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Mini-Curso “Foco no TCC” 2016.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE


CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

MARKE GEISY DA SILVA DANTAS

MINI-CURSO “PROJETO DE PESQUISA EM CONTABILIDADE: FOCO NO TCC” – 2016.2

Natal/RN
2016

Prof. MSc. Marke Geisy da Silva Dantas Página 1


Mini-Curso “Foco no TCC” 2016.2

Sabemos que a luta foi grande até chegar este momento. Muitas coisas se passaram, mas o momento
estava sempre mais perto de chegar. Fazer a monografia. Condensar e sistematizar um conteúdo em
seis meses. Por vezes, não se teve o conhecimento de como realizar esta sistematização. No caso,
atender e entender o que o orientador pede é a parte mais complicada. Escrever um objetivo,
pesquisar no Google Acadêmico, entender a regressão, calcular indicadores, normatizar a lá ABNT.
Tudo isso é bastante complicado.

Assim, o objetivo geral deste mini-curso é propor dicas para os discentes da forma como se deve
sistematizar o conhecimento adquirido e atender o objetivo proposto pelo mesmo. Em poucas
palavras, ajudar os alunos com uma parte deste conhecimento em um momento tão importante.

Aproveitem e tenham bons estudos!!!

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INTRODUÇÃO

Sem contar as páginas de Capa, Contracapa, sumário, resumo, agradecimentos, etc., a introdução é a
primeira parte da monografia. É nela que se escreverá a contextualização do problema, os objetivos geral
e específicos e a justificativa do trabalho. Em outras palavras, a partir do momento em que se estabelece
o objetivo que será respondido, a introdução tem como função explicar a causa de estar pesquisando
aquele conteúdo específico e o porquê de estar tentando responder aquele problema que o pesquisador
propôs.

Esta é a composição dos tópicos de uma introdução

1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
1.2.2 Objetivos específicos
1. 3 JUSTIFICATIVA
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO (opcional)

Algumas coisas devem ser observadas aqui. Geralmente, além do que já foi citado, a introdução deve
conter as razões da elaboração do trabalho e relações existentes com outros trabalhos. Mas, não se deve,
por exemplo, repetir ou parafrasear o resumo; detalhar a teoria experimental, o método ou os resultados;
antecipar as conclusões e as recomendações; e incluir ilustrações, tabelas e gráficos.

CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA

Generalização do
conteúdo

Especificação

Problema de Pesquisa

A partir do momento que se estabelece o problema de pesquisa, a função da contextualização é tentar


explicá-lo. Assim, a escrita deve seguir uma sequência de fatos que dê um embasamento introdutório
ao leitor, para que o mesmo possa compreender o porquê daquele problema ser interessante para
análise. Para tal finalidade entende-se que ela deve ser escrita como um “funil”, começando por
aspectos gerais, e cada vez mais especificando os fatos, até chegar ao problema de pesquisa que é o fim
da contextualização. Sugere-se a escrita de um a três parágrafos com um breve histórico ou fatos gerais
(histórico é algo que deve ser desenvolvido mais no referencial teórico do que na introdução), depois
relacionar com causas e feitos relacionados ao problema, para assim finalizar a contextualização e
evidencia o problema de fato. Segue alguns exemplos:

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Monografia da discente Mayanna Leny Gomes Gabriel: “55 ANOS DO CURSO DE CIÊNCIAS
CONTÁBEIS (UFRN): O PASSADO, O PRESENTE E O FUTURO A PARTIR DO PERFIL DOS
SEUS DOCENTES” – 2016.1

