Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>
D R A. J UL I E T A F UJ I NA M I O M U RO , P RE F E I T A M UNI CI P AL D A
E ST Â NC I A B AL NE ÁR I A DE P ER UI B E , F AZ S A B E R Q UE A C Â M A R A
M U NI C I P AL E M S E S S Õ E S O RD I NÁ R I A S R E AL I Z AD AS NO S D I AS 2 1 E
29 DE MAIO DE 2008 A PR O V O U E E U S A NC I O NO E P R O M UL G O A
S EG UI NT E L E I .
ÍNDICE
Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 2°. As disposições desta Lei deverão ser observadas nos casos de concessão de
alvarás de funcionamento de usos e atividades, bem como emissão de certidões de diretrizes e
realização de medidas a eles vinculadas.
Art. 3°. Nenhuma nova atividade poderá ser iniciada, em edifício novo ou existente, sem
o respectivo Alvará de Funcionamento emitido pela Prefeitura.
Art. 4°. Os responsáveis pelo funcionamento das atividades deverão também observar
as exigências específicas do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, da Vigilância
Sanitária Municipal e Estadual, das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas –
ABNT, das normativas do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA e do Código de
Trânsito Brasileiro, bem como demais normas específicas de cada matéria.
Capítulo II
DO USO DO SOLO
SEÇÃO I
DA ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL
Art. 7°. A organização territorial, para fins de regulação do uso do solo do Município, tem
como base:
I – as diretrizes de ordenamento territorial definidas pelo Plano Diretor;
II – a hierarquização do sistema viário municipal;
III – a legislação ambiental incidente.
SEÇÃO II
DOS USOS GERADORES DE INCOMODIDADES
SEÇÃO III
Art. 9°. Todos os usos e atividades poderão ser instalados no território Municipal, desde
que obedeçam as condições estabelecidas nesta Lei, quanto aos requisitos de instalação em
relação ao padrão básico de incomodidade.
Art. 10. Para efeitos desta Lei, utilizar-se-á para a classificação do uso do solo:
I – a classificação do grau de incomodidade;
II – os critérios para análise do grau de incomodidade; e
III – os demais critérios e definições já estabelecidos no Plano Diretor.
Art. 11. A localização dos usos e das atividades no território municipal estará
condicionada a incomodidade gerada pelo uso ou pela atividade e a compatibilidade deste
incômodo com as características e objetivos da Macrozona e da Via em que pretende se
instalar.
Art. 13. Nos termos do Plano Diretor, para fins de análise e enquadramento dos usos e
das atividades nos graus de incomodidade, de acordo com o Anexo II, deverão ser observados
seus potenciais de incômodo em relação aos seguintes critérios:
I – poluição sonora;
II – poluição atmosférica;
III – poluição hídrica;
IV – geração de resíduos sólidos;
V – vibração;
VI – periculosidade;
VII – geração de tráfego pesado;
VIII – geração de tráfego leve.
Art. 14. Nos casos em que o uso ou a atividade for enquadrado em mais de um critério
de incomodidade prevalecerá, para fins de definição do grau de incômodo do uso ou da
atividade, aquele que indicar o maior grau.
Subseção I
Da Poluição Sonora
Art. 15. As atividades que apresentam conflitos de vizinhança pelo impacto sonoro que
produzem aos imóveis localizados no entorno serão consideradas produtoras de poluição
sonora.
Art. 17. Com relação à poluição sonora os usos ou atividades classificam-se em:
I – não incômodo: os que produzem ruídos no período diurno de até 65dB(A) (sessenta e
cinco decibéis) e no noturno de até 55dB(A) (cinqüenta e cinco decibéis);
II – incômodo 1: os que produzem ruídos no período diurno de até 75dB(A) (setenta e
cinco decibéis) e no noturno de até 65dB(A) (sessenta e cinco decibéis);
III – incômodo 2: os que produzem ruídos no período diurno de até 85dB(A) (oitenta e
cinco decibéis) e no noturno de até 75dB(A) (setenta e cinco decibéis).
