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Lei de Ohm

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A diferença de potencial, V, dividido pela corrente eléctrica, I , é resistência do resistor,


R, que é denominada de Lei de Ohm: V = IR

A Lei de Ohm, assim designada em homenagem ao seu formulador, o físico alemão


Georg Simon Ohm (1787-1854), afirma que, para um condutor mantido à temperatura
constante, a razão entre a tensão entre dois pontos e a corrente elétrica é constante. Essa
constante é denominada de resistência elétrica.[1]

Índice
[esconder]

 1 Primeira lei de Ohm


o 1.1 Interpretação da resistência elétrica
 2 Segunda lei de Ohm
 3 Formulação microscópica
o 3.1 A relação macroscópica da lei de Ohm a partir da relação
microscópica
 4 Variação da resistividade com a temperatura
 5 Modelo microscópico clássico para a condutividade elétrica de metais
 6 Potência dissipada num resistor
 7 Ver também
 8 Ligações externas
 9 Referências

Primeira lei de Ohm[editar | editar código-fonte]


Quando essa lei é verdadeira num determinado condutor mantido à temperatura
constante, este denomina-se condutor ôhmico. A resistência de um dispositivo
condutor é dada pela fórmula:
ou

onde:

é a diferença de potencial elétrico (ou tensão, ou ddp) medida em volt (V);


é a intensidade da corrente elétrica medida em ampère (A) e
é a resistência elétrica medida em ohm (Ω).

Essa expressão não depende da natureza de tal condutor: ela é válida para todos os
condutores. Para um dispositivo condutor que obedeça à lei de Ohm, a diferença de
potencial aplicada é proporcional à corrente elétrica, isto é, a resistência é independente
da diferença de potencial e da corrente. Um dispositivo muito utilizado em aparelhos
eletrônicos, como rádios, televisores e amplificadores, que obedece à essa lei é o
resistor, cuja função é controlar a intensidade de corrente elétrica que passa pelo
aparelho.[2]

Entretanto, para alguns materiais, por exemplo os semicondutores, a resistência elétrica


não é constante, mesmo que a temperatura seja, ela depende da diferença de potencial
. Estes são denominados condutores não ôhmicos. Um exemplo de componente
eletrônico que não obedece à lei de Ohm é o diodo.

Interpretação da resistência elétrica[editar | editar código-fonte]

A resistência elétrica pode ser entendida como a dificuldade de se estabelecer uma


corrente elétrica num determinado condutor. Por exemplo, um fio de nicromo precisa
ser submetido à uma diferença de potencial de 300V para que seja estabelecida uma
corrente de 1A, enquanto um fio de tungstênio precisa ser submetido à apenas 15V para
que nele se estabeleça a mesma corrente. Isto significa que a resistência elétrica do
nicromo é maior do que a do tungstênio:[3]

Segunda lei de Ohm[editar | editar código-fonte]


A segunda lei de Ohm diz que a resistência elétrica de um condutor homogêneo e de
seção transversal constante é proporcional ao seu comprimento , inversamente
proporcional à sua área transversal e depende da temperatura e do material de que é
feito o condutor:[3]
A grandeza chama-se resistividade elétrica e é característica do material e da
temperatura. Sua unidade de medida é o ohm-metro ( m). Ela é inversamente
proporcional condutividade elétrica .

Formulação microscópica[editar | editar código-fonte]


Em um condutor metálico isolado, os elétrons estão num estado de movimento
aleatório, não apresentando deslocamente preferencial, em média, em nenhuma direção.
Se este condutor tem seus terminais ligados aos de uma bateria, um campo elétrico é
criado em todos os pontos no interior do condutor e atua sobre os elétrons de forma a
produzir um movimento de arrasto, que é a corrente elétrica. Em condutores ôhmicos, o
vetor densidade de corrente elétrica , cujo módulo é igual à corrente elétrica dividida
pela área de seção transversal, (quando a corrente é uniformemente distribuída
pelo condutor), é proporcional ao campo elétrico [4] . O fator de proporcionalidade
entre a densidade de corrente e o campo elétrico é a condutividade elétrica :

Esta é a relação microscópica equivalente à relação macroscópica . Pode-se


dizer também que um material condutor obedece à lei de Ohm se a condutividade for
independente de e de .

