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Escola Municipal do Trabalho

Assistente
Administrativo
Nome: __________________________________________________________

Escola: __________________________ Horário: ________________________

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ÍNDICE

UNIDADE 1 ADMINISTRAÇÃO ........................................................................... 05

UNIDADE 2 ROTINAS DE ESCRITÓRIO ............................................................ 15

UNIDADE 3 COMUNICAÇÃO .............................................................................. 45

UNIDADE 4 MATEMÁTICA BÁSICA .................................................................... 79

UNIDADE 5 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ..................................................... 83

UNIDADE 7 ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA ................................................... 112

UNIDADE 7 NOÇÕES DE CONTABILIDADE .................................................... 122

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................. 161


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UNIDADE 1
ADMINISTRAÇÃO
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UNIDADE 1
ADMINISTRAÇÃO

Estamos acostumados a admirar as modernas invenções e descobertas que


surgem a cada instante graças ao avanço da tecnologia e da capacidade inventiva
do ser humano. Todavia, nos esquecemos de saber onde essas maravilhas são
criadas, inventadas, projetadas, construídas e comercializadas. Na verdade estamos
falando de organizações: as mais sofisticadas e complexas invenções do homem
moderno. De fato, a invenção mais poderosa e que proporciona a invenção de todas
as demais maravilhas de que desfrutamos hoje é a organização administrada.

As Organizações
Vivemos em uma sociedade de organizações, e tudo o que precisamos para
viver provêm delas. São as organizações que criam maravilhas. Na sociedade atual,
quase todo o processo produtivo é realizado dentro das organizações, das quais
dependem para nascer, viver, aprender, trabalhar, ganhar seu salário, curar suas
doenças e obter todos os produtos e serviços que necessitam. Assim, dentre todas
as criações do homem, a invenção mais completa é, sem dúvida, a organização
administrada. Cada organização constitui uma criação particular, uma invenção
singular, uma entidade única, pois tem características próprias, seus recursos, suas
competências, seus objetivos etc. Enfim cada organização possui o seu próprio
DNA, a sua própria natureza, as sua características individuais e específicas. Da
mesma forma como não existem duas pessoas iguais também não existem duas
organizações iguais. Elas são profundamente diferentes umas das outras.
Existe uma infinidade de organizações, desde gigantescas empresas e
corporações multinacionais até pequenas e microempresas. Elas atuam em todos os
tipos de negócios: organizações públicas, privadas e não governamentais. Existem
organizações lucrativas e não lucrativas, industriais, comerciais, extrativas etc. As
organizações são comumente chamadas de organizações sociais por serem
associações de pessoas que trabalham em conjunto para o alcance de objetivos
comuns. Essa é a razão pela qual elas alcançam objetivos que nenhuma pessoa

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poderia alcançar sozinha ou individualmente. O esforço em conjunto permite


resultados incríveis. Uma das razões que explicam a enorme variedade e
diversidade das organizações no mundo atual é o fato de ser mais eficiente e eficaz
meio de satisfazer um grande número de necessidades humanas. Por outro lado,
não existem organizações sem pessoas. São as pessoas que dão vida e inteligência
às organizações. Mas para serem bem-sucedidas, as organizações precisam ser
administradas.
Mas afinal, o que são organizações? São unidades ou agrupamentos
humanos intencionalmente construídos ou reconstruídos a fim de atingir objetivos
específicos. Elas não constituem uma unidade pronta e acabada, mas um organismo
social vivo e sujeito a constantes mudanças e transformações em seu caminho de
desenvolvimento, aprendizado e busca de excelência.

As Empresas
As empresas são exemplos típicos de organizações sociais geralmente
chamadas de organizações lucrativas, embora existam empresas sem qualquer
finalidade de lucro. As empresas são organizações sociais por serem associações
de pessoas que trabalham em conjunto para a exploração de algum tipo de negócio
ou atividade lucrativa. Na verdade, as empresas são organizações sociais que
utilizam uma cadeia de recursos a fim de atingir determinados objetivos. As
empresas podem ser classificadas:

1. Quanto à propriedade:
Empresas públicas: são as empresas de propriedade do Estado ou com participação
majoritária do Estado. A maior parte delas não tem finalidade lucrativa, embora o
lucro as ajude a garantir sua autonomia e autossubsistência. O objetivo delas é
prestar serviços públicos à sociedade, como segurança, saúde, educação etc.;
Empresas privadas: são as empresas de propriedade particular. O objetivo delas é
produzir bens (produtos) ou prestar serviços a fim de obter lucro suficiente para
remunerar o capital investido por particulares, como proprietários, acionistas,
investidores.

2. Quanto ao tipo de produção:

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Primárias ou extrativas: têm como objetivo a extração de matérias-primas da


natureza, como as empresas agrícolas, de mineração, de perfuração e extração de
petróleo etc.;
Secundárias ou de transformação: têm como objetivo o processamento e
transformação de matérias-primas em produtos acabados.
Terciárias ou prestadoras de serviços: têm como objetivo a prestação de serviços
especializados para a sociedade ou para um determinado mercado.

3. Quanto ao tamanho:
Grandes: quando tem muitos empregados e grandes recursos e instalações físicas;
Médias: quando o número de empregados é médio, os recursos disponíveis e o
tamanho das instalações são também médios;
Pequenas: são as empresas que têm poucos empregados, poucos recursos e
pequenas instalações.

Quando são bem-sucedidas, todas as empresas de qualquer tamanho tendem


a sobreviver e a crescer. O crescimento organizacional provoca aumento de
tamanho e, consequentemente, de complexidade. Na medida em que as empresas
alcançam um determinado tamanho, todas elas precisam ser administradas para
serem bem-sucedidas.

Conceito preliminar de administração


A palavra administração vem do latim, ad (junto de) e ministratio (prestação de
serviço) e significa a ação de prestar serviço ou ajuda. Em outras palavras, aquele
que presta um serviço a outro, ou uma atividade que se recebe por delegação de
outrem. Modernamente, administração representa o governo e a condução de uma
organização ou empresa por meio de atividades relacionadas ao planejamento,
organização, direção e controle da ação empresarial.
A tarefa da administração consiste em interpretar os objetivos propostos pela
empresa e traduzi-los em ação empresarial por meio do planejamento, organização,
direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os
níveis da empresa a fim de atingir tais objetivos da melhor maneira possível. E, se
possível, até ultrapassá-los. Assim, a administração é o processo de planejar,
organizar, dirigir e controlar o uso dos recursos e de competências organizacionais

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para alcançar determinados objetivos de maneira eficiente e eficaz através de um


arranjo integrado e convergente.
Se, ao nível de cada empresa, a administração é uma condição indispensável,
também ao nível de cada país a necessidade de bons administradores é crítica,
especialmente na área de administração pública e das pequenas e médias
empresas. A administração representa a solução da maior parte dos problemas que
afligem o nosso país nos dias de hoje, seja na criação e distribuição da riqueza, no
desenvolvimento econômico do país, na qualidade de vida no trabalho e nas
organizações, na ética nos negócios e na responsabilidade social ou nos aspectos
relacionados com a sustentabilidade e ecologia. Todas essas realidades podem e
devem ser melhoradas por meio da administração. Quando bem aplicada, a
administração provoca sinergia, traz valor agregado, cria riqueza e prosperidade. Em
geral, o que falta nas organizações, nas empresas e nos países em constantes
dificuldades e problemas aparentemente insolúveis é uma adequada administração.
Neste sentido, Peter Drucker (1968) é bastante incisivo: não existem países
desenvolvidos ou subdesenvolvidos, mas sim países bem administrados e países
mal administrados.

O que o Administrador faz?


O papel do administrador é fundamental para o sucesso da organização. À
medida que as organizações crescem, e aumentam de tamanho e complexidade,
elas requerem um aparato administrativo constituído de vários níveis de
administradores, como presidente, diretores, líderes e equipes. Em qualquer desses
níveis, o administrador assume simultaneamente os seguintes papéis:
Previsão: estar atento quanto à futura natureza da organização e os desafios
existentes no ambiente de negócios, isto é, na conjuntura econômica, no mercado,
na concorrência, nas mudanças de comportamento dos clientes etc.
Planejamento: definindo objetivos a serem alcançados e como fazer para que se
tornem realidade no curto, médio e longo prazo.
Alocação de recursos: assegurando os recursos necessários para que os objetivos
organizacionais sejam cumpridos à risca. Para tanto, deve-se disponibilizar, no
tempo e lugar certos, máquinas e equipamentos, materiais, tecnologias e, sobretudo,
pessoas capazes de lidar com tais recursos.

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Criação de competências: treinando e desenvolvendo as pessoas para que


aprendam habilidades e competências necessárias para o sucesso organizacional.
Organização: cuidando para que recursos e competências estejam interligados entre
si através de uma estrutura organizacional adequada e conectada.
Direção: no sentido de incentivar e dinamizar as pessoas dando-lhes metas e
objetivos a alcançar, motivação, comunicação, liderança e entusiasmo para obter o
comprometimento e engajamento com os objetivos organizacionais.
Controle: monitorar, acompanhar, avaliar e tomar ações corretivas no sentido de
garantir que os objetivos organizacionais sejam devidamente alcançados.

O administrador pode trabalhar em três níveis de uma organização:


Operacional: é o nível mais baixo da organização. É onde as tarefas e operações
são executadas cotidianamente. Neste nível, o administrador recebe o nome de
supervisor ou líder de equipe e atua diretamente com o pessoal da execução, como
funcionários ou operários para manter e garantir a regularidade das operações no
dia-a-dia.
Tático: é o nível gerencial, pois interliga o nível operacional ao nível estratégico.
Neste nível, o administrador recebe o nome de gerente e atua diretamente sobre os
supervisores. Em geral, interpreta as decisões tomadas no nível estratégico e as
transforma em programas de ação para que o nível operacional possa trabalhar.
Estratégico: está voltado para o ambiente externo de negócios do que propriamente
para dentro da organização. Neste nível, o administrador recebe o nome de
presidente ou diretor e atua diretamente sobre os gerentes. É o nível organizacional
mais elevado, o qual decide sobre os destinos e o futuro da organização.

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O surgimento da Administração
A moderna Administração surgiu no início do século passado, quando dois
engenheiros publicaram suas experiências. Um era americano, Frederick Winslow
Taylor (1856 – 1915), o qual desenvolveu a chamada Escola de Administração
Científica, com a preocupação de aumentar a eficiência da indústria por meio da
racionalização do trabalho dos operários. O francês Henri Fayol (1841 – 1925), o
outro engenheiro desenvolveu a chamada Escola Clássica da Administração, com a
preocupação de aumentar a eficiência da empresa por meio de sua organização e
da aplicação de princípios gerais de administração. Embora esses dois precursores
da administração jamais tenham se comunicado entre si, e seus pontos de vista
sejam diferentes, até mesmo opostos, o certo é que suas ideias complementam-se,
razão pela qual suas teorias dominaram as cinco primeiras décadas do século
passado no panorama da administração das empresas.
A partir desses dois pioneiros, a pequena história da administração moderna
pode ser assim resumida nas seguintes teorias ou escolas que lhes sucederam:
 Teoria da Administração Científica: foi desenvolvida por engenheiros americanos
seguidores de Taylor. Preocupava-se principalmente com a organização das tarefas,
isto é, com a racionalização do trabalho dos operários. A Administração Científica
procurava eliminar o desperdício na base da empresa, ou seja, no chão da fábrica,
por meio da adoção de métodos de trabalho e, assim, aumentar a eficiência e a
produtividade;

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 Teoria Clássica da Administração: foi desenvolvida por seguidores das ideias de


Fayol. Preocupava-se principalmente com a estrutura organizacional, com a
departamentalização e com a adoção do processo administrativo para fortalecer as
empresas. A Teoria Clássica procurava desenvolver princípios gerais de
administração para planejar, organizar, dirigir e controlar as atividades da empresa.
A partir da década de 1950, a Escola Clássica reapareceu com Peter Drucker e a
chamada Escola Neoclássica, preocupada com a Administração por Objetivos;
 Teoria das Relações Humanas: desenvolvida a partir de 1940, nos Estados Unidos,
em função dos resultados da Experiência de Hawthorne que indicou a presença do
fator humano na empresa. Psicólogos sociais tentaram combater o excessivo
racionalismo e mecanismo dos engenheiros tanto da Administração Científica como
da Teoria Clássica. É uma abordagem preocupada, principalmente com as pessoas,
com os grupos sociais e com a organização informal da empresa. Procurou dar um
toque humanístico na administração, até então focada exclusivamente em aspectos
técnicos. Mais recentemente, a partir da década de 1960, esta escola ressurgiu com
novas ideias, com o nome de Teoria do Comportamento Organizacional ou Teoria
Comportamental, focada mais no comportamento global da empresa do que
propriamente no comportamento individual das pessoas ou grupos sociais tomados
isoladamente. Segundo esta abordagem, as pessoas são incansáveis
processadoras de informação e tomadoras de decisões, isto é, as pessoas recebem
e processam informações do ambiente que as rodeia e toma incessantemente
decisões a respeito de todos os seus atos cotidianos e corriqueiros;
 Teoria Estruturalista: desenvolvida na década de 1950 no sentido de tentar integrar
todas as teorias das diferentes escolas acima enumeradas. Até então a
administração era tratada de maneira restrita e limitada. A Escola Estruturalista teve
início com a Teoria Burocrática desenvolvida por Max Weber e trouxe uma
abordagem mais abrangente da administração. Foi desenvolvida por sociólogos
organizacionais que se preocuparam em analisar as organizações do ponto de vista
de sua estrutura;
 Teoria de Sistemas: desenvolvida a partir da década de 1970. Passou a abordar a
empresa como um sistema aberto em contínua interação com o meio ambiente que
a envolve. Seu mérito foi tratar a empresa como um todo abrangente composto de
subsistemas intimamente relacionados e em intercâmbio com o seu mundo exterior;

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 Teoria da Contingência: desenvolvida no final da década de 1970 graças à influência


abrangente da teoria de sistemas. Para essa teoria, a empresa e sua administração
são variáveis dependentes do que ocorre no ambiente externo que as circunda. As
mudanças ambientais provocam mudanças na estrutura e na dinâmica das
empresas e vice-versa. À medida que o meio ambiente muda, a empresa e sua
administração precisam também mudar para se ajustar continuamente. Isto significa
que em administração tudo é relativo e nada é absoluto. Se o ambiente é dinâmico e
competitivo a empresa também precisa sê-lo. Para a Teoria da Contingência tudo o
que ocorre na empresa depende da situação e do ambiente externo. O entorno – na
forma de mercados, sociedade, governo, clientes, fornecedores, concorrentes – traz
oportunidades e facilidades, bem como, ameaças e restrições à empresa. Esta
precisa saber prontamente aproveitar as oportunidades e facilidades de negócios e
desvencilhar-se das ameaças, restrições e contingências que surgem pela frente;
 Abordagens Atuais da Administração: a administração passou por uma formidável
faxina e transformação nos últimos tempos. Vivemos hoje em tempos de mudança e
transformação, em que predomina a instabilidade, a imprevisibilidade e a incerteza
onde os desafios às empresas aumentaram consideravelmente. Os tempos
mudaram e a administração não somente está mudando, como também está
provocando a mudança no mundo todo. A tecnologia ajudou muito, a educação, o
desenvolvimento econômico, os novos hábitos e os comportamentos das pessoas, a
globalização, a forte competição, a necessidade de competitividade, tudo isso trouxe
mudanças no formato das empresas e na maneira de administrá-las.

Os Objetivos da Administração
A administração está focada em objetivos e resultados a serem alcançados
por meio dos recursos utilizados e das competências indispensáveis para um
esforço conjunto e integrado de todos os níveis e áreas da empresa. Nada é feito ao
acaso ou torcendo pela pura sorte. Esforço é fundamental. Desempenho é
imprescindível. Mas o mais importante de tudo é o resultado do que a administração
oferece. Administrar significa prioritariamente oferecer resultados e fazer uma
empresa ser bem-sucedida.

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No passado, a administração tinha dois objetivos principais: proporcionar


eficiência e eficácia às empresas e cada um desses objetivos buscava completar ao
outro gerando assim a excelência.

Fazer as coisas corretamente. Preocupação com os meios, com os


Eficiência
métodos e com a maneira de fazer as coisas.
Fazer as coisas corretamente e alcançar resultados. Preocupação
Eficácia com os fins, com o alcance de objetivos e com a busca de
resultados
Excelência Eficiência + Eficácia

Contudo, acima da Eficiência e da Eficácia e, portanto, da excelência, existem


outros objetivos maiores que toda a empresa precisa para garantir sua sobrevivência
e crescimento. Hoje, administrar não significa apenas supervisionar as pessoas,
tomar conta de departamentos ou cuidar do marketing e das finanças. É muito mais
do que isso. Administrar significa conduzir a organização em direção aos objetivos
previamente definidos, para oferecer resultados concretos e alcançar sucesso e
sustentabilidade ao longo do tempo. E isso não é feito por uma única pessoa, mas
por um conjunto integrado de pessoas.

O processo administrativo
As funções administrativas são constituídas por processos que envolvem
quatro itens essenciais:
Planejamento: significa visualizar o futuro e traçar o programa de ação. Reflete a
maneira como as decisões tomadas pela empresa são transformadas em planos e
programas para serem aplicadas no futuro;
Organização: significa a maneiro como a empresa distribuía autoridade,
responsabilidades, atividades e recursos. Reflete a composição, o formato, a
estrutura que a empresa desenha para distribuir, de maneira orgânica e integrada, a
ação empresarial;
Direção: significa conduzir e orientar as pessoas. Reflete o estilo de gestão e de
liderança adotado pelos administradores, em todos os níveis da empresa, no sentido
de motivar e alinhar as pessoas em direção aos objetivos propostos;

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Controle: significa verificar se o que foi planejado e organizado foi, de fato,


executado. Reflete a avaliação da compatibilidade ente os objetivos definidos e os
resultados alcançados. Funciona como feedbackda ação empresarial.

Questões para Revisão


1) Conceitue o que é Administração.
2) Explique e classifique as empresas quanto ao seu tamanho.
3) Explique e classifique as empresas quanto a sua propriedade.
4) Explique e classifique as empresas quanto ao tipo de produção.
5) Explique a Escola da Administração Científica.
6) Explique a Escola Clássica da Administração.
7) Quem foi Taylor? Qual foi a sua contribuição para a Administração?
8) Quem foi Fayol? Qual foi sua contribuição para a Administração?
9) Quais são as principais teorias da Administração?
10) Quais os principais objetivos da Administração?
11) Explique o processo administrativo.

Vídeo Sugerido
Tempos Modernos (1936)
Charlie Chaplin

Responda às questões:
1) Que tipos de organizações são apresentados no filme?
2) Você concorda com a postura do gestor da indústria? Por quê?
3) Você acredita que ainda existam gestores com essa mesma postura? Comente.
4) Chaplin passa por apuros no filme que o levam a tomar decisões não muito comuns.
Que decisões foram essas? Você acha que existem pessoas que tomam as mesmas
decisões?

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UNIDADE 2
ROTINAS DE ESCRITÓRIO

Organização das Empresas


Como vimos, a empresa é uma organização econômica em que são reunidos
e combinados fatores de produção, desenvolvendo uma determinada atividade com
objetivo de lucro.

Elementos ou recursos de uma empresa


Para que uma empresa consiga atingir seu objetivo, é necessária a união de
quatro elementos ou recursos, a saber:
Humanos: são os funcionários organizados em uma hierarquia. É o elemento mais
importante para que a empresa alcance seus objetivos.
Materiais: as máquinas que se destinam a produzir bens: ferramentas, veículos,
computadores, maquinário, etc.
Técnicos: as habilidades para desenvolver o objeto social da empresa, ou seja,
saber lidar com o que se propõe a fazer.
Financeiros: de fundamental importância, é o capital empregado na produção de
bens, na atividade comercial e/ou serviços.

Pessoa física
É o indivíduo ou pessoa natural dotada de vontade própria e capaz de direitos
e obrigações.

Pessoa jurídica
Há duas formas de entender a pessoa jurídica, a saber:
Empresário: um novo tipo de opção àquelas pessoas que pretendem se inscrever
como pessoa jurídica, independente de ser comerciante ou prestador de serviços,
em que o titular responde ilimitadamente por todos os atos praticados pela empresa.
Sociedade: a união de dois ou mais sócios que têm responsabilidade solidária e
limitada perante os compromissos assumidos.

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Missão da empresa
A partir do conceito de negócio formulado e definida a forma jurídica, deve-se
desenvolver a declaração de missão da empresa em termos das metas que deverão
ser atingidas, relacionadas a: natureza e qualidade dos produtos, e/ou serviços
oferecidos, preços, relacionamento com clientes, com os funcionários e com outras
empresas do setor, características do ambiente de trabalho e estilo de
administração, incorporação de novas técnicas e tecnologias, perspectivas de
crescimento e lucros, relacionamento com a comunidade e com o meio ambiente.

Visão da empresa
O enunciado da visão é a descrição do futuro desejado para a empresa. Esse
enunciado reflete o alvo a ser procurado por meio de:

 Esforços individuais;
 Esforços das equipes;
 Alocação dos recursos.

O enunciado da visão deve conter tanto a aspiração, como a inspiração.


A aspiração de tornar-se "algo", e a inspiração porque esse "algo" deve
merecer e valer a pena ser concretizado, deve-se sentir orgulho em participar da
construção dessa visão. Ou seja, deve ter luz suficiente (inspiração) para apontar o
caminho que leva à concretização da aspiração.
A visão precisa ser prática, realista e visível (nós não alcançamos aquilo que
não vemos), pois não passará de uma mera alucinação, se ela sugerir ou propuser
resultados inatingíveis.
Visão também não tem nada a ver com projetos ou sistemas que devem ou
se sonha verem implantados. E não deve apontar quaisquer "comos", ou
declarações de intenções ou ainda de boa vontade.
A visão implica o perfil que a empresa deve assumir quando toda a boa
vontade, intenções, esforços, recursos e projetos, que se tem na cabeça e na
vontade, passarem pelas mãos de todos os colaboradores para se tornarem
realidade, por construção conjunta.

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O enunciado da visão, além dos aspectos de aspiração e inspiração, de ser


prática, realista e visível, deve facilitar respostas às seguintes perguntas:

 No que a empresa quer se tornar?


 Qual direção é apontada?
 Onde estaremos?
 O que a empresa será?
 Em que direção devo apontar meus esforços?
 Estou ajudando a construir o quê?
 Os recursos investidos estão levando a empresa para onde?

Valores da empresa
Valores são princípios, ou crenças, que servem de guia, ou critério, para os
comportamentos, atitudes e decisões de todas e quaisquer pessoas, que no
exercício das suas responsabilidades, e na busca dos seus objetivos, estejam
executando a missão, na direção da visão. Os valores também podem ser como um
conjunto de crenças, ou princípios, que:

 Definem e facilitam a participação das pessoas no desenvolvimento da missão,


visão e dos próprios valores;
 Definem e facilitam a articulação da missão, visão e valores;
 Facilitam a colaboração entre os empregados; o comprometimento dos empregados
com o mercado e com a comunidade e a sociedade.

O enunciado de cada valor deve ser curto. Os valores são inegociáveis e são
os mais perenes de uma empresa.
O conjunto de valores define a regra do jogo, em termos de comportamentos
e atitudes, devendo conter um subconjunto das respostas às perguntas abaixo:

 Como os empregados devem se portar, individualmente?


 Como os empregados se relacionam entre si? Com os clientes?
 Como a empresa trata seus clientes? Faz negócios?
 Como nos relacionamos com a comunidade?

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 Qual a nossa responsabilidade frente à sociedade?


 Que valores, crenças ou princípios são importantes para a empresa fazer o que faz,
para quem faz, e para o que ela quer se tornar?
Resumidamente:
A construção de um conjunto de missão, visão e valores, só é útil se a prática
do dia a dia, do presidente ao porteiro, mostra e demonstra ser esse o conjunto de
regras que regem a conduta do pessoal da sua empresa.
Caso contrário, é pura perda de tempo, pois se o que se diz e o que se prega,
é diferente do que se faz; a missão, a visão e os valores tornam-se somente um
apanhado de letras, caindo no vazio da rotina.
Por fim, o conjunto missão, visão e valores serve também para facilitar e
promover a convergência dos esforços humanos, materiais e financeiros.

Natureza das empresas


As empresas são classificadas quanto à sua forma, como segue:
 Empresa de prestação de serviços: Empresas que vendem um serviço prestado
diretamente ao cliente. Geralmente têm estrutura simples porque não necessitam de
estoque. A grande força desse tipo de negócio são as pessoas. Exemplos: clínica de
estética, salão de beleza, assessoria contábil, consertos de equipamentos, dentre
outras.
 Empresa comercial: A atividade essencial é comercializar bens e produtos. Essa
comercialização pode se dar em termos de varejo ou distribuição. No varejo o
fornecedor vende diretamente ao consumidor final em quantidades geralmente
pequenas, para seu próprio consumo. Essa empresa normalmente tem estoque e
paga comissões por vendas, lidando diretamente com o público. Neste caso, as
pessoas também são a grande força do negócio. Exemplos: supermercados,
farmácias, magazines. Na distribuição trata-se de empresas comerciais que atuam
em determinadas áreas geográficas e são responsáveis por colocar determinados
produtos no mercado. Muitas vezes essas empresas também vendem no varejo.
Exemplo: atacadistas.
 Empresa industrial: A empresa fabrica produtos mediante encomendas ou para
formar estoques, utilizando para isso insumos ou produtos elaborados por outros
fabricantes. Exemplos: indústria de alimentos, indústria de vestuário.

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 Empresa mista: Combina característica de mais de um tipo de negócio. Exemplo:


padaria que fabrica e comercializa seus produtos.

 Forma jurídica das empresas


Empreendedor individual: O Empreendedor individual é a pessoa que trabalha por
conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um
empreendedor individual, é necessário faturar no máximo até R$ 60.000,00 por ano,
não ter participação em outra empresa como sócio ou titular e ter um empregado
contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.

Empresário: O titular tem responsabilidade ilimitada e individual pela empresa e seu


nome será o nome da firma. Esse tipo de forma jurídica se aplica às atividades de
indústria e/ou comércio, e o ativo e o passivo (estoques, máquinas, contas a pagar
etc.) podem ser transferidos a outra pessoa jurídica, porém a empresa em si, por ser
firma individual, é intransferível. Cabe destacar, portanto, que a natureza jurídica
“empresário” não pode ser vendida e nem admite sócios.

Sociedade Simples: Também chamada de Não Empresária, é o negócio jurídico


celebrado entre pessoas com o objetivo de exercer atividade econômica que não
seja comercial ou empresária. Trata-se da forma mais simples de constituição de
sociedade em que o contrato pode ser público ou particular. São sociedades
formadas para prestarem serviço de base intelectual, tais como contadores,
advogados, engenheiros e outros, ou seja, prestam serviço que tem produtos
originados com a sua experiência, notadamente os profissionais liberais.

Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI): Trata-se de uma


sociedade unipessoal de responsabilidade limitada, criada pela Lei nº 12.441 de
11/08/2011. Possibilita ao empresário abrir uma empresa com a proteção da
responsabilidade limitada e separação do patrimônio da Pessoa Jurídica do
patrimônio da Pessoa Física.A EIRELI permite a uma única pessoa física ser titular
de todo o capital devidamente integralizado. Esse capital não poderá ser inferior a
100 vezes o valor do Salário Mínimo vigente no país. O capital é a verba que
garante ao empreendedor o pagamento das despesas de constituição de uma
empresa.

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Sociedade Civil Limitada (S/C Ltda.): Constituída obrigatoriamente por duas ou mais
pessoas, tendo por objeto apenas a exploração de prestação de serviços. É
regulada pelo Código Civil e não pode praticar atos de comércio. Seus documentos
são registrados no Cartório de Títulos e Documentos e a responsabilidade pelo
pagamento das obrigações da empresa é limitada à participação dos sócios.

Sociedade por quotas de responsabilidade Limitada (Ltda.): A empresa deve ser


constituída por, no mínimo, dois sócios, com atividade industrial e/ou comercial,
podendo explorar cumulativamente a atividade de prestação de serviços. As quotas
representam a participação de cada sócio no capital da empresa que terão
responsabilidade proporcional A esse capital.

Sociedade Anônima (S.A.): É a empresa


Aporte: contribuição financeira
formada por duas ou mais pessoas cujos atos
para determinado fim. No caso, é
constitutivos dar-se-ão por intermédio de um o ato de um sócio fornecer
Estatuto Social, no qual constarão a forma de recursos financeiros para uma
operação, as normas que regerão a empresa e determinada empresa.
também o capital social, que será dividido em
ações.
Imagine que uma empresa tenha um capital social de R$ 500 mil, mas precisa
de um aporte de R$ 10 milhões para aproveitar as oportunidades de crescimento de
mercado. Quando as empresas precisam de sócios que aportem um alto volume de
recursos, a solução é emitir centenas ou milhares de títulos de propriedade: as
ações.
A responsabilidade dos acionistas é limitada até a integralização das ações
que cada um tem subscritas.
Os acionistas têm assegurados os seguintes direitos:
 Participação dos lucros;
 Participação no patrimônio social, em caso de liquidação da sociedade;
 Fiscalização de negócios;
 Preferência para a subscrição de novas ações, no caso de aumento de capital;
 Retirar-se da sociedade, com reembolso no valor das ações por parte da sociedade,
transferência a outros acionistas ou a terceiros.
A sociedade anônima terá uma denominação social que indique o objeto de
atividade, seguida ou precedida da expressão S.A. ou então precedida da expressão

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Cia. Os acionistas das sociedades anônimas, segundo as regras estatutárias,


compõem a sua assembleia geral, o seu supremo poder. As assembleias se
reúnem, ordinariamente, na forma de estatutos e das leis em vigor, ou
extraordinariamente, tendo autoridade para deliberar, quando estiver presente o
número mínimo de acionistas fixado em lei o nos estatutos. Este número é
denominado quórum. Além da assembleia e da diretoria, poderá haver o conselho
fiscal, ao qual competem as funções de fiscalizar os negócios e dar parecer sobre
certos assuntos submetidos à aprovação da assembleia de acionistas.