Art. 18. Havendo descumprimento das condições estabelecidas nesta seção, serão
aplicadas, em seqüência:
I – advertência;
II – multa;
III – interdição das atividades, até a realização de medidas mitigadoras;
IV – cassação do alvará.
Subseção II
Da Poluição Atmosférica
Art. 19. Considera-se produtora de poluição atmosférica a atividade que emite para o
meio ambiente poluente atmosférico de qualquer forma de matéria ou energia com intensidade
e em quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis
estabelecidos pelos órgãos ambientais competentes, e que tornem ou possam tornar o ar:
I – impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde;
II – inconveniente ao bem-estar público;
III – danoso aos materiais, à fauna e flora;
IV – prejudicial à segurança ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da
comunidade.
Art. 20. Com relação à poluição atmosférica os usos ou atividades classificam-se em:
I – não incômodo: as atividades que não emitem poluente atmosférico, gasoso ou
particulado, para o meio ambiente;
II – incômodo 1: as atividades que emitem poluente atmosférico não-tóxico e não-
particulado para o meio ambiente;
III – incômodo 2: as atividades que emitem poluente atmosférico tóxico ou particulado
para o meio ambiente.
§ 1°. São considerados emissores de materiais particulados depósitos de material a
granel que possam ser carreados pelo vento ou chuva.
§ 2°. Não serão considerados incômodos os gases emitidos por restaurantes, pizzarias e
similares, desde que os mesmos realizem tratamentos para minimização da saída de gases do
estabelecimento.
Subseção III
Da Poluição Hídrica
Art. 24. Com relação à poluição hídrica os usos ou atividades classificam-se em:
I – não incômodo: as atividades que emitem efluente líquido compatível com lançamento
direto na rede de esgoto ou corpos hídricos;
II – incômodo 1: as atividades que produzem efluente líquido potencialmente poluente.
Art. 25. Considera-se potencialmente poluidora o uso ou atividade que no modo de
produção emite ou produz efluentes com pelo menos uma das seguintes características:
I – concentração de demanda bioquímica de oxigênio (DBO) em 5 (cinco) dias a 20°C
(vinte graus celsius), em qualquer amostra, superior a 5mg/l de oxigênio, quando o oxigênio
dissolvido (OD), em qualquer amostra, for inferior a 4mg/l de oxigênio;
II – presença de coliformes superior a 2.500 (dois mil e quinhentos) por 100ml;
III – Ph menor que 5 ou maior que 9;
IV – presença de materiais sólidos ou sedimentáveis;
V – presença de gorduras em excesso, sangue e chorume;
VI – presença de óleos, graxas, solventes, substâncias explosivas ou inflamáveis;
VII – substâncias potencialmente tóxicas a processos biológicos de tratamentos de
esgoto;
VIII – presença de elementos químicos considerados poluentes pelo órgão de
licenciamento ambiental, acima das concentrações por ele estabelecidas.
Art. 30. Além dos critérios aqui estabelecidos, deverão ser observadas as normativas do
CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente e as exigências do órgão ambiental
estadual.
Subseção IV
Da Geração de Resíduos Sólidos
Art. 31. Os usos ou atividades que produzem, manipulam ou estocam resíduos sólidos
com riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública serão considerados geradores de
resíduos sólidos.
Art. 32. Consideram-se resíduos sólidos aqueles que estejam em estado sólido e semi-
sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial,
agrícola, de serviços e de varrição, classificando-se em:
I – perigosos;
II – não perigosos.
Art. 33. Os resíduos perigosos são aqueles que, em função de suas propriedades físicas,
químicas ou infecto-contagiosas apresentem riscos à saúde pública, provocando doenças ou
acentuando seus índices e riscos ao meio ambiente. São caracterizados como resíduos
perigosos, aqueles que em sua composição apresentem uma, ou mais, das seguintes
características:
I – inflamabilidade;
II – reatividade;
III – toxicidade;
IV – patogenicidade;
V – corrosividade, aqui entendida como aquela capaz de atacar outros materiais.