A unidade de medida da condutividade é o siemens por metro (S/m). Materiais que


conduzem melhor a corrente elétrica são aqueles que possuem os valores mais altos de
. A prata, o cobre e o alumínio, por exemplo, são bons condutores, enquanto a mica e
o vidro são maus condutores [1] .

A relação macroscópica da lei de Ohm a partir da relação


microscópica[editar | editar código-fonte]

Fio de comprimento l e área transversal a percorrido por uma corrente elétrica I na


presença de um campo elétrico E.

A relação macroscópica pode ser obtida da relação microscópica a


partir do seguinte exemplo [5] .

Considere um segmento de fio condutor de comprimento e seção reta , com uma


corrente . Para que o campo elétrico não varie apreciavelmente, o segmento do fio
deve ser muito pequeno. Sendo o campo elétrico dirigido da esquerda para a direita, o
potencial é mais baixo neste lado do que no outro, de forma que se tem

onde é o módulo do campo elétrico. A corrente no condutor é igual ao produto da


densidade de corrente pela área de seção reta:

onde usou-se a lei de Ohm na forma microscópica na passagem anterior. Sendo assim,

substituindo por , obtém-se

A expressão entre parênteses pode ser definida como

e, então, obtém-se a relação

Variação da resistividade com a temperatura[editar |


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Nos metais, os elétrons da última camada eletrônica estão fracamente ligados a átomos
individuais, podendo mover-se livremente. Quando a temperatura aumenta, a amplitude
do movimento dos íons da rede cristalina também aumenta, o que dificulta a locomoção
dos elétrons livres. Em outras palavras, isto quer dizer que a resistividade aumenta com
a temperatura. Para uma ampla gama de substâncias, esse aumento é linear, dentro de
uma larga faixa de temperaturas. Isto pode ser descrito pela seguinte equação [6] :

onde:

é a resistividade à temperatura ,
é a resistividade à temperatura e
é o coeficiente de temperatura da resistividade e é positivo para os metais.
Nos semicondutores a resistividade diminui com o aumento da temperatura. Isto
acontece, porque as flutuações térmicas a altas temperaturas provocam a promoção de
elétrons ligados a transportadores de carga livres [3] .

A resistividade de alguns condutores desaparece bruscamente abaixo de uma


temperatura crítica, quando estes são resfriados, podendo manter uma corrente por
muito tempo sem necessidade do uso de baterias. Esse fenômeno é chamado de
supercondutividade e foi divulgado pela primeira vez em 1911 pelo físico holandês
Heike Kamerlingh Onnes [2] .

Modelo microscópico clássico para a condutividade


elétrica de metais[editar | editar código-fonte]
Em um metal, os elétrons que não estão presos aos átomos e podem movimentar-se
livremente são chamados elétrons de condução [4] . Classicamente, a velocidade
quadrática média de agitação térmica dos elétrons à temperatura pode ser estimada via
Teorema da equipartição [6] :

Ou seja,

Nesta equação

é o valor médio do quadrado da velocidade dos elétrons devido a agitação


térmica,
é a massa do elétron e
é a constante de Boltzmann.

Na ausência de um campo elétrico externo, o movimento dos elétrons no metal é caótico


e o valor da velocidade de agitação térmica obtido mostra que esse movimento é muito
rápido. Entretanto, se um campo elétrico externo constante é aplicado, os elétrons
passam a se deslocar, em velocidade muitíssimo pequena, na direção oposta a do
campo, devido à sua carga negativa. Consequentemente, eles experimentam uma
aceleração devido à força elétrica , onde é a carga do elétron em
módulo. De acordo com a segunda lei de Newton,

ou
onde

é a aceleração do elétron.

À primeira vista, parece que, como as cargas estão sendo aceleradas, a corrente está
aumentando com o tempo, e a lei de Ohm afirma que um campo elétrico constante
produz uma corrente constante, o que implica uma velocidade constante. Isto parece
contradizer o argumento anterior [7] .