Sociedade Cooperativa: A exemplo da Sociedade Anônima, a Sociedade


Cooperativa possui legislação especial (Lei nº 5.764/71). No entanto, por tratar-se
também de matéria do direito de empresa, o código faz referência às cooperativas
nos artigos 1.093 a 1.096, sem, contudo, esgotar a matéria, que é detalhada no
diploma específico.
Sobre o tema, a legislação especial estabelece que celebram contrato de
sociedade cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com
bens e serviços para exercício de uma atividade econômica, de proveito comum,
sem objetivo de lucro. Portanto, as cooperativas são sociedades de pessoas, com
forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à falência,
constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais
sociedades e possuindo características peculiares. As Sociedades Cooperativas
podem adotar por objeto qualquer gênero de serviço, operação ou atividade.
Entretanto, independente de seu objeto de acordo com o código civil, serão sempre
consideradas sociedades simples. Assim, de acordo com a lei, jamais uma
cooperativa pode ser considerada uma sociedade empresária.

Sociedade de economia mista: São sociedades anônimas em cujo capital participam


particulares e o poder público, tendo este a finalidade de conciliar a obtenção de
lucros com a prestação de serviços de utilidade pública.
As sociedades de economia mista têm as seguintes características:
 Estão sujeitos à legislação comercial;
 O poder público, que poderá ser o governo federal, os governos estaduais ou
municípios, será o principal acionista;
 O poder público participa da gestão dos negócios sociais, sendo representado, em
sua administração, por diretores nomeados por ele.

21
Escola Municipal do Trabalho

Outros tipos de sociedade: O Código Civil Brasileiro contempla ainda outras


modalidades de constituição de sociedade, que devem atender o disposto nos seus
artigos específicos, como vemos a seguir:
 Sociedade em Nome Coletivo: regida pelo Código Civil Brasileiro de acordo com
seus artigos 1.039 a 1.044, trata-se de sociedades constituídas somente por
pessoas físicas, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente pelas
obrigações sociais. Nesse tipo de sociedade, os sócios por ocasião dos atos
constitutivos ou então por unânime convenção, podem limitar entre si a
responsabilidade de cada um.
 Sociedade em Comandita Simples: nesse tipo de sociedade regida pelo Código
Civil Brasileiro pelos artigos 1.045 a 1.051, tomam parte sócios de duas categorias:
os comanditados, que são pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente
pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados somente pelo valor de suas
quotas. A característica peculiar nesse tipo de sociedade é que o sócio comanditário
não pode praticar nenhum ato de gestão nem ter o nome na denominação social,
sob pena de ficar sujeito às responsabilidades de sócio comanditado, porém pode
ser constituído procurador da sociedade, para negócio determinado e com poderes
especiais.
 Sociedade em Comandita por Ações: esse tipo de sociedade tem seu capital
dividido em ações em rege-se pelas mesmas normas da Sociedade Anônima, onde
somente o acionista tem qualidade para administrar e, como diretor, responde
subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações. Os diretores são nomeados no ato
constitutivo da sociedade, sem limitação de tempo e somente poderão ser
destituídos por deliberação dos acionistas que representem no mínimo dois terços
do capital social.
 Cabe a observação com relação ao Autônomo Estabelecido, que é a pessoa física
que individualmente exerce profissões que explorem atividades de prestação de
serviços. O respectivo registro é feito na Prefeitura do Município onde o interessado
reside, podendo emitir recibo próprio ou Nota Fiscal tributada.

Classificação das empresas

22
Escola Municipal do Trabalho

Esta classificação obedece a vários critérios, tais como ramo de atividade,


número de empregados, faturamento, capital etc. O critério mais utilizado é
classificar as empresas de acordo com o número de empregados:
Microempresas: de 0 a 9 empregados;
Pequena: de 10 a 99 empregados;
Média: de 100 a 500 empregados;
Grande: acima de 500 empregados.

Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP)


A Lei nº 9.841/99 de 05 de outubro de 1999, denominada Estatuto das
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, caracteriza como microempresa
(ME) as pessoas jurídicas e firmas individuais que tiverem receita bruta anual igual
ou inferior a R$ 360.000,00. Pela mesma lei, são consideras empresas de pequeno
porte (EPP) as pessoas jurídicas ou firmas individuais que, não enquadradas como
microempresas, tiverem receita bruta anual superior a R$ 360.000,00e igual ou
inferior a R$ 3.600.000,00 – valores monetários em vigor a partir de 01/01/2012.

Nome Fantasia
Também conhecido como nome comercial ou nome de fachada, é a
designação utilizada por uma instituição, seja ela de ordem pública ou privada, sob a
qual ela se torna conhecida do público. Essa denominação opõe-se à razão social
que é o nome utilizado perante os órgãos públicos de registro das pessoas jurídicas.
O nome fantasia pode ser formado a partir de palavras ou expressões
contidas na própria razão social, bem como a partir da criatividade do empresário.
De conformidade com o direito comercial, o registro de um nome fantasia dá-
se perante os órgãos de registro de marcas e patentes, resguardando o direito a sua
utilização ao primeiro que o registra.

Marcas
O assunto é regulado pela Lei nº 9.279 de 14 de maio de 1996 e interpreta
como marca todo o sinal distintivo (palavra, figura, símbolo etc.) visualmente
perceptível, que identifica e distingue produtos e serviços de outros iguais ou
semelhantes, de origens diversas, bem como certifica a sua conformidade com

23
Escola Municipal do Trabalho

determinadas normas ou especificações técnicas.


Qualquer pessoa, tanto física quanto jurídica, que esteja exercendo atividade
legalizada e efetiva pode requerer o registro de uma marca, que se obtém pelo
Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
A marca registrada perante o INPI garante ao seu proprietário o direito de uso
exclusivo em todo o território nacional em seu ramo de atividade econômica.

Legalização da Empresa
Para legalização definitiva de uma empresa, algumas providências devem ser
tomadas antes do efetivo início de suas atividades.
Inicialmente, o Contrato Social e os documentos dos sócios devem ser
levados à Junta Comercial ou ao Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas.
Algumas taxas (que variam de acordo com o estado) devem ser pagas. Após isso, o
representante da empresa receberá o NIRE (Número de Identificação de Registro da
Empresa). Com o NIRE é possível seguir para os próximos passos:

Receita Federal
Expede o número do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica).
Exemplo: 01.001.785/0001-01
 Os números após a barra correspondem à unidade da empresa;
 Os dois últimos números correspondem ao dígito verificador que testa se o CNPJ é
verdadeiro ou falso;
 Esse sistema foi desenvolvido para melhorar as informações e controle da Receita
Federal. Junto com esse sistema foram implantadas pela Secretaria políticas para
desenvolvimento de tecnologia e informação.

Inscrição Estadual
As empresas que realizam operações de compra e venda, tanto de produtos
como de mercadorias, são consideradas CONTRIBUINTES perante o ESTADO,
devendo obter a Inscrição Estadual. Os governos estaduais têm à disposição dos
contribuintes e empresas os Postos Fiscais Eletrônicos, que oferecem muitos
serviços, especialmente a DECA ESTADUAL.

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Escola Municipal do Trabalho

Inscrição Municipal
Para finalizarmos o processo de abertura e para que possamos colocar a
empresa em funcionamento é necessária uma inscrição municipal e posteriormente
requerer o alvará ou licença de funcionamento.

Previdência Social
Ainda que inicialmente só os sócios trabalhem na empresa, é necessário
fazer o cadastro no INSS em até 30 dias após o início das atividades.

Falência e recuperação extrajudicial ou judicial


Falência
É basicamente um processo de execução coletiva. Ocorre a arrecadação e
venda judicial forçada de todos os bens do falido para posterior rateio proporcional
aos credores, segundo a classificação estabelecida pela legislação.
Na falência, normalmente a empresa para de funcionar e uma pessoa é
designada pelo juiz para arrecadar o patrimônio disponível, verificar os créditos,
liquidar os ativos e pagar o passivo em sistema de rateio.
De acordo com a Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, o processo de
falência atenderá aos princípios da celeridade e da economia processual e ao
promover o afastamento do devedor de suas atividades, visa a preservar e otimizar
a utilização produtiva dos bens, ativos e recursos produtivos, inclusive os
intangíveis, da empresa.
Segundo o Art. 94 da Lei, dentre outros motivos, será decretada a falência do
devedor que, sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação
líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma
ultrapasse o equivalente a 40 salários mínimos na data do pedido de falência.

Recuperação extrajudicial ou judicial


Conhecida antes com Concordata, era uma situação vivida antes da falência
propriamente dita, em que o devedor ainda não deixou de pagar suas obrigações
líquidas, mas está na iminência de fazê-lo. Observa-se que hoje não há mais o
benefício da concordata, pois o Decreto-Lei nº 7661/45 foi substituído pela Lei nº
11.101 de 09/02/2005.

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Escola Municipal do Trabalho

Neste caso, a empresa deverá fechar acordo com seus credores


(empregados, fornecedores, bancos, governo estadual, municipal e federal) em até
180 dias. Se isso não ocorrer, o juiz pode decretar a falência imediatamente.
A nova legislação diminui consideravelmente a possibilidade de as empresas
falirem, pois a antiga lei protegia os interesses estabelecidos na relação credor -
devedor, em especial os direitos privados dos credores. Já a recuperação judicial
permite que as empresas em crise voltem a se tornar participantes competitivas e
produtivas da economia nacional.
Para entrar com o pedido de recuperação judicial, é necessário apresentar,
entre outros documentos, um histórico detalhado da empresa e uma exposição clara
das causas que a levaram à situação de crise.

Questões para Revisão

1) Quais são os elementos ou recursos necessários para que uma empresa inicie suas
atividades?
2) O que é Pessoa Física?
3) O que é Pessoa Jurídica?
4) De acordo com sua natureza, como as empresas devem ser classificadas?
5) De acordo com seu tamanho, como as empresas devem ser classificadas?
6) Como devemos proceder para legalizar uma empresa?

 Vídeos Sugeridos
Você é o Dono (2011)
Fantástico (Rede Globo)

Responda às questões:
1) Quais foram as empresas apresentadas?
2) No início, qual foi o maior problema identificado no salão da família Bertocci?
3) Quais orientações passadas pelo Sebrae à empresa de almoço?
4) Quais as orientações passadas para a empresa de limpeza?

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5) Você concorda com a alternativa de buscar ideias em outras empresas do mesmo


segmento que a sua? Justifique sua resposta.
6) Qual é a importância do Contrato Social para qualquer empresa?
7) Quais são os principais motivos da falência de pequenas empresas?
8) Quais as orientações passadas aos irmãos Bertocci?
9) Quais os problemas enfrentados pelas 3 empresas?
10) Qual é o papel do dono do negócio no início da empresa?
11) Qual é a palavra chave para o sucesso de qualquer empreendimento?

Organograma
Organizar significa estruturar e integrar as atividades desenvolvidas em uma
empresa, distribuindo-se por departamentos, setores, seções etc., conforme suas
necessidades.
Ao organizar uma empresa, agrupam-se as suas atividades em determinados
órgãos, denominando como cargos ou funções, além de definir as relações de
hierarquia entre cada um desses órgãos. Assim, obtém-se a estrutura organizacional
que é a forma de “arrumação” de uma empresa de maneira a oferecer-lhe maiores
probabilidades de obter bons resultados.
Analisando a estrutura empresarial quanto às funções internas, temos:

1. Áreas: constituídas de departamentos e setores. Assim temos, por exemplo, a área


comercial, constituída de departamento de marketing. Considerando a tomada de
decisão, entendemos nas áreas as decisões estratégicas, envolvendo toda a
empresa, geralmente de longo prazo.
2. Departamentos: responsáveis pelos setores. As tomadas de decisões são
basicamente táticas, compreendendo os departamentos específicos e em relação ao
tempo podem ser de médio ou curto prazo.
3. Setores: compreendem a operacionalização das atividades. O foco das decisões é
operacional, de curto prazo.

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Escola Municipal do Trabalho

Hierarquia
As relações de autoridade fundamentam-se na estrutura organizacional de
subordinação, enquanto as relações de responsabilidade são as definidas pelas
ordens e orientações recebidas e a quem devem passar contas do trabalho
realizado.
A relação existente entre a autoridade e a responsabilidade forma uma rede
definida como hierarquia, cujas relações de autoridade podem apresentar-se em
dois níveis: vertical e horizontal.
A título de fixação, apresentamos três tipos de organograma: linear,
departamental e funcional.

Outra estrutura que queremos demonstrar é a departamental.


A departamentalização é a divisão ou órgão da empresa, responsável por um
conjunto determinado de atividades. Em seguida, veja um exemplo de
departamentalização por função.

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Escola Municipal do Trabalho

Fluxograma
Fluxograma é um diagrama, que tem como finalidade representar processos ou
fluxos de materiais e operações, utilizados para representar algo essencialmente
dinâmico, sendo uma das ferramentas mais usadas por quem deseja analisar e
redesenhar um processo de trabalho, pois traz vantagens que facilitam o
desenvolvimento.
Os fluxogramas mostram como as coisas são feitas, e não como pensam que
devem ser feitas.
Através dos fluxogramas é possível visualizar:
Operações são realizadas;
Entradas e saídas;
Como fluem as informações;
Os recursos gastos no processo;
Situação ampla de todo o processo.

Os fluxogramas são capazes de evitar:


Dupla interpretação, pelo padrão dos símbolos;
Falhas de funcionamento e gargalos;
Duplicidade de procedimentos;
Complexidades desnecessárias.

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Escola Municipal do Trabalho

O fluxograma sempre possui um início, um sentido de leitura, ou fluxo e um fim.


Alguns símbolos básicos são usados na construção de qualquer fluxograma, porém
pode variar. Definições básicas:
Geralmente se usa um círculo alongado para indicar o início e o fim do fluxo;
A seta é usada para indicar o sentido do fluxo;
Retângulo que insere as ações;
Losango: representa questões/alternativas, sempre com duas saídas (Sim ou Não);
As linhas ou setas nunca devem cruzar;
O texto deve ser sempre claro e sucinto;
Recomenda-se iniciar as ações sempre com um verbo no infinitivo (fazer, dizer...).

O importante é estabelecer o fluxograma de forma que ele fique mais claro


possível, ou seja, que fique fácil de identificar as ações a serem executadas, ou
dependendo do tipo de fluxograma, as alternativas do processo.

Figura 1 - Modelo de fluxograma

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Escola Municipal do Trabalho

Planejamento
As empresas não funcionam ao acaso. E muito menos na base do improviso.
Tudo nelas deve ser planejado. Isto significa que as empresas precisam decidir
antecipadamente o que pretendem alcançar e o que deve ser feito para atingir seus
objetivos. O foco em objetivos continua a ser razão do sucesso de muitas empresas
bem-sucedidas: elas sabem com antecedência o que e como fazer e quais
resultados querem oferecer.
Na realidade, o planejamento é muito comum em nossas vidas. Em todos os
momentos estamos planejando nosso comportamento em relação a certos objetivos
que pretendemos realizar. Quando pretendemos ir a algum lugar, planejamos
antecipadamente qual o melhor percurso a ser percorrido por exemplo. O
planejamento é decorrência natural do comportamento das pessoas em quaisquer
situações. Nas empresas, o planejamento é uma necessidade imperiosa: uma vez
definido algum objetivo a alcançar, o planejamento constitui a melhor maneira de
chegar lá.

Planejamento

Importância e Necessidade do Planejamento


O planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente
quais os objetivos a serem atingidos e o que deve ser feito para atingi-los. Está
voltado para a continuidade da empresa e focaliza o futuro. Sua importância reside
nisso: sem o planejamento, a empresa fica perdida no caos. O planejamento é vital
para as demais funções administrativas. Sem o ele a organização, a direção e o
controle perdem todo o seu efeito.
A necessidade do planejamento reside na racionalidade que imprime às
decisões. Por racionalidade entendemos a escolha dos meios mais adequados para
atingir determinados objetivos ou fins. Por meio do planejamento, as ações da
empresa tornam-se racionais, isto é, mais adequadas aos fins propostos. Ele
constitui a melhor maneira para alcançar objetivos futuros.

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Escola Municipal do Trabalho

Objetivos
Objetivos são resultados específicos que se pretende alcançar em um
determinado período de tempo. Dois pressupostos são importantes na formulação
de objetivos: de um lado a missão organizacional e, do outro, a visão de futuro da
empresa. Enquanto a missão organizacional define qual é o negócio da empresa e o
seu papel na sociedade, a visão de futuro da empresa procura proporcionar uma
imagem do que a empresa pretende ser. Os objetivos por seu lado estabelecem
resultados concretos que se deseja alcançar dentro de um específico prazo de
tempo.
Os objetivos são importantes por várias razões:
 Definem previamente um alvo ou meta a atingir;
 Funcionam com guias para a ação coletiva;
 Servem como padrão de referência para avaliar o resultado alcançado;
 Proporcionam a todos uma ideia sobre onde se pretende chegar;
 Permitem integração e coordenação para a união de esforços conjuntos;
 Servem para monitorar o progresso em relação ao alvo ou meta.
Existem três níveis de objetivos que uma empresa pode perseguir:
estratégicos, táticos e operacionais. Os objetivos estratégicos relacionam-se com a
empresa como um todo, enquanto os objetivos táticos referem-se a cada
departamento ou unidade da organização e os objetivos operacionais com cada
tarefa ou operação a ser executada. A missão da organização paira acima de todos
eles.

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Escola Municipal do Trabalho

Assim, os objetivos empresariais estão dispostos em termos de amplitude


(espaço organizacional) e de horizonte (tempo), a saber: os objetivos estratégicos
estão voltados para toda a organização e estendidos no longo prazo (algo em torno
de 5 anos). Os objetivos táticos estão voltados para cada departamento ou unidade
específica da organização e focalizados no médio prazo (em geral, um ano ou
exercício fiscal da empresa), enquanto os objetivos operacionais referem-se a cada
tarefa ou operação e relacionam-se com o curto prazo (mês, semana ou dia).

Os níveis de planejamento
Em função da amplitude (espaço) e do horizonte (tempo) dos objetivos a
atingir, existem três níveis de planejamento. A atividade empresarial parte de um
planejamento estratégico que abrange a empresa como uma totalidade e que a afeta
no longo prazo pelas suas consequências. O planejamento estratégico é decidido no
nível estratégico da empresa e diz respeito ao futuro do negócio como uma
totalidade. Para que o planejamento estratégico possa ser levado adiante, ele
precisa ser desdobrado e implementado nos níveis hierárquicos mais baixos da
empresa, nos quais as tarefas são executadas.
Presidente e diretores fazem contato direto com o ambiente
Planejamento externo, com mercados, concorrentes e demais forças
Estratégico ambientais para a tomada de decisões estratégicas.
Incerteza e Imprevisibilidade

Planejamento Gerentes traduzem e interpretam as decisões estratégicas e as


Tático desdobram em planos táticos e detalhados no nível

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Escola Municipal do Trabalho

departamental.
Articulação Interna
Supervisores desdobram os Planos Táticos de cada
Planejamento
departamento em planos operacionais para cada tarefa.
Operacional
Certeza e regularidade

Planos
Planejamento é a função administrativa que, partindo da fixação dos objetivos
a serem alcançados, determina o que se deve fazer, quando fazer, quem deve fazê-
lo e de que maneira. Assim, o planejamento é elaborado na base de planos. Um
plano é um esquema que estabelece antecipadamente aquilo que deve ser feito.
Quando um plano é elaborado para alcançar um objetivo final da empresa, ele é
chamado plano-fim. Quando um plano é elaborado para alcançar objetivos
intermediários que, quando terminados e concluídos permitem a execução de um
plano-fim, ele é denominado plano-meio.
Existem vários tipos de planos. Veja:
Programas: São planos abrangentes que reúnem em si um conjunto integrado de
vários planos relacionados a assuntos diferentes entre si. Uma programação
estabelece vínculos entre vários planos.
Procedimentos: São planos que prescrevem a sequência cronológica das tarefas a
serem executadas. Normalmente, os procedimentos são transformados em rotinas.
Métodos: São planos que detalham como uma atividade deve ser executada em
todos os detalhes. Refere-se (quase sempre) ao trabalho das pessoas.
Normas e Regulamentos: São regras que servem para definir o que deve ser feito e
o que não deve ser feito. São guias para dar uniformidade de ação, e em geral estão
relacionadas ao comportamento das pessoas.
Gráficos de Planejamento
O planejamento utiliza gráficos para melhor visualização e compreensão.
Esses gráficos servem também para o controle. Como o controle é uma função
administrativa que se preocupa em verificar se o que foi planejado foi realmente
executado, os gráficos de planejamento são também utilizados como critério para o
seu posterior controle e acompanhamento.

Cronograma
É um gráfico de planejamento de tempo, isto é, um gráfico em que o padrão
de planejamento e controle é o tempo. Ele é constituído de um gráfico de dupla

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Escola Municipal do Trabalho

entrada: nas linhas horizontais são alinhadas as atividades planejadas, enquanto


nas colunas verticais são marcados os períodos de tempo considerados como
padrão. Sua função é relacionar as duas variáveis: atividades em função do tempo,
mostrando o início e o término de cada atividade por meio de linhas. Geralmente, as
linhas cheias representam o que foi planejado, enquanto as linhas pontilhadas
representam o que foi realizado, permitindo comparações rápidas e fáceis.

Janeiro Fevereir Março Abril Maio Junho


o
1. Férias escolares
2. Elaboração do Plano Pedagógico
3. Reuniões com professores
4. Elaboração de Calendário Escolar
5. Preparação do material de ensino
6. Período de aulas
7. Primeira prova bimestral
8. Avaliação do 1º bimestre
9. Segunda prova bimestral
10. Avaliação do 2º bimestre
11. Férias escolares

Gráfico de Gantt
É um gráfico semelhante ao cronograma, mas com uma diferença: as colunas
verticais (variável tempo) são divididas em quatro partes. Originalmente, o gráfico de
Gantt foi criado para planejamento e controle da produção semanal: cada mês
(coluna) é composto de quatro semanas (subcolunas) para dispensar o uso do
calendário.

Janeiro Fevereir Março Abril Maio Junho


o
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
1. Férias escolares
2. Elaboração do Plano Pedagógico
3. Reuniões com professores
4. Elaboração de Calendário Escolar
5. Preparação do material de ensino
6. Período de aulas
7. Primeira prova bimestral
8. Avaliação do 1º bimestre
9. Segunda prova bimestral
10. Avaliação do 2º bimestre
11. Férias escolares

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Escola Municipal do Trabalho

Atividades
1) O que é organograma?
2) Elabore o organograma para uma empresa com os seguintes cargos:
 Operador de Produção
 Auxiliar de Produção
 Vendedor
 Contador
 Técnico de TI
 Assistente Financeiro
 Gerente de Vendas
 Gerente de Produção
 Gerente Financeiro e Contábil
 Presidente
 Gerente de TI
 Analista de Recursos Humanos
3) Elabore um Fluxograma sobre a preparação de “macarrão instantâneo”.
4) Conceitue planejamento estratégico, tático e operacional.

Arquivologia

Arquivos são conjuntos organizados de documentos, produzidos ou recebidos


e preservados por instituições públicas ou privadas, ou mesmo pessoas físicas, na
constância e em decorrência de seus negócios, de suas atividades específicas e no
cumprimento de seus objetivos, qualquer que seja a informação ou a natureza do
documento. Os arquivos podem ser:

1. Públicos
São conjuntos de documentos produzidos ou recebidos por órgãos
governamentais, em nível federal, estadual ou municipal, em decorrência de suas
atividades administrativas, judiciárias ou legislativas. Existem três espécies de
arquivos públicos:
 Correntes: conjuntos de documentos atuais, em curso, que são objeto de consultas
e pesquisas frequentes;
 Temporários: conjunto de documentos oriundos de arquivos correntes que
aguardam remoção para depósitos temporários;

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Escola Municipal do Trabalho

 Permanentes: são conjuntos de documentos de valor histórico, científico ou cultural


que devem se preservados indefinidamente.

2. Privados
São conjuntos de documentos produzidos ou recebidos por instituições não
públicas, ou por pessoas físicas, devido a suas atividades específicas.
Assim, o arquivo de uma empresa, por exemplo, reflete sua atividade, seu
porte e seus objetivos. Documentos de natureza diversa, relacionados a outros
objetivos, não devem misturar-se com o arquivo principal, já que o tratamento dado
a eles deve ser diferente.
A importância dos arquivos está crescendo a cada dia, principalmente devido
ao desenvolvimento da sociedade, pois os arquivos nada mais são do que conjuntos
de documentos recebidos ou produzidos, preservados e organizados.
No passado, a preservação de documentos era encarada principalmente por
seu valor histórico. Mas, com o passar do tempo surgiram novos aspectos
relevantes, como a difusão da informação, principalmente a de conteúdo teórico, o
auxílio para eficiência administrativa, entre outros.
A organização é um ponto importantíssimo, pois deve assegurar que o
arquivo tenha:
 Segurança: A segurança é a garantia de que os documentos e informações não
sejam perdidos;
 Precisão: Assegurar a localização de qualquer documento arquivado;
 Simplicidade: Ser de fácil compreensão;
 Flexibilidade: Capacidade de crescimento e adaptabilidade à diversificação dos
documentos armazenados;
 Acesso: Rapidez e facilidade na localização de documentos arquivados.

Tipos de Arquivo
No que se refere à frequencia do uso ou consulta, existem três tipos de
arquivos:
 Arquivo Ativo: mantém arquivados os documentos e papéis de uso, consulta e
referência constantes e atuais, ou que se encontram em fase de conclusão.
 Arquivo Inativo: guarda documentos e papéis que oferecem menor frequencia de
uso, consulta ou referência.
 Arquivo Morto: armazena documentos de frequencia de uso, consulta ou referência
quase nulas. No entanto, não se deve considerar este arquivo como um “depósito de
lixo”, mesmo porque os documentos definidos como inúteis ou imprestáveis devem
ser destruídos. O arquivo morto precisa, inclusive, ser organizado dentro das

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Escola Municipal do Trabalho

mesmas técnicas e regras que prevalecem para o arquivo ativo, pois muitas vezes
são necessárias a imediata localização e consulta a papéis em desuso.

Conservação e proteção de documentos


Determina-se o valor do documento levando em consideração todas as
finalidades que possui e seu tempo de vigência, que muitas vezes são determinados
pela própria legislação. Os documentos são classificados por seu valor em:
 Permanentes-vitais: são documentos que devem ser conservados indefinidamente,
pois possuem importância vital para a empresa, isto é, sem eles a empresa não tem
condições de funcionar. São os contratos, escrituras, estatutos, livros de atas, livros
de registros de ações, fórmulas, procurações etc.
 Permanentes: são os documentos que devem ser guardados indefinidamente,
porém não tem importância vital. Como exemplo, podemos relacionar os relatórios
anuais, registros de empregados, livros de registros contábeis, recibos de taxas e
impostos etc.
 Temporários: são documentos que têm valor temporário de um, dois, cinco ou mais
anos. O tempo de vigência dos documentos seguirá os critérios adotados pela
própria empresa. Assim, são temporários: recibos, faturas, notas fiscais, contas a
receber e a pagar, extratos bancários, apólices de seguro, folhetos,
correspondências etc.

Métodos de arquivamento
Modernamente, o arquivamento de informações tornou-se uma tarefa
realizada com a utilização de computadores, facilitando a obtenção dos itens de
organização anteriormente mencionados.
O fato dos computadores serem cada vez mais utilizados para guardar
informações não torna desnecessário o conhecimento dos métodos de
arquivamento, pois estes oferecem técnicas para a classificação de informações e a
simplificação de tarefas como armazenamento e busca.
Dentre os diversos métodos de arquivamento, iremos abordar três dos mais
utilizados:

1. Método numérico:
É aquele em que, todo o documento a ser arquivado, recebe um número de
identificação. Este método é considerado um método confidencial, pois para
consultar as pastas necessitamos de um índice auxiliar.
Organiza-se o arquivo utilizando-se pastas numeradas em ordem crescente ou
decrescente.

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Escola Municipal do Trabalho

O índice auxiliar contém os números das pastas e os assuntos pertinentes. É


necessário que este índice esteja sempre atualizado.
Além da vantagem de ter um método sigiloso, permite também uma maior
rapidez na organização do arquivo, uma vez que os números são infinitos.

Matrícula nº 12365
Aluno: José Ribeiro Castro
Endereço: Rua Albertina Cruz,
28
Telefone: 12 3633-3333 Celular: 12 98999-9966
Data de Nascimento: 17/04/1976

Um detalhe interessante é que um arquivo organizado pelo método numérico


só será eficaz se houve posse do número referente ao assunto procurado, caso
contrário ele será ineficaz.

2. Método alfabético:
Este método é bastante simples e proporciona consultas diretas e rápidas.
Entretanto, alguns critérios devem ser obedecidos para que haja uniformidade no
processo de arquivamento.

Por nomes de pessoas


As principais regras dizem respeito à colocação do sobrenome e dos títulos.
Observe o quadro:

Nome Ordem de Arquivamento


Pedro Paulo Guimarães Guimarães, Pedro Paulo
João Bosco de Lavor Medeiros Medeiros, João Bosco de Lavor
Dr. Roberto Medeiros Medeiros, Roberto (Dr.)
Ministro Raul Soares Soares, Raul (Ministro)
Humberto de A. Castelo Branco Castelo Branco, Humberto de A.

Ou seja, no caso de nomes de pessoas, devemos observar as seguintes


regras:

 Coloque em primeiro lugar o sobrenome; no caso de mais de um, o último


sobrenome e depois o primeiro nome.

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Escola Municipal do Trabalho

Ex: José Almeida da Silva  Silva, José Almeida da

 Graus de parentesco e títulos não são considerados, devendo ser colocados entre
parênteses no final.
Ex: José Carneiro Jr.  Carneiro, José (Jr.)
Dr. Osvaldo Costa  Costa, Osvaldo (Dr.)

 Não separe sobrenomes compostos.


Ex: Dulce Monte Negro  Monte Negro, Dulce

 Sobrenomes com as palavras “Santo”, “Santa”, “São” não devem ser separados.
Ex: Osvaldo Santa Rosa  Santa Rosa, Osvaldo

 Sobrenomes precedidos de partículas com inicial maiúscula, estas devem ser


consideradas como parte do sobrenome.
Ex: Bruno Di Carmo  Di Carmo, Bruno

Atenção! O uso da vírgula indica que houve inversão no nome.


