
cinco decibéis) e no noturno de até 55dB(A) (cinqüenta e cinco decibéis);
II – incômodo 1: os que produzem ruídos no período diurno de até 75dB(A) (setenta e
cinco decibéis) e no noturno de até 65dB(A) (sessenta e cinco decibéis);
III – incômodo 2: os que produzem ruídos no período diurno de até 85dB(A) (oitenta e
cinco decibéis) e no noturno de até 75dB(A) (setenta e cinco decibéis).

- Peruíbe terra da eterna juventude - 4


Rua Nilo Soares Ferreira nº 50 - CEP 11750-000 - Fone (0xx13) 3451.1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>

LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 03 DE JUNHO DE 2008.


§ 1°. São proibidas atividades que produzem ruídos superiores aos padrões
estabelecidos para o incômodo 2.
§ 2°. Considera–se, para efeitos desta Lei, período diurno aquele compreendido das 7h
às 22h de segunda a sábado e das 9h às 22h e nos domingos e feriados, e período noturno os
demais horários.
§ 3°. A medição do ruído será feita na porta frontal do estabelecimento ou dentro do
imóvel atingido pelo incômodo, conforme normas da ABNT.
§ 4°. Quando o ruído de fundo for igual ao limite estabelecido pela lei, será tolerada uma
margem de até 3dB(A) (três decibéis) na medição do ruído.
§ 5°. Serão toleradas no período diurno medições de ruído até 5dB(A) (cinco decibéis)
superiores quando a atividade funcionar por no máximo 4 (quatro) horas no dia e de 10dB(A)
(dez decibéis) superiores quando a atividade funcionar por no máximo 2 (duas) horas no dia.

Art. 18. Havendo descumprimento das condições estabelecidas nesta seção, serão
aplicadas, em seqüência:
I – advertência;
II – multa;
III – interdição das atividades, até a realização de medidas mitigadoras;
IV – cassação do alvará.

Subseção II
Da Poluição Atmosférica

Art. 19. Considera-se produtora de poluição atmosférica a atividade que emite para o
meio ambiente poluente atmosférico de qualquer forma de matéria ou energia com intensidade
e em quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis
estabelecidos pelos órgãos ambientais competentes, e que tornem ou possam tornar o ar:
I – impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde;
II – inconveniente ao bem-estar público;
III – danoso aos materiais, à fauna e flora;
IV – prejudicial à segurança ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da
comunidade.

Art. 20. Com relação à poluição atmosférica os usos ou atividades classificam-se em:
I – não incômodo: as atividades que não emitem poluente atmosférico, gasoso ou
particulado, para o meio ambiente;
II – incômodo 1: as atividades que emitem poluente atmosférico não-tóxico e não-
particulado para o meio ambiente;
III – incômodo 2: as atividades que emitem poluente atmosférico tóxico ou particulado
para o meio ambiente.
§ 1°. São considerados emissores de materiais particulados depósitos de material a
granel que possam ser carreados pelo vento ou chuva.
§ 2°. Não serão considerados incômodos os gases emitidos por restaurantes, pizzarias e
similares, desde que os mesmos realizem tratamentos para minimização da saída de gases do
estabelecimento.

Art. 21. As medidas mitigadoras exigidas para o licenciamento das atividades


classificadas como incômodo 1 ou 2 deverão contemplar minimamente:
I – a instalação de sistemas ou edificações que reduzam o impacto provocado pela
emissão de poluentes na atmosfera;

- Peruíbe terra da eterna juventude - 5


Rua Nilo Soares Ferreira nº 50 - CEP 11750-000 - Fone (0xx13) 3451.1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>

LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 03 DE JUNHO DE 2008.


II – o isolamento das áreas de estocagem de material particulado, que evitem sua
dispersão pelo ar ou água;
III – afastamentos das fontes e alturas de descargas dos agentes poluidores, que
permitam uma boa dispersão;
IV – uso de filtros ou outros dispositivos que permitam baixar as concentrações
ambientais a padrões de qualidade, abaixo dos estabelecidos pelos órgãos ambientais
competentes.

Art. 22. As atividades que dependem de licenciamento ambiental estadual cumprirão,


sem prejuízo desta lei, as medidas mitigadoras estabelecidas pelo órgão ambiental
competente.

Subseção III
Da Poluição Hídrica

Art. 23. Os usos ou atividades que produzem efluentes líquidos incompatíveis ao


lançamento nos corpos hídricos ou sistema coletor de esgoto ou provocam poluição no lençol
freático serão considerados produtores de poluição hídrica.

Art. 24. Com relação à poluição hídrica os usos ou atividades classificam-se em:
I – não incômodo: as atividades que emitem efluente líquido compatível com lançamento
direto na rede de esgoto ou corpos hídricos;
II – incômodo 1: as atividades que produzem efluente líquido potencialmente poluente.
Art. 25. Considera-se potencialmente poluidora o uso ou atividade que no modo de
produção emite ou produz efluentes com pelo menos uma das seguintes características:
I – concentração de demanda bioquímica de oxigênio (DBO) em 5 (cinco) dias a 20°C
(vinte graus celsius), em qualquer amostra, superior a 5mg/l de oxigênio, quando o oxigênio
dissolvido (OD), em qualquer amostra, for inferior a 4mg/l de oxigênio;
II – presença de coliformes superior a 2.500 (dois mil e quinhentos) por 100ml;
III – Ph menor que 5 ou maior que 9;
IV – presença de materiais sólidos ou sedimentáveis;
V – presença de gorduras em excesso, sangue e chorume;
VI – presença de óleos, graxas, solventes, substâncias explosivas ou inflamáveis;
VII – substâncias potencialmente tóxicas a processos biológicos de tratamentos de
esgoto;
VIII – presença de elementos químicos considerados poluentes pelo órgão de
licenciamento ambiental, acima das concentrações por ele estabelecidas.

Art. 26. O lançamento de efluentes líquidos, direta ou indiretamente na rede de esgoto,


estará vinculado a determinações do órgão estadual competente e da concessionária
responsável pelo serviço.

Art. 27. As medidas mitigadoras para a instalação de atividades classificadas como


incômodo 1 são:
I – realizem tratamento especial de efluentes, com disposição final dentro de parâmetros
adequados aprovados pela Vigilância Sanitária, órgão de saneamento e órgãos ambientais;
II – possuam caixas separadoras de coleta e tratamento de materiais sedimentáveis,
óleos, graxas, solventes, inflamáveis, materiais potencialmente tóxicos a processos biológicos
de tratamentos de esgoto, sendo terminantemente proibido seu lançamento, mesmo após
tratamento, na rede de esgotos ou disposição no solo;
III – possuir licenciamento ambiental emitido pelo órgão competente e o cumprimento das
medidas mitigadoras por ele impostas.

- Peruíbe terra da eterna juventude - 6


Rua Nilo Soares Ferreira nº 50 - CEP 11750-000 - Fone (0xx13) 3451.1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>

LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 03 DE JUNHO DE 2008.