1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA

Estudar a História é uma forma que a humanidade encontra para compreender o seu presente e
melhorar o seu futuro. Este pensamento tem sua validade para todos os aspectos da sociedade: a ciência, o
comportamento humano, o meio ambiente, dentre outros. Peleias et al (2007) afirmam que a pesquisa
histórica demonstra marcos importantes da sociedade, como ocorrências econômicas, políticas e sociais.
Ademais, a História nos mostra a evolução, através das eras, de artifícios utilizados pelos humanos: caça,
agricultura, locomoção e até controle de seu patrimônio que, neste caso, se configura na Contabilidade.
Para Barbosa, Araújo e Moraes (2008), a história da humanidade se confunde com a história da
Contabilidade, pois a mesma surgiu como ferramenta de controle do patrimônio do homem, quando de suas
relações sociais de troca com os demais integrantes da comunidade. Já o CRC-RN (2013) afirma que nas
primeiras manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse, preocupava o homem conhecer
o quanto o mesmo poderia aumentar sua renda e qual seria a forma mais simplória de controlar e aumentar
suas posses. Surge assim a necessidade de controle do patrimônio.
Desde os primeiros registros de um conjunto de animais de um pastor, até o conjunto das
demonstrações financeiras trimestrais divulgadas por uma grande corporação nos dias de hoje, a história da
Contabilidade é bastante rica, passando por diversas fases. Entretanto, considera-se o marco da
Contabilidade moderna o uso do método das partidas dobradas pelos mercadores italianos durante o
Renascimento e as Grandes Navegações. Do sucesso da metodologia, deu-se o seu uso para todos os tipos de
relações e empresas. Surgiu assim a necessidade de repassar o conhecimento da Contabilidade para aqueles
que dela necessitassem.
Claramente, o conhecimento foi repassado para os novos mundos descobertos à época, incluindo o
Brasil. Desconsiderando neste momento os indícios de registros contábeis na pré-história brasileira
(OLIVEIRA, 2007), Reis, Silva e Silva (2008) apontam que a história da contabilidade no país iniciou-
se em sua época colonial, diante da necessidade do controle patrimonial das primeiras alfândegas em
1530. Em 1549, Portugal nomeou Gaspar Lamego como o primeiro Contador Geral das terras do Brasil,
visando justamente o controle destas alfândegas (REIS; SILVA; SILVA, 2008). Os autores ainda afirmam
que estes fatos demonstravam as preocupações iniciais com o ensino comercial da área contábil.
Ainda segundo Reis, Silva e Silva (2008), outros três pontos foram primordiais para o
desenvolvimento da Contabilidade no país: a criação da Casa de Contos, em 1679, órgão incumbido de
fiscalizar as receitas e despesas do Estado; a vinda da Família Real ao Brasil em 1808, com as ocorrências
surgidas na época, como a criação do Banco do Brasil, a emissão de papel moeda e a obrigação da
escrituração por métodos das partidas dobradas; e a implantação do órgão denominado Erário Régio, onde se
introduziu o método das partidas dobradas na administração financeira e fiscal. Além disso, os autores
adicionam que “O processo de escrituração das contas só poderia ser feita por profissionais que estudassem
aulas de comércio, sendo essas aulas realizadas no Brasil, originárias de Portugal, e preparavam os
empregados do comércio para o exame na Junta Comercial”.
“No Brasil, através do Alvará de 15 de julho de 1809, foi oficializado as Aulas de Comércio no
Brasil, com nomeação do Sr. José Antônio Lisboa (O Visconde de Cairu), que se torna o primeiro professor
de Contabilidade no Brasil” (REIS; SILVA; SILVA, 2008). No entanto, o ensino da contabilidade apenas
se estruturou após a criação, em 1902, da Escola Prática de Comércio, atualmente Fundação Escola de
Comércio Álvares Penteado.
Conforme Peleias et al (2007), o século XX foi marcado pelo surgimento dos cursos
profissionalizantes ou de Ensino Técnico Comercial, instituído pelo Decreto 17.329, de 28 de maio de 1926,
aprovando o regulamento dos estabelecimentos de ensino para oferecer dois cursos: formação geral de