Por nomes de empresas
No caso de o método estar sendo aplicado a nomes de empresas, as regras
regulam a escrita de números, siglas e colocação de artigos.
Observe o quadro:
Nome Ordem de Arquivamento
Editora Livro de Ouro S/A Editora Livro de Ouro S/A
2 Irmãos Confecções Ltda. Dois Irmãos Confecções Ltda.
SENAI SENAI
O Estado de São Paulo Estado de São Paulo (O)
Humberto de A. Castelo Branco Castelo Branco, Humberto de A.

No caso de nomes de pessoas, devemos observar as seguintes regras:

 Arquive diretamente pelo nome da empresa, sem fazer inversões.


Ex: Banco Geral do Comércio  Banco Geral do Comércio

 Os números para arquivamento são escritos por extenso.


Ex: 3 Patinhos Papelaria Ltda.  Três Patinhos Papelaria Ltda.

 As empresas conhecidas pela sigla devem ser arquivadas como se fossem palavras
Ex: SENAC  SENAC

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Escola Municipal do Trabalho

 Nomes de empresas que comecem com artigos, estes devem ser colocados entre
parênteses no final
Ex: A Voz do Povo  Voz do Povo (A)

3. Método específico ou por assunto:


Este método é o mais complexo, pois requer uma prévia análise da empresa,
suas atividades, interesses e objetivos.
Após esta análise, deve ser feita uma relação com os assuntos básicos em
ordem alfabética.
Em seguida, os assuntos devem ser divididos e subdivididos conforme a
necessidade do serviço, a frequência das consultas e a facilidade e rapidez de
localização dos documentos.
Como exemplo, podemos citar uma empresa de turismo, cujos assuntos
principais seriam viagens nacionais e internacionais. Estes dois assuntos podem ser
subdivididos. Veja o exemplo:

Documentação
Excursões
Aéreas
Viagens Hotéis
 Marítimas 
Internacionais Promoção
Rodoviárias
Vendas a Crédito
Vendas à Vista

Excursões
Aéreas
Hotéis
Viagens Marítimas
  Promoção
Nacionais Rodo aéreas
Vendas a Crédito
Rodoviárias
Vendas à Vista

Feita a relação de assuntos, pode-se iniciar a aplicação do método de


arquivamento. Os assuntos relacionados no exemplo constarão em guias colocadas
alfabeticamente em pastas ocupando três níveis no arquivo, embora sejam
permitidos até quatro ou cinco níveis.

4. Arquivo de Referência Cruzada


A principal finalidade do arquivo de referência cruzada é informar quem estiver
consultando o arquivo que o determinado assunto ou nome está arquivado em outra
pasta.

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Escola Municipal do Trabalho

Muitas empresas possuem, além de seu nome real (razão social), um nome
fantasia (apelido).
Veja o exemplo:
Razão Social: Cia. de Aguardente de São Bento do Sapucaí ME
Nome Fantasia: Caninha Tomou Tombou

Imagine que um dos fornecedores da Caninha Tomou Tombou tivesse que


levantar sua ficha. Você acha que esta ficha seria encontrada?
Possivelmente não, pois o arquivo de procura é alfabético de acordo com a
razão social e, provavelmente, o funcionário iria procurar a ficha da Caninha Tomou
Tombou, mesmo porque é assim que a empresa é conhecida. Desta forma não
encontrando. A ficha só seria encontrada se o funcionário soubesse que deveria
levantar a ficha da Caninha Tomou Tombou procurando-a por sua razão social.
Por isso, usualmente, é criado um arquivo de referência cruzada, onde a
Caninha é cadastrada em duas fichas. Veja:

Caninha Tomou Tombou


Veja Cia. de Aguardentes de
São Bento do Sapucaí ME

Cia de Aguardentes de São


Bento do Sapucaí ME
Endereço: Rua da Cana Verde, 1234
Bairro: Canaviais Produtivos
Cidade: São Bento do Sapucaí Estado: SP
Telefone: (12) 3668-6886
CNPJ: 120.123.123/0001-01 Contato: Mário Luiz

No exemplo, se a pessoa que está consultando o arquivo procurar a empresa


pelo nome Caninha Tomou Tombou, a pasta irá informar que esse não é o nome
correto (a Razão Social) da mesma, por isso, indicará que a consulta seja executada
através da pasta Cia. de Aguardentes de São Bento do Sapucaí ME.

5. Ordem cronológica
Os documentos são arquivados por ordem e data, crescente ou decrescente.
A ordem alfabética pode ser utilizada no caso de documentos com a mesma hora e
data.

6. Geográfico

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Escola Municipal do Trabalho

É utilizado quando arquivamos os documentos considerando-se uma divisão


geográfica previamente estabelecida.
A divisão geográfica pode ser feita por países, estados, cidades, bairros, entre
outras. Este método é muito utilizado nos departamentos de vendas.

Atividades para Revisão


1) O que é arquivo? Como os arquivos podem ser?
2) Quais são as 5 qualidades mais importantes para um bom arquivo?
3) Quais são os tipos de arquivo?
4) Como são classificados os arquivos por seu valor?
5) Quais são os métodos de arquivamento?
6) Organize o arquivo abaixo pelo método ALFABÉTICO:
Aluno Ordem de Arquivamento
Maria Lúcia Cordeiro Nascimento
Lucy Alves Matos
Isabel dos Santos
Aline Soares Cardoso
Andreia Reis de Oliveira Godoy
Francisca Saraiva Chaves
Tânia Estevam Miranda
Cristiane de Miranda
Catarina Francisca Miranda
Lucimeire Campos Fonseca
Raquel Domingos da Silva
Sarah Jovencio da Silva
Adriana Lucia Cuba
Luciana Vilma de Oliveira Silva
Abelardo Nogueira Barbosa
Helder Willian de Vasconcelos
Carolina Gomes
Ana Letícia Belitardo
Filipe Lima Silva
Lucas Santos Silva
Bruno Rodrigues Penteado
Kelly Cristina Rossi
Otávio Augusto Sanches
Claudia Aparecida de Mattos

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Escola Municipal do Trabalho

Ana Claudia Rodrigues de Carvalho


Fernando Salles Valério
Bruna Silva Santos
Tamires França
Kaique Lopes dos Santos
Vanessa Trindade Bonafé
Edna Cristina Toledo
Antônio Coimbra Coelho Junior
Paulo Vilhena Coelho
João Luiz Monteiro Lobato
Gustavo Dias Costa
Sabrina Silvestre de Freitas
Alisson Rodrigues Pereira
Rafael Barbosa de Carvalho
Marisa Helena Tavares
André Moura
Natália Miranda Almeida
Guilherme Santana Fonseca

7) A lista a seguir apresenta os alunos matriculados na escola "Bom Trabalho".


Utilizando o método de Arquivamento por Assuntos, organize as fichas de matrículas
desses alunos, a fim de melhorar a organização da secretaria da escola.
Aluno Curso Período
Loren Karen de Almeida Secretariado Manhã
Isabela Moura Marcondes Administração Tarde
Andréa Lúcia Soares Nascimento Secretariado manhã
Frederico Augusto Romeu Recursos Humanos manhã
Tatiana Camargo Cury Administração tarde
Vera Cristina Rodrigues Mota Recursos Humanos manhã
Cristina Miranda Recursos Humanos manhã
Catherine Gomes Sanches Recursos Humanos tarde

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Escola Municipal do Trabalho

Luciete Machado Rocha Administração manhã


Rachel Bolaños Rozendo Recursos Humanos tarde
Sara Justino Cobra Administração tarde
Adriane Medeiros Bosco Secretariado manhã
Luciana Carmem Costa Montes Recursos Humanos manhã
Alberto Torres de Alencar Administração tarde
Catarina Sousa Botelho Secretariado tarde
Ana Márcia Souza Bravo Secretariado tarde
Felipe Gomes Pereira Recursos Humanos manhã
Luciano Jorge Toledo Administração manhã
Benedito Rossi Recursos Humanos manhã
Karen Lima de Miranda Secretariado tarde
Oséias Carvalhal Recursos Humanos Tarde
Claudete Braga Costa Administração manhã
Anete Valente Pimenta Secretariado tarde
Julio Cardoso Salgado Recursos Humanos Tarde
Breno Amarildo José Secretariado Tarde
Talita Oliveira Gonçalves Recursos Humanos Manhã
José Fernandes Neto Administração Manhã
Valter Coelho Secretariado Tarde
Elena Dias Rangel Secretariado Tarde
Ariovaldo Amarantes Carneiro Recursos Humanos Tarde
Raul Ribeiro Rocha Administração Manhã
Alderi Camargo Siciliotti Administração Manhã
Sonilda Santos Cintra Recursos Humanos Tarde
Jussara Reis de Souza Secretariado Tarde
Juscelina Reis de Souza Recursos Humanos Tarde
Tácio Romero Britto Administração Tarde
Ferdinand Sant'Anna Briet Secretariado Manhã
Romeu Justos Antunes Administração Manhã
Irene Costa Maranhão Secretariado Tarde
Gustavo Jorge de Faria Leitão Administração Tarde

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Escola Municipal do Trabalho

UNIDADE 3
COMUNICAÇÃO

Introdução

A comunicação é necessidade básica da pessoa humana, do homem social:


constitui o canal pelo qual os padrões de sua cultura lhe são transmitidos e,
mediante o qual, aprende a ser membro de uma sociedade. A vida em sociedade
supõe intercâmbio e comunicação que se realizam fundamentalmente pela língua,
cujo papel é cada vez mais importante nas relações humanas.
As relações de trabalho demandam atenção especial com a forma oral e
escrita da língua para que estabeleça o entendimento comum. E comunicação é
isso: participação, transmissão, troca de ideias, conhecimentos e experiências.
A forma como você escreve denota o seu cuidado na escolha das palavras, o
tom com que você transmite é capaz de sensibilizar o leitor e a clareza com que
você o faz transmite exatamente o que você quer dizer. E isso faz toda a diferença
na comunicação escrita da empresa.

Comunicação
Frequentemente durante o processo de comunicação nos deparamos com
situações e frases que interrompem e até impedem a comunicação. Você
possivelmente já escutou ou sem querer disse:

 Nós não podemos nos permitir...;


 Mande a ideia para a diretoria através dos canais competentes...;
 Não funcionaria na nossa empresa...;
 Traga essa ideia qualquer dia na próxima semana... Marque uma entrevista com
minha secretaria...;
 Escreva-a e coloque na caixa de sugestões...;
 Nós não temos tempo a perder com isso...;
 que você esta tentando fazer, virar a empresa de cabeça para baixo...;

46
Escola Municipal do Trabalho

 Se pudermos continuar fazendo as coisas como fazemos atualmente e melhorá-las


com o tempo já é o bastante...;
 Já tentamos uma ideia exatamente como essa e não funcionou...;

 Somos muito pequenos para isso...;


 Esse não é o nosso estilo; não fazemos as coisas deste modo...;
 Isso irá tornar o nosso sistema obsoleto...;
 Muito bom...Mas, ninguém iria comprá-lo...;
 Vamos discutir em outra reunião...;
 que? Isto é loucura...;
 Estamos anos à frente do nosso tempo, vamos voltar à realidade...;
 Isso não é problema nosso...;
 Seja claro, você não quer nos ensinar a trabalhar. Quer?
 comitê executivo nunca aprovará...;
 Alguém já tentou isto antes?
 É contra as politicas da companhia...;
 Vamos guardá-lo por enquanto...;
 Isto é óbvio...

Bases da comunicação

As recompensas das boas comunicações são grandes, mas difíceis são os


meios de se obtê-las, para isto sempre esteja atento às bases para a comunicação.
Para que ocorra comunicação entre duas pessoas (transmissor/receptor) é vital que
se observem as seguintes regras:

 Saber ouvir - Demonstre estar disposto a ouvir informações mesmo que


desagradáveis e críticas, procurando vê-las de forma construtiva. Escute, ouça
atentamente, demonstrando interesse pelo que está sendo apresentado, não
interrompa desnecessariamente.

 Examine o ponto criticado - Seja humilde e examine o ponto criticado para dar
crédito às boas idéias e ao trabalho sincero. Ao receber criticas, procure extrair os
aspectos positivos e construtivos. Posteriormente, analise e estabeleça
procedimentos de ajuste e/ou correções.

 Evite termos técnicos - Não use gírias e evite termos técnicos que podem
atrapalhar na comunicação, se for imprescindível o seu uso, explique qual o
significado dos termos usados. Você pode estar falando com alguém que quer

47
Escola Municipal do Trabalho

entender o que você está falando e não consegue, provavelmente na próxima vez
ele não lhe procurará. Use uma linguagem que descreva a realidade.
 Esclareça suas idéias – tenha suas ideias bem claras antes de transmiti-las, faça
com que elas sejam precisas. Analise se as suas ideias estão coerentes com o que
deseja transmitir.
 Expresse o seu interesse - Entre frequentemente em contato com os seus
funcionários e escute. Expresse seu interesse pelos seus problemas e escute.
Questione o interlocutor, peça detalhes.
 Ações X Informações - Demonstre que ações são tomadas baseadas em
informação, caso contrário o pessoal pensará que não valeu a pena o tempo e o
esforço dispendidos para manter o fluxo de comunicação. Execute suas ações com
base nas informações adquiridas e validadas.
 Suas ações apóiam o que você diz? - Suas ações refletem o que você pensa e diz
para os outros?
 Procure ser objetivo - Seja objetivo, não faça rodeios, mesmo que a mensagem
seja o que as pessoas não gostariam de ouvir.
 Que mensagem quero transmitir? - Trace o objetivo da mensagem, o que você
deseja que os receptores da mensagem absorvam, qual é o verdadeiro propósito da
comunicação.
 A quem vou me dirigir? - Antes de transmitir alguma informação procure conhecer
qual vai ser o público. A quem você quer afetar e qual é o momento adequado. Se
necessário, Prepare-se.
 Consulte outras pessoas - para planejar as comunicações, peça opiniões, lembre
que aqueles que o ajudam a planejar, com certeza o apoiarão.
 Como transmitir? - Como você deve transmitir a sua mensagem, esteja atento à
sua tonalidade de voz, da receptividade de quem ouve, bem como do nível de
linguagem que você vai utilizar.
 Verifique se foi entendido - Sempre verifique se você foi entendido, faça
perguntas, pergunte o que foi entendido e não se a pessoa entendeu. Após
transmitir a informação, faça perguntas como: o que você entendeu? Você poderia
repetir o que eu transmiti?
 Suas ações - Esteja certo de que suas ações apóiam aquilo que você diz, lembre
que ações falam mais alto do que palavras.
 Entendimento - Procure não só ser compreendido como compreender, seja um
bom ouvinte não só para os significados explícitos, mas também para os implícitos.

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Escola Municipal do Trabalho

 Compartilhe - Compartilhe tanta informação quanto for possível, isto trará ganhos
para todos os envolvidos.
 "FEEDBACK" - O retorno de informações é importante para manter seus parceiros
atualizados nos processos e atividades de interesse comum, sempre retorne a
informação, mostre os resultados e ações consequentes de informação recebida
anteriormente.

Redação técnica
As qualidades tradicionalmente conhecidas da expressão verbal - clareza,
coesão, concisão, correção gramatical, harmonia, polidez - adquirem proeminência
indiscutível na redação.

Harmonia

Uma mensagem é harmoniosa quando é elegante, ou seja, quando soa bem


aos nossos ouvidos. Muitos fatores prejudicam a harmonia na redação oficial, como:

a) A aliteração (repetição do mesmo fonema): Na certeza de que seria bem sucedido, o


sucessor fez a seguinte asserção:... (aliteração do fonema);
b) A emenda de vogais (ou hiatismo): Obedeça à autoridade;
c) A cacofonia (encontro de sílabas em que a malícia descobre um novo termo com
sentido torpe ou ridículo): Dê-me já aquela garrafa;
d) A rima: O diretor chamou, com muita dor, o assessor, dizendo-lhe que, embora
reconhecendo ser o mesmo trabalhador, não lhe poderia fazer esse favor;
e) A repetição excessiva de palavras: O presidente da nossa empresa é primo do
presidente daquela transportadora, sendo um presidente muito ativo;
f) O excesso de que: Solicitei-lhe que me remetesse o parecer que me prometera a fim
de que eu pudesse concluir a análise que me fora solicitada.

Polidez

O texto polido revela civilidade, cortesia. A finalidade, especialmente nas


correspondências oficiais, é impressionar o destinatário de forma favorável, evitando
frases grosseiras ou insultuosas, expressando respeito sem rebaixamento próprio.
Expressar consideração pelo outro, sem ao mesmo tempo rebaixar-se, por
vezes até compensa falhas nas outras qualidades fundamentais do texto antes

49
Escola Municipal do Trabalho

examinadas.
Correspondência é contato humano e, como tal, deve ser pautada pelos
mesmos princípios de convivência pacífica da vida social.
Evite palavras como: concordata, erro, desorganização, dificuldade, falência,
falha, incompetência, problema, protesto, punição.
É preferível ser sutil, mesmo quando se faz uma crítica ou ameaça. Em vez
de dizer "Os atrasos acarretarão punição", você pode usar expressões como "para
evitar que esse esquecimento traga transtornos para nós e para os senhores".

Correção grammatical

O texto não pode apresentar erros de Português. Para isso é necessário que
você conheça a gramática de sua língua e saiba resolver dúvidas. Um bom
dicionário lhe fornece a grafia correta das palavras e frequentemente indicará sua
regência específica.
Digamos que você está em dúvida sobre qual a preposição exigida pelo verbo
"ir" ("ir ao escritório?" ou "ir no escritório?"). Uma boa gramática dará a solução para
o caso. Lembre-se de que você se deparará na maior parte das vezes com dúvidas
que podem ser classificadas em três tipos:
 Como escrever corretamente uma palavra (a solução é dada pelo dicionário, que
pode resolver também dúvidas quanto ao sentido dessa palavra);
 Como flexionar corretamente um termo (as gramáticas trarão a resposta: procure a
categoria da palavra em dúvida e estude suas flexões);
 Como ligar palavras por meio de preposições.

Os bons dicionários costumam dar exemplos de emprego das palavras e das


preposições que elas pedem. Casos muito específicos poderão ser resolvidos por
dicionários de verbos e regimes ou de regimes de substantivos e adjetivos. As
gramáticas também abordam as principais regências e as regras de concordância.

Clareza
Além dos cuidados com a objetividade, é muito importante levar em conta que
uma carta não deve dar lugar à confusão. Preste atenção ao uso dos pronomes para
não escrever frases como "A empresa responde ao mercado em suas
necessidades". O pronome "suas" tanto pode estar se referindo às "necessidades da

50
Escola Municipal do Trabalho

empresa" quanto às "necessidades do mercado". Repare que uma frase como "A
empresa responde às necessidades do mercado", expressa claramente uma ideia,
sem causar confusão.
Ordene as ideias de acordo com as etapas lógicas do assunto em pauta e
depois analise a linguagem como se você estivesse recebendo a carta. Pergunte-se:
"Isto está claro?" e só dê o trabalho por encerrado quando a resposta for afirmativa.

Concisão
Uma carta comercial deve ser curta. Uma carta longa pode desestimular a
leitura e até mesmo indispor o leitor. Use o menor número de palavras possível.
Despreze as frases feitas que não queiram dizer nada, como, por exemplo:
"externando os protestos de nossa mais elevada estima e consideração". Não faça
frases longas, com muitos verbos. Diga uma coisa de cada vez.

Exatidão

O jornalismo tem como regra responder a cinco perguntas básicas:


quem?,quando?, como?, onde?, por que? Acrescente outra pergunta: quanto? E
pense nelas quando estiver escrevendo uma carta.
Sempre que puder, substitua referências vagas (como "alguns", "na semana
passada") por dados precisos ("50 exemplares", "no dia 25 de agosto deste ano")
etc.

Uso elegante de pronomes oblíquos

Os pronomes oblíquos (me, lhe, nos) substituem muito elegantemente os


possessivos (minha, sua) em frases como as seguintes:

 O barulho perturba-me as ideias (em vez de: O barulho perturba as minhas


ideias);
 Ninguém lhe ouvia as propostas (em vez de: Ninguém ouvia as suas
propostas);
 A solução do problema nos tomou o dia (em vez de: A solução do problema
tomou o nosso dia).

51
Escola Municipal do Trabalho

Chavão

É lugar comum, clichê. É o que se faz, se diz ou se escreve por costume. De


tanto ser repetido, o chavão perde a força original, envelhece o texto. Recorrer a
eles poderá denotar falta de imaginação, preguiça ou pobreza vocabular. Por isso,
deve-se procurar evitá-los. Exemplos de chavões:

 A cada dia que passa; hora da verdade;


 A olhos vistos; inflação galopante;
 Abrir com chave de ouro; inserido no contexto;
 Baixar a guarda; passar em brancas nuvens;
 Cair como uma bomba; perda irreparável;
 Calor escaldante; perder o bonde da história;
 Crítica construtiva; pomo da discórdia;
 Voltar à estaca zero.

Pleonasmo

Indica redundância de expressão, ou seja, repetição de uma mesma ideia,


mediante palavras diferentes. Quando a repetição de ideia não traz nenhuma
energia à expressão, o pleonasmo passa a ser vício, devendo, nesse caso, ser
evitado.
Exemplos de pleonasmos indesejáveis:
 Acabamento final; expressamente proibido;
 A seu critério pessoal; há anos atrás;
 Certeza absoluta; meu amigo particular;
 Comer com a boca; multidão de pessoas;
 Conviver junto; planejar antecipadamente;
 Descer para baixo; sintomas indicativos;
 Destaque excepcional; subir para cima;
 Elo de ligação; surpresa inesperada;
 Em duas metades iguais; todos foram unânimes.

Problemas na construção de frases

A clareza e a concisão na forma escrita são alcançadas principalmente pela


construção correta da frase. Alguns problemas mais frequentemente encontrados na

52
Escola Municipal do Trabalho

construção de frases dizem respeito à utilização do sujeito da oração como


complemento, à ambiguidade da ideia expressa, à elaboração de falsos paralelismos
e aos erros de comparação.

Ambiguidade

Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada em mais de um sentido.


Como a clareza é requisito básico de todo texto oficial, deve-se atentar para as
construções que possam gerar equívocos de compreensão. A ambiguidade decorre,
em geral, da dificuldade de identificar-se a que palavra se refere um pronome que
possui mais de um antecedente na terceira pessoa. Outro tipo de ambiguidade
decorre da dúvida sobre a que se refere à oração reduzida.

Exemplos

 Ambíguo: O Chefe de Gabinete comunicou ao Diretor que ele seria exonerado.


(Quem seria exonerado? O Chefe de Gabinete? O Diretor?);

 Claro: O Chefe de Gabinete comunicou a exoneração dele ao Diretor. (O Chefe


de Gabinete foi exonerado);

 Claro: O Chefe de Gabinete comunicou ao Diretor a exoneração deste. (O


Diretor foi exonerado);

 Ambíguo: O Deputado saudou o Presidente da República, em seu discurso, e


solicitou sua intervenção no seu Estado, mas isso não o surpreendeu. (Discurso de
quem? Estado de quem? Quem não se surpreendeu?);

 Claro: Em seu discurso, o Deputado saudou o Presidente da República. No


pronunciamento, solicitou a intervenção federal em seu Estado, o que não
surpreendeu o Presidente. (Discurso do Deputado. Estado do Deputado. O
Presidente não se surpreendeu).

Erros de paralelismo

Uma das convenções estabelecidas na língua escrita consiste em apresentar


ideias similares numa forma gramatical idêntica, o que se chama de paralelismo.
Assim, incorre-se em erro ao conferir forma não paralela a elementos paralelos.

Exemplos:

 Errado: Pelo aviso circular recomendou-se às unidades economizar energia e que

53
Escola Municipal do Trabalho

elaborassem planos de redução de despesas;

 Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se às unidades que economizassem energia


e (que) elaborassem planos para redução de despesas;

 Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se às unidades economizar energia e


elaborar planos para redução de despesas;

 Errado: No discurso de posse, mostrou determinação, não ser inseguro, inteligência


e ter ambição;

 Certo: No discurso de posse, mostrou determinação, segurança, inteligência e


ambição;

 Certo: No discurso de posse, mostrou ser determinado e seguro, ter inteligência e


ambição;

 Errado: O novo procurador é jurista renomado, e que tem sólida formação


acadêmica;
 Certo: O novo procurador é jurista renomado e tem sólida formação acadêmica;
 Certo: O novo procurador é jurista renomado, que tem sólida formação acadêmica.

Erros de comparação

A omissão de certos termos ao fazer uma comparação deve ser evitada ao


redigir, pois compromete a clareza do texto: nem sempre é possível identificar, pelo
contexto, qual o termo omitido. A ausência indevida de um termo pode impossibilitar
o entendimento do sentido que se quer dar a uma frase:

 Errado: O salário de um professor é mais baixo do que um médico;


 Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o salário de um médico;
 Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o de um médico;
 Errado: O alcance da resolução é diferente da portaria;
 Certo: O alcance da resolução é diferente do alcance da portaria;
 Certo: O alcance da resolução é diferente do da portaria;
 Errado: A Secretaria de Educação dispõe de mais verbas do que as Secretarias do
Governo;

 Certo: A Secretaria de Educação dispõe de mais verbas do que as outras


Secretarias do Governo;

 Certo: A Secretaria de Educação dispõe de mais verbas do que as demais

54
Escola Municipal do Trabalho

Secretarias do Governo.

Redação técnica
Trata-se de um texto que exige alguns conhecimentos, e deve seguir alguns
processos – como linguagem, estruturação, espaçamento, forma de início e final,
entre outros aspectos -. São textos técnicos a ata, certificados, circular, contrato,
memorando, parecer, procuração, recibo, relatório e currículos, por exemplo.

Redação técnica x Redação literária


É importante, antes de mais nada, sabermos quais são as características
linguísticas de cada um dos tipos de redação. Ao solicitarmos uma declaração com
qualquer finalidade, desejamos que ela seja clara e objetiva. Mas quando lemos um
livro ou um poema, a interpretação que faremos pode ser muito diferente da de outro
leitor. Isso acontece graças à linguagem subjetiva usada na redação literária,
permitindo diversas interpretações e deixando o interlocutor livre para entender
como preferir.
A redação técnica, por sua vez, tem como objetivo informar e esclarecer, e,
portanto, não pode permitir outras interpretações. Confira na tabela abaixo algumas
das principais diferenças entre os dois tipos de redação:

Redação Literária Redação Técnica

Finalidade discursiva expressa pelo Finalidade discursiva voltada para a


entretenimento informação e para o esclarecimento

Predomínio de um vocabulário voltado


para a subjetividade, sobretudo Uso de linguagem denotativa – com
demarcado pelo uso de figuras de sentido original das palavras expressas
linguagem

Discurso envolto por multiplicidade de


Precisão do vocabulário
interpretações

Emprego das funções: poética,


Predomínio da função referencial,
metalinguística e emotiva, pautadas
fundamentando-se em dados concretos
pelo espírito subjetivo do emissor

55
Escola Municipal do Trabalho

Apego aos aspectos estéticos da


Imparcialidade e exatidão que
linguagem – revelado pela
traduzem a eficácia da linguagem
subjetividade

Quando usar a redação técnica?


A redação técnica é usada mais comumente do que parece. Ela é necessária
para emitir procurações, fazer recibos, requerimentos e até mesmo elaborar atas,
situações que exigem comunicações específicas. São amplamente usadas no
ambiente que tem contexto jurídico, comercial e administrativo, e não devem deixar
brecha para más interpretações, portanto devem ser elaboradas cuidadosamente.

Elementos da carta comercial

A carta comercial, também chamada de correspondência técnica, é um meio


de comunicação formal e escrito utilizado por empresas, pautando-se pelos
princípios da clareza e objetividade.
Uma carta comercial deve ser organizada e limpa, com linguagem correta e
impessoal, em papel com timbre da empresa contendo todos os dados necessários.
A carta comercial tem como características comuns: clareza, estética,
linguagem concisa e objetividade.
É muito importante que haja correção, pois um possível equívoco pode gerar
desentendimento entre as partes e possíveis prejuízos de ordem financeira.
Em uma carta formal é preciso ter cuidado na coerência do tratamento, por
exemplo, se começamos a carta no tratamento em terceira pessoa devemos ir até o
fim em terceira pessoa: se, si, consigo, o, a, lhe, sua, diga, não digas etc., seguindo
também os pronomes e formas verbais na terceira pessoa.
Atenção aos pronomes de tratamento como Vossa Senhoria, Vossa
Excelência, eles devem concordar sempre na terceira pessoa.
Há vários tipos de cartas, a forma da carta depende do seu conteúdo.
A carta pessoal é a que escrevemos para amigos, parentes namorado (a). O
remetente é a própria pessoa que assina a carta. Essas cartas não têm um modelo
pronto, são escritas de uma maneira particular.

56
Escola Municipal do Trabalho

Características

 O papel para uso dela é em geral, timbrado, no alto, com o nome e especialidade da
firma;
 Logo abaixo e à direita do timbre, deve estar o nome da localidade e a data.
 nome e o endereço do destinatário ficam à esquerda do papel, abaixo da epígrafe
(localidade e data);

 Abaixo do endereço, com espaços intermediários, vem a invocação, que deve ser
impessoal (prezado(s) Sr(s), Senhor Presidente etc.);
 O texto deve ocupar o centro das folhas e ser redigido com clareza e concisão;
 O fecho é em geral imutável e consta de votos de amizade e de respeito (ex:
Atenciosamente, Respeitosamente);

 Toda correspondência comercial deve ser datilografada com cópia, ou manter o


arquivo no computador;
 A margem esquerda será mais larga que à direita;
 Pode conter exposição de assunto na referência.