§ 1°. A Vigilância Sanitária poderá determinar pontos de lançamento a fim de melhor
distribuir a carga orgânica lançada nos corpos hídricos.
§ 2°. O Poder Executivo poderá, através de decreto municipal de acordo com estudo
elaborado pela vigilância sanitária municipal, determinar as condições para a instalação de
atividades enquadradas em critério de incomodidade 1.
Art. 28. Os efluentes líquidos provenientes dos estabelecimentos prestadores de
serviços de saúde e cemitérios, para serem lançados na rede pública de esgoto ou em corpo
receptor, devem atender às diretrizes estabelecidas pelos órgãos ambientais, gestores de
recursos hídricos e de saneamento competentes.

Art. 29. Admite-se a instalação de atividades incômodo 1 em áreas não-incômodas,


ainda que ultrapassados os limites acima descritos, desde que simultaneamente:
I – não estejam situadas dentro de Unidades de Conservação ambiental, nos Setores de
Parques e de Recuperação Ambiental estabelecidos pelo macrozoneamento do Plano Diretor;
II – sejam atendidas as medidas mitigadoras impostas pela Vigilância Sanitária
observadas as resoluções ambientais pertinentes à matéria.

Art. 30. Além dos critérios aqui estabelecidos, deverão ser observadas as normativas do
CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente e as exigências do órgão ambiental
estadual.
Subseção IV
Da Geração de Resíduos Sólidos
Art. 31. Os usos ou atividades que produzem, manipulam ou estocam resíduos sólidos
com riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública serão considerados geradores de
resíduos sólidos.

Art. 32. Consideram-se resíduos sólidos aqueles que estejam em estado sólido e semi-
sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial,
agrícola, de serviços e de varrição, classificando-se em:
I – perigosos;
II – não perigosos.

Art. 33. Os resíduos perigosos são aqueles que, em função de suas propriedades físicas,
químicas ou infecto-contagiosas apresentem riscos à saúde pública, provocando doenças ou
acentuando seus índices e riscos ao meio ambiente. São caracterizados como resíduos
perigosos, aqueles que em sua composição apresentem uma, ou mais, das seguintes
características:
I – inflamabilidade;
II – reatividade;
III – toxicidade;
IV – patogenicidade;
V – corrosividade, aqui entendida como aquela capaz de atacar outros materiais.

Art. 34. Os resíduos não perigosos são aqueles que, em função de suas propriedades
físicas ou químicas não apresentem riscos à saúde pública ou ao meio ambiente e ainda em
sua composição não apresentem nenhuma das características acima descritas, são eles:
I – resíduos orgânicos;
II – sucata de metais ferrosos e não-ferrosos;
III – resíduos de papel, papelão, plástico polimerizado, borracha, madeira, materiais
têxteis e minerais não-metálicos;
IV – areia de fundição;
V – bagaço de cana.

- Peruíbe terra da eterna juventude - 7


Rua Nilo Soares Ferreira nº 50 - CEP 11750-000 - Fone (0xx13) 3451.1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>

LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 03 DE JUNHO DE 2008.


Art. 35. Com relação à geração de resíduos sólidos os usos ou atividades classificam-se
em:
I – não incômodo: atividades que produzem resíduos sólidos não perigosos até 100
litros/dia;
II – incômodo 1: atividades que produzem resíduos sólidos não perigosos acima de 100
litros/dia e atividades que produzem resíduos sólidos perigosos até 100 litros/dia;
III – incômodo 2: atividades que produzem resíduos sólidos perigosos acima de 100
litros/dia.

Art. 36. O licenciamento das atividades classificadas como incômodo 1 ou 2 fica sujeita
ao atendimento das seguintes condições:
I – para as atividades classificadas como incômodo 1: o acondicionamento em recipientes
especiais, caixas ou containers, com tampas;
II – para as atividades classificadas como incômodo 2: além do uso de containers,
dependendo de sua classificação e agressividade à comunidade, pode ser exigido tratamento
ou disposição final através de meios apropriados.
§ 1°. Cabe aos geradores de resíduos de serviço de saúde e ao seu responsável legal o
gerenciamento dos resíduos desde a geração até a disposição final, de forma a atender aos
requisitos ambientais e de saúde pública e saúde ocupacional, sem prejuízo de
responsabilização solidária de todos aqueles, pessoas físicas e jurídicas que, direta ou
indiretamente, causem ou possam causar degradação ambiental, em especial os
transportadores e operadores das instalações de tratamento e disposição final.
§ 2°. Os sistemas de tratamento e disposição final de resíduos de serviços de saúde
devem estar licenciados pelo órgão ambiental competente para fins de funcionamento e
submetidos a monitoramento de acordo com os parâmetros e periodicidade definidos no
licenciamento ambiental.

Subseção V
Da Vibração

Art. 37. Considera-se vibração o impacto provocado pelo uso de máquinas ou


equipamentos que produzem choques repetitivos ou vibração sensível, causando riscos
potenciais à propriedade, ao bem estar ou à saúde pública.

Art. 38. Com relação à vibração os usos ou atividades classificam-se em:


I – não incômodo: as atividades que não emitem vibração ou choque para além das
divisas do lote em que se localizam;
II – incômodo 2: atividades que utilizam máquinas ou equipamentos que produzem
choque ou vibração que sejam sensíveis para além das divisas do lote.

Art. 39. As atividades enquadradas como incômodo 2 deverão executar medidas de


minimização da vibração e atendimento as normas pertinentes à matéria.

Subseção VI
Da Periculosidade

Art. 40. Consideram-se usos ou atividades perigosas aquelas que apresentem risco ao
meio ambiente e à saúde, em função da produção, comercialização, uso ou estocagem de
materiais perigosos, como explosivos, gás liquefeito de petróleo (GLP), inflamáveis, tóxicos e
equiparáveis.
Art. 41. Com relação à periculosidade os usos ou atividades classificam-se em:

- Peruíbe terra da eterna juventude - 8


Rua Nilo Soares Ferreira nº 50 - CEP 11750-000 - Fone (0xx13) 3451.1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>

LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 03 DE JUNHO DE 2008.


I – não incômodo: atividades que:
II – não estocam nem produzem explosivos;
III – armazenam combustíveis e inflamáveis líquidos com volume total até 5.000 (cinco
mil) litros;
IV – depositem GLP em botijões com estoque total inferior a 650 (seiscentos e cinqüenta)
quilos.
V – incômodo 1: atividades que:
VI – estoquem pólvora de fogos de artifício até 4.500 kg (quatro mil e quinhentos quilos)
ou explosivos de ruptura até 23 kg (vinte e três quilos) ou que não estoquem explosivos
iniciadores;
VII – depositem combustíveis e inflamáveis líquidos em tanques com volume total entre
5.000 (cinco mil) a 100.000 (cem mil) litros;
VIII – depositem GLP em botijões com estoque total entre 650 (seiscentos e cinqüenta) e
1.300 (um mil e trezentos) quilos ou depósito fixo de até 500 (quinhentos) litros.
IX – incômodo 2: atividades que:
X – estoquem pólvora de fogos de artifício acima de 4.500 kg (quatro mil e quinhentos
quilos) ou de explosivos de ruptura acima de 23 kg (vinte e três quilos) ou que não estoquem
explosivo incinerador;
XI – depositem combustíveis e inflamáveis líquidos em tanque com capacidade maior
que 100.000 (cem mil) litros;
XII – depositem GLP em botijões com estoque total superior a 1.300 (um mil e trezentos)
quilos ou depósito fixo superior a 500 (quinhentos) litros.