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quatro anos, e o outro, superior, de três anos. O curso geral de Contador, e, o superior, em Ciências
Econômicas.
Soares et al (2011) afirma que o curso de nível superior em contabilidade surgiu no Brasil em 1945,
pela Lei 7.988, de 22 de setembro. Ainda segundo os autores, o Curso Superior de Ciências Contábeis e
Atuariais, inicialmente contemplava conteúdos de economia e direito, bem como de outras áreas. Entretanto,
com a evolução da sociedade, foram retirados alguns conteúdos e adicionados outros, culminando mesmo
com o desmembramento de cursos, como os de administração, economia, atuariais e o de Ciências
Contábeis. Estas ocorrências na sociedade provocam mudanças no ensino, para que os profissionais se
tornem mais preparados (PELEIAS et al, 2007).
No Rio Grande do Norte a história segue o mesmo percurso. A escola de comércio de Natal foi
fundada em 08 de setembro de 1919, e em 30 de setembro de 1957, foi criada a Faculdade de Ciências
Econômicas, Contábeis e Atuariais, mas com funcionamento autorizado apenas em 05 de junho de
1962. Posteriormente, em 1971, a faculdade foi incorporada a Universidade Federal do Rio Grande do
Norte.
Em 2017, considerando como ano-base 1962, o curso de Ciências Contábeis da UFRN completa
55 anos. A pesquisa que se procede é uma demanda própria do curso e, como citado anteriormente,
conhecer a história do curso traz o entendimento de como ele é hoje e quais são as perspectivas para o
futuro. Cita-se aqui a pesquisa de Pinheiro (2010), que estudou a história do curso de Ciências Contábeis da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.
Além disso, este estudo visa também entender a trajetória do curso através do perfil histórico dos
seus docentes. Por meio da coleta de documentos históricos na Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, pode-se entender melhor a formação do curso, como também o seu próprio perfil através do ensino
proporcionado por seus docentes. Outras pesquisas avaliam o perfil dos docentes de Ciências Contábeis
no tocante a métodos de ensino e formação, como exemplo (ANDERE; ARAÚJO, 2008; VALENTE;
ABIB; KUSNIK, 2009). No caso deste trabalho, o estudo entre em uma nova vertente, não apenas em
analisar o perfil dos professores antigos do curso de Ciências Contábeis da UFRN, como também o perfil
dos docentes ativos e suas perspectivas futuras para o curso em questão.

Destacaram-se nove pontos, que formam uma sequência de fatos, que vão do geral até o assunto
específico tratado na pesquisa:

1. Pesquisa histórica
2. A história da humanidade
3. A história da contabilidade
4. A contabilidade no Brasil
5. O ensino da contabilidade no país e o surgimento das escolas de comércio no país
6. A criação do curso
7. A história da contabilidade no RN, através da Faculdade e da UFRN
8. A comemoração dos 55 anos do curso de ciências contábeis da UFRN
9. Outras pesquisas

A partir destes pontos, a autora contextualizou seu problema de pesquisa, trazendo todo um arcabouço
para que o leitor entenda a utilidade de estar pesquisando aquele tema.
Segue outro exemplo:

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Monografia do discente Raylanderson Vasconcelos de Medeiros: “ANÁLISE DE CUSTOS DA