Art. 34. Os resíduos não perigosos são aqueles que, em função de suas propriedades
físicas ou químicas não apresentem riscos à saúde pública ou ao meio ambiente e ainda em
sua composição não apresentem nenhuma das características acima descritas, são eles:
I – resíduos orgânicos;
II – sucata de metais ferrosos e não-ferrosos;
III – resíduos de papel, papelão, plástico polimerizado, borracha, madeira, materiais
têxteis e minerais não-metálicos;
IV – areia de fundição;
V – bagaço de cana.
Art. 36. O licenciamento das atividades classificadas como incômodo 1 ou 2 fica sujeita
ao atendimento das seguintes condições:
I – para as atividades classificadas como incômodo 1: o acondicionamento em recipientes
especiais, caixas ou containers, com tampas;
II – para as atividades classificadas como incômodo 2: além do uso de containers,
dependendo de sua classificação e agressividade à comunidade, pode ser exigido tratamento
ou disposição final através de meios apropriados.
§ 1°. Cabe aos geradores de resíduos de serviço de saúde e ao seu responsável legal o
gerenciamento dos resíduos desde a geração até a disposição final, de forma a atender aos
requisitos ambientais e de saúde pública e saúde ocupacional, sem prejuízo de
responsabilização solidária de todos aqueles, pessoas físicas e jurídicas que, direta ou
indiretamente, causem ou possam causar degradação ambiental, em especial os
transportadores e operadores das instalações de tratamento e disposição final.
§ 2°. Os sistemas de tratamento e disposição final de resíduos de serviços de saúde
devem estar licenciados pelo órgão ambiental competente para fins de funcionamento e
submetidos a monitoramento de acordo com os parâmetros e periodicidade definidos no
licenciamento ambiental.
Subseção V
Da Vibração
Subseção VI
Da Periculosidade
Art. 40. Consideram-se usos ou atividades perigosas aquelas que apresentem risco ao
meio ambiente e à saúde, em função da produção, comercialização, uso ou estocagem de
materiais perigosos, como explosivos, gás liquefeito de petróleo (GLP), inflamáveis, tóxicos e
equiparáveis.
Art. 41. Com relação à periculosidade os usos ou atividades classificam-se em:
Subseção VII
Da Geração de Tráfego de Veículos Pesados
§ 2º. Para os efeitos deste critério de incômodo, ficam classificados como geradores de
‘incômodo 1’ os postos de combustíveis e as lojas de veículos, independentemente dos
veículos que movimentem.
§ 3º. Para os efeitos deste critério de incômodo, ficam classificados como geradores de
‘incômodo 2’ as atividades que façam estocagem e movimentação de containeres, mesmo em
caminhões com menos de 3 (três) eixos.
Subseção VIII
Da Geração de Tráfego de Veículos Leves
Art. 45. Consideram-se pólos geradores de tráfego os usos e atividades que, em função
do volume e do tipo de tráfego que produzem, causam incômodos ao trânsito e às atividades
em seu entorno.
SEÇÃO IV
DAS ATIVIDADES COM RESTRIÇÕES ESPECIAIS
Art. 48. Considera-se atividade com restrições especiais aquela que, devido à sua
característica, é incompatível com o uso residencial e turístico de veraneio e que obedeça a
pelo menos um dos critérios abaixo:
I – a atividade ou público gera incômodo de difícil mensuração ou classificação;
II – a atividade é incompatível com as diretrizes constantes do Plano Diretor;
III – impossibilidade de mitigação do impacto produzido pela atividade.
Art. 49. As Atividades com Restrições Especiais somente poderão se instalar sob as
seguintes condições:
I – Bares, boates e casas de shows serão classificados como incômodo 1;
Capítulo III
DO ESTUDO PRÉVIO DO IMPACTO DE VIZINHANÇA
Art. 51. O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança - EIV - tem por objetivo sistematizar
os procedimentos que permitirão ao município compreender qual impacto determinado
empreendimento ou atividade poderá causar no ambiente socioeconômico, natural ou
construído, bem como dimensionar a sobrecarga na capacidade de atendimento de infra-
estrutura básica, quer sejam empreendimentos públicos ou privados, habitacionais ou não-
habitacionais.
