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Relatório
Máquinas de Indução
4 de novembro de 2005
Máquinas de Indução
Sumário
I 2
1 Objetivo 2
2 Materiais/equipamentos utilizados 2
3 Introdução 2
II 4
4 Determinação dos parâmetros 4
4.1 Resistência de estator . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
4.2 Resistência de rotor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
4.3 Ensaio a vazio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
4.4 Ensaio com rotor bloqueado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
6 Transitório de Partida 15
7 Aplicação de Carga 16
8 Conclusão 16
Referências 17
Parte I
1 Objetivo
Este conjunto de experiências objetiva à caracterização estática e dinâ-
mica de máquinas de indução (MI). Será determinados seus parâmetros e um
estudo das características e dos transitórios de partida e aplicação de carga.
2 Materiais/equipamentos utilizados
• Motor de indução
220/380V - 44/FF
2.25 kW - f.p.=0.82
1700 RPM
• Osciloscópio
• Multímetros
• Tacogerador
• Motor DC (p/ característica T × ω )
4 HP
115 V/30 A
1750 RPM
3 Introdução
Um motor de indução é composto basicamente de duas partes: um Esta-
tor e um Rotor. O estator constitui a parte estática de um motor e o rotor
sua parte móvel.
Os dois são construídos com nas placas de aço magnético tratadas ter-
micamente de forma a reduzir ao mínimo as perdas por correntes parasitas
e histerese. Têm o formato de anel, com os enrolamentos alojados interna-
mente.
A aplicação de uma tensão nos enrolamentos do estator irá fazer com que
apareça uma tensão nos enrolamentos do rotor. As bobinas, ou enrolamentos,
no estator de uma MI trifásica são em número de três. Assim, podem ser
ligadas tanto em estrela como em triângulo.
velocidade de escorregamento ns − nr
s= = (1)
velocidade síncrona ns
onde ns : velocidade síncrona do campo girante (RPM)
nr : velocidade do rotor (RPM)
Figura 2: Rotor
Parte II
Resistencia de estator
25
20
15
Tensao [V]
10
0
0 1 2 3 4 5 6
Corrente [A]
Rr = 0.28 Ω (3)
Resistencia de rotor
1
0.9
0.8
0.7
Tensao [V]
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2 2.2
Corrente [A]
Sabendo-se que:
Vs
Zs0 = ∠Θ (4)
Is
P
Θ = acos (5)
S
S = Vs Is (6)
P3φ = 189 W
A potência medida foi das três fases logo, para realizar os cálculos, deve-se
dividir o valor encontrado por 3. A tensão medida foi de linha logo, o valor
√
encontrado deve ser dividido por 3.
Pφ = 63 W
Θ = 83.4◦
Então: Zs0 = 29.47∠83.4◦ Ω = (3.39 + j29.27)Ω
E,
Rs = 3.39 Ω (7)
Xls + Xm = 29.27 Ω (8)
O valor encontrado para Rs no ensaio a vazio (7) é maior que o valor me-
dido (2). Isso ocorre porque esse valor representa não só a resistência efetiva,
mas também diversos efeitos de dispersão de energia que não foram levados
em conta nas aproximações feitas no circuito equivalente e nos cálculos.