Art. 42. O licenciamento de atividades classificadas como incômodo 1 ou 2 nesta


subseção fica vinculada à apresentação de Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros e ao
atendimento das normas técnicas.

Subseção VII
Da Geração de Tráfego de Veículos Pesados

Art. 43. Consideram-se incômodas no que diz respeito à movimentação de veículos


pesados aquelas atividades que, em função de sua atividade, geram tráfego de grandes
veículos para comércio, carga, descarga, manutenção e demais usos, sobrecarregando o
pavimento que foi projetado para uso local.

Altera o parágrafo único do art. 44, pela Lei Complementar nº 174, de 19 de


dezembro de 2011, passa a se chamar § 1º, e acrescentam-se os § 2º e § 3º, com a
seguinte redação:
Art. 44. Com relação à movimentação de veículos pesados, para carga, descarga,
garagem, abastecimento e manutenção, as atividades classificam-se em:
I – não-incômodas: aquelas que movimentam apenas veículos leves e caminhões com no
máximo 2 (dois) eixos, não sendo permitida a movimentação de ônibus;
II – incômodo 1: aquelas que movimentam caminhões com 3 (três) eixos e/ou ônibus;
III – incômodo 2: aquelas que movimentam caminhões com mais de 3 (três) eixos.
§ 1º. As atividades classificadas como ‘incômodo 1’ poderão excepcionalmente se instalar
em vias locais desde que realizem a pavimentação do acesso ao estabelecimento até uma via
asfaltada.

§ 2º. Para os efeitos deste critério de incômodo, ficam classificados como geradores de
‘incômodo 1’ os postos de combustíveis e as lojas de veículos, independentemente dos
veículos que movimentem.

- Peruíbe terra da eterna juventude - 9


Rua Nilo Soares Ferreira nº 50 - CEP 11750-000 - Fone (0xx13) 3451.1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>

LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 03 DE JUNHO DE 2008.

§ 3º. Para os efeitos deste critério de incômodo, ficam classificados como geradores de
‘incômodo 2’ as atividades que façam estocagem e movimentação de containeres, mesmo em
caminhões com menos de 3 (três) eixos.

Parágrafo único. As atividades classificadas como incômodo 1 poderão excepcionalmente se


instalar em vias locais desde que realizem a pavimentação do acesso ao estabelecimento até uma via
asfaltada.

Subseção VIII
Da Geração de Tráfego de Veículos Leves
Art. 45. Consideram-se pólos geradores de tráfego os usos e atividades que, em função
do volume e do tipo de tráfego que produzem, causam incômodos ao trânsito e às atividades
em seu entorno.

Art. 46. Os usos ou atividades classificam-se em pólos geradores de tráfego, de acordo


com o disposto no Plano Diretor, a partir da análise do número de vagas de estacionamento
calculado de acordo com o Código de Obras, da seguinte forma:
I – não-incômodo: até 50 (cinqüenta) vagas de estacionamento;
II – incômodo 1: de 51 (cinqüenta e uma) até 200 (duzentas) vagas de estacionamento;
III – incômodo 2: acima de 200 (duzentas) vagas de estacionamento.
§ 1°. No tocante a este critério, os serviços de hospedagem são considerados não-
incômodos.
§ 2°. As atividades classificadas como incômodo 2 poderão se instalar em corredores
comerciais desde que sejam classificadas como empreendimentos de impacto, nos termos
desta lei, e realizem todos os procedimentos previstos para tal.
§ 3°. De acordo com o nível de impacto do empreendimento, serão exigidas medidas
mitigadoras do fluxo gerado, analisadas pelo órgão de trânsito municipal ou comissão
específica para este fim, de acordo com o estipulado pelo Código de Obras.
Art. 47. Ao se constatar prejuízo ao tráfego urbano decorrido do movimento gerado pelo
empreendimento, o Poder Executivo deverá procurar o empreendedor no sentido de minimizar
os impactos, através da realização de obras ou medidas mitigadoras.

SEÇÃO IV
DAS ATIVIDADES COM RESTRIÇÕES ESPECIAIS

Art. 48. Considera-se atividade com restrições especiais aquela que, devido à sua
característica, é incompatível com o uso residencial e turístico de veraneio e que obedeça a
pelo menos um dos critérios abaixo:
I – a atividade ou público gera incômodo de difícil mensuração ou classificação;
II – a atividade é incompatível com as diretrizes constantes do Plano Diretor;
III – impossibilidade de mitigação do impacto produzido pela atividade.

Art. 49. As Atividades com Restrições Especiais somente poderão se instalar sob as
seguintes condições:
I – Bares, boates e casas de shows serão classificados como incômodo 1;

- Peruíbe terra da eterna juventude - 10


10
Rua Nilo Soares Ferreira nº 50 - CEP 11750-000 - Fone (0xx13) 3451.1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>

LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 03 DE JUNHO DE 2008.


II – Ferros-velho ou comércio de sucatas serão classificados como incômodo 1 e não
poderão se instalar no Setor de Interesse Turístico e na Macrozona Turística de Sol e Praia;
III – Oficinas mecânicas, borracharias, marcenarias, serralherias serão classificados
como incômodo 1;
IV – Estações de rádio base seguirão legislação municipal própria;
V – Campings só poderão se instalar nas Macrozonas de Adequação Urbano-Ambiental,
de Amortecimento da Juréia, de Proteção Ambiental (caso seja permitido pela autoridade da
unidade de conservação) e Rural de Desenvolvimento Agro-Ambiental.
Art. 50. A alteração da classificação das Atividades com Restrições Especiais fica
submetida à aprovação pelo Conselho da Cidade.

Capítulo III
DO ESTUDO PRÉVIO DO IMPACTO DE VIZINHANÇA

Art. 51. O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança - EIV - tem por objetivo sistematizar
os procedimentos que permitirão ao município compreender qual impacto determinado
empreendimento ou atividade poderá causar no ambiente socioeconômico, natural ou
construído, bem como dimensionar a sobrecarga na capacidade de atendimento de infra-
estrutura básica, quer sejam empreendimentos públicos ou privados, habitacionais ou não-
habitacionais.
§ 1°. O sistema de Estudo Prévio do Impacto de Vizinhança caracterizar-se-á pelo
processo democrático participativo que permita a avaliação comunitária dos resultados
impactantes da implantação de determinado empreendimento.
§ 2°. O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança deverá orientar o processo decisório
sobre a implantação de um empreendimento ou atividade de impacto, respeitando-se os
dispositivos desta lei e do Plano Diretor.

