Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Introdução ..................................................................................................................... 3
Modelação ..................................................................................................................... 6
Insight ........................................................................................................................... 7
Reflexão ........................................................................................................................ 8
Conclusão.................................................................................................................... 12
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................ 13
3
Introdução
TEORIAS DE APRENDIZAGEM
Teorias de aprendizagem são os estudos que procuram investigar, sistematizar e propor
soluções relacionadas ao campo do aprendizado humano.
Esta área de investigação remonta à Grécia Antiga. Neste período, o processo pelo qual
uma pessoa adquire conhecimento já era tema de investigação dos filósofos gregos.
Entretanto, a área de estudo ganhou destaque a partir do século XX, quando o advento
da psicologia.
O principal factor que diferencia uma teoria de outra é o ponto de vista sob o qual cada
uma trabalha. Existem as teorias que abordam a aprendizagem a partir do
comportamento, outras a partir do aspecto humano ou, ainda, aquelas que consideram
apenas a capacidade cognitiva de cada um.
O condicionamento clássico
O Condicionamento Clássico, também conhecido por condicionamento de Pavlov, foi
proposto por este investigador (Pavlov 1849 – 1936) entre 1903 e 1908 numa
experiência com cães. A ideia é que depois de um certo número de ensaios o cão fizesse
algo que não fazia antes, ele teria aprendido alguma coisa. É curioso que esta
investigação deixou Pavlov mais conhecido que seu prémio Nobel recebido em 1904.
Condicionamento clássico foi uma teoria introduzida por Ivan Pavlov. Ele explica que
algumas formas de aprendizagem podem ser respostas involuntárias, emocionais e
fisiológicas. Na época que Pavlov introduziu o condicionamento clássico, ele estava
trabalhando em outra pesquisa. Ele notou que o cão que ele usou para o experimento
começava a salivar, não só quando a comida era dada, mas mesmo ao ouvir seus passos.
É este incidente que influenciou Pavlov a estudar o conceito de aprendizagem. Ele
conduziu uma experiência com a intenção de entender esse conceito. Cada vez que ao
cão foi dado alimento ou até mesmo com a simples visão ou cheiro da comida, o cão
começava a salivar. Isto pode ser compreendido do seguinte modo.
5
Em seguida, ele soava um sino para ver se o cão iria salivar, mas isso não aconteceu.
Após a realização deste procedimento por um tempo, ele percebeu que o cachorro
salivava toda vez que o sino tocava, mesmo se a comida não fosse apresentada.
Condicionamento operante
Foi o psicólogo americano B. F Skinner que descobriu o condicionamento operante. Ele
acreditava que o comportamento é sustentado pelos reforços e recompensas, e não por
livre arbítrio. Ele usou a famosa caixa de Skinner para seus experimentos. Este
condicionamento envolve o comportamento voluntário e controlável, e não as respostas
fisiológicas automáticas, como no caso do condicionamento clássico. No
condicionamento operante, acção está associada a consequências pelo organismo.
Acções que são reforçadas tornam-se fortalecidas enquanto as acções que são punidas
estão sendo enfraquecidas. Ele introduziu dois tipos de reforços; reforço positivo e
reforço negativo.
6
Punição positiva envolve a adição de algo desagradável, como pagar uma multa,
enquanto a punição negativa envolve a remoção de algo agradável, como limitar as
horas de lazer. Isto evidencia que o condicionamento clássico e condicionamento
operante são diferentes um do outro.
Modelação
A aprendizagem por observação foi estudada por Albert Bandura (1925-1998), que
desenvolveu várias experiências para fundamentar a sua teoria.
Segundo Bandura, a aprendizagem social ocorre pela observação dos comportamentos
daqueles com quem convivemos (pais, amigos, professores). Bandura designa
por modelação ou modelagem o processo de aprendizagem social feito com base na
observação e imitação sociais.