Pφ = 137.33 W
Sφ = 320.08 VA
Θ = 64.59◦
Então:
De (2) e (9),
Rr0 = 0.37 Ω
Considerando que as reatâncias de estator e rotor são de mesmo valor,
Ia (A) ω (RPM)
0.55 1772
0.66 1773
0.82 1770
1.10 1768
1.63 1766
3.15 1757
Ia (A) ω (RPM)
0.54 1754
0.65 1751
0.80 1749
1.07 1746
1.60 1740
3.14 1722
Ia (A) ω (RPM)
0.53 1713
0.64 1711
0.80 1704
1.05 1798
1.56 1684
2.97 1634
Variaçao de tensao
3.5
2.5
Ia [A]
1.5
100%
70%
50%
0.5
1620 1640 1660 1680 1700 1720 1740 1760 1780
w [RPM]
Figura 6: Curvas ω × Ia
Ia (A) ω (RPM)
0.51 1648
0.62 1645
0.76 1639
1.01 1631
1.50 1614
2.83 1567
Ia (A) ω (RPM)
0.49 1566
0.58 1561
0.72 1550
0.95 1535
1.39 1507
2.62 1442
Ia (A) ω (RPM)
0.47 1495
0.56 1486
0.69 1477
0.92 1461
1.35 1429
2.46 1337
2.5
2
Ia [A]
1.5
0.5
0
1300 1350 1400 1450 1500 1550 1600 1650
w [RPM]
Ia (A) ω (RPM)
0.52 1564
0.65 1562
0.77 1561
1.02 1561
1.52 1557
2.93 1550
Ia (A) ω (RPM)
0.34 1023
0.41 1023
0.51 1022
0.66 1021
0.99 1019
1.93 1015
Ia (A) ω (RPM)
0.23 668.2
0.27 667.6
0.33 667.0
0.44 666.0
0.65 665.2
1.26 661.7
Inversor de frequencia
3
100%
70%
50%
2.5
2
Ia [A]
1.5
0.5
0
600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600
w [RPM]
5.4 Conclusão
Como observado existem várias maneiras de se controlar a velocidade
de um motor de indução. Nesse ensaio, tivemos a possibilidade de analisar
três desses métodos: Variação de tensão, variação de resistência de rotor e
variação de freqüência. Nota-se que todos os métodos estudados são ecazes
e cada um tem características especiais que devem pesar no projeto nal.
Assim, torna-se necessário, antes de tudo, estudar qual a necessidade nal
da aplicação do motor de indução e seus resultados esperados.
Um exemplo é o controle através da variação da tensão na linha, que
mantém o escorregamento no qual o conjugado máximo ocorre, mas possui
um torque atenuado. Já o uso de resistências no rotor mantém o valor do
torque máximo alcançado pelo motor, mas altera o escorregamento no qual
esse ocorre, bem como o valor do torque de partida. Ao passo que, para
o uso do controle por freqüência é necessário a utilização de um inversor,
sendo o controle escalar de velocidade, portanto, mais caro do que os demais
métodos.
6 Transitório de Partida
Nesta prática, o principal objetivo é vericar o transitório das corrente
de estator e de rotor da máquina de indução. Deve-se aplicar um degrau
de tensão no estator. Para isto, o circuito do estator foi alimentado com
uma fonte de tensão variável (varivolt trifásico) e, entre este e o estator, foi
colocada uma chave trifásica. O rotor estava em curto e as curvas adquiridas
pelo osciloscópio aparecem nas guras 9 e 10.
Transitório de partida
80
60
40
20
Tensão (V)
−20
−40
−60
w / 23 (RPM)
10 x Is (A)
−80
0 100 200 300 400 500 600 700
Tempo (ms)
2
Corrente (A)
−2
−4
−6
−8
0 200 400 600 800 1000
Tempo (ms)
7 Aplicação de Carga
Nesta etapa, aplicou-se uma carga no eixo da máquina em pleno funciona-
mento, a m de avaliarmos a variação na corrente de rotor. A carga consistiu
em uma resistência mecânica aplicada no eixo da máquina. A gura 11 na
página 17 apresenta a tela do osciloscópio, com a medição de velocidade no
CH1 e a corrente de rotor no CH2.
Com base nas curvas levantadas, observa-se que quando a carga é aplicada
a corrente apresenta uma variação em sua amplitude e em sua freqüência.
Isto ocorre novamente em função do escorregamento, pois a carga aplicada
altera a velocidade do rotor.
8 Conclusão
Com os procedimentos descritos aqui, aprendemos como lidar com uma
máquina de indução através da determinação de todos os parâmetros da má-
quina e do seu transitório de partida e de aplicação de carga. Encontramos,
também, sua característica torque em função da velocidade para diferentes
tipos de variações.
Referências
[1] Fitzgerald, A. E.; Kingsley Jr., C. & Umans, S. D. Electric Machinery,
5th Edition, McGraw Hill, 1992.