Art. 52. A elaboração e apreciação do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança - EIV,


incluindo a fixação de medidas compensatórias e mitigadoras, observarão:
I – as diretrizes estabelecidas para a área de influência do empreendimento ou atividade;
II – as estimativas, metas e parâmetros, quando existentes, relacionadas aos padrões de
qualidade urbana e ambiental fixados nos planos governamentais ou em outros atos
normativos federais, estaduais e municipais, bem como as normas técnicas expedidas pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT;
III – os programas e projetos governamentais propostos e em implantação na área de
influência do empreendimento, atividade ou obra.
§ 1°. Ficam dispensados da elaboração do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança os
projetos dos empreendimentos destinados a Habitações de Interesse Social – HIS.
§ 2°. Projetos que passem por Operações Urbanas deverão necessariamente elaborar o
Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança, nos termos desta lei.

Art. 53. A abrangência da vizinhança de que tratará o EIV fica definida pelas seguintes
áreas:
I – a extensão das vias públicas que circunscrevem o empreendimento considerado, para
avaliação de impactos sobre as redes de serviços públicos;
II – a extensão das vias públicas que circunscrevem o empreendimento considerado e a
extensão das vias de acesso até os nós de tráfegos mais próximos, para avaliação de impactos
sobre os sistemas viário e de transportes públicos;
III – a quadra do empreendimento, mais as vias públicas lindeiras, mais os imóveis
lindeiros a estas vias públicas, para a avaliação de impactos sobre a paisagem, sobre as
atividades humanas instaladas, e sobre os recursos naturais.
- Peruíbe terra da eterna juventude - 11
11
Rua Nilo Soares Ferreira nº 50 - CEP 11750-000 - Fone (0xx13) 3451.1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>

LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 03 DE JUNHO DE 2008.

SEÇÃO I
DOS EMPREENDIMENTOS DE IMPACTO

Art. 54. Os empreendimentos de impacto são aqueles que podem causar danos ou
alterações nos ambientes socioeconômico, natural ou construído, ou sobrecarga na
capacidade de atendimento de infra-estrutura básica, quer sejam construções públicas ou
privadas, habitacionais ou não-habitacionais.
Art. 55. São considerados empreendimentos de impacto:
I – estações de tratamento de efluentes;
II – cemitérios e crematórios;
III – presídios;
IV – subestação de energia elétrica;
V – atividades de extração mineral;
VI – qualquer empreendimento não-habitacional, com pretensão de se instalar em locais
onde é permitido o nível de incômodo 1, em que o número de vagas calculado pelo Código de
Obras for superior a 200 (duzentos);
VII – qualquer empreendimento, excluídos os parcelamentos de solo não-integrados à
edificação, em que o número de vagas calculado pelo Código de Obras for superior a 200
2
(duzentos) ou que tenha área de implantação do empreendimento superior a 20.000m (vinte
mil metros quadrados).

Art. 56. Quando entender necessário, o Poder Executivo poderá definir como
impactantes, por meio de decreto, outros empreendimentos não mencionados nesta seção,
com prévio parecer do Conselho da Cidade.

SEÇÃO II
DO RELATÓRIO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Art. 57. O Relatório de Impacto de Vizinhança – RIV deve reunir o conjunto de estudos e
documentos destinados à identificação e à avaliação dos impactos positivos e negativos
esperados em virtude da implantação de empreendimento ou de atividade em determinado
local.
§ 1°. O RIV também deve prever medidas a serem implantadas e que propiciem a
redução ou eliminação dos possíveis impactos negativos potenciais ou efetivos.
§ 2°. O RIV deverá ser elaborado por arquiteto urbanista devidamente inscrito e
regularizado na Prefeitura e no CREA – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia – Seção São Paulo, com recolhimento da respectiva ART – Anotação de
Responsabilidade Técnica.

Art. 58. O Relatório de Impacto de Vizinhança será elaborado de acordo com diretrizes
expedidas pelo órgão municipal competente, devendo conter, naquilo que couber:
I – caracterização do empreendimento ou atividade, contemplando:
II – localização e acessos gerais;
III – atividades previstas no empreendimento;
IV – áreas, dimensões, volumetria;
V – levantamento planialtimétrico do imóvel;
VI – mapeamento das redes de água pluvial, água, esgoto, luz e telefone no perímetro do
empreendimento;

- Peruíbe terra da eterna juventude - 12


12
Rua Nilo Soares Ferreira nº 50 - CEP 11750-000 - Fone (0xx13) 3451.1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>

LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 03 DE JUNHO DE 2008.


VII – capacidade de atendimento pelas concessionárias de redes de água pluvial, água,
esgoto e telefone para a implantação do empreendimento.
VIII – caracterização das condições viárias da região:
IX – entradas, saídas, geração de viagens e distribuição no sistema viário;
X – sistema viário e de transportes coletivos do entorno;
XI – compatibilização do sistema viário com o empreendimento.
XII – caracterização da área de influência do empreendimento ou atividade, analisando:
XIII – equipamentos urbanos e comunitários existentes na localidade e que serão
utilizados pelo empreendimento ou atividade ou por seus usuários e empregados;
XIV – planos, programas e projetos governamentais previstos ou em implantação na área
de influência do empreendimento ou atividade;
XV – indicação das zonas de uso constantes do Plano Diretor das quadras limítrofes à
quadra ou quadras onde o imóvel está localizado;
XVI – identificação dos bens tombados pelo CONDEPHAAT, no raio de 300 (trezentos)
metros contados do perímetro do imóvel ou imóveis onde o empreendimento está localizado;
XVII – identificação de fauna e flora, através de laudo técnico, quando situar-se dentro de
unidade de conservação ou em área com presença significativa de vegetação;
XVIII – normas jurídicas federais, estaduais e municipais incidentes.
XIX – avaliação do impacto potencial ou efetivo do empreendimento ou atividade,
considerando:
XX – estimativa do aumento do número de pessoas que habitarão ou freqüentarão
diariamente a área de influência;
XXI – demanda adicional por serviços públicos na localidade, sempre que possível,
quantificando a ampliação necessária ou descrevendo as alterações, especialmente quanto ao
transporte público e saneamento ambiental;
XXII – estimativa quantitativa e qualitativa de emissão de resíduos sólidos, líquidos e
gasosos, incluindo aqueles realizados através do sistema de esgotamento sanitário;
XXIII – níveis de ruído emitidos;
XXIV – modificação do ambiente paisagístico;
XXV – influência na ventilação, iluminação natural e sombreamento sobre os imóveis
vizinhos;
XXVI – estimativa de geração de empregos diretos e indiretos, nas fases de construção e
de operação, categorizados por nível de escolaridade e/ou área de atuação;
XXVII – efeitos ou vinculação em relação aos planos, programas e projetos
governamentais previstos ou em implantação na área de influência do empreendimento ou
atividade;
XXVIII – descrição dos demais benefícios gerados em decorrência da implantação do
empreendimento ou atividade;
XXIX – destino final do material resultante do movimento de terra;
XXX – destino final do entulho da obra;
XXXI – existência de recobrimento vegetal de grande porte no terreno.
XXXII – proposição de medidas mitigadoras e compensatórias para todos os impactos
negativos, considerando todas as alternativas técnicas possíveis, estimando seus custos e
descrevendo os efeitos esperados da implantação.
XXXIII – certidão de diretrizes fornecida pelo órgão municipal competente.
Art. 59. Em razão dos tipos de empreendimento de impacto ou de sua localização, o
órgão municipal competente poderá exigir a análise ou contemplação de outros aspectos, tais
como:
I – características demográficas com dados de crescimento e distribuição da população
residente na área de influência;
II – características socioeconômicas da população residente na área de influência,
inclusive em termos de sua capacidade de absorção cultural e como força de trabalho e de
consumo em virtude da implantação ou do funcionamento do empreendimento ou atividade;

- Peruíbe terra da eterna juventude - 13


13
Rua Nilo Soares Ferreira nº 50 - CEP 11750-000 - Fone (0xx13) 3451.1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>

LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 03 DE JUNHO DE 2008.