É observando e imitando que as crianças aprendem a falar e a brincar, como por
exemplo às casinhas ou aos polícias e ladrões. O adolescente aprende com os outros a
gostar da roupa que quer comprar e ganha hábitos de fumar ou ir à discoteca. Também o
adulto imita os outros nas roupas que escolhe, na preferência por determinadas marcas
de automóvel, no tipo de férias que escolhe e na forma como educa os filhos.
A ideia-chave das percepções de Bandura é que as pessoas podem aprender tão bem
directamente como indirectamente.
Por exemplo: um empregado que ganha um prémio pelo seu desempenho profissional
está a ser reforçado pelo seu comportamento positivo e tenderá a mantê-lo no futuro
(aprendizagem por reforço directo). Os colegas de trabalho tenderão a proceder como
ele porque viram que o bom desempenho é apreciado (aprendizagem por reforço
7
indirecto). Isto significa que aprender com o que acontece aos outros é uma via de
aprendizagem de grande número de comportamentos, atitudes e sentimentos sociais.
Insight
Muitas vezes em nossas experiências vividas nem sempre as situações se apresentam de
forma clara e não nos propicia uma compreensão imediata. Essa situação acaba
dificultando o aprendizado porque não permitirem uma clara definição entre Fundo e
imagem, prejudicando com isso a compreensão da relação entre parte e todo. Porém de
repente sem que tenhamos auxílio de ninguém ou nenhum tipo de processo de
compreensão extraordinário (somando as partes mais simples) a relação figura e fundo
se mostra de uma forma compreensível, a esse fenómeno damos o nome de Insight, ou
seja, uma compreensão imediata e súbita. Insight é um conceito criado pelos psicólogos
da Gestalt para descrever situações de aprendizagem abruptas na solução de um
problema. Este conceito está relacionado ao de criatividade e de pensamento divergente,
por fugir da resolução de problemas por tentativa e erro. Neste contexto, “problema” é
uma situação em que falta um comportamento capaz de produzir o resultado desejado.
“Resolução de problemas” é o comportamento de manipulação do ambiente que
aumenta a probabilidade do aparecimento de um comportamento que produza o
resultado desejado naquela situação. O “insight”, então, é um tipo de resolução de
problemas, no qual o comportamento que produz o resultado desejado (soluciona o
problema) é emitido subitamente, sem um aprendizado prévio.
nossa estrutura cognitiva, o que é novo é a forma como são associados. Para os
gestaltistas a aprendizagem resulta de uma série de soluções por insight.
Reflexão
A aprendizagem por solução de problemas – ou por reflexão – na educação formal é
parte integrante da Teoria de Aprendizagem Significativa. Constitui um processo mais
complexo que o da aprendizagem de aquisição de conceitos e ideias, como afirmam
Ausubel e Robinson (1969); traz implícita a ideia de um hiato entre o conhecimento que
o estudante dispõe e o que tem que alcançar para a solução do problema. Quando a
referência é a problemas em matemática, geografia e desenvolvimento social, ou outra
disciplina, esse hiato pode ser preenchido pela retomada ou transformação das
proposições conhecidas sob a orientação do padrão de regras na área de estudo.
Nessas situações, a sequência bem definida pode resultar na solução do problema pela
aplicação directa do conhecimento reorganizado a partir do padrão de regras,
constituindo uma solução por repetição. Um verdadeiro problema, no entanto, não
envolve uma sequência invariável de transformações e comporta sempre um elemento
pessoal do solucionador, que responde a questões como as que seguem. A situação, ou
tema, constitui um problema para ele? Quais os conhecimentos que entram em jogo?
Qual a ordem que o solucionador estabelece para buscar a solução?
Por conseguinte, são citados alguns factores que influenciam positivamente a solução de
problemas: compreensão da direcção e decisão na escolha dos pontos a atacar; mais
focalizados no problema a ser resolvido do que em aspectos irrelevantes; clareza nas
implicações e aplicabilidade de seus conhecimentos; processo activo de pesquisa e
compreensão do problema; seguir uma linha persistente de raciocínio para chegar a
conclusões lógicas; autoconfiança em suas habilidades e menos desencorajamento pela
complexidade (AUSUBEL; ROBINSON, 1969).