Correspondência

No que diz respeito à utilização das formas de tratamento e endereçamento,


deve-se considerar não apenas a área de atuação da autoridade, mas também a
posição hierárquica do cargo que ocupa.
Seguem abaixo os cargos e as respectivas formas de tratamento, vocativo e
a forma de endereçamento:

Autoridades Universitárias
Cargo ou função
Por Extenso Abreviatura Vocativo Endereçamento

Ao Magnífico Reitor
Magnífico Reitor Ou
Vossa Magnificência V. Mag.ª ou V. Maga. Ou
Excelentíssimo o
Reitores ou Vossa Excelência V. Exa. Ou V.Ex.ª Ao Excelentíssimo
Senhor Reitor
Senhor Reitor

Excelentíssimo Ao Excelentíssimo
Vice-Reitores Vossa Excelência V. Exª ou V. Exa.
Senhor Vice-Reitor Senhor Vice-Reitor
Assessores Pró-
reitores Diretores
Vossa Senhoria V. Sª ou V. Sa. Senhor + cargo Ao Senhor
Coord. de
Departamento

Autoridades Judiciárias

57
Escola Municipal do Trabalho

Cargo ou função Por Extenso Abreviatura Vocativo Endereçamento


Auditores
Defensores Públicos
Desembargadores Ao Excelentíssimo
Membros de Excelentíssimo senhor
Vossa Excelência V. Exª. Ou V. Exa.
Tribunais Senhor + cargo nome...
Procuradores
Promotores

Ao Meritíssimo
Meritíssimo Senhor Senhor Juiz Ou Ao
Meritíssimo Juiz ou
M. Juiz ou V.Ex.ª, Juiz Ou Excelentíssimo
Juízes de Direito Vossa Excelência
V. Exas. Excelentíssimo Senhor Juiz
Senhor Juiz nome...

Autoridades Militares
Cargo ou função
Por Extenso Abreviatura Vocativo Endereçamento

Oficiais Generais Excelentíssimo Ao Excelentíssimo


Vossa Excelência V. Exª. Ou V. Exa.
(até Coronéis) Senhor senhor
Outras Patentes Vossa Senhoria V. S.ª ou V.Sa. Senhor + patente Ao Senhor nome...

Autoridades Civis
Cargo ou Função
Por Extenso Abreviatura Vocativo Endereçamento

Chefe da Casa
Civil e da Casa
Militar
Deputados
Embaixadores
Governadores
Ministros de Estado Ao Excelentíssimo
Excelentíssimo
Prefeitos Vossa Excelência V. Exª. Ou V. Exa. senhor
Senhor + cargo
nome...
Presidente da
República e Vice-
Presidente
Secretários de
Estado
Senadores

Concordância de gênero

Com as formas de tratamento, faz-se a concordância com o sexo das


pessoas a que se referem:
 Vossa Senhoria está sendo convidado...
 Vossa Excelência será informada...

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Escola Municipal do Trabalho

Modelos de documentos utilizados dentro da área de recursos humanos. E-


mail
O e-mail é uma forma de comunicação eficiente e veloz, por sua versatilidade,
rapidez, facilidade e baixo custo. Entretanto, assim como em uma carta, a
formalidade não deve ser dispensada em determinadas oportunidades, como é o
caso de comunicações comerciais.
O e-mail deve ser feito de mesma maneira como se escrevesse via papel. Á
diferença é que um é enviado fisicamente e outro, eletronicamente.
Cuidado muito importante ao enviar e-mail para várias pessoas. O correto é
usar o campo CCO: pois dessa forma todos que estão com seu endereço neste e-
mail recebem a cópia do e-mail, porém sem o nome dos outros que também
receberam.

Exemplo

(Localidade), (dia) de (mês) de (ano)


Para (destinatário/empresa)
Atenção a (pessoa ou departamento)

Assunto

Prezados Senhores,

Somos uma empresa de representação em vendas e temos em nosso quadro funcional apenas
vendedores altamente capacitados e profissionalizados.
Anexamos nesta oportunidade nosso portfólio para análise e manifestamos nossa intenção de
representar sua empresa, colocamo-nos à disposição para novos contatos.

Agradecemos a atenção.

Atenciosamente,

Sua empresa

Seu nome - Cargo.

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Escola Municipal do Trabalho

Requerimento

É um documento redigido em terceira pessoa e é dirigido a uma empresa ou


órgão pleiteando, em razão de um motivo, algo que exija essa formalidade, ou
requerer um benefício ou direito.
Segue um modelo de requerimento genérico, que poderá ser adaptado à
suas necessidades:

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Escola Municipal do Trabalho

llmo. Sr. Diretor (ou Presidente) da (Empresa ou Órgão).m

(Seu nome), (estado civil), (Profissão), inscrito no CPF sob o nº (informar) e no RG


nº (informar), residente e domiciliado à (informar endereço), nesta cidade, vem re-
speitosamente informar a Vossa Senhoria que (expor aqui suas razoes que o levam
a formular o pedido).

Dessa forma, requer (colocar aqui o seu requerimento).

Termos em que,

Pede Deferimento. Locali-

dade, dia, mês e ano.

(Seu nome – assine acima)


Requerente.

O requerimento deverá ser entregue pessoalmente, em duas vias, sendo que


uma deve ser devolvida a você devidamente protocolada, ou enviado pelos correios
com Aviso de Recebimento (AR), se for o caso.

Outro Modelo:
Exmo. Sr. .......................................................

(nome, nacionalidade, profissão e residência) vem requerer a


V.Sª......................................................................... (colocar o motivo do requerimento),
como dispõe a lei.

Nestes Termos.
P. deferimento.

........................., ...... de .................... de 20....


(datar, assinar e reconhecer firma)

61
Escola Municipal do Trabalho

Correspondência oficial

Uma correspondência oficial é uma carta enviada a uma autoridade ou órgão


público.É uma carta redigida na norma culta da língua, sempre iniciada com um
pronome de tratamento. São exemplos de correspondência oficial as relativas aos
atos dos poderes executivo, legislativo e judiciário, requerimentos, avisos à
população, advertências, editais etc.
Numa correspondência oficial, além de colocar as ideias em ordem antes de
escrevê- las, é preciso considerar o destinatário quanto à sua posição social ou
profissão para escolha da mensagem mais adequada.
Estrutura da carta oficial é a seguinte:
1. Timbre da empresa (no alto da página).
2. Local e data de emissão do Ofício.
3. Número sequencial do ofício.
4. Referência.
5. Assunto.
6. Vocativo (Prezados Senhores, Senhor Diretor, etc.).
7. Contexto.
8. Saudação de encerramento.
9. Assinatura de remetente.
10. Dados do destinatário (os dados do destinatário sempre se localizam na primeira
página do Ofício, independentemente do número de páginas que contenha).

Ata
A ata é um documento em que deve constar um resumo por escrito,
detalhando os fatos e as soluções a que chegaram as pessoas convocadas a
participar de uma assembleia, sessão ou reunião. A expressão correta para a
redação de uma ata é lavrar uma ata.
Uma das funções principais da ata é historiar, traçar um painel cronológico da
vida de uma empresa, associação, instituição. Serve como documento para consulta
posterior, tendo em alguns casos caráter obrigatório.
Em uma ata devem constar: data da reunião, assunto da reunião, lista de
participantes e os assuntos discutidos (desenvolvimento da reunião) – isso envolve
as conclusões e atribuições de tarefas realizadas.

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Escola Municipal do Trabalho

Não deve constar em uma ata, gírias e/ou abreviações, de modo que fique de
fácil leitura para qualquer pessoa.
Em algumas empresas já existe um modelo de ata de reunião, caso contrário,
defina o formato de modo que deixe confortável de ler, além de conter
estruturadamente todas as informações relevantes.

Exemplo

Título da reunião

Cidade, dd de mmm de aaaa das hh:mm as hh:mm


Local:

Introdução

Descrição do título do evento, local, data, hora, participantes

Participantes

1. Nome completo/Instituição

Agenda

Agenda/pauta da reunião: temas tratados e respectivos responsáveis

Desenvolvimento

Descrição dos principais temas discutidos na reunião

Conclusões

63
Escola Municipal do Trabalho

Outro modelo:
Ata de reunião de (Nome do empreendimento social)

(Colocar horário, data e nome do local)

Participantes da reunião: David, Letícia, Raquel, João, Lúcia, Carol

1. Abertura/Introduções: Carol acabou de entrar para a equipe.


2. Atualizações regulares: Letícia nos atualizou quanto a nossas finanças. R$100 de
nosso dinheiro do Geração MudaMundo foi gasto. Uma discussão se seguiu em relação às
metas financeiras para realizar a oficina de reciclagem. Concordamos que queremos
arrecadar R$500. Uma parte desse valor virá da venda de camisetas, mas outros esforços
de arrecadação serão necessários. Item de ação: Letícia rascunhará uma carta de pedido
de doação e a trará para a próxima reunião.
3. Atualização de Website: Letícia lançou nosso website na semana passada com a
ajuda de Lúcia. Letícia precisa de voluntários para ajudar a manter o website. David foi
voluntário para ajudar nessa manutenção.
4. Próxima Reunião de Informação: Teremos uma reunião de informação no dia 15 de
março às 16h30 para conseguir voluntários para nossa oficina. Planejamos convidar
palestrantes e oferecer um coffee-break. Foi decidido que serviremos pizza na reunião.
Raquel e Carol se ofereceram para desenhar um poster promocional para esta reunião. Itens
de Ação: João fará pesquisa de preços de pizza. Lúcia verá se algum/a de seus/suas
colegas gostaria de ser palestrante convidado/a. Raquel e Carol se encontram na biblioteca
na sexta-feira às 17h00 para desenhar os pôsteres. Quaisquer voluntários são bem vindos.
Lily fala com sua mãe sobre a impressão dos pôsteres.
5. Nossa Primeira Oficina: O primeiro evento está inicialmente agendado para o mês de
abril. A ideia é fazer a oficina dentro da escola, mas tanto o lugar, quanto a data e a
supervisão precisam ser aprovados pelo diretor da escola. Itens de Ação: David arranja uma
reunião com o diretor para planejar os detalhes. Cada membro da equipe pede ao menos
um adulto supervisor.
6. Fechamento: A próxima reunião será (Horário, data e nome do local)

Declaração

A declaração pode ser manuscrita em papel almaço simples ou digitada.


Quanto ao aspecto formal, divide-se nas seguintes partes.
 Timbre: impresso como cabeçalho, contendo o nome da empresa, ou o impresso
com logotipo.

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Escola Municipal do Trabalho

 Título: deve-se colocá-lo no centro da folha, em caixa alta.

 Texto: deve iniciá-lo após quatro linhas do título. Dentro do texto deve constar:
Identificação do emissor; O verbo atestar/declarar; finalidade do documento; Nome e
dados de identificação do interessado; citação do fato a ser atestado.

Exemplos

Eu, NOME, QUALIFICAÇÃO CIVIL, inscrito no CPF sob o nº 000.000.000-00, residente


e domiciliado na Rua das Camélias, nº 00, bairro Jardim Florido, CEP: 00.000-000,
Cidade - UF, declaro que, em função de minha situação financeira, não tenho condições
de arcar com o pagamento das custas processuais, sob pena de implicar prejuízo
próprio e de minha família, nos termos do art. 5º, LXXIV, da Constituição da República e
da Lei nº 1.060/50.

LOCAL, DATA.

Assinatura

Outra declaração:
Declaração de residência

Eu, (nome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), inscrito no CPF sob o nº (in-
formar) e no RG nº (informar), declaro para os devidos fins que tenho residência e
domicílio à (informar endereço), na cidade de (informar cidade e estado).

Por ser a expressão da verdade, firmo a presente para efeitos legais.

(localidade), (dia) de (mês) de (ano).

(assinatura)
(nome completo)

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Escola Municipal do Trabalho

Correspondência comercial

É toda correspondência, interna ou externa, com exceção das dirigidas aos


bancos e órgãos públicos.Tem por finalidade documentar posições, negócios,
condições, etc. de uma empresa.
Na digitação observe os seguintes itens:
 Destinatário: Não é necessário o uso de “À” ou “AO”, pois já existe um campo para
essa informação.
 Endereçamento: Também desnecessário, exceto em casos de envelope com
janela.
 Atenção: É necessário, quando a carta é dirigida a alguém dentro da empresa.
Abreviação: At.
 Referência: Para simplificar e orientar classificação para arquivo, não há
necessidade do “Ref.”
 Local e Data: A data é importante, porém o local, quando constar no papel timbrado,
é desnecessário.

 Prezados senhores: A palavra senhores inicia com letra minúscula.


 Números por extenso: além da repetição causar péssima imagem em sua carta,
ela assumirá um aspecto deselegante.
 Número de ordem: controlar correspondências expedidas, internas e externas,
identificando o tipo de documento, órgão emitente, numeração de controle e ano de
emissão, separados através de barras.
 Fecho: o fecho de uma carta empresarial pode constar de seis itens: despedida,
assinatura, pós-escrito, lista de anexos, cópia e abreviaturas do redator.

 Despedida: é uma forma de saudação.


 Assinatura: como regra geral, a assinatura manuscrita deve ser disposta sobre um
bloco digitado com nome da pessoa que assina, cargo, departamento, telefone e e-
mail. Utiliza-se uma linha para cada uma dessas informações.
 Pós-escrito: esse item sugere que você esqueceu de colocar a informação no corpo
da carta e teve preguiça de refazê-la. O pós-escrito só é útil quando serve de nota
de rodapé para o texto da carta, separando uma informação adicional ou uma
curiosidade que tornaria a leitura do texto mais demorada.
 Lista de anexos: Esse item chama a atenção para o fato de a carta estar sendo
mandada com documentos.
Detalhes importantes:

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Escola Municipal do Trabalho

1. Os números telefônicos devem ter apenas o prefixo separado por hífen.


2. Caso haja a necessidade de indicar o código de DDD, colocar o número
correspondente ao código entre parênteses, atualmente acrescentamos (XXX) para
indicar a operadora de cada cidade: (XXX) (11) 9999-9999.
3. Ao abreviar a palavra telefone, usar sempre Tel.
4. Numa divisão sequencial numerada, usa-se tão somente o ponto.
5. Numa divisão sequencial em que são utilizados algarismos ordinais, usam-se
apenas parênteses de fechar. (Exemplo: 1º), 2º).
6. As maiúsculas ou negrito servem para destacar palavras.
7. Deve-se evitar o uso simultâneo de destaques, ou seja, usar maiúsculas ou negrito
numa mesma correspondência.

Exemplos de cartas comerciais

Circular
É uma carta destinada a funcionários de determinado setor, remetida pelo
chefe da repartição ou do departamento. Têm o objetivo de transmitir normas,
ordens, avisos, pedidos; delimitar comportamentos e homogeneizar condutas de um
grupo de pessoas.
Modelo:
(localidade), (dia) de (mês) de (ano)

(empresa)

Carta Circular nº (informar) ASSUNTO:

Obras no Estacionamento

Entre os dias X e Y o setor de estacionamento da empresa passará por obras de reforma


estrutural, de modo a melhorar o serviço prestado aos funcionários. Durante este período o
local estará interditado sendo liberado o uso do pátio dos fundos para guarda dos veículos.

Atenciosamente,

(nome)

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Escola Municipal do Trabalho

Contrato

É um acordo entre duas ou mais pessoas que entre si transferem direito ou se


sujeitam a alguma obrigação. Ou seja, uma das partes cede um direito e a outra
assume uma responsabilidade sobre algo.

Modelo:
Contrato

CONTRATANTE (Tomador(a) de Serviços): Sr(a). brasileiro(a), residente e domiciliado(a) na


Rua _, n° , Cidade de _, Estado , CPF ou CNPJ: _.
CONTRATADO (Prestador(a) de Serviços): Sr(a). brasileiro(a), residente e domiciliado(a) na
Rua , n°_, Cidade de , Estado , CPF ou CNPJ: .
Referente a Prestação de Serviços do tipo: .
Pagamento da quantia de R$ ,_, ( )(valor por extenso), será efetuado de forma sempre
subsequente a competência. OU Pagamento parcelado mensal/semanal de vezes de R$:
,_ (_)(valor por extenso) será efetuado todo _ dia do mes/semana, sempre subsequente a
competência.
Contratado fornecerá as ferramentas, material, e pessoal necessário, responsabilizando-se
inclusive da limpeza que for necessária.
O prazo da obra ou serviço é de _ (horas, dias, semanas, meses), a contar desta data e a
terminar em / / .
Multa de R$: será cobrada caso haja atraso de mais de dias para a
entrega da obra ou serviços.
Multa de R$: será cobrada caso haja atraso de mais de dias no(s)
devido(s) pagamento(s).
Contratado responderá por danos que resultem da imperícia ou negligência sua ou de seus
empregados, segundo os princípios gerais de responsabilidade.
As partes elegem o foro de , para dirimirem quaisquer dúvidas decorrentes
do presente contrato.
Testemunha 1: ________________________ Testemunha 2: _________________________
Contratante e contratado concordam e estão ajustados com todas as normas e clausulas
estipuladas neste contrato e assim assinam o presente termo em 2 (duas) vias de igual teor, os
quais passam a ter força legal entre as partes.
Local e Data: , _ de _ de 20 .

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Escola Municipal do Trabalho

Assinatura do CONTRATANTE

Assinatura do CONTRATADO

Declaração

A declaração é um tipo de texto muito ligado às situações cotidianas, que se


constitui num relato proferido por alguém a favor de outra pessoa.
Trata-se de uma comunicação escrita, cuja estética segue alguns padrões
fixos que envolvem conhecimentos linguísticos adequados, como a forma de iniciar
e finalizar a mensagem, dentre outros fatores.
Visando aprimorar nossos conhecimentos acerca da composição textual em
evidência, salientam-se as seguintes particularidades:
 Tal documento deverá fazer referência ao objetivo pretendido por meio do discurso,
ou seja, a expressão “declaração” é grafada com letras maiúsculas, ocupando uma
posição de destaque sobre as demais.
 Em seguida redige-se a mensagem pretendida, focalizando o assunto específico.
 Ao final, cita-se o local, a data, citando dia, mês e ano, seguidos da assinatura do
emissor e seu respectivo cargo, quando for o caso.

Modelo:
Declaração de rendimentos

Eu, (nome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), inscrito no CPF sob o nº (informar) e no
RG nº (informar), residente e domiciliado à (informar endereço), declaro para os devidos fins,
que minha renda média dos últimos seis meses foi de R$ X.XXX,XX (por extenso) mensais,
resultantes do exercício de minha profissão de (especificar).

(localidade), (dia) de (mês) de (ano).

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Escola Municipal do Trabalho

Memorando

O memorando é um aviso por escrito de caráter interno e administrativo, uma


vez que estabelece a comunicação entre as unidades, departamentos ou setores de
uma mesma empresa. Por ser um tipo de correspondência cotidiana, rápida e
objetiva, o memorando segue uma forma fixa, sendo para isso utilizado um papel
impresso.
É um aviso de tramitação rápida, simples e eficaz, sem se prender a
burocracia iminente. O despacho pode ser realizado na própria folha do memorando
de modo resumido, o que permite agilidade e transparência no andamento das
decisões tomadas.
Quanto à estrutura, o memorando deve ter identificação por número, data,
vocativo, assunto, texto, objetivo e claro e a assinatura, acompanhada do cargo que
se atribui ao remetente do referido documento. A linguagem é formal.

Modelo:
MEMORANDO

Memorando nº (informar) Em, (dia) de (mês) de (ano). Ao

Senhor (indicar o nome e/ou cargo):

Assunto: Aquisição de Equipamentos de Informática.

Nos termos do plano de estratégia estabelecido na reunião mensal de julho deste ano,
solicitamos a Vossa Senhoria a tomada de orçamentos para aquisição de equipamentos dos
novos materiais de informática para o departamento de Recursos Humanos.

As especificações deverão ser obtidas junto a departamento de informática, e os orçamentos


deverão ser apresentados na próxima reunião que ocorrerá no próximo dia
28 para deliberação.

Atenciosamente,

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Escola Municipal do Trabalho

Ordem de serviço
A ordem de serviço é um documento que tem a função de emitir comunicações
internas em uma empresa a respeito de um trabalho que precisa ser feito.
É necessário que a ordem tenha número e data, a qual é colocada antes do nome de
quem assina, com indicação do cargo.

Modelo:

Ordem de Serviço nº 1221


23/04/2010

Cliente: Fulado de Tal CPF


nº: (infomar) Endereço: (in-
formar)

Descrição do Serviço:
Manutenção no aparelho de ar condicionado modelo Split marcar Gelar, cuja capacidade de
resfriamento se encontra prejudicada.

Procedimento Realizado: (preencher após executado o serviço)


Constatada a causa do problema, o mesmo foi solucionado pela troca da carga de gás do
aparelho. Após o reparo, o funcionamento passou a ser adequado.

Observações: Nada a
observar.

Assinatura do cliente

Assinatura do técnico

Recibo
O recibo é a prova de que uma transação financeira foi realizada. Este
documento deve constar de duas vias para que fique uma cópia com cada uma das
partes envolvidas. É fornecido pela pessoa que recebe o dinheiro e todo processo
do acordo estará especificado no corpo do texto.
Depois do texto, a pessoa que fornece o recibo deve assinar, afirmando ter

71
Escola Municipal do Trabalho

auferido determinada quantia.

Modelo:
RECIBO

(nome), (estado civil), (profissão), inscrito no CPF sob o nº (informar), recebi de


(nome), (estado civil), (profissão), inscrito no CPF sob o nº (informar), a importância de
R$ X.XXX,XX (valor por extenso), concernete à venda de um (especificar).

(local), (dia) de (mês) de (ano).

(assinatura)
(nome do recebedor)

Relatório

O relatório tem por finalidade relatar informações sobre um decreto, uma


decisão, um projeto, uma atividade, uma pesquisa ou algo semelhante, a fim de
prestar contas, sejam financeiras ou administrativas. Pode ser complexo como de
uma empresa e simples como de um estágio.
O discurso em um relatório deve ser claro, objetivo, conciso e exato.

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Escola Municipal do Trabalho

Modelo de Relatório:
Relatório de gestão de orçamento

Venho apresentar o relatório de prestação de constas da gestão referente ao período de (dia e


mês) a (dia, mês e ano) a fim de que seja apreciado pelos senhores.

Constam do relatório todas as despesas efetuadas, assim como o planejamento para o próximo
período.

Do orçamento para o período.


Das obras de benfeitoria e manutenções realizadas.
Dos serviços contratados.
Dos eventos realizados.
Das contas fixas mensais.
Do saldo.
Planejamento do próximo exercício.

Por fim, solicito que no caso de divergências quanto às contas apresentadas, que haja
manifestação formal por escrito.

(localidade), (dia) de (mês) de ano).

Comunicação interna

É a função responsável pela comunicação entre os integrantes de uma


organização.
A comunicação interna consta de interações, processos de trocas, os
relacionamentos dentro de uma empresa ou instituição. É responsável por fazer
circular as informações, o conhecimento, de forma vertical e horizontal. É usada
como estratégia básica dos empresários que desejam a efetividade de sua
organização. Por meio da Comunicação que a organização recebe, oferece, canaliza
informação e constrói conhecimento, tomando decisões mais acertadas e também
gerando maior comprometimento por parte dos empregados.
Comunicar é mais que informar, é atrair, é envolver. E neste processo, todos os
empregados possuem seu valor e atuam de forma a tornar uma organização bem
informada, ou não.

73
Escola Municipal do Trabalho

Procuração
A procuração é um documento legal que transfere a alguém poderes para agir
em nome de outra pessoa.
Quanto à forma, há dois tipos: Pública e a Particular. A primeira é lavrada em
cartório por um tabelião, em livro próprio, o qual será arquivado. Já a segunda, é
lavrada pelo outorgante ou pessoa autorizada, digitada ou de próprio punho.
A procuração precisa ter identificação, profissão das partes, os poderes
delegados, a finalidade e o prazo de validade. Abaixo, após o corpo do texto, devem
vir expressos local, data e assinatura do outorgante ou constituinte.

Modelo:
Procuração

Outorgante: (nome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), inscrito no CPF sob


o nº (informar), e no RG nº (informar), residente e domiciliado à (informar o
endereço), na cidade de (informar com sigla do estado).

Outorgado: (nome), (nacionalidade), (estado civil), (profissão), inscrito na OAB-MT sob


o nº (informar), com escritório profissional à (informar o endereço), na cidade de (in-
formar com sigla do estado).

Poderes: Plenos poderes para representar o outorgante junto ao (especificar o órgão


onde a procuração será utilizada, se for o caso), para prática de todos os atos
necessários para (descreva a finalidade da procuração), cessando os poderes dessa
procuração em (data em que a procuração perde a validade).

(localidade), (dia) de (mês) de (ano).

(nome do outorgante - assinar acima)

Redação empresarial
Alguns pontos relevantes quanto à boa redação empresarial.

Ter sempre em mente que uma carta comercial deve ser breve. Assim, rodeios,
inversões, mesmo bem feitos, que tanto efeito causam num texto poético, devem ser
abolidos.

74
Escola Municipal do Trabalho

Antes de escrever, organize seu pensamento, traçando um plano:

 O que vai comunicar;

 A quem;

 Como deve transmitir;

 Que informações são relevantes.

Não podemos ignorar a formalidade que esse tipo de correspondência requer,


mas devemos evitar a rigidez exagerada, os clichês, a redundância e os termos até
arcaicos que ainda são utilizados.
Não há necessidade de preâmbulos, vá direto ao assunto.

CANAIS DE COMUNICAÇÃO
Canais de comunicação são os meios de comunicação utilizados pelas
empresas. Segue abaixo alguns canais de comunicação eficazes e com baixo custo:

Murais - Semelhantes a quadro de avisos que devem estar sempre atualizados,


localizados em locais de grande circulação de pessoas.

Jornais - De conteúdo impresso com linguagem simples e textos curtos para


estimular a leitura.

Boletim informativo - Também impresso ou virtual com informações sobre a


empresa ou conteúdo para desenvolvimento dos profissionais.

Caixa de sugestões - Aconselhável que seja de madeira para evitar violação;


utilizada para receber sugestões, comentários e até denúncias de erros e acertos da
empresa.
E-mail - Espécie de caixa postal com a vantagem de ser mais rápido geralmente
respondido em até 24hs. É a forma de contato mais pessoal e transparente, com a
possibilidade de enviar anexos, como imagens, orçamentos solicitados.

Formulário de Contato

Boa parte dos sites de empresas possui um formulário de contato: o cliente


preenche nome, telefone, e-mail e a mensagem que deseja. É muito importante dar

75
Escola Municipal do Trabalho

prioridade para essa mensagem como a do e-mail normal. Leia rapidamente e, se


não estiver com a resposta na hora, entre em contato e se apresente para fornecer
um prazo e para solucionar aquela dúvida.

Siga as dicas abaixo para que este canal de contato seja bem aproveitado:

1. Solicite o mínimo de informações de seu cliente neste formulário. Outros dados


poderão ser pedidos na efetivação de uma venda e, se você já vendeu algo a esse
cliente, nunca peça os mesmos dados duas vezes.
2. Crie um campo que irá ajudá-lo a categorizar o tipo de contato. Por exemplo:
reclamação, elogio, sugestão, produto em falta, dúvida, comercial, revenda, atacado.
Colocar os assuntos por categorias irá auxiliá-lo no direcionamento da mensagem e
em relatórios gerenciais.
3. Responda o mais rápido possível. 20 minutos é um tempo que poderia surpreender!
4. No contato, sempre responda assinando seu nome real, cargo e nome da empresa,
e trate o cliente pelo nome dele.
5. Crie para seus atendentes algumas respostas padrão para resolução de problemas
rotineiros como: esqueci minha senha, cartões que a loja aceita e/ou prazos de
entrega, mas nada além disso. Na maioria das vezes é preciso se concentrar no
problema de seu cliente e em um atendimento personalizado.

FAQ

É uma parte do site onde o cliente poderá encontrar várias perguntas já


respondidas pela equipe de atendimento. Geralmente são questionamentos
rotineiros e podem ser sanados sem um contato efetivo. Observe que essa página
deverá sempre ser alimentada e atualizada. Utilize a experiência do contato por e-
mail e outros para se antecipar e fornecer as respostas.

Chat

Funciona como uma mistura de vários canais em que o cliente se conecta a


um atendente e manda mensagens. Rapidamente receberá as respostas ou terá
melhor direcionamento da questão levantada. As regras são as mesmas: apresente-
se, procure atender à solicitação em toda sua plenitude para que não fique qualquer

76
Escola Municipal do Trabalho

dúvida pendente, forneça o horário de atendimento para esse canal e acompanhe o


caso até a sua efetiva resolução. Os clientes não gostam de repetir a conversa
várias vezes e de se relacionar com vários atendentes para resolver o mesmo
problema.

Elementos de comunicação
O processo da comunicação envolve algumas pessoas, meios, segue abaixo os
principais elementos de Comunicação:

Emissor - Quem transmite a mensagem.


Receptor - Quem recebe a mensagem, decodificando, interpretando seu conteúdo.
Código - Padrão de sinais que estabelece e propicia forma às idéias e conceitos
que se deseja transmitir. Um exemplo é a nossa língua portuguesa, que é um
código, e é necessário que todos os envolvidos no processo de comunicação
dominem este código para que a mensagem seja inteligível, isto é, possa ser
compreendida.
Mensagem - Conjunto de idéias, conceitos, conteúdo. A mensagem pode ser falada
ou escrita; em prosa e verso.
Canal - Meio físico pelo qual a mensagem é transmitida, como telefone, conversa
pessoal, Internet, entre outros. Lembrando sempre que todos os canais estão
sujeitos a ruídos.
Ruído - São interferências que podem prejudicar total ou parcialmente a propagação
e captação da mensagem. Temos como exemplo à estática durante a audição de
uma estação de rádio, que prejudica a compreensão do que o locutor está falando;
pode ser também decorrente de barulho, entre outros.
Essa é à base de um processo de comunicação, que sempre deve ser
compreendido como um canal de duas vias, onde a informação flui nas duas
direções, interpretada, elaborada e acrescida de ideias e conceitos.
Entretanto, nesse processo podem ocorrer alguns problemas que neste caso
serão denominados Barreiras na Comunicação.

77
Escola Municipal do Trabalho

Feedback
Feedback é o processo de fornecer dados a uma pessoa ou grupo ajudando-o
a melhorar seu desempenho no sentido de atingir seus objetivos.
Para que haja êxito na comunicação do feedback as barreiras devem ser
rompidas e estabelecida uma relação de confiança e segurança. O feedback pode
ser de dois tipos:

Aberto - é óbvio e direto. Obtido através de perguntas e de observação, durante


a realização de exercícios e testes. Mostra o que o ouvinte captou e o que não
captou. Pode ser falsificado.
Velado - é obtido através da prática de observar a reação do ouvinte a estímulos
externos. Pode se obtido na sua expressão, posição, movimentos e atitude. Como é
expressado inconscientemente, diz a verdade.

