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Tema: Lei penal no espaço

 Territorialidade: é a regra – (art. 5º, caput)


 Extraterritorialidade: é exceção – (art. 7º)
 Intraterritorialidade: é exceção (art. 5º, caput)

Tema: Territorialidade

Código Penal
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território nacional.

Critério adotado:

Conceito de território
1) Território físico ou propriamente dito (espaço geográfico)
2) Território jurídico ou por extensão

Código Penal
Art. 5º, § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aero-
naves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como
as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente,
no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras
de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo corres-
pondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

Questão: Aplica-se a lei brasileira ao crime cometido a bordo de embarcação privada estrangeira de passagem pelo
mar territorial brasileiro?

Lei 8.617/93
Art. 3º. É reconhecido aos navios de todas as nacionalidades o direito de passagem inocente no mar territorial
brasileiro.
Obs.
§1º. A passagem será considerada inocente desde que não seja prejudicial à paz, à boa ordem ou à segurança do
Brasil, devendo ser contínua e rápida.
§ 2º. A passagem inocente poderá compreender o parar e o fundear, mas apenas na medida em que tais procedi-
mentos constituam incidentes comuns de navegação ou sejam impostos por motivos de força ou por dificuldade
grave, ou tenham por fim prestar auxílio a pessoas a navios ou aeronaves em perigo ou em dificuldade grave.

Em resumo: Aplica-se a lei brasileira ao crime cometido numa embarcação privada estrangeira que se encontra no
mar territorial brasileiro, salvo se essa embarcação estiver aqui de passagem e esta for considerada inocente.

Questão: O direito de passagem inocente alcança apenas embarcações ou também abrange aeronaves?

Atenção! Embaixada é extensão do território que representa?

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Tema: Extraterritorialidade da lei penal
(art. 7º, CP)

Princípios aplicáveis na solução do aparente conflito internacional de jurisdição


1. Princípio da territorialidade: aplica-se a lei penal do local do crime.
2. Princípio da nacionalidade ativa: aplica-se a lei penal da nacionalidade do agente.
3. Princípio da nacionalidade passiva: a lei aplicada é a da nacionalidade da vítima.
4. Princípio da defesa (ou da proteção): aplica-se a lei penal da nacionalidade do bem jurídico lesado
5. Princípio da Justiça Universal (ou da Cosmopolita): o agente fica sujeito a lei penal do país em que ele for encon-
trado.
6. Princípio da representação (do pavilhão, da bandeira, da substituição ou da subsidiariedade): A lei penal aplica-
se aos crimes cometidos em aeronaves e embarcações privadas quando praticados no estrangeiro e aí não sejam
julgados

Hipóteses de extraterritorialidade
 Incondicionada (art. 7º, inc. I)
 Condicionada (art. 7º, inc. II)
 Hipercondicionada (art. 7º, § 3º)

Extraterritorialidade Incondicionada
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República.
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de
empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público.
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.

Questão: O sujeito que, na França, praticou um atentado contra a vida do Presidente da República Federativa do
Brasil, poderá ser julgado e eventualmente condenado em nosso país se foi absolvido no estrangeiro? E se foi
condenado na França?
Art. 7º. (...)
§ 1º. Nos casos do inc. I o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estran-
geiro.

Questão: Como se conta o prazo prescricional se o agente está cumprindo pena no estrangeiro?

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Código Penal
Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre:
(...)
II - enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro.

Questão: A pena cumprida no estrangeiro traz reflexos para o processo que tramitará no Brasil?

Código Penal
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou
nela é computada, quando idênticas.

Atenção! É possível que ocorra a hipótese de ser o agente processado, julgado e condenado tanto pela lei brasileira
como pela estrangeira, pois o princípio do “ne bis in idem” não é absoluto.

Conclusão:

Extraterritorialidade Condicionada
Art. 7º, inc. II – os crimes:
a) que por tratado ou convenção o Brasil se obrigou a reprimir.
b) praticado por brasileiro
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território
estrangeiro e aí não sejam julgados.
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a
lei mais favorável.

Extraterritorialidade hipercondicionada
Art. 7º,§3º. A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se,
reunidas as condições previstas no parágrafo anterior:
a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
b) houve requisição do Ministro da Justiça.