A Assimilação e Acomodação
A assimilação é o processo cognitivo pelo qual uma pessoa integra (classifica) um novo
dado perceptual, motor ou conceitual às estruturas cognitivas prévias (WADSWORTH,
1996). Ou seja, quando a criança tem novas experiências (vendo coisas novas, ou
ouvindo coisas novas) ela tenta adaptar esses novos estímulos às estruturas cognitivas
que já possui.
O próprio Piaget define a assimilação como (PIAGET, 1996, p. 13): uma integração à
estruturas prévias, que podem permanecer invariáveis ou são mais ou menos
modificadas por esta própria integração, mas sem descontinuidade com o estado
precedente, isto é, sem serem destruídas, mas simplesmente acomodando-se à nova
situação.
Isto significa que a criança tenta continuamente adaptar os novos estímulos aos
esquemas que ela possui até aquele momento. Por exemplo, imaginemos que uma
criança está aprendendo a reconhecer animais, e até o momento, o único animal que ela
10
Pois bem, quando apresentada, à esta criança, um outro animal que possua alguma
semelhança, como um cavalo, ela a terá também como cachorro (marrom, quadrúpede,
um rabo, pescoço, nariz molhado, etc.).
Ou seja, a criança, apontará para o cavalo e dirá "cachorro". Neste momento, um adulto
intervém e corrige, "não, aquilo não é um cachorro, é um cavalo". Quando corrigida,
definindo que se trata de um cavalo, e não mais de um cachorro, a criança, então,
acomodará aquele estímulo a uma nova estrutura cognitiva, criando assim um novo
esquema. Esta criança tem agora, um esquema para o conceito de cachorro e outro para
o conceito de cavalo.
Segundo PIAGET (p. 18, 1996): acomodação (por analogia com os "acomodatos"
biológicos) é toda modificação dos esquemas de assimilação sob a influência de
situações exteriores (meio) aos quais se aplicam.
Procurando elucidar essas declarações, quando se fala que não existe assimilação sem
acomodação, significa que a assimilação de um novo dado perceptual, motor ou
conceitual se dará primeiramente em esquemas já existentes, ou seja, acomodados em
fases anteriores. E quando se fala que não existem acomodações sem assimilação,
significa que um dado perceptual, motor ou conceitual é acomodado perante a sua
11
assimilação no sistema cognitivo existente. É neste contexto que Piaget (1996, p. 18)
fala de "acomodação de esquemas de assimilação".
Partindo da ideia de que não existe acomodação sem assimilação, podemos dizer que
esses esquemas cognitivos não admitem o começo absoluto (PIAGET, 1996), pois
derivam sempre, por diferenciações sucessivas, de esquemas anteriores.
12
Conclusão
Com a realização deste trabalho foi possível aprofundar melhor o tema e ficar mais
informado. Assim, com a investigação torna-se mais fácil compreender a diferença entre
condicionalismo clássico e operante, descobrir as experiencias de Pavlov, Skinner e
Bandura através de documentos.
Podemos concluir assim que, enquanto o condicionamento clássico inclui uma resposta
já estabelecida através de outro estímulo anterior, o operante não necessita de nenhuma
resposta dada anteriormente. No condicionamento clássico o resultado não depende das
acções do sujeito, no operante certamente irá depender. Enquanto o condicionamento
clássico influi na mudança de opiniões, definindo gostos e objectivos, o
condicionamento operante influi nas mudanças de comportamento perante um
objectivo.
BIBLIOGRAFIA
LIMA, Lauro de Oliveira. In: MACEDO, Lino de. Ensaios Construtivistas. São Paulo:
Casa do Psicólogo, 1994.
Lopes, Josiane. Jean Piaget. Nova Escola. a. XI, n. 95, Ago. 1996.
MACEDO, Lino. Ensaios Construtivistas. 3. Ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994.