Tipos de comunicação
Apesar da maioria dos autores tratarem os termo Comunicação Organizacional,
Comunicação Empresarial e Comunicação Corporativa como sinônimos, para
Kunsch ( Margarida Kunsch, tido como uma das principais referências em
comunicação organizacional e relações públicas no Brasil, e cujo estudo vem sendo
realizado e aperfeiçoado desde 1980), o termo “Organizacional” é o mais adequado,
pois tem uma maior amplitude, podendo se referir a qualquer tipo de organização –
pública, privada, sem fins lucrativos, ONGs, fundações etc., não se restringindo ao
âmbito do que se denomina “empresa”.
De maneira geral, a comunicação organizacional é toda e qualquer ação,
atividade, estratégia, produto e processo tomados pela empresa ou entidade para
reforçar a sua imagem junto a todos os seus públicos de interesse – consumidores,
colaboradores, políticos, empresários e acionistas, entre outros, ou perante à opinião
pública.

Para Kunsch:
“Comunicação organizacional, como objeto de pesquisa, é a disciplina que estuda
como se processa o fenômeno comunicacional dentro das organizações no âmbito
da sociedade global. Ela analisa o sistema, o funcionamento e o processo de
comunicação entre a organização e seus diversos públicos. (…) Fenômeno inerente

78
Escola Municipal do Trabalho

aos agrupamentos de pessoas que integram uma organização ou a ela se ligam, a


comunicação organizacional configura as diferentes modalidades comunicacionais
que permeiam sua atividade.” (KUNSCH, Planejamento de Relações Públicas na
Comunicação Integrada, 2003, p. 149)

Seguindo esta filosofia, a comunicação organizacional é composta por todas as


formas de comunicação dentro de uma organização: a comunicação institucional, a
comunicação interna, a comunicação administrativa e a comunicação
mercadológica.

Comunicação Institucional
A comunicação institucional tem o intuito de melhorar a imagem da empresa
perante a sociedade, os consumidores e os investidores. Ela é a responsável, por
meio da gestão estratégica das relações públicas, pela construção de uma imagem
e identidade corporativa de uma organização.
Para que isso aconteça, além das relações públicas, são necessárias ações de
assessoria de imprensa, marketing social e cultural, entre outros.

Comunicação Mercadológica
A comunicação mercadológica tem o objetivo de vender ou melhorar a imagem
dos produtos ou serviços da corporação. Marketing e venda são os principais
setores responsáveis por esse processo dentro de uma empresa. As principais
ferramentas de comunicação que esta área se apoia são: publicidade comercial,
promoções de venda, merchandising, venda direta, SAC, CRM, entre outros.

Comunicação administrativa
A comunicação administrativa é responsável por transmitir os dados do âmbito
administrativos de uma organização para todos os setores nos quais estes dados se
mostram pertinentes.Segundo Kunsch, a comunicação administrativa é aquela que
permite viabilizar todo o sistema organizacional, por meio de uma confluência de
fluxos e redes. “Administrar uma organização consiste em planejar, coordenar, dirigir
e controlar seus recursos de maneira que se obtenham alta produtividade, baixo
custo e maior lucro ou resultados, por meio da aplicação de um conjunto de métodos
e técnicas. Isso pressupõe um contínuo processo de comunicação para alcançar tais

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objetivos. E o que organiza o fluxo de informações, que permitirão à organização


sobreviver, progredir e manter-se dentro da concepção de sistema aberto.”
(KUNSCH, Planejamento de Relações Públicas na Comunicação Integrada, 2003, p.
152).

Comunicação Interna
Segundo Kunsch, a comunicação interna é um setor planejado, com objetivos
bem definidos, para viabilizar toda a interação entre a organização e seus
colaboradores. Para isto utiliza-se ferramentas da comunicação institucional e até da
comunicação mercadológica (endomarketing).
A comunicação interna atual é a do conhecimento compartilhado e das
relações humanas. Ela deve ser vista como uma estratégia fundamental nas
organizações. Exemplo: a TV Corporativa e o Mural digital.

Comunicação Organizacional Integrada


Margarida Kunsch é uma das pioneiras deste conceito no Brasil. Segundo ela,
comunicação organizacional integrada é uma filosofia que direciona a convergência
de todas as quatro comunicações citadas anteriormente, permitindo uma atuação
sinérgica entre elas.
É a soma de todas as atividades de comunicação realizadas pelos diversos
departamentos da empresa, e que, apesar de suas diferenças e peculiaridades,
consigam atuar de forma harmoniosa para atingir os objetivos da organização.

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Escola Municipal do Trabalho

UNIDADE 4
MATEMÁTICA BÁSICA

Regra de três simples


Envolve duas grandezas direta o inversamente proporcionais e tem solução
simples, como por exemplo:
Uma determinada máquina industrial fabrica 400 peças por hora. Quantas
peças fabricará em três horas continuamente?
Para solucionar o problema de uma maneira simples, como já dissemos,
temos de considerar duas grandezas: tempo (horas) e peças fabricadas.
Vamos indicar por “𝑥” a quantidade de peças a ser fabricada.
Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna e as
grandezas de espécies diferentes que se correspondem em outra linha:
Tempo Peças
1 hora 400
3 horas 𝑥
Armando a proporção, teremos:
1 400
= , 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑥 = 400 x 3 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜: 𝑥 = 1.200
3 𝑥
Ou seja, em três horas a máquina produzirá 1.200 peças.
Notamos, portanto, que as grandezas são diretamente proporcionais pois o
aumento de uma delas provoca o aumento da outra, ou a diminuição de uma delas
provoca a diminuição da outra, ou seja, quanto mais tempo, mais peças serão
produzidas e quanto menos tempo, menos peças serão produzidas.

Regra de três composta


É o processo usado para resolver problemas que envolvem mais de duas
grandezas direta ou inversamente proporcionais.
Vejamos o exemplo:
Em quatro horas, seis máquinas envasam 2.000 litros de refrigerante.
Quantos litros seriam envasados por oito máquinas em seis horas?
Solução:

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Indiquemos a quantidade de litros por “𝑥”. Coloquemos as grandezas de


mesma espécie em uma só coluna e as grandezas de espécies diferentes que se
correspondem em uma mesma linha, assim:
Horas Máquinas Litros
4 6 2.000
6 8 𝑥
Vamos comparar cada grandeza com aquela em que está o “𝑥”.

2.000 4 6 24 1
= x = =
𝑥 6 8 48 2

2.000 1
=
𝑥 2
𝑥 = 2.000 x 2 = 4.000
Resultado: seriam envasados 4.000 litros em seis horas por oito máquinas.

Porcentagens
A melhor forma de conceituar porcentagem é por meio de um exemplo.
Vejamos:
Uma loja promove uma liquidação de suas roupas dentro de um shopping
Center, oferecendo 30% de desconto em todas as mercadorias da linha cama, mesa
e banho. Calcule o desconto em reais para uma mercadoria cujo preço da etiqueta é
R$ 350,00.

Questões para Revisão


1) Uma indústria envasa 1.800 garrafas de determinado refrigerante por hora. Quantas
garrafas envasa em 45 minutos?
2) Uma equipe de operários, trabalhando 8 horas por dia, realizou determinada obra
em 20 dias. Se o número de horas de serviço fosse reduzido para 5 horas, em que
prazo esta equipe faria o mesmo trabalho?
3) Num período de 2 horas, uma empresa embala 17.000 bombons, utilizando 2
máquinas. Quantos bombons seriam embalados por 5 máquinas em 4 horas?

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4) Uma determinada loja está liquidando seu estoque de inverno. Um casaco que custa
R$ 450,00 está sendo vendido com 45% de desconto. Qual o preço final será pago
pelo consumidor?
5) Uma determinada peça de roupa está com 25% de desconto. Em quantos valores
percentuais o gerente precisará subir o valor desta mesma peça de roupa para que
ela retorne ao seu valor original?
6) Rogério possui uma linha telefônica econômica que possui mensalidade fixa de R$
37,00 para falar até 80 horas. Neste mês, Rogério ultrapassou 1 hora de seu limite
máximo. Considerando que a cada minuto extra, são cobrados R$ 0,20; calcule qual
será o valor da conta de Rogério.
7) (ETEC 2013) Janete é professora de matemática, de uma escola de Ensino Médio,
e em uma turma da primeira série estabeleceu que uma das listas de exercícios que
passou sobre regra de três simples e composta valerá 3/8 da nota. Logo, a
porcentagem que representa essa lista de exercícios em relação à nota final está
contida na alternativa:
(A) 20%.
(B) 25,2%.
(C) 37,5%.
(D) 42,5%.
(E) 62,5%.

8) Três caminhões transportam 200m³ de areia. Para transportar 1600m³ de areia,


quantos caminhões iguais a esse seriam necessários?
9) A comida que restou para 3 náufragos seria suficiente para alimentá-los por 12 dias.
Um deles resolveu saltar e tentar chegar em terra nadando. Com um náufrago a
menos, qual será a duração dos alimentos?
10) Para atender todas as ligações feitas a uma empresa são utilizadas 3 telefonistas,
atendendo cada uma delas, em média, a 125 ligações diárias. Aumentando-se para
5 o número de telefonistas, quantas ligações atenderá diariamente cada uma delas
em média?
11) Um pintor, trabalhando 8 horas por dia, durante 10 dias, pinta 7.500 telhas. Quantas
horas por dia deve trabalhar esse pintor para que ele possa pintar 6.000 telhas em 4
dias?

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12) Em uma disputa de tiro, uma catapulta, operando durante 6 baterias de 15 minutos
cada, lança 300 pedras. Quantas pedras lançará em 10 baterias de 12 minutos
cada?
13) Dez guindastes móveis carregam 200 caixas num navio em 18 dias de 8 horas de
trabalho. Quantas caixas serão carregadas em 15 dias, por 6 guindastes,
trabalhando 6 horas por dia?
14) Com a velocidade de 75 Km/h, um ônibus faz um trajeto em 40 min. Devido a um
congestionamento, esse ônibus fez o percurso de volta em 50 min. Qual a
velocidade média desse ônibus?
15) Resolva:
a) 15% de 320
b) 45% de 600
c) 8% de 430
d) 2% de 56,8
e) 78% de 110
f) 10% 334,45
g) 5% de 1200
h) 120% de 340
i) 0,2% de 45
j) 10,81% de 260

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UNIDADE 5
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

A administração financeira é a parte da organização que cuida das finanças


da empresa ou, mais especificamente, da sua saúde financeira. Isso quer dizer que
toda e qualquer movimentação, ou planejamento, que envolva valores é
contemplada ou está inserida no conceito de administração financeira e estuda a
circulação do dinheiro.
Várias são as ferramentas utilizadas na condução da vida financeira das
empresas, cujos conceitos básicos observamos a seguir:

Capital
É o valor principal de uma operação financeira, sobre o qual incidem outros
aplicativos com juros e descontos.

Juros
É o produto obtido por meio da aplicação de uma determinada taxa percentual
sobre um capital conhecido. Temos duas formas ou dois pontos de vista a
considerar sobre os juros. O primeiro é sob o prisma do investidor para o qual
significa a remuneração do capital investido ou aplicado. A segunda forma de
considerarmos os juros é sob o ponto de vista do tomador, que representa o custo
do dinheiro tomado a empréstimo.

Prazo
É o tempo que o capital fica disponibilizado ou imobilizado em determinada
operação financeira.

Taxa de Juros
É o percentual aplicado em determinado capital ou valor por um prazo
conhecido contado em 100 unidades.

Montante

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É o produto final de um capital somado ou adicionado aos juros produzidos ao


final de um período ou prazo determinado, ou seja, é o capital mais os juros.

Valor atual
É o valor em determinada data de um montante a ser produzido em um tempo
ou prazo futuro.

Capitalização
É o mecanismo financeiro capaz de produzir um novo montante a cada
período com aplicação de uma determinada taxa de juros.

Amortização
É a injeção de um valor com a finalidade de abater de um montante, um
determinado valor visando diminuir uma dívida contraída.

Juros simples e compostos


Juros simples
Também chamados de lineares, são o rendimento do capital em um tempo
dado a uma taxa fixa aplicada.
Por exemplo, um empréstimo de R$ 5.000,00 pelo qual incorrem 3% de juros
simples por mês a serem pagos ao final de um mês. Devemos calcular:
3% de R$ 5.000,00 = R$ 5.000,00 x 0,03 = R$ 150,00
Os juros podem ser calculados a partir da seguinte fórmula:
J = C .i . n

Onde:
J = juros
i = taxa de juros (produzida em fração, decimal ou porcentagem)
C = capital
M = montante
n = prazo (ou tempo)

86
Escola Municipal do Trabalho

Evidentemente, i (taxa) e n (prazo) devem ser calculados ou considerados


nas mesmas unidades. Isso quer dizer que se a taxa for diária, o tempo deve ser
também considerado em dia; se a taxa for mensal, o tempo também deve ser
mensal e assim por diante.

Outras fórmulas relacionadas aos Juros Simples:


J = C .i . n ou J = M – C

𝐌 𝐉
C= ou C = M – J ou C =
(𝟏 +𝐢 .𝐧) (𝐢 . 𝐧)

M = C. (1 + i . n) ou M=C+J

𝐉
n=
(𝐂 . 𝐢)

𝐉
i=
(𝐂 . 𝐧)

Exercícios (Juros Simples)


1) Comprei um novo computador, mas como não tinha o dinheiro todo, fiz um
empréstimo para pagá-lo. Ao final do empréstimo, terei de pagar R$ 4.200,00. Só de
juros pagarei R$ 1.700,00. A taxa foi de 3% a.m. Por quantos anos pagarei pelo
empréstimo? Qual o preço do computador sem juros?
2) Comprei o material para a reforma da minha casa, pelo qual pagarei um total de R$
37.664,00. O seu valor à vista era de R$ 27.000,00 e a taxa de juros é de 2,4% a.m.
Por quanto tempo pagarei este material?
3) O valor principal de uma aplicação é de R$ 2.000,00 Resgatou-se um total de R$
2.480,00 após 1 mês. Qual o valor da taxa de juros a.m.? E a.d.?
4) Aninha retirou de uma aplicação o total de R$ 75.932,00, após 3,5 semestres. O
valor dos juros obtidos foi de R$ 22.932,00. Qual a taxa de juros a.s.?

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Escola Municipal do Trabalho

5) César Menotti pagou, pelo período de um ano, um curso que, à vista custava R$
1.800,00. Por não ter dinheiro, financiou-o a uma taxa de juros simples de 1,9% a.m.
Qual o valor total pago pelo curso?
6) Um aplicador investiu R$ 35.000,00 por 1 semestre, à taxa de juros de 11,36% a.s.
Em quanto o capital foi aumentado por este investimento?
7) Rodolfo realizou uma aplicação por 1 bimestre. Em tal período, o capital de R$
17.000,00 rendeu R$ 1.216,00 em juros. Qual foi a taxa utilizada?
8) Em uma aplicação, recebi juros de R$ 141,75. O dinheiro ficou aplicado por 45 dias.
Eu tinha aplicado R$ 3.600,00. Qual foi a taxa de juros a.a. da aplicação?
9) Maria Cecília recebeu R$ 6.000,00 de juros por um empréstimo de 1 mês. A taxa de
juros aplicada dói de 37,5% a.a. Quanto Maria Cecília havia emprestado.
10) Roberto Carlos recebeu R$ 2.049,60 de juros ao aplicar R$ 8.200,00 à taxa de
19,2% a.s. Qual foi o prazo da aplicação em meses?
11) Calcule o montante e os juros referentes a um capital de R$ 45.623,50 investido a
0,3% a.d., durante 1,5 anos?
12) Luan Santana tomo emprestado R$ 31.000,00 pagando durante 2 anos, à taxa de
juros simples de 2,54% a.t. Qual o juro resultando após os 2 anos?
13) Para reformar seu carro, um taxista realizou um empréstimo a uma taxa de juros
simples de 2,64% a.m. A duração do empréstimo foi de 220 dias. Qual o juro atual
pago pelo o empréstimo de R$ 7.000,00?
14) Qual o valor dos juros e do montante resultantes de um empréstimo de R$
16.478,50 feito pelo prazo de 5 bimestres, à taxa de 7,5% a.b.?
15) Qual o valor dos juros correspondentes a um empréstimo de R$ 37.000,00 realizado
pelo prazo de 3 bimestres, à taxa de 91,2% a.a.?
16) Minha irmã, ao todo, pagou R$ 322.800,00 por sua casa. Sei que de juros ela pagou
R$ 172.800,00. A taxa foi de 1,2% a.m. Por quantos anos ela pagou pelo imóvel?
Qual o valor da casa sem os juros?
17) Comprei uma joia a prazo, pagando um total de R$ 8.725,10. O seu valora vista era
de R$ 7.700,00 e a taxa de juros é de 4,6% a.m. Por quantos semestre eu fiquei
com a dívida?
18) Joelma retirou de uma aplicação o total de R$ 80.848,00 após decorridos 4
trimestres. O valor dos juros obtidos foi de R$ 15.648,00. Qual a taxa de juros a.m.?
19) O valor principal de uma aplicação é de R$ 10.000,00. Resgatou-se um total de R$
19.000,00 após 1 semestre. Qual o valor da taxa de juros a.d.?

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20) Pedro pagou mensalmente, pelo período de 3 semestres, por um equipamento que
custa R$ 5.300,00, a uma taxa de juros simples de 1,89% a.m. Qual o valor total
pago? Qual o valor dos juros?
21) Fiz um empréstimo à taxa de juros de 1,5% a.m. para pagar em 36 meses. Ao final
deste empréstimo, terei de pagar R$ 5.000,00. Qual o valor do capital emprestado?
Quanto pagarei de juros?
16) O capital de uma aplicação é de R$ 7.000,00. Foi resgatado ao final de 6 meses o
valor de R$ 7.357,00. Qual o valor da taxa de juros?
17) Kid Vinil retirou de uma aplicação o total de R$ 10.298,60 após 180 dias. O valor dos
juros obtidos foi de R$ 978,60. Qual a taxa de juros a.m.?
18) (ETEC 2012) Mariana aplicou no Banco Alfa um capital de R$ 1.250,00 durante seis
trimestres a uma taxa de 4,5% ao mês em regime de juros simples. Assinale a
alternativa que contém o valor dos juros no final desse período:
(A) R$ 2.262,50.
(B) R$ 1.587,50.
(C) R$ 1.012,50.
(D) R$ 337,50.
(E) R$ 168,75.
19) (ETEC 2013) Márcia fez um empréstimo para sua irmã no valor de R$ 6.500,00, em
regime de juros simples, pelo período de um ano e meio a uma taxa de 4,5% ao
mês. Após esse período, o valor total que ela terá a receber será de:
(A) R$ 11.765,00.
(B) R$ 10.010,00.
(C) R$ 7.816,25.
(D) R$ 5.265,00.
(E) R$ 3.510,00.

20) José investiu R$ 25.000,00 por 1 ano, à taxa de juros de 0,6% a.m. Em quanto o
capital foi aumentado por este investimento?
21) Joana recebeu R$ 7.000,00 de juros por um investimento realizado em 21 meses. A
taxa de juros simples aplicada foi de 14% a.a. Qual o valor do capital investido?
22) Célia retirou de uma aplicação o total de R$ 10.017,56 após 2,5 anos. O valor dos
juros obtidos foi de R$ 2.485,56. Qual a taxa de juros a.m.?

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Escola Municipal do Trabalho

23) Humberto investiu R$ 8.000,00 e, após 3 semestres, resgatou R$ 15.344,00. Qual o


valor da taxa de juros a.d.?
24) Ruth Ronsen comprou uma geladeira a prazo, pagando um total de R$ 3.700,00.
Seu valor à vista era de R$ 2.500,00 e a taxa de juros simples de 2,4% a.m. Por
quanto tempo ela ficou com a dívida?

Juros compostos
Também chamados de capitalizados, consistem na formação de novo capital
a cada período a que a taxa se referir até o final do tempo desejado.
Nesse caso o produto final será o montante. Para conhecer os juros, basta
subtrair deste o capital empregado.
Exemplo: suponhamos um capital de R$ 5.000,00 tomado emprestado a juros
de 5% a.m. por um prazo de 5 meses capitalizados.
A fórmula utilizada será a seguinte: M = C . (1 + i)n
M = R$ 5.000,00 . (1 + 0,05)5
M = R$ 5.000,00 . (1,05)5
M = R$ 5.000,00 . 1,27628
M = R$ 6.381,40

Demonstrando período a período, teremos:


Períodos Capital R$ Juros R$ Montante R$
1 5.000,00 250,00 5.250,00
2 5.250,00 262,50 5.512,50
3 5.512,50 275,62 5.788,12
4 5.788,12 289,40 6.077,52
5 6.077,52 303,88 6.381,40

Assim sendo, teremos o montante de R$ 6.381,40 para um capital inicial de


R$ 5.000,00 o que significa R$ 1.381,40 de juros produzidos no período pelo
sistema capitalizado. A isso chamamos capitalização.
Se compararmos o exemplo anterior, calculado sob a forma de juros simples,
teremos:

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Períodos Capital R$ Juros R$ Montante R$


1 5.000,00 250,00 5.520,00
2 5.000,00 250,00 5.500,00
3 5.000,00 250,00 5.750,00
4 5.000,00 250,00 6.000,00
5 5.000,00 250,00 6.250,00

Outras fórmulas relacionadas aos Juros Compostos:


𝐌 𝐉
C= 𝐧 ouC = ouC =M–J
(𝟏+𝐢) (𝟏+𝐢)𝐧 −𝟏

M = C .(1 + i)nouM = C + J

J = M–C

𝒏 𝑴
i= √ -1
𝑪
𝑴
𝒍𝒐𝒈 ( )
𝑪
n=
𝒍𝒐𝒈 (𝟏+𝒊)

Exercícios (Juros Compostos)


1) Aplicando-se R$ 16.000,00 a uma taxa de juros compostos de 1,7% a.m., quanto
receberei de volta após 1 ano de aplicação? Qual o juro obtido neste período?
2) Paguei de juros um total de R$ 2.547,22 por um empréstimo de 8 meses a uma taxa
de juros compostos de 1,4% a.m. Qual foi o capital tomado emprestado?
3) Qual o montante gerado por um capital de R$ 100.000,00, aplicado a uma taxa de
juros compostos de 1,7% a.m. durante 10 meses?
4) Qual o montante gerado por um capital de R$ 10.000,00, aplicado a uma taxa de
juros compostos de 3% a.m. durante 5 meses?

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Escola Municipal do Trabalho

5) Paguei de juros um total de R$ 242,00 por um empréstimo de 1 ano a uma taxa de


juros compostos de 0,6% a.m. Qual foi o valor emprestado?
6) Comprei uma TV em 5 prestações de R$ 383,90. O valor da taxa de juros
compostos era de 2% a.m. Qual o valor da TV à vista? Quanto paguei de juros?
7) Quanto terei aplicar hoje num fundo de renda fixa para que, ao final de 10 anos, a
uma taxa de 1,3% a.m. eu tenha um montante de R$ 100.000,00?
8) Aplicando a quantia de R$ 20.000,00 qual será o montante gerado ao final de 4
anos, sabendo que a rentabilidade mensal é de 0,5% a.m.?
9) Determinado capital gerou após 10 meses um montante de R$ 15.000,00. Sabendo
que a taxa de juros é de 2% a.m., determine o valor desse capital.
10) Aplicando hoje num fundo de investimento a quantia de R$ 20.000,00, qual será o
montante gerado ao final de 4 anos sabendo que a taxa de juros compostos é de
0,5% a.m.?
11) Determinado capital gerou após 24 meses um montante de R$ 15.000,00. Sabendo
que a taxa de juros é de 3% a.m., determine o valor desse capital.
12) Calcule o capital de uma aplicação a juros compostos, sabendo que o montante
obtido foi de R$ 875,00 pelo período de 4 meses, à taxa de 1,5% a.m.
13) Qual o montante resultante de uma aplicação de R$ 100,00, aplicado a uma taxa de
juros compostos de 2,5% a.m. durante 7 meses?
14) Qual o montante produzido por um capital de R$ 7.000,00 a uma taxa de juros de
1,5% a.m. durante 1 ano?
15) Quanto terei de aplicar para que ao final de 5 anos, a uma taxa de 1,2% a.m. eu
consiga um montante de R$ 12.000,00?
16) Aplicando-se R$ 18.000,00 a uma taxa de juros compostos de 1,6% a.m., quanto
receberei de volta após 10 meses de aplicação? Qual o juro obtido neste período?
17) Angelina Jolie pagou de juros um total de R$ 2.000,00 por um empréstimo de 2 anos
a uma taxa de juros compostos de 3% a.m. Qual foi o valor emprestado?
18) Aplicando a quantia de R$ 20.000,00 qual será o montante gerado ao final de 5
anos, sabendo que a rentabilidade mensal é de 1% a.m.?
19) Determinado capital gerou após 7 meses um montante de R$ 1.000,00. Sabendo
que a taxa de juros é de 2,3% a.m., determine o valor desse capital.
20) (ETEC 2012)Ângela fez uma aplicação financeira no valor de R$ 9.500,00 que rende
4,25% ao mês em regime de juros compostos. O valor total que ela resgatará depois
de um bimestre é de aproximadamente

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(A) R$ 9.508,50.
(B) R$ 9.903,75.
(C) R$ 10.114,21.
(D) R$ 10.307,50.
(E) R$ 10.324,66.

21) (ETEC 2012) Fernanda fez um empréstimo de R$ 10.000,00 a uma taxa de 10% ao
mês em regime de juros compostos. Assinale a alternativa que contém o valor dos
juros acumulado que ela deverá pagar após quatro meses:
(A) R$ 3.310,00.
(B) R$ 4.000,00.
(C) R$ 4.641,00.
(D) R$ 14.000,00.
(E) R$ 14.641,00.

22) (ETEC 2013)Mariana fez um empréstimo pessoal no valor de R$1.500,00. Tendo-o


realizado pelo prazo de dois meses, a uma taxa de 5,71% ao mês, em regime de
juros compostos, é válido afirmar que após esse período ela terá uma dívida total de:
(A) R$ 1.676,19.
(B) R$ 1.671,30.
(C) R$ 1.585,65.
(D) R$ 176,19.
(E) R$ 171,30.

23) (ETEC 2013)Josi fez uma aplicação financeira no valor de R$ 12.000,00 que rende
2,5% ao mês, em regime de juros compostos.O valor total que ela resgatará depois
de dois meses é de:
(A) R$ 12.300,00.
(B) R$ 12.607,50.
(C) R$ 12.922,69.
(D) R$ 15.000,00.
(E) R$ 18.750,00.

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24) (ETEC 2013)Cláudia fez um empréstimo, no Banco XP, de R$ 8.000,00, a uma taxa
de 11% ao ano, em regime de juros compostos.Assinale a alternativa que contém o
valor dos juros acumulado que ela deverá pagar após três anos:
(A) R$ 1.856,80.
(B) R$ 2.941,05.
(C) R$ 4.797,85.
(D) R$ 9.856,80.
(E) R$ 10.941,05.

25) Tom Cruise fez um empréstimo de R$ 40.000,00 a uma taxa de 2,4% ao mês em
regime de juros compostos por um prazo de 2,5 anos. Qual valor de juros ele deverá
pagar?
26) Emprestei R$ 10.000,00 por um período de 6 meses, ao final do qual terei de pagar
R$ 11.800,00. Qual foi a taxa de juros compostos aplicada?
27) O valor final de um empréstimo de R$ 5.000,00, pago em 7 meses, será de R$
5.862,72. Qual foi a taxa de juros compostos utilizada?
28) Que taxa devo aplicar ao capital de R$ 80.000,00 a juros compostos por um período
de 4 meses para obter o montante de R$ 96.800,00
29) A que taxa de juros compostos devo aplicar R$ 1.000,00 para obter o montante de
R$ 1.266,00 após 8 meses?
30) Para conseguir um montante de R$ 30.000,00 após 19 meses, a qual taxa de juros
compostos devo aplicar o capital de R$ 12.000,00?
31) Um capital de R$ 75.000,00, aplicado a uma taxa de juros compostos de 1,5% a.m.,
precisa de quantos meses para resultar em um montante de R$ 84.486,94?
32) Por quanto tempo o capital de R$ 600,00 deve ser aplicado a juros compostos à taxa
de 6% a.m. para produzir um montante de R$ 902,18?
33) Durante quanto tempo devo aplicar R$ 15.000,00 a juros compostos de 4% a.m.
para atingir o montante de R$ 18.249,79?
34) Qual o tempo necessário para que um capital de R$ 5.000,00, aplicado à taxa de
juros compostos de 3% a.m., chegue a R$ 10.000,00?
35) Por quanto tempo devo aplicar o capital de R$ 5.000,00, à taxa de juros compostos
de 8% a.m., para obter um montante de R$ 6.298,56?

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Descontos
Desconto esta relacionado à diferença entre o valor futuro deum título e seu
valor atual na data da operação. É o nome dado ao abatimentoconcedido quando se
resgata um titulo de credito antes do seu vencimento.
A operação de desconto pode ser descrita como o custo financeiro do
dinheiro pago em função da antecipação de recurso. Costuma-se dizer que é uma
operação inversa ao cálculo de juros. Pode-se dizer, ainda, que é a parcela que o
banco cobra por descontar (antecipar recursos), para os clientes que possuem
duplicatas ou títulos a receber.
A operação de desconto é realizada quando se conhece o valor futuro de um
título (o valor do título no seu vencimento) e se quer determinar o seu valor presente
(o valor do título hoje).
Nas movimentações financeiras, existem algumas variações de desconto,
associados à taxa de juros: o desconto simples e o desconto composto. Vejamos:

Desconto Simples
É o valor ser deduzido do título, calculado a juros, simples por antecipação do
resgate. Ele pode ser “por fora” ou “por dentro”, acompanhe:
A) Desconto Simples Bancário, Por Fora ou Comercial:é a parcela a ser deduzida
do título, calculada a juros simples sobre o valor nominal do título.

𝐃𝐛 = 𝐍 . 𝐢 . 𝐧
Onde:
Db = Desconto Bancário
N = Valor Nominal
i = Taxa de Desconto
n = número de períodos
Db = ?