Entretanto, as frequentes colisões dos elétrons que acontecem ao longo do fio fazem
com que eles sofram desaceleração. Desta forma, mesmo que eles estejam se acelerando
entre as colisões, o resultado global é uma velocidade média constante. Após uma
colisão, essa velocidade varia em média de , em que é o tempo médio
entre duas colisões, representado por e é a distância média percorrida pelo elétron
entre duas colisões, conhecida como livre caminho médio.

O valor médio da velocidade devida a ação do campo elétrico será dada, então, por

A velocidade pode ser expressa em termos da densidade de corrente elétrica :

onde é o número de elétrons livres por unidade de volume e o sinal de menos é devido
ao fato de que as cargas em movimento são negativas. Igualando este resultado ao
anterior, obtém-se

ou

em que vê-se que a densidade de corrente induzida é proporcional ao campo elétrico


, assim como na lei de Ohm. Entretanto, não se pode afirmar que a quantidade

seja um bom modelo para a condutividade elétrica de metais, já que a dedução


apresentada aqui foi baseada em argumentos puramente clássicos. Por exemplo,
experiências mostram que a altas temperaturas, a resistividade elétrica desses materiais
varia linearmente com a temperatura e o modelo aqui apresentado implica numa
variação proporcional a devido ao termo no denominador da expressão
anterior. Ainda assim, o modelo clássico de movimento de arrasto na presença de
campo elétrico superposto ao movimento aleatório térmico devido a colisões com
átomos do material, conhecido como modelo de Drude, apresenta os ingredientes
básicos que definem a condutividade. Um tratamento adequado para o problema da
condutividade elétrica em metais é dado pela Mecânica Quântica.

Potência dissipada num resistor[editar | editar código-


fonte]
Quando um resistor é percorrido por uma corrente elétrica , devida a uma tensão
fornecida por uma fonte de energia, ele se aquece. Esse aquecimento, chamado de efeito
Joule, é resultado da transformação da energia que vem da fonte em energia térmica no
resistor. A energia transformada em calor por unidade de tempo é a potência dissipada[2]
e é calculada pela equação

A unidade de medida da potência é o watt (W).

Usando , obtém-se

Outra relação envolvendo potência e resistência elétrica também pode ser obtida usando

Por terem essa finalidade de transformar energia elétrica em energia térmica, os


resistores também estão presentes nos aquecedores elétricos de ambiente, nos chuveiros
elétricos, nos ferros elétricos de passar roupa, nos soldadores elétricos etc [3] .

Ver também[editar | editar código-fonte]


 Semicondutores
 Diferença de potencial
 Resistores
 Diodos
 Campo elétrico
 Supercondutividade
 Efeito joule
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
 Medida de resistencia a 4 hilos "Método Kelvin" (em espanhol)
 Calculadora - Lei de Ohm no circuito DC

Referências
1. ↑ Ir para: a b Alonso e Finn Física um curso universitário Vol 2 - Campos e Ondas
Editora Edgard Blucher (1972), págs 150-151
2. ↑ Ir para: a b c Sampaio e Calçada Universo da Física 3 Ondulatória
Eletromagnetismo Física Moderna, Atual Editora, segunda edição (2005), págs
45 e 59
3. ↑ Ir para: a b c d Gualter Newton Helou Física Ensino Médio Vol 3, Primeira
edição, Editora Saraiva (2010), págs 114-115, 119, 121
4. ↑ Ir para: a b Halliday e Resnick Física 2 Vol 1, Livros técnicos e científicos
editora S.A (1976), págs 133, 135, 144-147
5. Ir para cima ↑ Tipler Física 2 Guanabara dois (1978), págs 792-793
6. ↑ Ir para: a b Nussenzveig H. Moysés Eletromagnetismo Curso de Física Básica 3,
Primeira edição (1997), Editora Blucher, págs 105-107
7. Ir para cima ↑ Griffitts David J. Eletrodinâmica, terceira edição, Person (2011),
págs 198-199 e 201

 Portal da física

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