III – existência de barreiras para acessibilidade na área de influência do empreendimento
ou atividade;
IV – levantamento dos usos e volumetria de todos os imóveis e construções existentes,
localizados nas quadras limítrofes à quadra ou quadras onde o imóvel está localizado;
V – deficiência quantitativa ou qualitativa preexistente na oferta de equipamentos urbanos
ou comunitários na área de influência;
VI – deficiência quantitativa ou qualitativa preexistente na prestação de serviços públicos
na área de influência;
VII – programas de monitoramento e acompanhamento dos impactos, indicando medidas
preventivas, compensatórias, corretivas ou mitigadoras, a metodologia e os parâmetros a
serem adotados e os prazos de execução.

Art. 60. O Poder Executivo poderá solicitar documentação comprobatória das


informações apresentadas e da viabilidade técnica de aplicação das medidas mitigadoras
previstas, sempre que julgar necessário.

Art. 61. Nos casos em que o Poder Público já exija o Estudo de Impacto Ambiental – EIA
e o Relatório de Impacto do Meio Ambiente - RIMA do empreendimento ou atividade, os pontos
contemplados pelos dois estudos não precisarão constar no Relatório de Impacto de
Vizinhança - RIV.

Art. 62. O Poder Executivo poderá solicitar a complementação, correção ou


esclarecimento das informações apresentadas no relatório, antes de sua disponibilização
pública.

Art. 63. O Relatório de Impacto de Vizinhança - RIV apresentado para análise do Órgão
Competente do Poder Executivo Municipal deverá ser publicado, resumidamente se
necessário, no órgão oficial do município e ficar à disposição para consulta por qualquer
interessado pelo prazo mínimo de 30 (trinta) dias.

SEÇÃO III
DA ANÁLISE DO RELATÓRIO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Art. 64. Após a apresentação do RIV ao órgão competente do Poder Executivo


Municipal, este deverá emitir parecer técnico prévio no prazo de 7 (sete) dias e encaminhá-lo
ao Conselho da Cidade.

Art. 65. O Conselho da Cidade, munido do parecer técnico prévio do órgão competente
do Poder Executivo Municipal e do Relatório de Impacto de Vizinhança – RIV, realizará
Audiência Pública para discussão e deliberação acerca dos impactos positivos e negativos
previstos na implantação do Empreendimento de Impacto.
§ 1°. A audiência pública deverá ser marcada e amplamente divulgada com antecedência
mínima de 10 (dez) dias.
§ 2°. O interessado ou seu representante deverá comparecer à audiência para expor o
empreendimento a ser realizado e responder às perguntas dos presentes.

Art. 66. Após a realização da Audiência Pública, o Conselho da Cidade deverá emitir
parecer favorável ou desfavorável à implantação do Empreendimento de Impacto,
considerando todas as questões levantadas no processo de discussão pública.
Parágrafo único. O Conselho da Cidade terá o prazo de 30 dias a partir da emissão do
parecer prévio do órgão competente do Poder Executivo Municipal, para emitir parecer
favorável ou desfavorável à implantação do Empreendimento de Impacto.

- Peruíbe terra da eterna juventude - 14


14
Rua Nilo Soares Ferreira nº 50 - CEP 11750-000 - Fone (0xx13) 3451.1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>

LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 03 DE JUNHO DE 2008.


Art. 67. O órgão competente do Poder Executivo Municipal elaborará parecer técnico
conclusivo, no prazo de 7 (sete) dias, opinando acerca da expedição do alvará, tendo realizado
a audiência pública e observando o parecer elaborado pelo Conselho da Cidade.

Art. 68. Caso opte pela concessão do alvará, o órgão municipal competente deverá
indicar as condições a serem observadas na implantação do Empreendimento de Impacto.

SEÇÃO IV
DA EXPEDIÇÃO DO ALVARÁ PARA EMPREENDIMENTOS DE IMPACTO

Art. 69. A expedição de alvarás concedendo aprovação da instalação dos


empreendimentos de impacto está condicionada à aprovação do Relatório de Impacto de
Vizinhança pelo Poder Executivo e emissão de parecer do Conselho da Cidade.

Art. 70. O município exigirá, antes da expedição de qualquer alvará de funcionamento


para empreendimentos ou atividades sujeitos ao Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança -
EIV, o cumprimento de medidas mitigadoras e compensatórias que atenuem os impactos e
incomodidades de acordo com os termos do Plano Diretor.

Art. 71. A implantação e a manutenção das medidas mitigadoras e compensatórias serão


feitas às expensas do interessado no licenciamento, no prazo indicado no ato de aprovação,
sob pena de:
I – não expedição do alvará de funcionamento, caso a implantação das medidas
mitigadoras e compensatórias seja condição prévia para estes atos;
II – multa aplicável, cujo valor será equivalente ao valor cobrado pela infração
correspondente à ausência de alvará de construção prevista na Lei do Código de Obras;
III – embargo da obra, após 30 (trinta) dias do decurso do prazo para cumprimento da
obrigação ou da descontinuidade na manutenção da medida exigida;
IV – suspensão das atividades, após 30 (trinta) dias do decurso do prazo para
cumprimento da obrigação ou da descontinuidade na manutenção da medida exigida;
V – cassação dos alvarás, após 60 (sessenta) dias do decurso do prazo para
cumprimento da obrigação ou da descontinuidade na manutenção da medida exigida;
§ 1°. Estas penas são aplicáveis sem prejuízo a outras sanções de ordem civil e penal.
§ 2°. A partir da segunda reincidência, o órgão municipal competente poderá promover o
procedimento administrativo para a cassação dos alvarás.

Capítulo IV
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

SEÇÃO I
DA CERTIDÃO DE DIRETRIZES E DO ENQUADRAMENTO DA ATIVIDADE

Art. 72. A Prefeitura Municipal deve disponibilizar certidão de diretrizes do imóvel ou da


atividade mediante solicitação feita a qualquer tempo.

Art. 73. Para solicitação da Certidão de Diretrizes do Imóvel – CDI, o interessado


fornecerá informações que possibilitem sua localização, para que a Prefeitura forneça
informações sobre os índices urbanísticos a serem aplicados, as atividades ali permitidas e as
condições para que se instalem.