Tema: Intraterritorialidade

Intraterritorialidade
A lei penal estrangeira entra no território brasileiro para alcançar fatos praticados aqui, nos limites do nosso território
nacional.

Previsão legal?

Código Penal
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território nacional.

Atenção! No entanto, o Estado acreditante pode renunciar à imunidade dos seus agentes diplomáticos. Nesse caso,
ficará o diplomata sujeito à lei do país em que ocorreu o crime (fundamento – art. 32 da Convenção de Viena).

Em resumo:
 Em regra, praticado o crime no território brasileiro ele sofre as consequências da lei brasileira:
 Em casos raros, a lei brasileira alcança fatos delituosos praticados no estrangeiro:
 E em hipóteses ainda mais raras, o Brasil vai deixar de aplicar a lei a crimes ocorridos em seu território, permi-
tindo a entrada da lei estrangeira:

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Teoria do crime:

Conceito analítico de crime


Critério tripartite:
Punibilidade?

Fato típico: 1º Substrato do Crime


Conceito: Fato humano indesejado que, norteado pelo princípio da intervenção mínima, consiste numa conduta
provocadora de um resultado, ajustando-se a um tipo penal (Rogério Sanches).

Elementos

Teorias do crime: Conceito de conduta


1) Teoria clássica (causal, mecanicista ou naturalista)
- Desenvolvida pelos penalistas Von Liszt, Beling e Radbruch no início do séc. XIX.
- Crime:

Teoria clássica
 Conceito de conduta: é o movimento humano voluntário que produz um resultado no mundo exterior.

Importante! No sistema clássico ou causal o dolo é normativo.

Dolo normativo: é aquele que contempla em seu interior a consciência da ilicitude.

Destaques do Sistema Clássico


a) Dolo e culpa estão na culpabilidade
b) O dolo é normativo
c) A conduta é um movimento humano voluntário que produz um resultado no mundo exterior
Obs. De acordo com essa teoria, a conduta é composta de vontade, movimento corporal e resultado, porém a
vontade não está relacionada com a finalidade do agente, elemento este analisado somente na culpabilidade.

Teoria clássica ou causal: críticas


1. Ao conceituar conduta como "movimento humano", esta teoria não explica de maneira adequada os crimes omis-
sivos (inação/sem movimento).
2. Ao fazer a análise do dolo e da culpa somente no momento da culpabilidade, não há como distinguir a lesão
corporal da tentativa de homicídio, por exemplo.
3. É inadmissível imaginar a ação humana como um ato de vontade sem finalidade.

Teorias do crime: Conceito de conduta

2) Teoria neoclássica (neokantista)


- Idealizada por Edmund Mezger nas primeiras décadas do séc. XX
- Conceito de crime:

Em suma:
 Sistema clássico: teoria psicológica da culpabilidade
 Sistema neoclássico/neokantista: teoria psicológico-normativa da culpabilidade

Atenção!

Teoria neoclássica (neokantista)


 Conceito de Conduta: comportamento humano voluntário causador de um resultado.

Teorias do crime: Conceito de conduta


3) Teoria finalista
- Criada por HANS WELZEL nos meados do século XX
- Percebe que o dolo e a culpa estavam inseridos no substrato errado (não devem integrar a culpabilidade).

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- Conceito de crime:

Teoria finalista

Dolo natural: é aquele que independe da consciência da ilicitude.

Vale relembrar: o dolo nas teorias


 Sistemas clássico e neoclássico: dolo era normativo, continha no seu interior a consciência da ilicitude.
 Sistema finalista: dolo é NATURAL.

Características marcantes do finalismo


1. Surge a chamada culpabilidade vazia.
2. O dolo é natural, neutro, sem cor ou acromático.

Vale relembrar: teorias da culpabilidade


 Sistema clássico: Teoria psicológica
 Sistema neoclássico: Teoria psicológico-normativa
 Sistema finalista: Teoria normativa pura

Teoria finalista
 Conceito de conduta: Comportamento humano voluntário psiquicamente dirigido a um fim (toda conduta é orien-
tada por um querer).
Dica:

Conduta
 Causalista e neokantista:

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 Finalista:

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