PRÁTICA DE LOGÍSTICA REVERSA APLICADA AO PROJETO LOGISVERDE DA COSERN”
– 2016.1

1. INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA

Após vários anos do início do processo de industrialização, diversos problemas ambientais fizeram
com que as empresas passassem a se preocupar e adotar sistemas de gestão ambiental e
sustentabilidade. À medida que aumenta a degradação do meio ambiente e também os problemas naturais,
a sociedade clama por atitudes das grandes empresas e indústrias.
Um dos maiores problemas é o descarte incorreto de resíduos. Em decorrência de produções em
grande escala, há um grande acúmulo de lixo e o descarte inadequado antes e após o consumo. O descarte
adequado de resíduos é importante, pois previne, por exemplo, a proliferação de doenças, contaminação do
solo através de substâncias tóxicas e enchentes nos centros urbanos (REIDLER; GÜNTHER, 2002).
A preocupação com o ambiente se deve à diversos fatores, como: a exigência e fiscalização da
própria sociedade; a forma que as empresas lidam com a preservação da natureza; as exigências dos órgãos
governamentais, da legislação; e a própria competitividade entre as organizações que acarretam em análises
para o desenvolvimento de técnicas cada vez mais sofisticadas para o gerenciamento da cadeia de
suprimentos, fazendo com que o descarte dos produtos ou dejetos de materiais ocorram de forma
correta sem causar danos imediatamente ou em um futuro próximo.
A prática da Logística Reversa surgiu nas últimas décadas através deste movimento em escala
global buscando por soluções que conciliem desenvolvimento socioeconômico com respeito ao meio
ambiente (CHAVES et al., 2005). O objetivo desta metodologia é garantir, de forma eficaz, o fluxo de
retorno de produtos, embalagens e materiais para os seus centros produtivos, para que eles possam ser
descartados ou reintroduzidos no ciclo de negócio. Assim, é possível reduzir a geração de resíduos e garantir
um melhor aproveitamento dos recursos naturais (CLOCK et al., 2011).
Outra área da logística que nasceu nas últimas décadas e vem crescendo cada vez mais é a Logística
Verde, ou logística ecológica. Essa área se refere a compreender e minimizar o impacto ecológico da
atividade de logística. Essa prática inclui medir o impacto ambiental em particular modos de transporte, a
certificação ISO 14000, reduzindo tanto o uso da energia nas atividades de logística e quanto o uso de
materiais. Além disso está diretamente ligada à Logística Reversa, pois muitas atividades que envolvem a
Logística Verde também podem ser classificadas como Logística Reversa, porém não é algo que pode ser
citado como regra (ROGERS; TIBBEN-LEMBKE, 1998).
Atualmente, a sociedade possui alguns exemplos em que a logística reversa é utilizada, porém
grande parte das pessoas não identifica essa prática. Um deles se refere às garrafas de vidro de cerveja ou
refrigerante que, para adquirir um novo produto com um preço mais baixo, é necessário devolver o
vasilhame para aos revendedores. Após a devolução essas garrafas vazias retornam aos fabricantes que
reutilizam ou descartam adequadamente fazendo com que tenhamos um ciclo completo do aproveitamento
da matéria prima.
No ano 2000, foi sancionada a Lei nº 9.991, que trata da realização de investimentos em pesquisa e
desenvolvimento e em eficiência energética por parte das empresas concessionárias, permissionárias e
autorizadas do setor de energia elétrica, e dá outras providências. Essa Lei, que já teve sua última
atualização na redação com o advento da Lei 12.212/2010, evidencia a obrigação de empresas do ramo de
distribuição de energia elétrica a converter uma porcentagem 0,5% de sua receita operacional líquida em
projetos de eficiência energética. Entre os projetos que já vem sendo praticados está o de substituição de
geladeiras e lâmpadas por modelos mais eficientes e que causem menor impacto ambiental. Nesse processo
a Logística Reversa é uma aliada forte, pois retira e devolve esses equipamentos e materiais que foram
substituídos aos fabricantes, fazendo com que o ciclo da Cadeia de Suprimentos se complete.
No ano de 2010, foi sancionada no Brasil a Lei nº 12.305, que consiste no Plano Nacional de
Resíduos Sólidos e tem como objetivo de enfrentar os problemas advindos do manejo e descarte inadequado

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de resíduos. Ao grosso modo, essa Lei cria alguns mecanismos para incentivar a prática de hábitos de
consumo sustentáveis e um conjunto de instrumentos que propiciam o aumento no controle da reciclagem e
reutilização dos produtos e com isso a prática da logística reversa é um ponto chave para a eficácia dessa
Lei.
As empresas distribuidoras de energia elétrica, que são reguladas pela Agência Nacional de
Energia Elétrica – ANEEL, também possuem, desde 2007, um incentivo para que sejam desenvolvidos
projetos diversos tendo como foco a sustentabilidade. Em 2013, a Agência publica o seu Plano de
Gestão de Logística Sustentável, conhecido pelo nome de “ANEEL Sustentável”. Esse instrumento de
planejamento é voltado para ascensão da sustentabilidade nas vertentes econômica, social e
ambiental. Nele, há diversos indicadores, diretrizes e metas para as empresas mapearem todo o
processo de implantação ou acompanhamento de projetos. A habilidade de cada empresa em
compreender este cenário adverso e buscar por soluções criativas e inovadoras é que vai fazer com
que os avanços continuem.
Recentemente, a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica – Abinee, criou uma
entidade responsável por gerir e contratar serviços de logística reversa e produtos eletroeletrônicos
fabricados por empresas associadas visando cumprir as diretrizes impostas pela Lei nº 12.305/2010.
Segundo dados disponibilizados pela Abinee, no Brasil são comercializadas, anualmente, cerca de 1,2 bilhão
de pilhas e 400 milhões de baterias e com a criação dessa nova entidade deverá ocorrer um aumento
significativo no mercado trazendo repercussões econômicas e concorrências positivas.
A madeira é um exemplo de tipo de material que pode ser enquadrado no contexto da logística
reversa, pois ela é uma matéria prima universal, utilizada em diversos setores da sociedade, que quando não
sofre mistura é considerado inofensivo à saúde humana e, dependendo do local de descarte, ao meio
ambiente. No entanto, quando esse material sofre algum processo químico pode obter-se algo altamente
tóxico e perigoso devido a todos os elementos que participam do processo. Para evitar o descarte incorreto
desse tipo de material, algumas madeireiras utilizam a prática da logística reversa para reutilizar ou reciclar,
dependendo da vida útil, fazendo com que exista até a possibilidade de destinação para outras indústrias
(GUARNIERI et al., 2006).
Utilizando este conceito e verificando o grande volume de bobinas de madeira abandonados sem a
devida preocupação e nos impactos negativos que isso poderia trazer para a sociedade, foi que surgiu o
Projeto Logisverde. Esse Projeto, criado em 2008 pela Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia
– Coelba e implantado na Companhia Energética do Rio Grande do Norte – Cosern – no mesmo ano,
é um exemplo bem-sucedido da prática de logística reversa. O Projeto promove o retorno ao ciclo
produtivo das bobinas de cabos condutores usados nas obras de extensão e manutenção de redes de energia
elétrica à empresa com o objetivo de promover um melhor aproveitamento de recursos naturais contribuindo
para um desenvolvimento sustentável, reduzindo o desflorestamento e contribuindo para a redução da
geração de resíduos provenientes da utilização dessas bobinas evitando, dessa forma, a contaminação do
solo e da água.
Neste contexto, o presente trabalho tem como problemática: qual a importância da prática de
logística reversa aplicada ao Projeto Logisverde da Cosern?