§ 1°. O sistema de Estudo Prévio do Impacto de Vizinhança caracterizar-se-á pelo
processo democrático participativo que permita a avaliação comunitária dos resultados
impactantes da implantação de determinado empreendimento.
§ 2°. O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança deverá orientar o processo decisório
sobre a implantação de um empreendimento ou atividade de impacto, respeitando-se os
dispositivos desta lei e do Plano Diretor.
Art. 53. A abrangência da vizinhança de que tratará o EIV fica definida pelas seguintes
áreas:
I – a extensão das vias públicas que circunscrevem o empreendimento considerado, para
avaliação de impactos sobre as redes de serviços públicos;
II – a extensão das vias públicas que circunscrevem o empreendimento considerado e a
extensão das vias de acesso até os nós de tráfegos mais próximos, para avaliação de impactos
sobre os sistemas viário e de transportes públicos;
III – a quadra do empreendimento, mais as vias públicas lindeiras, mais os imóveis
lindeiros a estas vias públicas, para a avaliação de impactos sobre a paisagem, sobre as
atividades humanas instaladas, e sobre os recursos naturais.
- Peruíbe terra da eterna juventude - 11
11
Rua Nilo Soares Ferreira nº 50 - CEP 11750-000 - Fone (0xx13) 3451.1000
<<<< Estado de São Paulo>>>>
SEÇÃO I
DOS EMPREENDIMENTOS DE IMPACTO
Art. 54. Os empreendimentos de impacto são aqueles que podem causar danos ou
alterações nos ambientes socioeconômico, natural ou construído, ou sobrecarga na
capacidade de atendimento de infra-estrutura básica, quer sejam construções públicas ou
privadas, habitacionais ou não-habitacionais.
Art. 55. São considerados empreendimentos de impacto:
I – estações de tratamento de efluentes;
II – cemitérios e crematórios;
III – presídios;
IV – subestação de energia elétrica;
V – atividades de extração mineral;
VI – qualquer empreendimento não-habitacional, com pretensão de se instalar em locais
onde é permitido o nível de incômodo 1, em que o número de vagas calculado pelo Código de
Obras for superior a 200 (duzentos);
VII – qualquer empreendimento, excluídos os parcelamentos de solo não-integrados à
edificação, em que o número de vagas calculado pelo Código de Obras for superior a 200
2
(duzentos) ou que tenha área de implantação do empreendimento superior a 20.000m (vinte
mil metros quadrados).
Art. 56. Quando entender necessário, o Poder Executivo poderá definir como
impactantes, por meio de decreto, outros empreendimentos não mencionados nesta seção,
com prévio parecer do Conselho da Cidade.
SEÇÃO II
DO RELATÓRIO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA
Art. 57. O Relatório de Impacto de Vizinhança – RIV deve reunir o conjunto de estudos e
documentos destinados à identificação e à avaliação dos impactos positivos e negativos
esperados em virtude da implantação de empreendimento ou de atividade em determinado
local.
§ 1°. O RIV também deve prever medidas a serem implantadas e que propiciem a
redução ou eliminação dos possíveis impactos negativos potenciais ou efetivos.
§ 2°. O RIV deverá ser elaborado por arquiteto urbanista devidamente inscrito e
regularizado na Prefeitura e no CREA – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia – Seção São Paulo, com recolhimento da respectiva ART – Anotação de
Responsabilidade Técnica.
Art. 58. O Relatório de Impacto de Vizinhança será elaborado de acordo com diretrizes
expedidas pelo órgão municipal competente, devendo conter, naquilo que couber:
I – caracterização do empreendimento ou atividade, contemplando:
II – localização e acessos gerais;
III – atividades previstas no empreendimento;
IV – áreas, dimensões, volumetria;
V – levantamento planialtimétrico do imóvel;
VI – mapeamento das redes de água pluvial, água, esgoto, luz e telefone no perímetro do
empreendimento;
Art. 61. Nos casos em que o Poder Público já exija o Estudo de Impacto Ambiental – EIA
e o Relatório de Impacto do Meio Ambiente - RIMA do empreendimento ou atividade, os pontos
contemplados pelos dois estudos não precisarão constar no Relatório de Impacto de
Vizinhança - RIV.