O valor atual bancário é dado por: A = N – Db.


Exemplo: Um título de R$ 60.000,00 será descontado à taxa de juros simples
de 2,1% a.m. Faltando 1,5 meses para seu vencimento. Com base nas informações,
determine o valor do Desconto bancário e o Valor atual.

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N = 60.000,00
i = 2,1% a.m.
n = 1,5 meses

Db = N . i . n A = N – Db
Db = 60.000,00 . 0,021 . 1,5 A = 60.000,00 – 1.890,00
Db = R$ 1.890,00 A = 58.110,00

B) Desconto Simples Racional, Por Dentro ou Real: é a parcela a ser deduzida do


título, calculada a juros simples sobre o valor atual.

𝐃𝐛 𝐍 .𝐢 .𝐧
𝐃𝐫 = ou𝐃𝐫 =
𝟏 + 𝐢 .𝐧 𝟏 + 𝐢 .𝐧

Onde:
Dr = Desconto Racional
Db = Desconto Bancário
N = Valor Nominal
i = Taxa de Desconto
n = número de períodos

O valor atual bancário é dado por:


𝐍
𝐀 = 𝐍 − 𝐃𝐫 ou 𝐀=
(𝟏 + 𝐢 . 𝐧)

Aplicando o conceito no mesmo Exemplo: Um título de R$ 60.000,00 será


descontado à taxa de juros simples de 2,1% a.m. Faltando 1,5 meses para seu
vencimento. Com base nas informações, determine o valor do Desconto bancário e
o Valor atual.
N = 60.000,00
i = 2,1% a.m.
n = 1,5 meses
Dr= ?

𝐍 .𝐢 .𝐧
𝐃𝐫 =
𝟏 + 𝐢 .𝐧

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60.000 . 0,021 . 1,5


𝐃𝐫 =
1 + 0,021 . 1,5
1.890
𝐃𝐫 =
1,0315
Dr = 1.832,28
𝐀 = N − Dr
𝐀 = 60.000,00 − 1.832,28
𝐀 = 58.167,72

Compare os dois resultados:


Desconto Simples Bancário: R$ 1.890,00
Desconto Simples Racional: R$ 1.832,28
Atualmente no mercado é praticado o Desconto Bancário.

Exercícios (Desconto Simples - Bancário)


1) Um título de R$ 70.000,00 será descontado à taxa de juros simples de 2% a.m.
Faltando 2,5 meses para seu vencimento. Com base nas informações, determine o
valor do Desconto bancário e o Valor Atual Comercial.
2) Um título de R$ 5.000,00 será descontado à taxa de juros simples de 1,5% a.m.
Faltando 90 dias para seu vencimento. Com base nas informações, determine o
valor do Desconto bancário e o Valor Atual Comercial.
3) Um título de R$ 16.000,00 será descontado à taxa de juros simples de 1,9% a.m.
Faltando 45 dias para seu vencimento. Com base nas informações, determine o
valor do Desconto bancário e o Valor Atual Comercial.
4) Um título de R$ 100.000,00 será descontado à taxa de juros simples de 24% a.a.
Faltando 3meses para seu vencimento. Com base nas informações, determine o
valor do Desconto bancário e o Valor Atual Comercial.
5) Um título de R$ 20.000,00 será descontado à taxa de juros simples de 2,3% a.m.
Faltando 4 meses para seu vencimento. Com base nas informações, determine o
valor do Desconto bancário e o Valor Atual Comercial.

Exercícios (Desconto Simples - Racional)

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Escola Municipal do Trabalho

1) Um título de R$ 70.000,00 será descontado à taxa de juros simples de 2% a.m.


Faltando 2,5 meses para seu vencimento. Com base nas informações, determine o
valor do Desconto Racional e o Valor Atual Racional.
2) Um título de R$ 5.000,00 será descontado à taxa de juros simples de 1,5% a.m.
Faltando 90 dias para seu vencimento. Com base nas informações, determine o
valor do Desconto Racional e o Valor Atual Racional.
3) Um título de R$ 16.000,00 será descontado à taxa de juros simples de 1,9% a.m.
Faltando 45 dias para seu vencimento. Com base nas informações, determine o
valor do Desconto Racional e o Valor Atual Racional.
4) Um título de R$ 100.000,00 será descontado à taxa de juros simples de 24% a.a.
Faltando 3meses para seu vencimento. Com base nas informações, determine o
valor do Desconto Racional e o Valor Atual Racional.
5) Um título de R$ 20.000,00 será descontado à taxa de juros simples de 2,3% a.m.
Faltando 4 meses para seu vencimento. Com base nas informações, determine o
valor do Desconto Racional e o Valor Atual Racional.

Sistema Financeiro Nacional


Trata-se de um conjunto de instituições financeiras e instrumentos
responsáveis por toda a intermediação financeira do mercado. É o responsável pela
junção dos agentes econômicos, com situação orçamentária superavitária e
deficitária.

Agente econômico com Necessidade de recursos para


situação orçamentária atender suas necessidades de
deficitária consumo e investimento

Sistema Financeiro Nacional


Condições para o atendimento das
necessidades dos agentes

Agente econômico com Alternativas para a aplicação


situação orçamentária dos recursos excedentes
superavitária

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Escola Municipal do Trabalho

Está dividido em dois subsistemas:

Subsistema normativo
Responsável pelo controle e normatização das instituições que operam no
mercado. É composto por:
 Conselho Monetário Nacional;
 Banco Central do Brasil;
 BNDES;
 Comissão de Valores Mobiliários

Subsistema operativo ou operacional


Trata-se das instituições que operam diretamente a ação de intermediação
financeira. É composto por:
 Bancos comerciais;
 Caixas econômicas;
 Bancos de investimento;
 Bancos de desenvolvimento;
 Sociedades de crédito, financiamento e investimento (financeiras);
 Sociedades corretoras;
 Sociedades distribuidoras;
 Sociedades de arrendamento mercantil (leasing);
 Sociedades de crédito imobiliário;
 Bancos múltiplos.
 BNDES;

Conselho Monetário Nacional


É o principal órgão do Sistema Financeiro Nacional, criado pela Lei nº 4.595
de 1964. Determinada a sua competência quanto a ser órgão disciplinador do
Mercado de Capitais pela Lei nº 4.728 de 14 de julho de 1965, o Conselho Monetário
Nacional também substitui o Conselho da Superintendência da Moeda e do Crédito
(SUMOC), e tem como finalidade formular a política da moeda e do crédito.

Banco Central do Brasil

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Escola Municipal do Trabalho

É uma autarquia federal criada com a finalidade de fiscalizar as instituições


financeiras. Dentre as muitas atribuições importantes do BACEN está o de regulador
das políticas monetárias e creditícia do governo, administrar as reservas
internacionais e fiscalizar o Sistema Financeiro Nacional.

Entidades privadas
Entidades financeiras são entidades públicas ou privadas cuja atividade
principal ou acessória é a coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros
próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira e custódia de valor de
propriedade de terceiros, de acordo com a Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964.

Títulos de crédito
Denominam-se títulos de crédito os papéis representativos de uma obrigação
e emitidos de conformidade com a legislação específica de cada tipo ou espécie.

Duplicata
A duplicata mercantil é título de crédito que constitui o instrumento de prova
do contrato de compra e venda. É obrigatória nas vendas mercantis a prazo e pode
ser protestada por falta de pagamento, quando vencida.
A duplicata de prestação de serviços é título emitido por profissionais ou por
empresas, para cobrança de serviços prestados.
A duplicata conterá:
I - a denominação "duplicata", a data de sua emissão e o número de ordem;
II - o número da fatura;
III - a data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista;
IV - o nome e domicílio do vendedor e do comprador;
V - a importância a pagar, em algarismos e por extenso;
VI - a praça de pagamento;
VII - a cláusula à ordem;
VIII - a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de
pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como aceite, cambial;
IX - a assinatura do emitente.

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Escola Municipal do Trabalho

Uma só duplicata não pode corresponder a mais de uma fatura.


Nos casos de venda para pagamento em parcelas, poderá ser emitida
duplicata única, em que se discriminarão todas as prestações e seus vencimentos,
ou série de duplicatas, uma para cada prestação distinguindo-se a numeração pelo
acréscimo de letra do alfabeto, em sequência.
A duplicata indicará sempre o valor total da fatura, ainda que o comprador
tenha direito a qualquer rebate, mencionando o vendedor o valor líquido que o
comprador deverá reconhecer como obrigação de pagar.
Não se incluirão no valor total da duplicata os abatimentos de preços das
mercadorias feitas pelo vendedor até o ato do faturamento, desde que constem da
fatura.

Triplicata

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Escola Municipal do Trabalho

Segunda via ou reprodução da duplicata por motivo de extravio ou por não ser
aceita.

Nota promissória
A nota promissória é um título de crédito emitido pelo devedor, sob a forma de
promessa de pagamento, a determinada pessoa, de certa quantia em data
especificada. A nota promissória, portanto, é uma promessa indireta e unilateral de
pagamento, à vista ou a prazo, efetuada, em caráter solene, pelo promitente-
devedor ao promissário-credor.

Letra de Câmbio
Ordem de Pagamento – à vista e a prazo. Título de crédito formal, consistente
numa ordem escrita de pagamento, de um emitente ou sacador, ou outrem,
chamado aceitante ou sacado, para que pague a um terceiro, denominado tomador,
determinada importância em local e data determinados.

Financiamentos de curto e longo prazo


Valores liberados pelo credor para serem aplicados pelo devedor na aquisição
de bens móveis (veículos, máquinas, equipamentos) e imóveis (unidades
habitacionais, plantas industriais etc.). Ou seja, sabe-se exatamente o destino do
recurso. Existem os financiamentos de curto prazo (até 360 dias) e os de longo
prazo (acima de 365 dias).

Cálculos financeiros
Série de pagamentos iguais – Sistema de Amortização PRICE
Faz parte do plano de amortização utilizado no investimento ou
financiamento, que retorna ao investidor ou financiador a uma determinada taxa em
certo tempo em pagamentos iguais.
Sobre o valor financiado aplica-se a taxa de juros pelo tempo que a operação
ficará aberta até o retorno efetivo do capital, cujos juros estão embutidos nas
prestações ou parcelas no período do tempo ajustado.
A isso chamamos de fator de recuperação de capital (FRC), determinado pela
seguinte fórmula:

102
Escola Municipal do Trabalho

i . (1 + i)n
FRC =
(1 + i)n − 1

Vamos então supor um bem de R$ 10.000,00 financiados a uma taxa de 5%


ao mês a ser retornado em cinco meses em cinco prestações iguais. Utilizando a
fórmula anterior teremos:
Valor: R$ 10.000,00
Taxa (i) = 5% a.m.
Prazo = 5 meses
0,05. (1 + 0,05)5 0,05. (1,05)5
FRC = = = 0,23097
(1 + 0,05)5 − 1 (1,05)5 − 1

Encontramos, portanto, o fator de 0,23097 que multiplicado pelo valor


financiado de R$ 10.000,00 resulta em R$ 2.309,70, que é exatamente o valor de
cada uma das cinco prestações.
Vamos demonstrar o exemplo:
Período Saldo Devedor Amortização Juros Prestação Capital Amortizado

0 10.000,00 0 0 0 0
1 8.190,30 1.809,70 500,00 2.309,70 1.809,70
2 6.290,12 1.900,18 409,52 2.309,70 3.709,88
3 4.294,93 1.995,19 314,51 2.309,70 5.705,07
4 2.199,98 2.094,95 214,75 2.309,70 7.800,02
5 0 2.199,98 109,72 2.309,70 10.000,00
Total 10.000,00 1.548,50 11.548,50

Encontramos, a partir do primeiro valor da amortização, R$ 1.809,70, uma


progressão geométrica, sendo este o primeiro termo e a razão é (1 + i) = 1,05.

Exercícios: Série de Pagamentos Iguais


1. Um carro de R$ 30.000,00 foi financiado a uma taxa de juros de 2,5% a.m. durante
36 meses, em prestações iguais. Qual será o valor das prestações mensais?
2. Ao efetuar uma compra, o vendedor me informou que eu poderia pagá-la em até 6
meses. O valor da compra era de R$ 800,00 e a taxa de juros de 2,75% a.m. Quanto

103
Escola Municipal do Trabalho

paguei por cada prestação? Faça o demonstrativo com a Tabela de Pagamentos


Iguais.
3. Fiz uma compra e dividi em 7 prestações iguais, à taxa de juros de 3% a.m. O valor
da compra era de R$ 2300,00. Qual o valor de cada parcela? Utilize a Tabela de
Pagamentos Iguais para fazer o demonstrativo.
4. Um bem de R$ 20000,00 foi financiado em 10 prestações iguais, à taxa de juros de
4% a.m. Qual o valor das prestações?
5. Um financiamento de R$ 18.000,00 foi feito em 10 parcelas iguais, à taxa de juros de
6% a.m. Qual o valor das prestações?
6. Fiz um empréstimo de R$ 25.000,00 para pagamento em 48 prestações iguais, à
taxa de juros de 2,65% a.m. Qual o valor das prestações?
7. Um financiamento de R$ 15.000,00 foi feito em 10 parcelas iguais, à taxa de juros de
1,85% a.m. Qual será o valor de cada prestação?
8. José Simão fez um empréstimo de R$ 60.000,00 para pagamento em 60 prestações
iguais, à taxa de juros de 3,4% a.m. Qual o valor de cada prestação?
9. João fez um empréstimo R$ 2.100,00 e dividiu o pagamento em 5 prestações iguais.
A taxa de juros aplicada foi de 3,5% a.m. Quanto foi pago por cada prestação? Faça
o demonstrativo com a Tabela de Pagamentos Iguais.
10. Fiz uma compra e dividi em 8 prestações mensais iguais, à taxa de juros de 1,5%
a.m. O valor da compra era de R$ 1.800,00. Qual será o valor de cada parcela?
Utilize a Tabela de Pagamentos Iguais para fazer o demonstrativo.
11. Comprei uma casa no valor de R$ 250.000,00 para pagamento em 240 prestações
iguais, à taxa de juros de 1,75% a.m. Qual será o valor das prestações?
12. Um empréstimo de R$ 23.500,00 foi pago em 72 parcelas mensais iguais, à taxa de
juros de 0,89% a.m. Qual foi o valor de cada prestação?
13. André comprou um carro de R$ 35.499,00 dividindo o pagamento em 60 prestações
mensais iguais, à taxa de juros de 2,45% a.m. Qual será o valor de cada prestação?
14. Uma compra no valor de R$ 3.500,00será dividida em 8 prestações iguais. A taxa de
juros aplicada será de 2,5% a.m. Qual será o valor de cada prestação? Faça o
demonstrativo com a Tabela de Pagamentos Iguais.
15. Mariana comprou uma joia em 12 prestações mensais iguais, à taxa de juros
de 1,65% a.m. Sabendo que o valor da joia era de R$ 5.800,00, qual será o valor de
cada parcela?

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Empréstimos e investimentos
Empréstimos: valores liberados pela instituição financeira (credor) para seu cliente
(devedor), sem que haja um controle efetivo do credor sobre a utilização dos
recursos.
Investimentos: aplicações de recursos (dinheiro ou títulos) em empreendimentos que
renderão juros ou lucros, em geral em longo prazo. Aplica-se tanto a compra de
máquinas, equipamentos e imóveis para instalação de unidades produtivas, como a
compra de títulos financeiros (ações, por exemplo).

Faturamento:
Toda empresa que está no mercado gira seus negócios vendendo seus
produtos e/ou serviços. A essa venda damos o nome de faturamento. Tudo o que é
vendido em uma empresa econômica e administrativamente correta é faturado, quer
à vista ou à prazo.
À vista significa que a troca do produto ou bem vendido se dá no mesmo
instante por moeda corrente, dinheiro ou cheque, mediante a extração e
apresentação imediata da correspondente nota fiscal.
A prazo significa que a empresa entrega seu produto, mercadoria ou presta
seus serviços com valor acertado mediante emissão da respectiva nota fiscal e
fatura, e para receber no futuro, emite a duplicata.
Na empresa o departamento que cuida dessa documentação é chamado de
faturamento.

Nota Fiscal e Fatura


Nota fiscal é o documento exigido pelo fisco, emitido pela empresa que vende
os produtos, mercadorias ou presta serviços. Esse documento acompanha os
produtos, mercadorias ou serviços, independente de serem negociados à vista ou a
prazo e, na maioria das vezes, é acompanhado da fatura.
De suma importância aos negócios da empresa, esse documento é a base
para a movimentação e geração de tributos dentro da empresa, sendo a origem da
fatura e, quando for negociação a prazo, origina uma duplicata. A fatura
discriminará as mercadorias vendidas ou, quando convier ao vendedor, indicará

105
Escola Municipal do Trabalho

somente os números e valores das notas parciais expedidas por ocasião das
vendas, despachos ou entregas das mercadorias. A Fatura é um "documento
comercial". Em geral, só é emitida para pagamentos ainda não efetuados (vendas a
prazo). Por ser discriminados todos os itens comprados na operação, a fatura
também é usada como controle.

106
Escola Municipal do Trabalho

Tesouraria: recibo e cheques


Toda empresa movimenta seus recursos financeiros no setor de tesouraria.
Tanto recursos em dinheiro como movimento bancário são desenvolvidos pela
tesouraria, mesmo que esse departamento ou setor não exista formalmente e seja
desenvolvido, dependendo do tamanho da empresa, agregado a outro
departamento.
A tesouraria cuida então, do tesouro da empresa; seus valores representados
por moeda. Todos esses valores devem ser movimentados por meio de
documentos e cuidadosamente verificados, pois qualquer diferença ou divergência
pode causar prejuízos incalculáveis à saúde financeira da empresa.

Recibos
Todos os valores recebidos diariamente passam pela tesouraria para
receberem seu destino final de acordo com a política da empresa, como depósito em
banco, pagamento de despesas correntes ou mesmo pagamento a fornecedores.
O movimento financeiro da empresa deve ser cuidadosamente definido por
uma política séria de movimento, como efetuar todo e qualquer pagamento por meio
de recibos. Isso quer dizer que quem receber qualquer valor externa ou
internamente da empresa deve assinar um documento, que chamamos de recibo,
pelo valor recebido.
Esse recibo pode ser desde um impresso formal adquirido em papelarias, ou
mesmo redigido na própria tesouraria ou departamento financeiro, ou colocado no
verso da duplicata quando ela for paga “em carteira”. O importante é que não saia
nenhum valor da tesouraria sem o devido comprovante de quem o recebeu.

107
Escola Municipal do Trabalho

Cheques
O cheque é uma “ordem de pagamento à vista” e como tal somente deve ser
emitido pela empresa quando ela estiver com suficiente saldo em bancos. O talão de
cheques, depois de recebido pela empresa do banco correspondente em que ela
mantenha conta corrente, é de sua inteira responsabilidade, inclusive para efeito de
controle e guarda física.
Existem duas formas de emissão de cheques: ao portador e nominativo.
Cheques ao portador: não é recomendável que uma empresa emita cheques dessa
forma porque não identifica o favorecido. Isso quer dizer que, nos dias atuais, os
cheques ao portador podem ser utilizados como moeda corrente, passando de mão
em mão até encontrar alguém disposto a depositar. Essa atitude dificulta a
conciliação bancária porque demora a entrar na conta corrente da empresa no
banco.
Cheques nominativos: emitidos pela empresa em que declara o favorecido pelo
pagamento da importância neles contida. Essa modalidade melhora os efeitos da
movimentação, inclusive facilita a conciliação bancária. O cruzamento no cheque é
representado por dois traços transversais e, após isso, o cheque somente pode ser
compensado por meio de depósito e não pode ser sacado pelo favorecido. Há um
fator importante com relação a essa modalidade de emissão de cheque, pois se o
favorecido endossar, ou seja, assinar atrás do cheque, ele se transforma ao
portador, porém não pode ser descontado ou recebido no caixa do banco, devendo

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Escola Municipal do Trabalho

continuar com a exigência de ser somente depositado, mas nesse caso, na conta de
outra pessoa que não o favorecido.
A modalidade mais segura hoje para emissão de cheque é o cruzamento em
preto, nome que se dá quando o emitente cruza o cheque com dois traços
transversais com os dizeres: “este cheque somente poderá ser depositado na conta
do favorecido”, o que significa que somente o favorecido poderá depositar o cheque,
ficando impedido de ser repassado adiante. Essa modalidade vem definitivamente
dar maior clareza à conciliação bancária porque a empresa emitente pode rastrear o
cheque quando não tiver sido compensado.
Há uma medida também utilizada em algumas empresas e que está se
firmando na circulação de cheques, que é uma declaração colocada no verso do
cheque e assinada pelo emitente que diz “este cheque não poderá receber
contraordem”. Isso significa que o emitente do cheque não poderá, por exemplo,
sustar o cheque por qualquer motivo. Essa medida é utilizada mais no recebimento
de cheques para pagamento de vendas ou faturamento na empresa.

Conciliação bancária
Processo de caráter periódico destinado a constatar as diferenças entre os
controles da empresa e os extratos bancários.
É preciso acompanhar a movimentação da conta corrente de determinado
banco por meio de controles de movimento bancário, em que devem ser lançados
avisos de débito, crédito, cheques emitidos etc.

109
Escola Municipal do Trabalho

À primeira via desse controle devem ser anexados todos os documentos de


débito e crédito para efeito de contabilização.
Esse procedimento detecta as diferenças que podem ser, por exemplo:
 Cheques lançados no controle da empresa e ainda não compensados pelo banco;
 Avisos de débito e crédito lançados pelo banco e ainda não considerados nos
controles da empresa.
Observamos que os controles bancários mantidos pela empresa são de
caráter instantâneo, ou seja, quando se emite um cheque, por exemplo, nem sempre
é compensado no mesmo dia, mas é lançado nos controles.
Da mesma forma, o banco pode considerar um aviso de débito, como, por
exemplo, a CPMF, ou mesmo o estorno de um cheque de cliente que não é
compensado por qualquer motivo.
Tudo isso é detectado na conciliação, que tem por objetivo, após o encontro
das contas, fazer com que os saldos estejam de acordo com os controles da
empresa com o apresentado pelo banco. Essa conciliação vai inclusive instruir a
contabilidade da empresa que, após devidamente conferidos pelo responsável,
efetuará os lançamentos ainda não constantes dos registros contábeis. Então vemos
a importância desse procedimento.
Apresentaremos a seguir um exemplo de uma empresa fictícia, que
chamaremos de MAPS Ltda, confrontando seus registros com o Banco Sugar S.A.,
utilizando os formulários mais usados para esse fim:

Extrato do Banco Sugar S.A. Ltda. - Mês de julho de 2015

Saldo anterior R$ 1.874,00


3/7 Depósito em cheque R$ 4.275,00
5/7 Depósito em dinheiro R$ 350,00
10/7 Crédito ref. a desconto em duplicatas R$ 7.248,00
10/7 IOF sobre op. Desconto -R$ 72,00
10/7 Débito Folha de Pagamento -R$ 5.418,00
12/7 Devolução de cheque depositado -R$ 320,00
18/7 Pagamento cheque nº 960 -R$ 527,00
23/7 Depósito em cheque R$ 713,00
Saldo em 31/07/2013 R$ 8.123,00

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Ficha de razão da empresa MAPS Ltda. - Banco Sugar S.A.


Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C

Saldo Anterior 1.874,00 C

3/7 Depósito em cheque 4.275,00 6.149,00 C

5/7 Depósito em dinheiro 350,00 6.499,00 C

7/7 Cheque nº 958 438,00 6.061,00 C

10/7 Valor ref. duplicatas descontadas 7.248,00 13.309,00 C

10/7 Cheque nº 959 184,00 13.125,00 C

10/7 Cheque nº 960 527,00 12.598,00 C

10/7 Débito Folha de Pagamento 5.418,00 7.180,00 C

23/7 Depósito em cheque 713,00 7.893,00 C

23/7 Cheque nº 961 97,00 7.796,00 C

Vamos então proceder ao preenchimento dos formulários:


Nome da empresa: MAPS Ltda.
Relações de Pendências: valores debitados pelo banco conforme extrato e
não considerados no razão.

Data Histórico Valor (R$)

Relações de Pendências: valores creditados pelo banco conforme extrato e


não considerados pelo razão.

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Escola Municipal do Trabalho

Data Histórico Valor (R$)

Relações de Pendências: valores debitados pelo razão e não considerados


pelo banco.
Data Histórico Valor (R$)

Relações de Pendências: valores creditados pelo razão e não considerados


pelo banco.
Data Histórico Valor (R$)

Resumo da conciliação bancária:


Nome da empresa: MAPS Ltda.
Banco Sugar S.A.
Mês/Ano = julho de 2013
Saldo do Razão R$ 7.796,00
(-) Valores levados a Débito pelo Banco R$ 392,00
(+) Valores levados a Crédito pelo Banco R$ –0–
(+) Valores levados a Débito pelo Razão R$ 719,00
(-) Valores levados a Crédito pelo Razão R$ –0–
Saldo R$ 8.123,00
Saldo extrato no mês julho/2013 R$ 8.123,00
Diferença apurada entre Razão e Banco R$ 327,00

Conciliado por:
James Valentine

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Borderô
Borderô é o documento onde são relacionados os cheques pré-datados e/ou
duplicatas negociadas. No Borderô de Cheques ou duplicatas, é informado o valor
pago por cada cheque pré-datado ou duplicata, além de todas as demais condições
da operação.
Atualmente, as organizações trabalham com borderôs informatizados. Os
meios digitais facilitam a pesquisa das informações e o controle do fluxo de caixa.
Exemplo de Borderô Informatizado:

Atividades
1) Explique, resumidamente e com suas palavras, o funcionamento do sistema
financeiro nacional.
2) Cite e explique os principais títulos de crédito.
3) Quais são os itens que devem conter em uma duplicata.
4) Diferencie os financiamentos de curto prazo dos de longo prazo.
5) Qual a diferença entre nota fiscal e recibo?
6) O que é cheque?
7) Quais são as duas formas de emissão de cheques? Explique-as.
8) O que é borderô?

113
Escola Municipal do Trabalho

UNIDADE 6
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

Tributo
O Código Tributário Nacional, em seu artigo 3º, define o tributo como segue:
“Tributo é toda a prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.
Os tributos devem ter caráter pessoal e serem graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte.
O tributo é dividido em três espécies:
1. Imposto: decorre da situação geradora independente de qualquer contraprestação
do Estado em favor do contribuinte;
2. Taxa: ao contrário do imposto, está vinculada a uma atividade estatal específica do
ente arrecadador com o contribuinte.
3. Contribuição: tributo vinculado a uma atuação indireta do ente arrecadador com o
contribuinte. É cobrada quando há um benefício trazido aos contribuintes.

Competência Tributária
A Constituição em vigor distribui as competências tributárias da seguinte
forma:
1. Compete à União instituir impostos sobre:
 Produtos Industrializados (IPI)
 Rendas e Proventos de Qualquer Natureza (IR)
 Importação de Produtos Estrangeiros (II)
 Exportação de Produtos Nacionais (IE)
 Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos e valores imobiliários
(IOF)
 Propriedade Territorial Rural (ITR)
 Grandes Fortunas (IGF)

114
Escola Municipal do Trabalho

2. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:


 Transmissão causamortis e doação de quaisquer bens e direitos
 Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações
e as prestações se iniciem no exterior (ICMS)
 Propriedade de veículos automotores (IPVA)

3. Compete aos Municípios e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:


 Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
 Transmissão inter vivos, por ato oneroso, de bens imóveis e de direitos reais sobre
imóveis, ressalvadas as exceções legais (ITIV/ITBI)
 Serviços de qualquer natureza, definidos em Lei Complementar (ISSQN)

Obrigação tributária
É a relação de Direito Público na qual o Estado (sujeito ativo) pode exigir do
contribuinte (sujeito passivo) uma prestação (objeto) nos termos e nas condições
descritas na lei (fato gerador).
Vemos na Obrigação Tributária o aparecimento dos quatro elementos, ou
seja, Sujeito Ativo, Sujeito Passivo, Objeto e Fato Gerador.

Elementos fundamentais da obrigação tributária


1. A Lei: é o principal elemento da obrigação, pois cria os tributos e determina as
condições de sua cobrança.
2. O Objeto: representa as obrigações que o sujeito passivo (contribuinte) deve
cumprir segundo a lei, e consiste basicamente em:
 Obrigação principal: é o próprio pagamento do tributo devido;
 Obrigação acessória: são os procedimentos que nos levam a conhecer o montante
da obrigação principal, como, por exemplo, a escrituração de livros fiscais,
apresentação de declarações etc.
3. Fato Gerador:é a ação que gera a incidência tributária.
4. Sujeito Ativo: o sujeito ativo da obrigação tributária é o ESTADO.

115
Escola Municipal do Trabalho

5. Sujeito Passivo: o sujeito passivo da obrigação tributária é a pessoa obrigada ao


pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária, ou seja, é o CONTRIBUINTE OU
RESPONSÁVEL, sendo CONTRIBUINTE aquele que tem relação pessoal e direta
com o fato gerador, e RESPONSÁVEL aquele que, mesmo não tendo relação direta
com o fato gerador, assume a obrigação decorrente de disposição expressa em lei.
6. Base de Cálculo: é o valor sobre o qual se aplica o percentual (ou alíquota) com a
finalidade de apurar o montante a ser recolhido.
7. Alíquota: é o percentual definido em lei, que aplicado sobre a base de cálculo,
determina o montante do tributo a ser recolhido.

Imposto de Renda – Pessoa Jurídica


São contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) as pessoas
jurídicas e as empresas individuais.
De acordo com a Constituição Federal, art. 173 § 1º, as empresas públicas e
as sociedades de economia mista, bem como suas subsidiárias, são contribuintes
nas mesmas condições das demais pessoas jurídicas.

Forma de Tributação das Pessoas Jurídicas


As pessoas jurídicas, por opção ou determinação legal, são tributadas por
uma das seguintes formas:
 Simples
 Lucro Real
 Lucro Presumido
 Lucro Arbitrado

Empreendedor Individual
O Empreendedor Individual é a pessoa que trabalha por conta própria e que
se legaliza como pequeno empresário. Para ser um empreendedor individual, é
necessário faturar no máximo até R$ 60.000,00 por ano, não ter participação em
outra empresa como sócio ou titular e ter um empregado contratado que receba o
salário mínimo ou piso da categoria.