Art. 74. Para solicitação da Certidão de Diretrizes da Atividade – CDA, o empreendedor


fornecerá informações sobre o empreendimento através do preenchimento da Ficha de
Informação (FIN), que conterá, minimamente, os seguintes dados:

- Peruíbe terra da eterna juventude - 15


15
Rua Nilo Soares Ferreira nº 50 - CEP 11750-000 - Fone (0xx13) 3451.1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>

LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 03 DE JUNHO DE 2008.


I – área construída do empreendimento;
II – número de vagas de estacionamento;
III – lotação do empreendimento, calculada pelo Código de Obras;
IV – uso e atividade pretendidos;
V – horário de funcionamento;
VI – parâmetros de incomodidade, conforme Anexo II desta Lei:
VII – dados sobre emissão de ruídos, incluindo equipamentos a serem utilizados;
VIII – dados sobre poluição atmosférica, como tipo de combustíveis utilizados, emissão
de partículas ou gases e tipo de processo produtivo;
IX – dados sobre os resíduos líquidos, como o destino da água e demais resíduos do
processo produtivo;
X – dados sobre os resíduos sólidos, como a quantidade gerada por dia, o tipo de resíduo
e a destinação;
XI – dados sobre utilização ou depósito de materiais perigosos como inflamáveis,
explosivos, tóxicos ou GLP;
XII – dados sobre a geração de tráfego como existência de pátio de carga e descarga,
tipo de via que pretende localizar-se e quantidade de acessos de caminhão, ônibus ou
similares.

Art. 75. Com base nas informações disponibilizadas na Ficha de Informação, o Poder
Executivo Municipal fornecerá uma Certidão de Diretrizes com o enquadramento da atividade
quanto ao grau de incomodidade, às medidas mitigadoras cabíveis, a necessidade de
adequação as exigências do Código de Obras e do Corpo de Bombeiros, quando couber.
§ 1°. Os casos que suscitarem dúvidas serão remetidos a uma comissão de servidores
efetivos criada especialmente para este fim, que será responsável por encaminhar
periodicamente ao Conselho da Cidade as deliberações efetuadas.
§ 2°. As certidões deverão ser fornecidas em, no máximo, 10 (dez) dias úteis.
§ 3°. A expedição da Certidão de Diretrizes pelo Poder Executivo Municipal não garante o
direito de instalar a atividade ou uso e suas informações permanecerão válidas durante a
vigência das disposições informadas.

SEÇÃO II
DA EMISSÃO DO ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO

Art. 76. Dependerão, obrigatoriamente, de Alvará de Funcionamento os


empreendimentos que iniciarão funcionamento de atividade ou sofrerão mudança de uso, salvo
para o uso habitacional.

Art. 77. Para solicitar o Alvará de Funcionamento o interessado deverá apresentar ao


órgão municipal competente requerimento com:
I – identificação do loteamento, quadra e lote do imóvel;
II – uso e atividade pretendidos;
III – Certidão de Diretrizes com enquadramento da atividade ou uso, quando possuí-la;
IV – descrição das medidas mitigadoras a serem adotadas, quando for o caso;
V – projeto arquitetônico com as medidas mitigadoras, quando for o caso;
VI – autorizações para funcionamento da atividade pretendida na edificação indicada,
quando exigido pela legislação, de:
VII – Corpo de Bombeiros (Auto de Vistoria);
VIII – órgãos ambientais (licenciamento ambiental);
IX – Vigilância Sanitária (documento ou despacho que ateste o cumprimento das
exigências).

- Peruíbe terra da eterna juventude - 16


16
Rua Nilo Soares Ferreira nº 50 - CEP 11750-000 - Fone (0xx13) 3451.1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>

LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 03 DE JUNHO DE 2008.


Parágrafo único. O prazo máximo para a emissão do Alvará de Funcionamento é de 30
(trinta) dias a partir da data de entrada do requerimento no órgão municipal competente.

Art. 78. A emissão de Alvará de Funcionamento de novas atividades em edificações já


existentes fica condicionada à adaptação da edificação às condições previstas no Código de
Obras e na Vigilância Sanitária, para exercício da atividade.

Art. 79. O Alvará de Funcionamento da Vigilância Sanitária não é suficiente para


autorizar o funcionamento da atividade, devendo ser tal recomendação expressa naquele
Alvará.

Art. 80. Os processos que apresentarem elementos incompletos ou incorretos,


necessitarem de complementação da documentação exigida por lei ou esclarecimento, serão
objeto de comunicados para que as falhas sejam sanadas.

Art. 81. O Alvará de Funcionamento será concedido quando atendidas as seguintes


condições:
I – atendimento às regulamentações desta lei;
II – atendimento às exigências da Vigilância Sanitária;
III – licenciamento ambiental, quando a atividade exigir;
IV – aprovação da atividade no Corpo de Bombeiros, quando exigido;
V – cumprimento de medidas mitigadoras previstas nesta lei e no Código de Obras;
VI – recolhimento das taxas e débitos referentes ao exercício da atividade.
§ 1°. O Alvará de Funcionamento será concedidos sempre a título precário, podendo ser
cassado caso a atividade, depois de licenciada, demonstre comprovadamente ser incômoda,
perigosa ou nociva à vizinhança ou ao sistema viário.
§ 2°. A cassação do Alvará não gerará qualquer direito à indenização.
Art. 82. Os Alvarás de Funcionamento dos empreendimentos enquadrados como
incômodo 2 terão validade de 1 (um) ano e sua renovação dependerá de Visita Técnica do
órgão municipal competente, para assegurar o cumprimento total desta Lei.

Art. 83. A transferência de local ou mudança de ramo de atividade comercial, de


prestação de serviço ou industrial, já em funcionamento, poderá ser autorizada se não
contrariar as disposições desta Lei.

Art. 84. O Alvará de Funcionamento de qualquer atividade considerada como perigosa,


nociva ou incômoda, dependerá da aprovação do projeto completo se for o caso, pelos órgãos
competentes da União, Estado e Município, além das exigências específicas de cada caso.

Art. 85. A instalação de obra ou atividade potencialmente geradora de modificações no


espaço urbano e no meio ambiente, terá sua aprovação condicionada à elaboração e
aprovação do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), conforme esta Lei e o Plano Diretor, a
ser apreciado pelos órgãos competentes da Administração Municipal e pelo Conselho da
Cidade.

SEÇÃO III
DAS PENALIDADES

Art. 86. A manifestação expressa da vizinhança, contra a permanência da atividade no


local licenciado, comprovando ser incômoda, perigosa ou nociva, poderá constituir-se em
motivo para a instauração do processo de cassação de alvará.

Art. 87. As atividades serão penalizadas quando o nível de incômodo for superior ao
permitido, conforme o caso, em:

- Peruíbe terra da eterna juventude - 17


17
Rua Nilo Soares Ferreira nº 50 - CEP 11750-000 - Fone (0xx13) 3451.1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>

LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 03 DE JUNHO DE 2008.


I – advertência;
II – multa;
III – interdição das atividades, até regularização da situação, com multa diária por
descumprimento da interdição.