Art. 63. O Relatório de Impacto de Vizinhança - RIV apresentado para análise do Órgão
Competente do Poder Executivo Municipal deverá ser publicado, resumidamente se
necessário, no órgão oficial do município e ficar à disposição para consulta por qualquer
interessado pelo prazo mínimo de 30 (trinta) dias.
SEÇÃO III
DA ANÁLISE DO RELATÓRIO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA
Art. 65. O Conselho da Cidade, munido do parecer técnico prévio do órgão competente
do Poder Executivo Municipal e do Relatório de Impacto de Vizinhança – RIV, realizará
Audiência Pública para discussão e deliberação acerca dos impactos positivos e negativos
previstos na implantação do Empreendimento de Impacto.
§ 1°. A audiência pública deverá ser marcada e amplamente divulgada com antecedência
mínima de 10 (dez) dias.
§ 2°. O interessado ou seu representante deverá comparecer à audiência para expor o
empreendimento a ser realizado e responder às perguntas dos presentes.
Art. 66. Após a realização da Audiência Pública, o Conselho da Cidade deverá emitir
parecer favorável ou desfavorável à implantação do Empreendimento de Impacto,
considerando todas as questões levantadas no processo de discussão pública.
Parágrafo único. O Conselho da Cidade terá o prazo de 30 dias a partir da emissão do
parecer prévio do órgão competente do Poder Executivo Municipal, para emitir parecer
favorável ou desfavorável à implantação do Empreendimento de Impacto.
Art. 68. Caso opte pela concessão do alvará, o órgão municipal competente deverá
indicar as condições a serem observadas na implantação do Empreendimento de Impacto.
SEÇÃO IV
DA EXPEDIÇÃO DO ALVARÁ PARA EMPREENDIMENTOS DE IMPACTO
Capítulo IV
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
SEÇÃO I
DA CERTIDÃO DE DIRETRIZES E DO ENQUADRAMENTO DA ATIVIDADE
Art. 75. Com base nas informações disponibilizadas na Ficha de Informação, o Poder
Executivo Municipal fornecerá uma Certidão de Diretrizes com o enquadramento da atividade
quanto ao grau de incomodidade, às medidas mitigadoras cabíveis, a necessidade de
adequação as exigências do Código de Obras e do Corpo de Bombeiros, quando couber.
§ 1°. Os casos que suscitarem dúvidas serão remetidos a uma comissão de servidores
efetivos criada especialmente para este fim, que será responsável por encaminhar
periodicamente ao Conselho da Cidade as deliberações efetuadas.
§ 2°. As certidões deverão ser fornecidas em, no máximo, 10 (dez) dias úteis.
§ 3°. A expedição da Certidão de Diretrizes pelo Poder Executivo Municipal não garante o
direito de instalar a atividade ou uso e suas informações permanecerão válidas durante a
vigência das disposições informadas.
SEÇÃO II
DA EMISSÃO DO ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO
SEÇÃO III
DAS PENALIDADES
Art. 87. As atividades serão penalizadas quando o nível de incômodo for superior ao
permitido, conforme o caso, em:
Art. 88. A advertência será aplicada nos casos onde o incômodo excessivo é tolerável,
no curto prazo, podendo as adequações ocorrerem paralelamente ao funcionamento da
atividade sem danos maiores à coletividade.
§ 1°. O Poder Executivo, na constatação do incômodo fora dos padrões estipulados,
aplicará a advertência sobre a atividade exercida e estipulará prazo para sua correção, entre
30 (trinta) e 90 (noventa) dias.
§ 2°. Se após o período estipulado for constatado novamente a ultrapassagem do nível
de incômodo, a atividade será autuada.
Art. 89. A multa será aplicada nos casos onde a advertência não foi respeitada ou
quando a ultrapassagem do nível de incômodo causou prejuízos financeiros à coletividade,
mesmo que sanada a incomodidade excessiva.
§ 1°. A multa por infração ao nível de incômodo permitido será de 20 (vinte) Unidades de
Referência do Município – U.R.M.
