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Colonização e Sistema Colonial

Texto: Novais, F. Colonização e Sistema Colonial:

Discussão de conceitos e perspectiva histórica.

O texto apresenta uma análise crítica dos conceitos de “colonização” e “sistema colonial”. P244

Na colonização da época mercantilista, a ocupação e valorização das novas áreas – a


europeização do Novo Mundo – se processa dentro dos quadros do “sistema colonial” que
informa todo o movimento. E é em função da fase e das características da vida econômica da
Europa nessa época, isto é, em função da estrutura e do funcionamento do “capitalismo
comercial”, em que as economias periféricas passam a ter papel essencial na dinâmica do
desenvolvimento econômico, que a expansão da colonização passa a desenrolar-se balizada pelo
arcabouço do sistema colonial do mercantilismo, dando assim lugar a formação das estruturas
econômicas típicas das áreas dependentes, as economias coloniais. P247.

E, a partir das coordenadas da estrutura socioeconômica da época, a partir das relações dos
homens entre si – e não deles com a natureza – que se poderá apreender o sentido da
colonização do Brasil. Desse modo, o Brasil apresenta-se como produto da colonização europeia
e parte integrante do antigo sistema colonial.

Olhando agora para a classificação das colônias:

 De conquistas: exploração política e militar dos indígenas;


 Comerciais: entrepostos onde há muito o que comprar e vender;
 Agrícolas: colônias com climas parecidos com o da metrópole, dirigem-se os
povoadores com suas famílias;
 De plantação: produtos agrícolas que não se podem produzir na metrópole: açúcar,
café...
Outro autor que reexamina tais classificações, reduze-as a três tipos irredutíveis:
1. as colônias de comércio são propriamente “entrepostos” e visam uma mercancia
excepcionalmente lucrativa à metrópole. A metrópole não precisa ser muito populosa,
mas é indispensável uma marinha forte. P249
2. colônias agrícolas ou de povoamento: a metrópole deve ser populosa para prover uma
intensa emigração ultramar.  Nova Inglaterra. Não se exigem grandes investimentos,
mas sim volumosa migração. O progresso é lento, a ambiência democrática e a
autonomia inevitável. P250.
3. Colônias de plantação ou de exploração: envolve aquelas capazes de produzir
mercadorias de exportação, produtos destinados ao mercado exterior. O meio
geográfico deve necessariamente ser diverso do metropolitano; o intertrópico é a zona
de eleição para este gênero de empreendimento.

Devemos sempre ter em mente que colonização significa sempre ocupação, povoamento e
valorização de novas áreas. Isso já exclui as “colônias de exploração / conquista” e tal. Elas
podem estar na raiz do processo, mas não tipificam as colonizações.

Novais manterá apenas as categorias fundamentais: “povoamento” e “exploração”. P253.

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As colônias de exploração povoam-se para explorar, isto é, produzir para o mercado
metropolitano; as de povoamento exploram os recursos do ambiente no fundamental para prover
o seu próprio mercado, isto é, exploração para o povoamento.

Notas de aula

Segundo Novais, a escravidão não surgiu apenas pela necessidade de mão de obra, mas também
pelo imenso lucro que ela trazia, por exemplo, no comércio triangular.  análise da escravidão
no contexto do capitalismo comercial.

Tecnologia constante  agricultura extensiva, não há ganho de produtividade, de modo que,


num mesmo território, não é possível absorver muita gente. Assim, surge a necessidade de
novos territórios.

Limites das classificações: tipos puros ≠ realidade. Contudo, ajudam-nos a compreender as


diferenças entre as colonizações de diversas regiões.

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