Art. 88. A advertência será aplicada nos casos onde o incômodo excessivo é tolerável,
no curto prazo, podendo as adequações ocorrerem paralelamente ao funcionamento da
atividade sem danos maiores à coletividade.
§ 1°. O Poder Executivo, na constatação do incômodo fora dos padrões estipulados,
aplicará a advertência sobre a atividade exercida e estipulará prazo para sua correção, entre
30 (trinta) e 90 (noventa) dias.
§ 2°. Se após o período estipulado for constatado novamente a ultrapassagem do nível
de incômodo, a atividade será autuada.

Art. 89. A multa será aplicada nos casos onde a advertência não foi respeitada ou
quando a ultrapassagem do nível de incômodo causou prejuízos financeiros à coletividade,
mesmo que sanada a incomodidade excessiva.
§ 1°. A multa por infração ao nível de incômodo permitido será de 20 (vinte) Unidades de
Referência do Município – U.R.M.
§ 2°. Caberá recurso ao infrator, que será julgado pela Comissão que analisa os casos
relativos às posturas municipais, sob os mesmos critérios e prazos definidos para o Código de
Posturas.
Art. 90. A interdição da atividade será efetuada quando a advertência após o
vencimento do prazo constante na advertência o incômodo excessivo persistir ou
imediatamente, quando é impraticável o funcionamento da atividade dentro dos limites
estabelecidos e sua operação traz risco iminente à saúde, segurança e ordem pública.

Art. 91. Ocorrendo a interdição, a atividade só poderá ser novamente liberada com o
cumprimento de medidas mitigadoras estipuladas em lei, e a vistoria de pelo menos 2 (dois)
servidores da Prefeitura atestando a execução das medidas.
Parágrafo único. Verificando-se prejuízos econômicos à vizinhança decorrentes da
infração, a liberação da atividade fica sujeita à reparação ou acordo entre as partes envolvidas.

Art. 92. Poderão ser solicitados, como medidas mitigadoras para liberação da atividade,
após a constatação das irregularidades:
I – referentes à poluição sonora: medidas de isolamento acústico da atividade ou redução
dos níveis de ruído;
II – referentes à poluição atmosférica: acondicionamento adequado de materiais, troca de
filtros ou materiais utilizados;
III – referentes à poluição hídrica: testes laboratoriais comprovando a qualidade dos
resíduos produzidos;
IV – referentes à vibração: a instalação de mecanismos que eliminem a vibração para o
exterior;
V – referentes à geração de tráfego pesado: medidas mitigadoras estudadas pelo órgão
municipal competente.

SEÇÃO IV
DOS USOS E ATIVIDADES DESCONFORMES

Art. 93. São considerados usos ou atividades desconformes aqueles em desacordo com
as normas de uso do solo previstas nesta lei, que possuam Alvará de Funcionamento expedido
nos termos da lei anterior.

- Peruíbe terra da eterna juventude - 18


18
Rua Nilo Soares Ferreira nº 50 - CEP 11750-000 - Fone (0xx13) 3451.1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>

LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 03 DE JUNHO DE 2008.


Art. 94. Os usos e atividades desconformes terão um prazo de 3 (três) anos, a partir da
data de publicação desta Lei, para sua regularização ou adequação, sob pena de
cancelamento do Alvará.
Parágrafo único. Na impossibilidade de adequação total aos parâmetros desta lei,
medidas mitigadoras alternativas poderão ser contempladas para permanência da atividade no
local, avaliadas pelo Poder Executivo, naquilo que não trouxer maiores prejuízos à coletividade.

Art. 95. Os projetos licenciados perderão sua validade se a atividade não for iniciada no
prazo de 01 (um) ano, contado a partir da data de licenciamento.

Capítulo V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 96. Esta Lei é auto-aplicável podendo ser complementada através de leis, normas e
decretos municipais específicos compatíveis para sua melhor operacionalização e
regulamentação.

Art. 97. Projetos especiais poderão ser submetidos a regras diferenciadas às


estabelecidas neste Código, através de Leis de Operações Urbanas, desde que nelas sejam
estipuladas as regras específicas para a Operação, medidas mitigadoras e contrapartidas a
serem fornecidas pelos interessados, decorrentes das alterações.
Art. 98. O Poder Executivo, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da vigência
desta Lei, adotará medidas de articulação junto a órgãos e entidades da administração
estadual e federal localizados no Município, visando à adequação de suas normas às
disposições desta Lei, no que couber.

Art. 99. As infrações à presente lei darão ensejo à cassação do respectivo alvará,
embargo administrativo, aplicação de multas e demolição de obras.

Art. 100. Os casos omissos serão analisados por uma comissão de servidores efetivos
criada especialmente para este fim, a qual ficará encarregada de encaminhar, periodicamente,
histórico das deliberações efetuadas para o Conselho da Cidade.

Art. 101. São integrantes desta lei os seguintes anexos:


I – Anexo I - Incomodidades admissíveis;
II – Anexo II – Tabela de padrões de incomodidade.
Art. 102. A partir da entrada em vigor desta lei, revogam-se os artigos 16 ao 22 da Lei
Municipal 733/79, no tocante ao uso do solo, e as Leis 770/80, 793/80, 845/82, 884/83(parcial),
905/83, 933/84, 946/84, 1.004/85, 1.018/85, 1.062/86 (parcial), 1.069/87, 1.130/88, 1.177/88,
1.256/89, 1.272/89, 1.364/90, 1.368/90, 1.688/96, 1.726/97, 1.729/97, 1.973/99, 2.102/00,
2.197/01 (exceto Art. 4°), 2.237/01 (parcial), Lei Complementar 019/02 e demais disposições
em contrário.

Art. 103. Esta lei entrará em vigor 90 (noventa) dias após sua promulgação.

P RE F E I T U R A M U NI C I P A L D A E S T Â N CI A B A L NE Á R I A D E P E R UI B E ,
E M 0 3 DE J U N H O D E 2 0 0 8 .

DRA. JULIETA FUJINAMI OMURO


PREFEITA MUNICIPAL

- Peruíbe terra da eterna juventude - 19


19
Rua Nilo Soares Ferreira nº 50 - CEP 11750-000 - Fone (0xx13) 3451.1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>

LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 03 DE JUNHO DE 2008.