§ 2°. Caberá recurso ao infrator, que será julgado pela Comissão que analisa os casos
relativos às posturas municipais, sob os mesmos critérios e prazos definidos para o Código de
Posturas.
Art. 90. A interdição da atividade será efetuada quando a advertência após o
vencimento do prazo constante na advertência o incômodo excessivo persistir ou
imediatamente, quando é impraticável o funcionamento da atividade dentro dos limites
estabelecidos e sua operação traz risco iminente à saúde, segurança e ordem pública.
Art. 91. Ocorrendo a interdição, a atividade só poderá ser novamente liberada com o
cumprimento de medidas mitigadoras estipuladas em lei, e a vistoria de pelo menos 2 (dois)
servidores da Prefeitura atestando a execução das medidas.
Parágrafo único. Verificando-se prejuízos econômicos à vizinhança decorrentes da
infração, a liberação da atividade fica sujeita à reparação ou acordo entre as partes envolvidas.
Art. 92. Poderão ser solicitados, como medidas mitigadoras para liberação da atividade,
após a constatação das irregularidades:
I – referentes à poluição sonora: medidas de isolamento acústico da atividade ou redução
dos níveis de ruído;
II – referentes à poluição atmosférica: acondicionamento adequado de materiais, troca de
filtros ou materiais utilizados;
III – referentes à poluição hídrica: testes laboratoriais comprovando a qualidade dos
resíduos produzidos;
IV – referentes à vibração: a instalação de mecanismos que eliminem a vibração para o
exterior;
V – referentes à geração de tráfego pesado: medidas mitigadoras estudadas pelo órgão
municipal competente.
SEÇÃO IV
DOS USOS E ATIVIDADES DESCONFORMES
Art. 93. São considerados usos ou atividades desconformes aqueles em desacordo com
as normas de uso do solo previstas nesta lei, que possuam Alvará de Funcionamento expedido
nos termos da lei anterior.
Art. 95. Os projetos licenciados perderão sua validade se a atividade não for iniciada no
prazo de 01 (um) ano, contado a partir da data de licenciamento.
Capítulo V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 96. Esta Lei é auto-aplicável podendo ser complementada através de leis, normas e
decretos municipais específicos compatíveis para sua melhor operacionalização e
regulamentação.
Art. 99. As infrações à presente lei darão ensejo à cassação do respectivo alvará,
embargo administrativo, aplicação de multas e demolição de obras.
Art. 100. Os casos omissos serão analisados por uma comissão de servidores efetivos
criada especialmente para este fim, a qual ficará encarregada de encaminhar, periodicamente,
histórico das deliberações efetuadas para o Conselho da Cidade.
Art. 103. Esta lei entrará em vigor 90 (noventa) dias após sua promulgação.
P RE F E I T U R A M U NI C I P A L D A E S T Â N CI A B A L NE Á R I A D E P E R UI B E ,
E M 0 3 DE J U N H O D E 2 0 0 8 .
Incôm odoníve
Vias da cidade Não incômodo Incômodoníve
l1 l2
SP-55 e vias marginais
Corredores de alto
vias marginais da linha férrea Permitido Perm itido Permitido
tráfego
Av. João Abel
Av. Gov. Mário Covas Jr.
Av. Padre Anchieta
Estrada Armando Cunha (até Vila Peru íbe)
Av. Tancredo Neves
Av. 24 de dezembro
Av. São João
Rua Santos Dumon t
Av. Domingos da Costa Grimaldi
Corredores Av. Rubens F erreira Martin s
Com erciais Av. Padre Leonardo Nunes
Rua Padre Vitalino Bern ini Permitido Perm itido Não-permitido
fora de Unidades de Rua Campinas
Conservação Av. Tota
Av. D. Pedro I
Av. A (São João Batista)
Rua Odilo L. Fernandes
Av. Vicente Basile Neto
Av. Victor Caetano dos Santos
Av. São Domingos
Av. Ernesto Dias de Castro
tipo de via Todas as vias Corredores Com erciais / Corredores de alt o tráfego < vias onde é permitido
Corredores de alto tráfego