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A INFLUÊNCIA DA CULTURA NEGRA NA FORMAÇÃO

DO BRASIL

A influência da cultura negra no Brasil deu-se principalmente a partir do


século XV, no qual o tráfico negreiro assumiu enormes proporções em
vista da proibição pela igreja católica à escravidão indígena. Desse
modo, são perceptíveis os traços das práticas culturais africanas tanto na
religião quanto na economia, política, culinária, dança, música e até na
própria linguagem brasileira.

Como já destacado anteriormente, é impossível falar da influência dos


africanos sem lembrar a herança que eles deixaram para a nossa culinária.
Acarajé, mungunzá, quibebe, farofa e vatapá são pratos originalmente
utilizados como comidas de santo, ou seja, comidas que eram oferecidas às
divindades religiosas cultuadas pelos negros. Atualmente, porém, são
dignos representantes da culinária brasileira.

Além disso, os escravos vindos da África traziam consigo o candomblé.


Proibidos de praticar sua religião, os africanos associaram a cada orixá um
ou mais santos católicos para poderem exercer sua religião sem serem
perseguidos. Dos orixás de origem africana, se tornaram mais populares os
seguintes: oxalá, xangô, yemanjá, e exu. Ainda nessa perspectiva,
o “Atlântico Negro” é um documentário que mostra as afinidades culturais
existentes dos dois lados do Atlântico, entre Brasil e África, indicando
quais foram as principais rotas do tráfico de escravos e destacando as
grandes contribuições que os africanos incorporaram à cultura brasileira em
seu período de formação. O filme também aborda o tema das origens das
religiões afro-brasileiras, como o candomblé e o vodu, trazendo para o
espectador imagens surpreendentes de rituais religiosos filmados em Keto,
Abomei e Uidá.

Já a influência africana na linguagem portuguesa do Brasil, que em alguns


casos chegou também à Europa, veio do idioma iorubá, falado pelos
negros provenientes da Nigéria, e observada principalmente no vocabulário
relacionado à culinária, à religião e também do quimbundo angolano, em
palavras como caçula, cafuné, moleque, maxixe e samba, entre centenas de
outros vocábulos.

Além da contruibuição no desenvolvimento da língua portuguesa,a


riquíssima literatura popular de origem africana contribuiu para a formação
do folclore brasileiro, contendo uma vasta série de contos e lendas, a
exemplo dos contos totêmicos, ou seja, conjuntos de animais tais como
a tartaruga, lebre, sapo, antílope, elefante, crocodilo etc.
Nos dizeres de Moura (1989), a história do negro no Brasil se mescla quase
em sua totalidade na formação da nação brasileira, por meio de sua
evolução histórica e social. O negro, considerado um objeto não raro como
uma força animal de trabalho, auxiliou de forma decisiva para o
desenvolvimento da economia brasileira, entretanto, mesmo contribuindo
de forma bastante significativa, ele não pode usufruir de seu próprio
trabalho.

Além de desenvolver a riqueza nacional e disseminar sua cultura, o negro


atuou politicamente. São vários os movimentos sócio-políticos na trajetória
social e histórica brasileira em que participaram o negro escravo ou o negro
livre. Vale ressaltar também os quilombos, que foram vistos como
movimentos políticos independentes dos escravos, em quase todas as lutas
ocorridas ou planejadas o povo negro esteve presente.

A herança dos costumes e tradições africanas é de notável importância para


a compreensão das origens da cultura brasileira e das raízes étnicas
existentes no Brasil, sendo de igual necessidade a implantação de políticas
públicas e campanhas esclarecedoras a respeito da história, cultura e lutas
dos negros, para honrar com o devido mérito essa raça tão merecedora!

Referências:

https://influencianegranobrasil.wordpress.com

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