Aqui se falou primeiramente dos problemas ambientais ocasionadas pelas empresas, continuando com
a questão da geração de resíduos, e culminando com o conceito de Logística Reversa. Após isso, o
texto cita exemplos de utilização de logística reversa. Segue com citações a legislação brasileira sobre
o assunto. Ademais, cita as empresas de energia elétrica, terminado com o exemplo da madeira como
resíduo, que é o objeto de estudo do trabalho.
Neste caso, o autor termina a contextualização do problema com o problema: “Neste contexto, o
presente trabalho tem como problemática: qual a importância da prática de logística reversa aplicada ao
Projeto Logisverde da Cosern?”

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Mini-Curso “Foco no TCC” 2016.2

OBJETIVOS

Geral: O objetivo do Objetivo Geral é transcrever a sua inquietação de forma escrita, de forma clara e
concisa. Geralmente, é o problema em forma afirmativa, mas nem sempre (depende de abordagem do
autor/orientador).

Exemplo de Objetivo Geral:

Monografia de Marke Geisy da Silva Dantas: “A UTILIZAÇÃO DA ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE


DADOS NA MEDIÇÃO DE EFICIÊNCIA DOS CLUBES BRASILEIROS DE FUTEBOL” – 2011.1

Medir a eficiência dos clubes brasileiros de futebol através da Análise Envoltória de Dados.

Segue outros exemplos de objetivos gerais, com a transcrição da problemática de pesquisa:

Monografia de João Victor Joaquim dos Santos: “EXCESSO DE CONFIANÇA E SENSO DE


CONTROLE: um estudo com os discentes do curso de Ciências Contábeis da cidade de Natal-RN” –
2015.1

Nesse contexto, esse trabalho está orientado pela seguinte questão problema: Como se comportam
os estudantes de Ciências Contábeis da cidade de Natal em relação aos vieses excesso de confiança e
senso de controle?

1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Geral

Investigar o comportamento dos estudantes do curso de Ciências contábeis da cidade de Natal acerca
dos vieses senso de controle e excesso de confiança.

Objetivos específicos: são os passos metodológicos para atingir o geral. São suficientes de três a quatro
objetivos específicos. Cuidados a se tomar:
 Não utilizar como objetivo específico a busca de referencial teórico ou estudos para embasar o
trabalho;
 Não repetir os verbos iniciais de cada objetivo específico (analisar, determinar, relacionar,
identificar, averiguar, etc.);
 São os pontos a serem respondidos na análise de dados.
 Verificar que estes pontos estão mais ligados a como será feita a análise dos dados.

Exemplos:

Monografia da discente Hully Danielly Macedo da Rocha: “DETERMINANTES DOS CUSTOS COM
A FORMAÇÃO DOS JOGADORES DE FUTEBOL NO BRASIL” – 2015.2

1.2.2 Objetivos Específicos

Para que o objetivo geral deste trabalho de pesquisa fosse alcançado, traçaram-se os seguintes objetivos
específicos:
 Determinar o custo dos jogadores em formação;

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 Identificar quais fatores podem se relacionar com os custos de formação;


 Analisar quais variáveis dentre as escolhidas se relacionam com os custos de formação.

