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ESCOLA SECUNDÁRIA POETA ANTÓNIO ALEIXO

Ano lectivo 2010-2011

Português 12º ano

SENSACIONISMO

O Sensacionismo é uma corrente modernista, que procura exprimir o tropel das sensações que se
manifesta, sobretudo, em Álvaro de Campos. Utiliza um estilo de glorificação de um quotidiano
apreendido pelas sensações, mas a cada passo interceptado pelo sonho e pela fantasia. Revela uma
pujante vitalidade e atinge, por vezes, o arrebatamento cosmopolita e a apologia da civilização
mecânica, que o aproxima do Futurismo de Marinetti. Mas será o poeta americano Walt Whitman
quem terá maior influência em Álvaro de Campos, nesta fase.

O Sensacionismo considera a sensação a realidade da vida e a base da arte. Fernando Pessoa,


em “Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação”, atribui a criação do Sensacionismo, em Portugal, a
ele próprio e a Mário de Sá-Carneiro. Foram, no entanto, também sensacionistas Alberto Caeiro,
Álvaro de Campos e Almada Negreiros. O fundo ideológico do Sensacionismo pode ver-se nesta
frase que Fernando Pessoa escreveu para o explicar: “Nada existe, não existe a realidade, apenas a
sensação”.

O Sensacionismo, inspirado por Walt Whitman, apresenta-se como uma procura de totalização de
todas as possibilidades dadas pelas sensações ou percepções de toda a humanidade, qualquer que
seja o tempo ou o espaço. O “eu” do poeta tenta integrar e unificar tudo o que tem ou teve
existência ou possibilidade de existir. Álvaro de Campos é quem melhor procura a totalização
das sensações, mas sobretudo das percepções conforme as sente, ou como ele próprio afirma
“sentir tudo de todas as maneiras”. O seu sensacionismo distingue-se do de Alberto Caeiro na
medida em que este heterónimo considera a sensação captada pelos sentidos como a única
realidade, mas rejeita o pensamento.

Os sensacionistas, cientes de que tudo o que existe são sensações, cantam a vitalidade do
mundo moderno revelado pelas sensações. O Sensacionismo aparentemente ingénuo de Caeiro
pouco tem a ver com o Futurismo à Marinetti, mas o Sensacionismo da “Ode Triunfal”, de
Campos, está relacionado com o Futurismo desse poeta italiano, pela euforia da civilização
mecânica, pelo arrebatamento cosmopolita, e com o Sensacionismo de Whitman, pela vertigem das
sensações e volúpia da imaginação, tudo expresso num estilo “vagabundo e vertiginoso”. (Jacinto
do Prado Coelho)

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