altera o anexo pela Lei Complementar nº 173, de 19 de dezembro de 2011

ANEXO I - INCOMODIDADES ADMISSÍVEIS


Parte integrante da Lei Complementar nº 121, de 03 de junho de 2008 – Lei de Uso do Solo
Não Incômodo Incômodo
Vias da cidade
incômodo nível 1 nível 2
SP-55 e vias marginais
vias marginais da linha férrea
Corredores de alto Av. João Abel
tráfego e Setores de Estrada Armando Cunha (até Estância Bambu) Permitido Permitido Permitido
Interesse Industrial Set ores Especiais de Interesse definidos em
legislação especifica.
Av. Gov. Mário Covas Júnior
Av. Padre Anchieta
Av. Dr. Tancredo de Almeida Neves
Av. 24 de dezembro
Av. São João
Rua Santos Dumont
Av. Domingos da Costa Grimaldi
Av. Rubens Ferreira Martins
Corredores
Av. Padre Leonardo Nunes
Comerciais Não-
Rua Padre Vitalino Bernini Permitido Permitido
fora de Unidades de permitido
Rua Campinas
Conservação Av. Tota
Av. D. Pedro I
Av. A (São João Batista)
Rua Odilo L. Fernandes
Av. Vicente Basile Neto
Av. Victor Caetano dos Sant os
Av. São Domingos
Av. Ernesto Dias de Castro
Corredores Permitido apenas
Comerciais dentro de Estrada Eng. Paulo Engênio Broio para incômodos
Av. Elvino Malagoli Não-
Unidades de Permitido sonoros e de geração
Av. Cesário Maria Faria permitido
Conservação de Uso de tráfego (leve e
Sustentável pesado)
Permitido apenas
critério hídrico sob Não-
Demais vias Permitido
condições previstas permitido
em lei

Incôm odoníve
Vias da cidade Não incômodo Incômodoníve
l1 l2
SP-55 e vias marginais
Corredores de alto
vias marginais da linha férrea Permitido Perm itido Permitido
tráfego
Av. João Abel
Av. Gov. Mário Covas Jr.
Av. Padre Anchieta
Estrada Armando Cunha (até Vila Peru íbe)
Av. Tancredo Neves
Av. 24 de dezembro
Av. São João
Rua Santos Dumon t
Av. Domingos da Costa Grimaldi
Corredores Av. Rubens F erreira Martin s
Com erciais Av. Padre Leonardo Nunes
Rua Padre Vitalino Bern ini Permitido Perm itido Não-permitido
fora de Unidades de Rua Campinas
Conservação Av. Tota
Av. D. Pedro I
Av. A (São João Batista)
Rua Odilo L. Fernandes
Av. Vicente Basile Neto
Av. Victor Caetano dos Santos
Av. São Domingos
Av. Ernesto Dias de Castro

Corredores Estrada Eng. Paulo Engênio Broio Permitid o apenas


para incômodos
Com erciais dentro de Av. Elvino Malagoli sonoros e de
Unidades de Permitido Não-permitido
Av. Cesário Maria Faria geração de tráfego
Conservação (leve e pesado )
Permitid o apenas
critério h ídrico sob
Permitido condições Não-permitido
Dem ais vias previstas em lei

- Peruíbe terra da eterna juventude - 20


20
Rua Nilo Soares Ferreira nº 50 - CEP 11750-000 - Fone (0xx13) 3451.1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>

LEI COMPLEMENTAR Nº 121, DE 03 DE JUNHO DE 2008.

ANEXO II - TABELA DE PADRÕES DE INCOMODIDADE


Parte integrante da Lei Complementar nº 121, de 03 de junho de 2008 – Lei de Uso do Solo

Critérios Não incômodo incômodos nível 1 incômodos nível 2 Observações

tipo de via Todas as vias Corredores Com erciais / Corredores de alt o tráfego < vias onde é permitido
Corredores de alto tráfego

tolerado até 5dB(A) superiores


Poluição Diurno até 65 dB(A) Diurno até 75 dB(A) Diurno até 85 dB(A)
sonora Noturno até 55 dB(A) Noturno até 65 dB(A) Noturno até 75 dB(A) para atividades com até 4h no
dia; 10dB(A) para 2h no dia.
Atividades que, através de
Atividades que emitem medidas mitigadoras, reduzam
Atividades que não em item Atividades que emitem poluent
Poluição poluente atmosférico tóxico ou a emissão de poluent es
poluente atmosférico, gasosos e atm osférico não- tóxico ou
atmos- particulado para o m eio atmosférico poderão adequar-
ou particulados, para o meio não-particulado para o meio
férica ambient e. se a cat egoria menos
am biente. ambiente.
incômodo.
atividades de incôm odo 1
poderão se instalar em áreas
Atividades que produzem não-incômodas (exceto áreas
Resíduos Atividades que produzem
efluentes líquidos - ambient alment e frágeis)
líquidos efluent es líquidos
potencialm ent e poluentes cumprindo medidas
considerados não-poluentes
mitigadoras específicas.
Atividades que produzem Atividades que, através de
Atividades que produzem resíduos sólidos não Atividades que produzem medidas mitigadoras, reduzam
Resíduos resíduos sólidos não perigoso perigosos acim a de 100 a produção de resíduos
resíduos perigosos acim a de
Sólidos até 100 litros/dia litros/dia e perigoso abaixo de 100 litros/dia sólidos poderão adequar-se a
100 litros/dia categoria m enos incômodo

Atividades que: Atividades que: Atividades que:


a) estoquem pólvora, nos a) estoquem pólvora nos
volumes: 1. De fogos de volumes: 1. De fogos de
a) não estocam nem artifício, até 4500 Kg; 2. Sem artifício, acima de 4500 Kg; 2.
produzem explosivos; estocagem de explosivos Sem est ocagem de explosivos Obrigatório, para incôm odos
iniciadores; 3. De explosivos iniciadores; 3. De explosivos do tipo 1 e 2, o Auto de Vist
Periculo-
de ruptura, até 23 Kg; de ruptura, acima de 23 Kg; oria do Corpo de Bombeiros
sidade
b) deposit em combustíveis e b) depositem combustíveis e para o
b) armazenam até 5.000 litros licenciam ento da atividade.
inflam áveis líquidos em inflam áveis líquidos em
de com bustíveis e inflamáveis
volume de 5.000 a 100.000 volume m aior que 100.000
líquidos;
litros; litros;
c) depositem entre 650 e c) depositem mais de 1.300kg
c) depositem até 650kg de
1.300kg de GLP ou possuam de GLP ou possuam depósito
GLP.
depósito fixo de até 500 litros. fixo maior que 500 litros.
Atividades que, através de
Atividades que não em itam Empreendimentos que
medidas mitigadoras, elim inem
vibração para além das divisas produzem choque ou vibração
Vibração - a produção de vibração
da propriedade do sensível para além das divisas
poderão adequar-se a
em preendim ento da propriedade
categoria não-incôm odo
Atividades incômodo 1
poderão se instalar em vias
Atividades que movim entem Atividades que movim entem Atividades que m ovim ent em
Tráfego locais caso seja realizada
pesado veículos pesados com no veículos pesados com 3 eixos veículos pesados com mais de
3 eixos pavimentação propícia ao tipo
máxim o 2 eixos, excet o ônibus ou ônibus
de veículo utilizado até um a
via asfaltada.
Atividades entre 51 e 200 Atividades com mais de 200
Atividades com até 50 vagas Sujeito a medidas mitigadoras
Tráfego vagas de est acionamento vagas de estacionamento
de estacionam ent o calculadas estipuladas pelo Código de
leve calculadas pelo Código de calculadas pelo Código de
pelo Código de Obras Obras
Obras Obras

- Peruíbe terra da eterna juventude - 21


21

Das könnte Ihnen auch gefallen