Monografia de João Victor Joaquim dos Santos: “EXCESSO DE CONFIANÇA E SENSO DE


CONTROLE: um estudo com os discentes do curso de Ciências Contábeis da cidade de Natal-RN” –
2015.1

1.2.1 Geral
Investigar o comportamento dos estudantes do curso de Ciências contábeis da cidade de Natal acerca
dos vieses senso de controle e excesso de confiança.

1.2.2 Específicos
Os objetivos específicos da presente pesquisa são:

 Investigar a existência dos vieses senso de controle e excesso de confiança nos estudantes, bem como
sua relação com o gênero dos respondentes;
 Averiguar a existência de relação entre os vieses senso de controle com o nível de renda dos
respondentes;
 Averiguar a existência de relação entre os vieses senso de controle com a situação ocupacional;

JUSTIFICATIVA

A justificativa do trabalho talvez seja a parte mais importante da


introdução, pois é nela que será informada a causa, o motivo, a
razão e a circunstância de estar se escrevendo esta pesquisa.
Aqui, é onde se faz a “defesa” do estudo. Assim, importante o bom
embasamento, sem se repetir.

O que deve estar em uma justificativa:

 Podem ser citados (somente citados) estudos anteriores na mesma temática ou com
metodologias parecidas;
 Explicar tal importância diante de alguma mudança, como uma nova legislação, um novo
método, alteração no ambiente, inclusão de uma nova variável, etc;
 Se for um estudo de caso, a importância de analisar/implantar a metodologia utilizada;
 Se for o caso, citar o aspecto pessoal, sem colocar juízo de valor;
 Escrever de quatro a cinco parágrafos;
 Qual a importância para a sociedade acadêmica e o avanço na pesquisa será dada.

Exemplos de parágrafos utilizados em uma justificativa:

Monografia do discente Hully Danielly Macedo da Rocha: “DETERMINANTES DOS CUSTOS COM
A FORMAÇÃO DOS JOGADORES DE FUTEBOL NO BRASIL” – 2015.2

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Mini-Curso “Foco no TCC” 2016.2

O presente trabalho tem como foco a utilização de um jogo de tabuleiro para transmitir conteúdos
relacionados com as disciplinas de Controladoria Empresarial e Orçamento Empresarial, uma técnica de
ensino ainda não utilizada anteriormente no curso de ciências contábeis da UFRN. A proposta deste trabalho
é trazer novidades e inovação ao ensino em contabilidade utilizando a metodologia dos jogos, e também
proporcionar motivação e interesse aos alunos através da utilização deste método de ensino aliado ao
método tradicional, tendo em vista a possível desmotivação dos mesmos com os métodos tradicionais de
transmissão de conteúdo.

Monografia da discente Eduardo Miguel de Lima Silva: “MÉTODOS ALTERNATIVOS DE


ENSINO EM CONTABILIDADE: UM EXPERIMENTO COM JOGOS DE TABULEIRO” – 2015.2

Apesar da importância, pesquisas relacionadas aos custos com a formação dos jogadores de futebol é
um tema atual e pouco explorado no meio acadêmico. Neste contexto de carência de conhecimento
científico específico, este trabalho objetivou estudar quais são os (possíveis) fatores determinantes dos
custos com a formação de atletas. A intenção é desenvolver um estudo desse setor e mostrar que atualmente
representa uma grande oportunidade de crescimento para o profissional contábil e que o assunto deve ser
aproveitado para outros trabalhos acadêmicos devido à escassez de informações da área desportiva.
Esta pesquisa se destaca em relação às demais por alguns motivos. Primeiro, pois os insumos que
serão considerados estão diretamente relacionados ao principal ativo dos clubes de futebol, que são os
jogadores. Em segundo lugar, o estudo compreende um assunto pouco explorado no universo acadêmico,
que são os determinantes dos custos com a formação dos jogadores. Além disso, traz elementos importantes
para o aprofundamento dos estudos que seguem essa mesma temática.

REVISÃO DA LITERATURA OU REFERENCIAL TEÓRICO

 A base teórica da pesquisa


 Os tópicos dependem do trabalho. Fazer no máximo 4.
 Colocar um tópico de “Estudos Anteriores” (explicar a metodologia e os resultados dos trabalhos
semelhantes);
 Deve buscar um aparato teórico para atender ao objetivo geral.