116
Escola Municipal do Trabalho

A Lei Complementar nº 128, de 19 de dezembro de 2008, criou condições


especiais para que o trabalhador conhecido como informal possa se tornar um
Empreendedor Individual legalizado.
Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro
Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o
pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais.
Além disso, o Empreendedor Individual será enquadrado no Simples Nacional
e ficará isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL).
Pagará apensa o valor fixo mensal de R$ 32,10 (comércio ou indústria) ou R$
36,10 (prestação de serviços), que será destinado à Previdência Social e ao ICMS
ou ao ISS. Essas quantias serão atualizadas anualmente, de acordo com o salário
mínimo.
Com essas contribuições, o Empreendedor Individual terá acesso a benefícios
como auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros.

Sistema Simples Nacional


O Simples Nacional foi criado pelo Governo Federal com o intuito de
incentivar a criação de microempresas e empresas de pequeno porte diante da
carga tributária de competência da União.
A inscrição no SIMPLES implica pagamento mensal unificado dos seguintes
tributos:
 Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ)
 Contribuição para PIS/PASEP
 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)
 Contribuição para a Seguridade Social a cargo da Pessoa Jurídica
 Imposto sobre produtos industrializados (IPI)
 Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS)
 Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN)
O valor devido mensalmente pela microempresa e pela empresa de pequeno
porte, optante pelo Simples Nacional, é obtido mediante aplicação de alíquotas
progressivas e variáveis, conforme a receita bruta mensal apurada pela empresa.

117
Escola Municipal do Trabalho

Lucro Real
É o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões
ou compensações prescritas ou autorizadas pelo Regulamento do Imposto de
Renda.
A determinação do Lucro Real será precedida da apuração do lucro líquido de
cada período de apuração com observância das disposições das leis comerciais.
O lucro líquido do exercício referido no conceito anterior é a soma algébrica
do lucro operacional, dos resultados não operacionais e das participações, e deve
ser determinado com a observância dos preceitos da lei comercial.

Lucro Presumido
É a forma de tributação simplificada do Imposto de Renda (IR) e Contribuição
Social Sobre Lucro Líquido (CSLL) e sua sistemática de tributação está
regulamentada pelos artigos 516 a 528 do Regulamento do Imposto de Renda.
O primeiro requisito para uma empresa optar pelo Lucro Presumido é não
estar obrigada ao regime de tributação pelo lucro real. Assim sendo, as
empresas de factoring e as que usufruam de benefícios fiscais, por exemplo, não
poderão optar pelo lucro presumido.
Em resumo, a forma de tributação pelo lucro presumido é determinada pela
presunção do lucro que tem por base as alíquotas a serem respeitadas de acordo
com as atividades exercidas pela empresa.

Lucro Arbitrado
O arbitramento de lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do
Imposto de Renda utilizada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte.
É aplicável pela autoridade tributária quando a pessoa jurídica deixar de
cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do lucro real ou
presumido, conforme o caso.
Quando conhecida a receita bruta, e, desde que ocorrida qualquer das
hipóteses de arbitramento previstas na legislação fiscal, o contribuinte poderá
efetuar o pagamento do Imposto de Renda correspondente com base nas regras do
lucro arbitrado.

118
Escola Municipal do Trabalho

A pessoa jurídica, que em qualquer trimestre do ano – calendário, tiver seu


lucro arbitrado poderá optar pela tributação com base no lucro presumido nos
demais trimestres, desde que não esteja obrigada à apuração pelo lucro real.

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)


O IPI é um imposto de competência federal, não cumulativo, isto é, a
legislação permite que seja compensado o que for devido em cada operação com o
montante cobrado nas operações anteriores.
O seu fato gerador se dá no desembaraço aduaneiro de produtos de
procedência estrangeira e na saída de produto do estabelecimento industrial ou
equiparado a industrial.
Por estabelecimento industrial, entende-se aquele que realiza quaisquer das
operações de industrialização.

O que é industrialização?
Considera-se industrialização a operação que modifique a natureza, o
funcionamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para
consumo.
Divide-se em cinco modalidades, a saber:
 Transformação: operação que, exercida sobre a matéria-prima ou produto
intermediário, resulta na obtenção de um novo produto.
 Beneficiamento: operação que modifica, aperfeiçoa ou altera o funcionamento, a
utilização, o acabamento, ou a aparência do produto.
 Montagem:consiste na reunião de produtos, peças etc. que resulta um novo
produto.
 Acondicionamento: operação que altera a apresentação do produto pela colocação
da embalagem.
 Renovação ou recondicionamento: operação que, exercida sobre o produto
usado, ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renova ou
restaura o produto para utilização.

Quem são os contribuintes?

119
Escola Municipal do Trabalho

Considera-se contribuinte do IPI a pessoa física ou jurídica que tenha relação


direta com o fato gerador, sendo os principais deles o industrial e o estabelecimento
equiparado a industrial, como, por exemplo, o importador.O recolhimento do IPI é
feito por meio do Documento de Arrecadação de Tributos Federais (DARF).

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços


(ICMS) de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicações
É um imposto de competência estadual, não cumulativo, compensando-se o
que for devido em cada operação, com o montante cobrado nas operações
anteriores, cujo cálculo é efetuado “por dentro”, ou seja, ao calcular o valor da
operação ou prestação de serviço, já deve estar embutido o valor do ICMS.
 O fato gerador do ICMS ocorre nas seguintes situações:
 Na saída de mercadorias, a qualquer título, de estabelecimento contribuinte;
 No desembaraço aduaneiro de importação;
 No início da prestação de serviços de transporte estadual e intermunicipal;
 Na entrada, em estabelecimento de contribuinte, de mercadorias oriundas de outro
estado, destinadas a uso ou consumo, ou mesmo ativo permanente;
 Na prestação onerosa de serviços de comunicação efetuada por qualquer meio.

Quem são os contribuintes?


Perante a legislação do ICMS, considera-se contribuinte qualquer pessoa,
natural ou jurídica, que de modo habitual ou em volume que caracteriza intuito
comercial, realize operações relativas à circulação de mercadorias ou preste
serviços de transporte estadual, interestadual ou intermunicipal ou de comunicação.

Apuração e recolhimento do ICMS


A apuração deve ser efetuada mensalmente pelos estabelecimentos
contribuintes, devendo cada um deles realizar a própria apuração.
O contribuinte está obrigado, para efeito de apuração do imposto e das
informações sobre o movimento econômico, à emissão de documentos fiscais e
escrituração dos livros, conforme listados em seguida:
Notas fiscais conforme exige a lei;

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Escola Municipal do Trabalho

Livro de Registro de Entradas de Mercadorias;


Livro de Registro de Saídas de Mercadorias;
Livro de Apuração do ICMS;
Livro de Registro do Inventário;
Livro de Registro de utilização de documentos fiscais e termos de ocorrências.
O valor do imposto a recolher é a diferença entre os créditos e os débitos
ocorridos no mês dentro dos procedimentos legais de Escrituração Fiscal. O saldo,
quando credor, é utilizado para compensação no próximo período.
Opcionalmente, a empresa contribuinte pode eleger um de seus
estabelecimentos localizados no território estadual para centralizar os débitos e
créditos do ICMS.
O recolhimento é por intermédio da Guia de Arrecadação da Receita Estadual
(GARE) e obedece ao prazo com o enquadramento da empresa contribuinte
segundo o Código de Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).
O contribuinte do ICMS está obrigado não só ao recolhimento do imposto,
mas também à prestação de informações ao Fisco Estadual sobre o movimento
econômico de seu estabelecimento, que devem ser declaradas por meio da Guia de
Informação e Apuração do ICMS (GIA).
O Fisco Estadual também contempla com tratamento diferenciado alguns
grupos de contribuintes com enquadramentos de conformidade com a lei, como
vemos a seguir:
 Restaurantes, bares e similares, que emitem cupom ou nota fiscal pelo sistema
eletrônico;
 Simples Paulista: criado pela Lei nº 10.086/98 para incentivar as pequenas e
microempresas, não sendo vinculado ao Simples Federal.

Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN)


De competência dos municípios e do Distrito Federal, o ISS tem como fato
gerador a prestação de serviços independente de sua denominação, e o contribuinte
é o prestador do serviço.
O valor do imposto incide sobre o preço de venda total, não gerando direito a
crédito. Deve ser recolhido ao município onde se situe o estabelecimento prestador

121
Escola Municipal do Trabalho

ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio prestador, exceto nas


hipóteses descritas em lei.

Apuração, vencimento e alíquota


Via de regra, o ISS é apurado mensalmente e seu vencimento ocorre
geralmente nos primeiros dez dias do mês subsequente ao da apuração. As
alíquotas firam por conta da competência de cada município estabelecer em sua
legislação.
A emenda Constitucional nº 37/2002 determina alíquota mínima de 2% e a Lei
Complementar nº 116/03 estabelece 5% como limite máximo para tributação do ISS.

 Contribuição para Financiamento da Seguridade Social


(COFINS)
Criada pela Lei complementar nº 70 de 30/12/91 e atualmente regida pela Lei
nº 9718/98, tem como finalidade financiar a seguridade social e é devida pelas
pessoas jurídicas de direito privado e aquelas que lhes são equiparadas pela
legislação do Imposto de Renda, inclusive as empresas públicas e as sociedades de
economia mista.
A alíquota que até 31/01/99 era de 2%, a partir de 01/02/99 é de 3%
incidentes sobre o faturamento mensal das empresas, e tem seu prazo de
recolhimento estipulado no último dia útil da primeira quinzena do mês subsequente
ao da ocorrência do fato gerador.

Nota Fiscal e Fatura


Para as responsabilidades da empresa perante o fisco, é necessário emitir a
nota fiscal. Esse documento é a base para registro das operações de entrada e
saída de mercadorias, as quais devem ser registradas em livro próprio de acordo
com o regime adotado.
Para toda mercadoria destinada à revenda no caso de empresas comerciais,
matéria-prima para as empresas industriais ou mesmo prestação de serviços para as
empresas do ramo, é necessária a emissão da nota fiscal para que seja efetuada a
apuração dentro dos moldes ditados pela legislação federal, estadual ou municipal.

122
Escola Municipal do Trabalho

A nota fiscal tem como documento complementar a fatura, que é a


confirmação de sua emissão, podendo, após isso, gerar uma duplicata.

Crimes Fiscais
Constituem crimes de sonegação fiscal, entre outros, os seguintes:
 Omitir informação ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;
 Fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos ou omitindo operação
em documentos ou livros exigidos pelas leis fiscais;
 Falsificar ou alterar nota fiscal ou qualquer outro documento relativo à operação
tributável;
 Elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber
ser falso ou inexato;
 Negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento
equivalente, relativo à venda de mercadorias ou prestação de serviços, ou fornecê-
los em desacordo com a legislação;
 Falta de atendimento da exigência da autoridade fiscal;
 Deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social
descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria
recolher aos cofres públicos etc.

Atividades
1. Os Tributos são divididos em quantas espécies e quais são elas?
2. Cite os elementos fundamentais da obrigação tributária.
3. Com relação ao Simples Federal, como ocorre o cômputo das receitas?
4. Para efeito de industrialização, quais as modalidades consideradas para
recolhimento de IPI?
5. O que significa COFINS?
6. Quais as alíquotas mínimas e máximas determinadas por lei para recolhimento
do ISSQN?
7. Qual o documento de maior importância a empresa deve emitir para efeito de
apuração de imposto?

123
Escola Municipal do Trabalho

124
Escola Municipal do Trabalho

UNIDADE 7
NOÇÕES DE CONTABILIDADE

Conceitos de Contabilidade
Contabilidade é uma ciência que permite, por intermédio de suas técnicas,
manter um controle permanente do patrimônio da empresa.
Mas, o que é Patrimônio?
Patrimônio é o conjunto de Bens pertencentes a uma empresa ou pessoa
física, Direitos que são os valores a receber e as Obrigações que são os
compromissos assumidos e dívidas a serem pagas, tudo avaliado em moeda.

Princípios de contabilidade
Princípio é a causa da qual algo procede, é a origem, o começo de um
fenômeno ou de uma série de fenômenos.
Os princípios, quando entendidos como preceitos básicos e fundamentais de
uma doutrina, são imutáveis, quaisquer que sejam as circunstâncias de tempo ou
lugar em que a doutrina é estudada.
Abaixo, seguem os princípios de contabilidade conforme determina a
Resolução nº 750/93 do Conselho Federal de Contabilidade.

I) Princípio da entidade
O patrimônio da entidade não se confunde com o dos seus sócios, acionistas
ou proprietário individual. As mutações ocorridas no patrimônio da entidade, sejam
meramente permutativas ou modificativas do patrimônio líquido, somente refletem
riqueza patrimonial quando seus titulares são atribuídos a resultados econômicos.
Ou seja, o princípio da entidade distinta e independente das pessoas a ela ligadas.

II) Princípio da continuidade


A vida da entidade é continuada. Por consequência, como as demonstrações
contábeis são estáticas, não podem ser desvinculadas dos períodos anteriores e
subsequentes. Ocorrendo a descontinuidade, o fato deve ser divulgado, pois a

125
Escola Municipal do Trabalho

realização dos valores patrimoniais de entidade não se processa de acordo com o


balanço, pelas seguintes razões:
 Os débitos e créditos de terceiros, de vencimento futuro, têm, na data do balanço,
valores atuais inferiores aos nominais constantes das demonstrações contábeis.
 Os valores do ativo fixo apresentam-se no balanço com valores atuais diferentes dos
de mercado.
 Alguns valores diferidos perdem sua possibilidade de realização quando a entidade
encerra suas atividades.
 Alguns ativos intangíveis somente têm valor quando há continuidade na vida
operacional da entidade.
 Os estoques, mesmo que haja controle, podem perder seu valor caso se deseje
liquidá-los.
 A cessação das atividades da entidade importa em imediata interrupção de suas
receitas, mas nem sempre interrompe seus custos, que prosseguem na fase de
liquidação.

III) Princípio da oportunidade


As mudanças nos ativos, passivos e na expressão contábil do patrimônio
líquido devem ser reconhecidas formalmente nos registros contábeis, logo que
ocorrerem, ainda que seus valores sejam razoavelmente estimados e as provas
documentais posteriormente completadas.

IV) Princípio do registro pelo valor original


Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais
das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do
País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores,
inclusive quando figurarem agregações ou decomposições no interior da entidade.
Os fenômenos heterogêneos que compõem o patrimônio devem ser representados
por um denominador comum, que é a moeda. Se esta não for uniforme, não existirá
denominador comum.

V) Princípio da atualização monetária

126
Escola Municipal do Trabalho

Os efeitos da aceleração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser


reconhecidos nos registros contábeis, por meio do ajustamento da expressão formal
dos valores dos componentes patrimoniais.

VI) Princípio da competência


As receitas e despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do
período em que ocorrerem, sempre simultaneamente, quando se correlacionarem,
independente do recebimento ou pagamento. A inobservância a esse princípio gera
a atribuição de resultados irreais ao exercício e compromete a fidelidade da
demonstração patrimonial, pois nesta, não figuram as despesas e receitas diferidas
nem os direitos e obrigações decorrentes de receitas e despesas não apropriadas.

VII) Princípio da prudência


Determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior
para os do passivo. Sempre que se apresentarem alternativas igualmente válidas
para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido,
existe a necessidade de aceitá-lo, como fundamental para que as demonstrações
contábeis representem, da forma mais adequada possível, a realidade patrimonial.

Funções da Contabilidade
As principais funções da Contabilidade são: registrar, organizar, demonstrar,
analisar e acompanhar as modificações do patrimônio em virtude da atividade
econômica ou social que a empresa exerce no contexto econômico.
Registrar: todos os fatos que ocorrem e podem ser representados em valor
monetário.
Organizar: um sistema de controle adequado à empresa.
Demonstrar: com base nos registros realizados, expor periodicamente por meio de
demonstrativos a situação econômica, patrimonial e financeira da empresa.
Analisar: os demonstrativos podem ser analisados com a finalidade de apuração
dos resultados obtidos pela empresa.
Acompanhar: a execução dos planos econômicos da empresa, prevendo os
pagamentos a serem realizados, as quantias a serem recebidas de terceiros e
alertando para eventuais problemas.

127
Escola Municipal do Trabalho

Finalidades da Contabilidade
As finalidades fundamentais da Contabilidade referem-se à orientação da
administração das empresas no exercício de suas funções. Portanto, a
Contabilidade é o controle e o planejamento de toda e qualquer entidade
socioeconômica.
 Controle: a administração por meio das informações contábeis via relatórios pode
certificar-se, na medida do possível, de que a organização está agindo em
conformidade com os planos e políticas determinados.
 Planejamento: a informação contábil, principalmente no que se refere ao
estabelecimento de padrões e ao interrelacionamento da Contabilidade e os planos
orçamentários, são de grande utilidade no planejamento empresarial, ou seja, no
processo de decisão sobre que curso de ação deve ser tomado para o futuro.

Usuários da Contabilidade
Os usuários são as pessoas que se utilizam da Contabilidade, que se
interessam pela situação da empresa e buscam nos instrumentos contábeis as suas
respostas. Podem ser divididos em usuários internos e usuários externos.
Usuários internos: são todas as pessoas ou grupos de pessoas
relacionadas com a empresa e que têm facilidade de acesso às informações
contábeis, como:
Gerentes: para a tomada de decisões;
Funcionários: com interesse em pleitear melhorias;
Diretoria: para execução de planejamentos organizacionais.
O usuário interno principal da informação contábil na entidade moderna é a
alta administração que, pela proximidade com a contabilidade, pode solicitar a
elaboração de relatórios específicos para auxiliar na gestão do negócio.
Os relatórios específicos, além de abrangerem quaisquer áreas de informação
(fluxo financeiro, disponibilidades, contas a pagar, contas a receber, aplicações
financeiras, compras e vendas no dia o u no período e os gastos gerais de
funcionamento), podem ser elaborados diariamente ou em curtos períodos de tempo
(semana, quinzena, mês etc.) conforme as necessidades administrativas.

128
Escola Municipal do Trabalho

Usuários externos: todas as pessoas, grupo de pessoas ou organismos sem


facilidade de acesso direto às informações, mas que as recebem de publicações das
demonstrações pela entidade, ou exigem de acordo com a Lei, tais como:
Bancos: interessados nas demonstrações financeiras com a finalidade de analisar a
concessão de financiamentos e medir a capacidade de retorno.
Concorrentes: interessados em conhecer a situação da empresa para poder atuar
no mercado.
Governo: que necessita obter sobre as receitas e as despesas para atuar sobre o
resultado operacional no que concerne a sua parcela de tributação e planejamento
macroeconômico.
Fornecedores: interessados em conhecer a situação da entidade para poder
continuar ou não as transações comerciais com a entidade, além de medir a garantia
de recebimento futuro.
Clientes: interessados em medir a integridade da entidade e a garantia de que seus
pedidos serão atendidos nas suas especificações e no tempo acordado.

Patrimônio e seus elementos


Elementos do patrimônio estudados pela Contabilidade
(+) (–)
Bens Obrigações
 Dinheiro  Contas a pagar
 Veículos  Títulos a pagar
 Mercadorias para revenda  Salários a pagar
 Computadores  Impostos a pagar
 Máquinas e equipamentos  Duplicatas a pagar
 Móveis e utensílios  Financiamentos bancários
 Prédios  Fornecedores
 Etc.  Etc.

Direitos
 Contas a receber
 Títulos a receber
 Clientes

129
Escola Municipal do Trabalho

Em que: Bens + Direitos formam a parte positiva do patrimônio.


Obrigações formam a parte negativa do patrimônio.

Bens
Sob o ponto de vista contábil, bem significa tudo aquilo que uma empresa
possui, seja para uso, troca ou consumo. Os bens podem ser materiais e
imateriais. Os bens materiais constituem todas as coisas ou objetos concretos da
empresa, representados por seu valor monetário. Exemplo: móveis, dinheiro,
imóveis, máquinas, veículos, mercadorias em estoque etc. Os bens imateriais são
aqueles que não existem fisicamente. Exemplos: marcas, patentes, gastos com
pesquisa etc.

Direitos
São valores que a empresa tem a receber de terceiros, decorrentes de bens,
serviços ou dinheiro que ela forneceu. Exemplos: duplicatas a receber referentes às
vendas a prazo, dívidas a receber etc.
É comum as empresas efetuarem vendas a prazo. Quando isso ocorre, a
empresa não recebe no ato o dinheiro correspondente à venda; receberá
futuramente, porque a venda foi a prazo. Sendo assim, a empresa fica com o direito
de receber o valor da venda no prazo determinado.
Esses direitos geralmente aparecem com os nomes dos elementos seguidos
da expressão a receber.

Obrigações
São valores correspondentes a dívidas ou compromissos que a empresa
assume com terceiros, decorrentes de bens, serviços ou empréstimos que ela
recebeu. Exemplos: duplicatas a pagar referentes a compras a prazo, empréstimos a
pagar, promissórias a pagar etc.
É comum também as empresas efetuarem compras a prazo. Quando isso
ocorre, a empresa não paga a compra no ato; deverá pagar futuramente, porque a
compra foi a prazo. Neste caso, a empresa fica com a obrigação de pagar o valor
da compra no prazo determinado.

130
Escola Municipal do Trabalho

Essas obrigações geralmente aparecem com os nomes dos elementos


seguidos da expressão a pagar.

Patrimônio Líquido
É o quarto grupo de elementos patrimoniais que, juntamente com os bens, os
direitos e as obrigações, completará a demonstração contábil denominada balanço
patrimonial.
O total do grupo Patrimônio Líquido é igual ao valor da Situação Líquida da
empresa.
Representa os valores que pertencem à empresa. Se considerarmos tudo o
que a empresa tem (bens + direitos) e subtrairmos o que ela deve (obrigações),
encontraremos o Patrimônio Líquido.
O Patrimônio Líquido é composto basicamente pelo capital da empresa,
acrescido ou diminuído dos lucros ou prejuízos que ela obtém em seus negócios.
Esse grupo, no balanço patrimonial de uma empresa, aparece sempre do lado
direito, juntamente com as obrigações.
Demonstração:
Ativo Passivo
Bens Obrigações
Direitos Patrimônio Líquido

Situações líquidas patrimoniais


Obtidas com a aplicação da equação patrimonial apresentada em seguida:
BENS + DIREITOS – OBRIGAÇÕES = SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAL
Existem três possíveis situações líquidas patrimoniais. São elas:

1ª) Ativo maior que o passivo


Ocorre quando a soma dos bens com os direitos é maior que a soma das
obrigações.
Neste caso, a situação líquida chama-se:
1. Situação Líquida Positiva, porque o total dos elementos positivos (bens + direitos)
supera o total dos elementos negativos (obrigações).

131
Escola Municipal do Trabalho

2. Situação Líquida Ativa, porque o total do ativo (bens + direitos) supera o total do
passivo (obrigações).
3. Situação Líquida Superavitária, por ser uma situação positiva.

2ª) Ativo menor que o passivo


Ocorre quando a soma dos bens com os direitos é menor que a soma das
obrigações.
Neste caso, a situação líquida chama-se:
1. Situação Líquida Negativa, porque o total dos elementos negativos (obrigações)
supera o total dos elementos positivos (bens + direitos).
2. Situação Líquida Passiva, porque o total do passivo (obrigações) supera o total do
ativo (bens + direitos).
3. Situação Líquida Deficitária, por ser uma situação negativa.
4. Passivo a Descoberto, porque o total do ativo não é suficiente para cobrir o total do
passivo.

3ª )Ativo igual ao passivo


Ocorre quando o total dos bens mais direitos é igual ao total das obrigações.
Neste caso a situação líquida é nula, inexistente.

Origem e Aplicação de Recursos


O Patrimônio de uma empresa é representado pelo Balanço Patrimonial em
um gráfico em forma de T, onde os dois lados devem ter totais iguais.

Patrimônio
Ativo Passivo
Elementos Positivos Elementos Negativos
Bens Obrigações
Direitos Patrimônio Líquido

Origem: de onde vêm os recursos.


Aplicação: onde são aplicados os recursos.
Vejamos detalhadamente a aplicação dos conceitos da Contabilidade.
No lado do Passivo temos dois grupos de elementos:

132
Escola Municipal do Trabalho

Obrigações: é uma parte do Patrimônio que pertence a terceiros, como pagamentos


a prazo, por exemplo.
Relembrando: O Patrimônio Líquido é uma parte do Patrimônio que pertence aos
sócios ou titular da empresa. O que denominamos de Capitais Próprios.
Os Capitais Próprios originam-se de duas formas:
 Com o investimento inicial da empresa;
 Com a evolução normal da empresa. Referindo-se assim aos Lucros e
consequentemente às Reservas que originam-se a partir deles.
O Passivo refere-se a origem de Capitais, isto é, de onde a empresa
conseguiu recursos para aplicar em Bens, ou melhor, no próprio Ativo.
Temos então no Ativo a aplicação desses recursos.
Dessa forma, o Ativo demonstra através dos elementos Bens e Direitos toda a
aplicação de capitais obtida através do Passivo.
Veja, os Bens só serão adquiridos de acordo com o Capital disponível,
podendo gerar obrigações em casos de compras a prazo. Mas sempre de acordo
com o que a empresa possa cumprir.
Isto é, nenhuma empresa efetua compras, mesmo que sejam a prazo, se elas
superarem a disponibilidade da empresa.
Ex: uma empresa deseja comprar um veículo no valor de R$ 5.000,00 e tem
em Caixa R$ 5.7000,00.
O veículo pode ser comprado à vista. No entanto, se isto for feito talvez a
empresa não tenha disponibilidade de efetuar outras compras.
É importante lembrar que a empresa visa também o retorno através de suas
vendas. No caso de vendas a prazo, serão gerados os Direitos da empresa.
Veja o exemplo:
Balanço Patrimonial – Papelaria do Romão
Ativo Passivo
Bens Obrigações
Caixa 1050 Duplicatas a Pagar 500
Veículo 3000 Promissórias a Pagar 830
Estoque 1500

Direitos Patrimônio Líquido

133
Escola Municipal do Trabalho

Dup. a Receber 780 Capital 5000

Total 6330 Total 6330

Analisando o Balanço Patrimonial da Papelaria do Romão, temos:


O Capital de 5000 foi aplicado em:
Veículo: 3000
Estoque: 1500
Caixa: 1050
Temos um total de 5550 aplicado em Bens.
Você deve estar se lembrando que no parágrafo anterior foi explicado que
uma empresa nunca aplica todo seu capital em bens. E você está coberto de razões.
Aliás, neste caso, o total em Bens supera o Capital da empresa.
Porém, analisando o lado Passivo teremos o seguinte:
Obrigações:
Duplicatas a Pagar: 500
Promissórias a Pagar: 830
Total: 1330
Como já vimos, as Obrigações originam-se de compras a prazo que a
empresa tenha feito. Logo, deduzimos que estas Obrigações são provenientes dos
Bens Veículo e Estoque de Mercadorias.
De certo um dos dois ou até mesmo os dois geraram as Duplicatas e
Promissórias a Pagar.
Enquanto isso, o elemento “Direitos” é gerado no Ativo através das vendas de
mercadorias a prazo na empresa.
Direitos:
Duplicatas a receber: 780
Suponhamos que a Duplicata de 500 seja paga. O Passivo diminuirá com o
pagamento e o Ativo também com a retirada de dinheiro do Caixa.
Dessa forma, desmembramos o Balanço Patrimonial e entendemos toda a
relação que existe entre os seus elementos que acaba sendo inevitável.
Entendemos agora que os lados Ativo e Passivo devem se igualar porque no
Ativo foi aplicado o valor disponível na Origem dos Recursos, que veio do Passivo.
Se a empresa não tiver Capital disponível e comprar mercadorias, os pagamentos

134
Escola Municipal do Trabalho

serão feitos a prazo, originando as Duplicatas ou Promissórias a Pagar, que criarão


o elemento Obrigações.
Passivo  Origem de Recursos  Aplicados no Ativo
Ativo  Aplicação de Recursos  Originados no Passivo

Contas Devedoras e Contas Credoras


Sempre ligamos a palavra débito a uma situação negativa e a palavra crédito
a uma situação positiva.
Na linguagem contábil a palavra Débito representa elementos positivos e a
palavra Crédito, os elementos negativos.

Vejamos o gráfico:
Balanço Patrimonial
Ativo = Débito Passivo = Crédito
Contas Devedoras Contas Credoras

O lado Ativo representa as contas de natureza Devedora. Como acabamos de


aprender são devedoras do Passivo por serem aplicações de recursos.
O lado Passivo representa as contas de natureza Credora. Como acabamos
de aprender são credoras do Ativo por serem origem de recursos e também por
representarem os Capitais de Terceiros.
Então, não se esqueça!
Na linguagem comum, débito significa dívida, situação negativa.
Na linguagem contábil, débito é utilizado nas contas patrimoniais ativas para
registrar um aumento nos bens e direitos, e também nas contas de resultado para
registro das despesas.
Na linguagem comum, crédito significa uma situação positiva, de poder de
compra.
Na linguagem contábil, a palavra crédito é utilizada nas contas patrimoniais
passivas para registrar um aumento nas obrigações para com terceiros e também
nas contas de resultado para registro de receitas.
O saldo de uma conta representa a diferença entre o valor do débito e do
crédito. Logo, o saldo pode ser:

135
Escola Municipal do Trabalho

 Devedor, quando o valor do débito for superior ao do crédito (D>C);


 Credor, quando o valor do crédito for superior ao débito (D<C);
 Nulo, quando o valor do débito for igual ao valor do crédito (D=C).

Plano de Contas
No cotidiano, entendemos por conta tudo aquilo que temos para pagar.
Na linguagem contábil, definimos da seguinte forma:
Conta é o nome dado a um componente patrimonial, que são os Bens,
Direitos, Obrigações e Patrimônio Líquido ou aos elementos de resultado que são as
Despesas e Receitas.
São divididas em dois grupos:

 Contas Patrimoniais: representam os Bens e Direitos no lado Ativo e as


Obrigações e Patrimônio Líquido no lado Passivo.
 Contas de Resultado: representam as Despesas e Receitas.

Assim, tudo o que denominávamos elementos como Caixa, Veículo,


Duplicatas a Pagar, Promissórias a Receber, será tratado daqui por diante como
Contas.
A partir das Contas serão feitos os registros contábeis.
Registro Contábil é a demonstração em papel dos atos e fatos ocorridos em
uma empresa.
Para que os Registros Contábeis sejam feitos, é necessária uma relação de
contas, que denominamos Plano de Contas.
O Plano de Contas é um conjunto de todas as Contas que a empresa possa
utilizar no momento do Registro Contábil.
Cada empresa elabora de acordo com seus interesses e dentro da lei um
Plano de Contas.Utilizaremos então, um Plano de Contas simplificado:

136
Escola Municipal do Trabalho

A – Contas Patrimoniais
1 – Ativo 2 – Passivo
10. Ativo Circulante 20. Passivo Circulante
10.1 Caixa 20.1 Fornecedores
10.2 Bancos Conta Movimento 20.2 Duplicatas a Pagar
10.3 Clientes 20.3 Promissórias a Pagar
10.4 Duplicatas a Receber 20.4 Salários a Pagar
10.5 Promissórias a Receber 20.5 Impostos e Taxas a Recolher
10.6 Estoque de Mercadorias
10.7 Estoque de Material de Expediente 21. Passivo Exigível a Longo Prazo
21.1 Duplicatas a Pagar
11. Ativo Realizável a Longo Prazo 21.2 Promissórias a Pagar
11.1 Duplicatas a Receber
11.2 Promissórias a Receber 22. Resultados de Exercícios Futuros

22.1 Aluguéis Ativos a Vencer


12. Ativo Permanente 22.2 Outras Receitas a Vencer
12.1 Imóveis de Renda
12.2 Computadores 23. Patrimônio Líquido
12.3 Imóveis 23.1 Capital
12.4 Instalações 23.2 Reserva Legal
12.5 Móveis e Utensílios 23.3 Lucros ou Prejuízos Acumulados
12.6 Veículos
12.7 Linha Telefônica
12.8 Aparelho Telefônico

137
Escola Municipal do Trabalho

Como já aprendemos, as Contas Patrimoniais representam os Bens e os


Direitos (Ativo) juntamente com as Obrigações e Patrimônio Líquido (Passivo).

B – Contas de Resultado
3 – Despesas 4 – Receitas
30. Despesas Operacionais 40. Receitas Operacionais
30.1 Água e Esgoto 40.1 Vendas de Mercadorias
30.2 Aluguéis Passivos 40.2 Aluguéis Ativos
30.3 Café e Lanches 40.3 Descontos Obtidos
30.4 Combustíveis 40.4 Juros Ativos
30.5 Descontos Concedidos 40.5 Receitas Eventuais
30.6 Fretes e Carretos
30.7 Impostos e Taxas
30.8 Luz e Telefone
30.9 Despesas Bancárias
30.10 Juros Passivos
30.11 Material de Expediente
30.12 Salários
30.13 Despesas Eventuais

No grupo de Contas de Resultado, temos as contas Despesas e Receitas.


Despesas: representam todo o esforço por parte da empresa para realização das
Receitas.
Receitas: representam tudo o que a empresa vende.
Em outras palavras, uma empresa arca com as despesas almejando as
próprias vendas.

Escrituração
É uma técnica que consiste em registrar nos livros próprios (diário, razão,
caixa etc.) todos os fatos administrativos que ocorrem na empresa por intermédio de
lançamentos.

138
Escola Municipal do Trabalho

Lançamento é o registro dos fatos administrativos, enquanto escrituração é o


conjunto de lançamentos.
A gestão do patrimônio das empresas se dá pelos fatos administrativos
registrados por meio da escrituração.

Livros utilizados na escrituração


Dos vários livros usados pelas empresas, vamos destacar apenas os
utilizados pela contabilização dos fatos administrativos, que são:
 Livro Diário: obrigatório pela legislação comercial e está sujeito às formalidades
legais.
 Livro Razão: registra o movimento de todas as contas. Sua escrituração passou a
ser obrigatória a partir de 1991 (artigo 14 da Lei nº 8.218 de 29/08/1991).
 Livro Caixa: livro auxiliar onde são registrados todos os fatos administrativos que
envolvam entradas e saídas de dinheiro.
 Livro Contas Correntes: auxiliar do Livro Razão, é utilizado para controlar as
contas que representam direitos e obrigações para a empresa.

Elementos essenciais do lançamento


Todo lançamento deve ter os seguintes elementos essenciais:
 Local e data da ocorrência do fato;
 Conta a ser debitada;
 Conta a ser creditada;
 Histórico;
 Valor.

Livro Diário
À medida que uma empresa desenvolve-se, o seu Patrimônio está em
constante movimento.
Podemos classificar os acontecimentos que ocorrem dentro de uma empresa
em dois tipos:

139
Escola Municipal do Trabalho

Atos administrativos: que são os acontecimentos que ocorrem na empresa e não


alteram o Patrimônio. Ex: Admissão de empregados, assinaturas de contratos de
compra e vendas etc.
Fatos administrativos: que são os acontecimentos que ocorrem na empresa e
podem ou não alterar o Patrimônio. Ex: Compras ou vendas de bens, pagamentos
de impostos etc.
Todos os Fatos Administrativos ocorridos devem ser registrados em livros da
empresa através da escrituração.
O controle contábil começa com a escrituração no Livro Diário, que só pode
ser feita a partir de documentos que comprovem tais fatos, como as Notas Fiscais
por exemplo.
O Livro Diário também é muito importante para a fiscalização, sendo este um
livro obrigatório pela legislação comercial.
O Livro Diário deve:
 Conter termos de abertura e encerramento autenticados;
 Ser encadernado com folhas numeradas em sequência;
 Conter escrituração completa, em idioma e moeda nacionais;
 Ser claro, legível, sem rasuras ou emendas;
 Ter ordem cronológica de dia, mês e ano.
Atualmente, os departamentos de Contabilidade estão totalmente
informatizados e, o Livro Diário é gerado pelo próprio software das empresas.
Os lançamentos são feitos em ordem cronológica e o método utilizado na
escrituração dos fatos administrativos é o Método das Partidas Dobradas, que diz o
seguinte:

Não há devedor sem que haja credor e vice-versa.


Todo Débito corresponde a um Crédito de igual valor.

Antes de fazer um lançamento em um Livro Diário, você deve estar atento a


alguns elementos:

 Local e data de ocorrência do fato;

140
Escola Municipal do Trabalho

 O documento que foi emitido na operação;


 Quais elementos foram envolvidos na operação;
 As contas que serão utilizadas para registrar os elementos;
 O histórico do problema;
 Qual conta será debitada ou creditada.

Veja o exemplo:

Conta
Data Conta Nº Histórico Débito Crédito
Nome

Referente a compra de
03/01/2013 12.6 Veículo um veículo na loja Cars, 15.000,00
conforme N.F. 48993

Pagamento de um veículo
03/01/2013 10.1 Caixa 15.000,00
conforme N.F. 48993

Utilizando o Livro Diário

Imagine uma empresa que está sendo constituída agora.


Começaremos pelo primeiro lançamento que deve ser feito, o Capital.
Na sequência, resolveremos outros lançamentos que darão início às
movimentações do Patrimônio.
Antes de resolvermos qualquer lançamento não devemos nos esquecer dos
passos explicados anteriormente.
1) Integralização de Capital no valor de R$ 25.000,00, em dinheiro.
1º Passo – Data: considere a Data de Hoje
2º Passo –Contas a serem debitadas ou creditadas:
Debitada: Conta Caixa
Creditada: Conta Capital
Conta Conta
Data Histórico Débito Crédito
Nº Nome
Referente à integralização
18/06/2013 10.1 Caixa 25.000,00
de Capital em dinheiro

141
Escola Municipal do Trabalho

Referente à integralização
18/06/2013 23.1 Capital 25.000,00
de Capital em dinheiro

A seguir, temos vários exemplos de lançamentos que podem gerar um ou


mais débitos ou créditos. Lembrando-se que as contas debitadas ocorrem no Ativo e
as contas creditadas ocorrem no Passivo.
Para que você perceba com ocorrem os débitos e créditos, dividimos em
tópicos os tipos de lançamentos que podem ocorrer:

1. Lançamentos de uma conta debitada e uma conta creditada


1) Compra à vista de um computador na loja PC Mania, no valor de R$ 1.500,00,
conforme Nota Fiscal 897.

Débito: Conta Computadores


Crédito: Conta Caixa
Conta
Data Conta Nº Histórico Débito Crédito
Nome

18/06/2 12.2 Computa compra de um


013 dores computador na
loja PC Mania,
conforme NF 897. 1.500,00
18/06/2 10.1 Caix Pagamento de um
013 computador, 1.500,0
conforme NF 897. 0

2) Compra à vista de mercadorias, na loja Congelados e Cia, no valor de R$ 2.000,00


conforme Nota Fiscal 5497.
Débito: Conta Estoque de Mercadorias
Crédito: Conta Caixa

Conta
Data Conta Nº Histórico Débito Crédito
Nome

18/06/2 10.6 Estoque compra de 2.000,

142
Escola Municipal do Trabalho

013 de mercadorias na 00
Mercador loja Congelados e
ias Cia, conforme NF
5497
18/06/2 10.1 Caixa Pagamento de
013 compra de
Mercadorias,
conforme NF
5497. 2.000,
00
2. Lançamentos de uma conta debitada e mais de uma conta creditada
1) Compra de um freezer marca Consul, na loja Decolar Ltda, no valor de R$ 659,00,
conforme Nota Fiscal 5189. Sendo entrada de R$ 259,00 em dinheiro e restante de
R$ 400,00 a prazo.
Débito: Conta Móveis
Crédito: Conta Caixa e Conta Duplicatas a Pagar
Conta
Data Conta Nº Histórico Débito Crédito
Nome
18/06/2013 12.6 Móveis e compra de um freezer marca
Utensílios Consul, conforme N.F. 5189
659,00
18/06/2013 10.1 Caixa Pagamento de um
freezer, conforme N.F.
5189 259,00
18/06/2013 20.2 Duplicatas a Duplicata nº 5189,
Pagar referente freezer

400,00

2) Compra de embalagens para produtos na loja Congelados e Cia, no valor de R$


282,00, conforme Nota Fiscal nº 6112, sendo 50% à vista e o restante a prazo.
Débito: Conta Estoque de Materiais de Expediente
Crédito: Conta Caixa e Conta Duplicatas a Pagar

Data Conta Nº Conta Histórico Débito Crédito

143
Escola Municipal do Trabalho

Nome
18/06/2013 10.7 Estoque de compra de embalagens 282,00
Materiais para produtos,cf N.F.
6112.

18/06/2013 10.1 Caixa embalagens para 141,00


produtos, conforme N.F.
6112.

18/06/2013 20.2 Duplicatas a Duplicata nº 6112, 141,00


Pagar

3. Lançamentos de mais de uma conta debitada e uma conta


creditada
1) Pagamento em banco e à vista de conta de Água no valor de R$ 48,50 e conta de
Luz, no valor de R$ 69,30, conforme comprovante autenticado.
Débito: Contas Água e Esgoto, Luz e Telefone.
Crédito: Conta Caixa.
Conta
Data Conta Nº Histórico Débito Crédito
Nome
18/06/201 30.1 Água e Referente a pagamento 48,50
3 Esgoto de conta de água em
banco
18/06/201 30.8 Luz e Referente a pagamento 69,30
3 Telefone de conta de luz em
banco
18/06/201 10.1 Caixa Referente ao 117,80
3 pagamento de contas
de água e
luz em banco
2) Venda de mercadorias, no valor de R$ 250,00, conforme Nota Fiscal 001, sendo
entrada de R$ 125,00 em dinheiro e restante de R$ 125,00 a prazo:
Débito: Conta Caixa e Conta Duplicatas a Receber
Crédito: Conta Receitas de Vendas de Mercadorias
Data Conta Nº Conta Histórico Débito Crédito

144
Escola Municipal do Trabalho

Nome
18/06/20 10.1 Caixa Vendas de 125,00
13 mercadorias,
conforme N.F. 001.

18/06/20 10.4 Duplicatas Vendas de 125,00


13 a Receber mercadorias,
conforme N.F. 001.
18/06/20 40.1 Receitas Vendas de 250,00
13 mercadorias

4. Lançamento de mais de uma conta debitada e mais de uma conta


creditada
1) Compra de uma linha telefônica, no valor de R$ 200,00 e um aparelho telefônico, no
valor de R$ 170,00, conforme Nota Fiscal 520. Ambos comprados na loja Cobertel,
sendo:
Entrada de R$ 100,00 em dinheiro;
Restante de R$ 270,00 a prazo.
Débito: Conta Linha Telefônica e Conta Aparelho Telefônico
Crédito: Conta Caixa e Conta Duplicatas a Pagar

Conta
Data Conta Nº Histórico Débito Crédito
Nome
18/06/20 12.7 Linha Referente à compra 200,00
13 Telefônica de Linha Telefônica,
conforme N.F. 520.

18/06/20 12.8 Aparelho Referente à compra 170,00


13 Telefônico de Aparelho
Telefônico, conforme
N.F. 520.

145
Escola Municipal do Trabalho

18/06/20 10.1 Caixa Referente a 100,00


13 pagamento de Linha
e Aparelho
Telefônicos,
conforme N.F. 520

18/06/20 20.2 Duplicatas Duplicata nº 520 para 270,00


13 a Pagar a loja Cobertel,
referente à compra
de Linha e Aparelho
Telefônicos

 Livro Razão
O Livro Razão é o livro mais importante para a Contabilidade porque registra
todo o movimento de todas as contas individualmente.
Após o Lançamento dos Fatos ocorridos em uma empresa, as contas serão
transferidas para o Livro Razão.
Podemos dizer que o Livro Razão é uma demonstração dos saldos das
contas.
O modelo de Livro Razão que será apresentado é um dos modelos que eram
utilizados antigamente nas empresas. Como já vimos, é importante lembrar que hoje
a grande maioria das empresas já está totalmente informatizada e que a utilização
dos softwares dependerá dos lançamentos feitos.
23.1 Capital
Data Histórico Débito Crédito
13/01/2001 Integralização de Capital em Dinheiro 25.000,00
Total 0,00 25.000,00
Saldo 25.000,00

Razonete
Chamamos de Razonete cada conta que forma o Livro Razão, ou seja, se
tivermos somente uma conta, podemos considerá-la um Razonete. No entanto, se
tivermos mais de uma conta, podemos considerar um Livro Razão.

146
Escola Municipal do Trabalho

Utilizando o exemplo acima, vejamos o Razonete formado por ele. O


Razonete é um gráfico em forma de T, que representa cada conta do Razão de
modo simplificado.

D Capital C
25.000,00

147
Escola Municipal do Trabalho

Observe que o gráfico em T representa apenas os valores de débito ou


crédito. Não temos datas e históricos, o saldo é colocado no lado Ativo ou Passivo
de uma maneira bastante simplificada.

Utilizando o Livro Razão


Para compreendermos a relação entre o Livro Diário e o Livro Razão,
teremos, a seguir, a transferência dos lançamentos do Livro Diário para o Livro
Razão:
1. Integralização de Capital no valor de R$ 25.000,00, em dinheiro.
2. Compra à vista de um computador na loja PC Mania, no valor de R$ 1.500,00,
conforme Nota Fiscal 897.
3. Compra à vista de mercadorias, na loja Congelados e Cia, no valor de R$ 2.000,00
conforme Nota Fiscal 5497.
4. Compra de um freezer marca Consul, na loja Decolar Ltda, no valor de R$ 659,00,
conforme NF 5189. Sendo R$ 259,00 em dinheiro e o restante de R$ 400,00 a
prazo.
5. Compra de embalagens para produtos na loja Congelados e Cia, no valor de R$
282,00, conforme Nota Fiscal nº 6112, sendo 50% à vista e o restante a prazo.
6. Pagamento em banco e à vista de conta de Água no valor de R$ 48,50 e conta de
Luz, no valor de R$ 69,30, conforme comprovante autenticado.
7. Venda de mercadorias, no valor de R$ 250,00, conforme Nota Fiscal 001, sendo
entrada de R$ 125,00 em dinheiro e R$ 125,00 a prazo
8. Compra de uma linha telefônica, no valor de R$ 200,00 e um aparelho telefônico, no
valor de R$ 170,00, conforme Nota Fiscal 520. Ambos comprados na loja Cobertel,
sendo entrada de R$ 100,00 em dinheiro e restante de R$ 270,00 a prazo.

Vejamos a Elaboração do Livro Razão:


10.1 Caixa

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Escola Municipal do Trabalho

Data Histórico Débito Crédito

18/06/2013 Integralização do Capital em dinheiro 25.000,00

18/06/2013 Pagamento de um computador conforme N.F. 897 1.500,00

18/06/2013 Pagamento de compra de mercadorias, conforme N.F. 5497 2.000,00

Pagamento de um freezer, conforme N.F. 5189


18/06/2013 259,00

18/06/2013 Pagamento de embalagens para produtos, conforme N.F. 6112 141,00

Vendas de mercadorias conforme N.F. 0001


18/06/2013 125,00

Pagamento de contas de água e luz em banco


18/06/2013 117,80

Pagamento de linha e aparelho telefônicos, conforme N.F.


18/06/2013 100,00
520
Total 25.125,00 4.117,80
Saldo 21.007,20
10.4 Duplicatas a Receber
Data Histórico Débito Crédito
18/06/2013 Venda de mercadorias, conforme N.F. 0001 125,00
Total 125,00 0,00
Saldo 125,00
10.6 Estoque de Mercadorias
Data Histórico Débito Crédito
Mercadorias na loja Congelados e Cia.
18/06/2013 2.000,00

Total 2.000,00 0,00


Saldo 2.000,00
10.7 Estoque de Material de Expediente
Data Histórico Débito Crédito
Compra de embalagens para produtos, na loja Congelados e Cia,
18/06/2013 conforme N.F. 6112 282,00

Total 282,00 0,00


Saldo 282,00
12.2 Computadores
Data Histórico Débito Crédito
Compra de um Computador na loja PC Mania, conforme N.F. 897
18/06/2013 1.500,0

Total 1.500,00 0,00


Saldo 1.500,00
12.5 Móveis e Utensílio

149
Escola Municipal do Trabalho

Data Histórico Débito Crédito


Compra de um freezer na loja Decolar, conforme N.F.
18/06/2013 659,00
5189
Total 659,00 0,00
Saldo 659,00
12.7 Linha Telefônica
Data Histórico Débito Crédito
Compara de uma Linha Telefônica na Loja Cobertel, conforme
18/06/2013 N.F. 520 200,00

Total 200,00 0,00


Saldo 200,00
12.8 Aparelho Telefônico
Data Histórico Débito Crédito
Compra de um aparelho telefônico na loja Cobertel, conforme N.F. 520
18/06/2013 170,00

Total 170,00 0,00


Saldo 170,00
20.2 Duplicatas a Pagar
Data Histórico Débito Crédito
Duplicata nº 5189, referente a compra de um freezer
18/06/2013 400,00

Duplicata nº 6112, referente a compra de embalagens para produtos


18/06/2013 141,00

Total
Saldo 0,00 811,00
23.1 Capital
Data Histórico Débito Crédito
Integralização de Capital em dinheiro
18/06/2013 25.000,00

Total 0,00 25.000,00


Saldo 25.000,00
30.1 Água e Esgoto
Data Histórico Débito Crédito
Pagamento de conta de água em banco
18/06/2013 48,50

Total 48,50 0,00


Saldo 48,50

150
Escola Municipal do Trabalho

30.8 Luz e Telefone


Data Histórico Débito Crédito
Pagamento de conta de luz em banco
18/06/2013 69,30

Total 69,30 0,00


Saldo 69,30
40.1 Receitas e Vendas de Mercadorias
Data Histórico Débito Crédito
Venda de Mercadorias conforme N.F. 001
18/06/2013 250,00

Total 0,00 250,00


Saldo 250,00

Balancete de Verificação
O Balancete de Verificação é uma relação de contas extraídas do Livro
Razão, com seus saldos devedores ou credores. Após a escrituração dos fatos
administrativos que geram o Livro Diário, a transferência das contas do Livro Diário
para o Livro Razão e apurados os saldos das contas, é o momento de montar o
Balancete de Verificação.
Ele conterá o número e nome das Contas utilizadas no Razão e os totais das
colunas Débito e Crédito também feitos no Razão. Haverá uma subtração da
coluna Débito com a Crédito e o resultado será colocado na coluna Devedor ou
Credor, referente ao Saldo. Ao final do Balancete, as colunas Devedor e
Credor são somadas separadamente, os resultados são comparados e devem ser
iguais.
Se os resultados não forem iguais, esteja certo de que algum erro foi
cometido anteriormente. Para que o Balancete esteja correto, os totais de Débito e
Crédito e do Saldo Devedor e Credor devem ser iguais.
Levantando o Balancete de Verificação
Dando sequência aos lançamentos anteriores, iremos agora transferir todos
os saldos das contas do Livro Razão para o Balancete.
Movimento Saldo
Nº Conta
Débito Crédito Devedor Credor

10.1 Caixa 25.125,00 4.117,80 21.007,20 -----------------

10.4 Dup. a Receber 125,00 ----------------- 125,00 -----------------

10.6 Est. Mercadorias 2.000,00 ----------------- 2.000,00 -----------------

151
Escola Municipal do Trabalho

10.7 Mat. Expediente 282,00 ----------------- 282,00 -----------------

12.2 Computadores 1.500,00 ----------------- 1.500,00 -----------------

12.5 Móveis e Utensílios 659,00 ----------------- 659,00 -----------------

12.7 Linha Telefônica 200,00 ----------------- 200,00 -----------------

12.8 Aparelho Telefônico 170,00 ----------------- 170,00 -----------------

20.2 Dup. a Pagar ------------------ 811,00 ----------------- 811,00

23.1 Capital 25.000,00 ----------------- 25.000,00

30.1 Água e Esgoto 48,50 ----------------- 48,50 -----------------

30.8 Luz e Telefone 69,30 ----------------- 69,30 -----------------

40.1 Vendas de Mercadorias ------------------ 250,00 ----------------- 250,00

Totais 30.178,80 30.178,80 26.061,00 26.061,00

Veja que foram lançados todos os números, nomes de contas e seus


movimentos.
Os saldos são calculados e os totais comparados.

Apuração dos Resultados do Exercício


A apuração dos Resultados do Exercício verifica através das contas de
Resultado (Despesas e Receitas) se a movimentação do Patrimônio da empresa
apresentou lucro ou prejuízo no período.
Essa verificação é feita de uma forma muito simples. Comparamos as
Receitas com as Despesas.
Se as Receitas (Vendas) superarem as Despesas (Gastos efetuados para a
obtenção de Receitas), teremos Lucro, caso contrário, Prejuízo.

Lucro = Receitas > Despesas


Prejuízo = Despesas > Receitas

Roteiro para Apuração dos Resultados do Exercício


Para apurarmos o Resultado do Exercício, devemos proceder da seguinte
forma:

1. Transferir os saldos das Contas de Despesa e Receitas para a conta de Lucros


ou Prejuízos Acumulados

152
Escola Municipal do Trabalho

Utilizaremos o Balancete de Verificação elaborado no tópico anterior. Além


disso, utilizaremos também o Plano de Contas para localizar a conta Lucros ou
Prejuízos Acumulados.
Deve ser feito um lançamento no Livro Diário que comprove essa
transferência. Vejamos:
Apuração de Resultados:
D – 23.3 Lucros ou Prejuízos Acumulados ... 117,80
C – 30.1 Água e Esgoto ... 48,50
C – 30.8 Luz e Telefone ... 69,30
D – 40.1 Vendas de Mercadorias ... 250,00
C – 23.3 Lucros ou Prejuízos Acumulados ... 250,00

Assim temos:

Crédito = 250,00
Débito = 117,80
Saldo = 132,20 ... Credor

Vejamos como ficarão os lançamentos:

Data Conta nº Conta Nome Histórico Débito Crédito


Lucros ou Ref. a
18/06/2013 23.3 Prejuízos transferência 117,80
Acumulados de despesas
Ref. a
Água e transferência
18/06/2013 30.1 48,50
Esgoto para Apuração
de Resultados
Ref. a
Luz e transferência
18/06/2013 30.8 69,30
Telefone para Apuração
de Resultados
18/06/2013 40.1 Receitas de Ref. a 250,00

153
Escola Municipal do Trabalho

Vendas de transferência
Mercadorias para Apuração
de Resultados
Lucros ou Ref. a
18/06/2013 23.3 Prejuízos transferência 250,00
Acumulados de Receitas

Analisando o Lançamento:
A conta Lucros ou Prejuízos Acumulados recebeu no momento do
lançamento o total das Despesas e das Receitas, sendo o seu saldo a diferença
entre ambas.
Se o saldo for credor, teremos como resultado o Lucro, caso contrário
teremos prejuízo. Objetivamente, as transferências das contas de Despesas e
Receitas para a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados é feita para que a empresa
verifique se no período ela obteve lucro ou prejuízo.

2. Demonstrar o saldo da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados


A conta chamada Lucros ou Prejuízos Acumulados ficará com os seguintes
valores:

23.3 Lucros ou Prejuízos Acumulados


Débito Crédito
48,50 250,00
69,30
117,80 250,00
132,20
Lucro

154
Escola Municipal do Trabalho

Como verificamos, a empresa do exemplo teve um lucro de R$ 132,20. Este


valor representa o quanto as Receitas foram superiores às Despesas.
Caso a situação fosse contrária, ou seja, se as Despesas fossem superiores
às Receitas, a empresa teria Prejuízo.

Balanço Patrimonial

Com a Apuração de Resultado do Exercício, as Contas de Resultado


(Despesas e Receitas), tiveram seus saldos encerrados.
Restaram as Contas Patrimoniais, ou seja, os Bens, Direitos e Obrigações.
São exatamente essas contas que usaremos para elaborar o Balanço
Patrimonial da empresa do exemplo.

Balanço Patrimonial
1 – Ativo 2 – Passivo
10. Ativo Circulante 20. Passivo Circulante
10.1 Caixa 21.007,20 20.2 Duplicatas a Pagar 811,00
10.4 Duplicatas a Receber 125,00
10.6 Estoque de 2.000,00 Total do Circulante 811,00
Mercadorias
10.7 Estoque de Mat. de 282,00
Expediente
23. Patrimônio Líquido
Total do Circulante 23.414,20 23.1 Capital 25.000,00
23.3 Lucros ou Prejuízos 132,20
Acumulados
12. Ativo Permanente
12.2 Computadores 1.500,00 Total 25.132,20
12.5 Móveis e Utensílios 659,00
12.7 Linha Telefônica 200,00
12.8 Aparelho Telefônico 170,00

155
Escola Municipal do Trabalho

Total do Permanente 2.529,00

Total do Ativo 25.943,20 Total do Passivo 25943,20

Perceba que o Balanço Patrimonial demonstra os elementos do Patrimônio da


empresa, ou seja, Bens, Direitos e Obrigações.
Não há nenhuma Despesa ou Receita, pois as mesmas foram zeradas na
Apuração do Resultado do Exercício.
Através do Balanço Patrimonial é possível que os sócios ou titular e outras
pessoas que precisem de informações tenham condições de avaliar a situação
financeira da empresa.

Atividade

Suponhamos uma empresa em início de funcionamento, sendo seus principais


fatos contábeis:

1. Abertura da empresa com integralização do capital pelos sócios em dinheiro no valor


de R$ 20.000,00.
2. Depósito em conta-corrente no Banco Cobramuito S.A. no valor de R$ 15.000,00 em
dinheiro.
3. Aquisição de um microcomputador e de uma impressora no valor de R$ 2.000,00 em
cheque do Banco Cobramuito S.A.
4. Compra de mercadorias destinadas à revenda no valor de R$ 10.000,00 a prazo, do
fornecedor Pelourinho Atacadista Ltda.
5. Compra de mercadorias do fornecedor Abobrinha Alimentos Ltda., destinadas à
revenda no valor de R$ 2.000,00 à vista em cheque do Banco Cobramuito S.A.
6. Pagamento de duplicata do fornecedor Pelourinho Atacadista Ltda. Referente à
compra a prazo, conforme cheque do Banco Cobramuito S.A. no valor de R$
3.000,00.
7. Venda de mercadorias a prazo a diversos clientes no valor de R$ 6.000,00.

156
Escola Municipal do Trabalho

8. Aquisição de instalações destinadas ao depósito da empresa à vista em dinheiro, do


fornecedor Tecnolândia Móveis Ltda., no valor de R$ 3.000,00.
9. Recebimento de diversos clientes pela venda a prazo anteriormente feita, em
dinheiro, no valor de R$ 4.000,00.
10. Depósito em conta-corrente do Banco Cobramuito S.A. no valor de R$ 4.000,00.

Levantados os Fatos Administrativos, faça:

a. Livro Diário:
Conta
Data Conta Nº Histórico Débito Crédito
Nome

157
Escola Municipal do Trabalho

b. Razonetes:

158
Escola Municipal do Trabalho

c. Livro Razão:
Data Histórico Débito Crédito

159
Escola Municipal do Trabalho

160
Escola Municipal do Trabalho

d. Balancete de Verificação:
Movimento Saldo
Nº Conta
Débito Crédito Devedor Credor
10.1 Caixa 55.000,00 25.000,00 30.000,00 -----------------
10.6 Mercadorias 10.000,00 5.000,00 5.000,00 -----------------

161
Escola Municipal do Trabalho

12.6 Veículo 15.000,00 ------------------- 15.000,00 -----------------


23.1 Capital ---------------- 50.000,00 ----------------- 50.000,00
80.000,00 80.000,00 50.000,00 50.000,00

Totais

e. Apuração dos Resultados do Exercício:

Data Conta Conta Nome Histórico Débito Crédito


162
Escola Municipal do Trabalho

f. Balanço Patrimonial:
Balanço Patrimonial
1 – Ativo 2 – Passivo

163
Escola Municipal do Trabalho

Total do Ativo - Total do Passivo -

BIBLIOGRAFIA

CASTIGLIONI, J. A. M. Assistente Administrativo. São Paulo: Editora Érica, 2013.


CHIAVENATO, I. Iniciação à Administração Geral. São Paulo: Manole, 2009.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade Básica Fácil. São Paulo: Saraiva, 1996.
Biblioteca SEBRAE: www.sebrae.com.br

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