Monografia da discente Eduardo Miguel de Lima Silva: “MÉTODOS ALTERNATIVOS DE


ENSINO EM CONTABILIDADE: UM EXPERIMENTO COM JOGOS DE TABULEIRO” – 2015.2

2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS Referencial
2.2 TEORIA DA DIFUSÃO DA INOVAÇÃO teórico
2.3 TEORIA DA GAMIFICAÇÃO (GAMIFICATION)
2.4 ORIGEM, DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS DOS JOGOS DE EMPRESA
2.5 EVOLUÇÃO E APLICAÇÃO
Revisão da
2.6 JOGOS DE EMPRESA NO BRASIL
2.7 ESTUDOS ANTERIORES literatura

Diferença: O referencial teórico utiliza teorias da base: Teoria da Agência, Teoria dos Jogos, Teoria do
Caos, Teoria das Restrições, Teoria da Gamificação, etc. A Revisão da Literatura somente nos remete a
citações e opiniões de outros autores.

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Mini-Curso “Foco no TCC” 2016.2

Aqui não existe muito segredo, já que a formatação do Referencial Teórico / Revisão da Literatura
depende do tipo de trabalho que está sendo feito. O exemplo anterior mostra como o exemplo que o
referencial teórico utiliza teorias de base para embasar o estudo realizado. O que deve se ter cuidado
nesta parte é com a utilização das referências, já que nesta parte o seu número é expressivo. Além do
cuidado com o plágio, deve-se atentar também para a qualidade das referências utilizadas. As figuras a
seguir mostram três pontos que devem ser destacados. A primeira figura mostra os artigos mais clássicos
citados sobre teoria da agência, enquanto a segunda figura mostra o filtro com trabalhos recentes sobre o
mesmo tema.

1 – Filtro do Google Acadêmico “A qualquer momento”: Mostra os artigos pela maior relevância
2 – Número de citações daquele artigo
3 – Filtro do Google Acadêmico “Desde 2012”: Mostra os artigos daquele assunto a partir de 2012

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Questões de Interdisciplinaridade

Apesar de estarmos falando sobre trabalhos em contabilidade, obviamente por ser uma ciência social, a
contabilidade se relaciona com outras ciências. Em certas pesquisas, é aceitável que o autor do trabalho
possa relacionar a contabilidade com outros assuntos do conhecimento humano, para que o trabalho
possa ser o mais interdisciplinar possível, e até se tornar referência para outras áreas.
Segue exemplo:

Monografia do discente Hully Danielly Macedo da Rocha: “DETERMINANTES DOS CUSTOS COM
A FORMAÇÃO DOS JOGADORES DE FUTEBOL NO BRASIL” – 2015.2

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Envolveu outros aspectos não contábeis, como o


2.1 FORMAÇÃO DOS JOGADORES sonho de ser jogador de futebol, os problemas em
2.2 JOGADORES DE FUTEBOL: ATIVO INTANGÍVEL? relação à escola, tempo, falta da família etc.
2.2.1 Categorias de base: Custos com a formação dos atletas
2.3 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AO FUTEBOL
2.4 ESTUDOS ANTERIORES

Monografia do discente Hully Danielly Macedo da Rocha: “DETERMINANTES DOS CUSTOS COM
A FORMAÇÃO DOS JOGADORES DE FUTEBOL NO BRASIL” – 2015.2

A batalha para se tornar um atleta profissional é árdua, e muitas vezes é interrompida no meio do
caminho. Para Marques e Samulski (2009), esse processo é extremamente conflituoso e, repetidas vezes,
envolve uma série de percalços. Dentre eles, destaca-se, principalmente, a separação da família e do seu
meio social, a dificuldade de continuar frequentando a escola, a cobrança nos treinamentos e competições e
a incerteza quanto à sua permanência nas divisões de base e chegada ao futebol profissional.
[...]
Uma grande dificuldade que se observa nos pequenos atletas é a de conciliar os treinos com as
atividades escolares, isso porque, segundo Melo (2010), a carga horária que esses jovens atletas em
formação dedicam ao futebol é similar ao tempo dedicado à escola. O autor ainda afirma que o treinamento
nas categorias de base é praticamente o mesmo das equipes profissionais, o que nos leva a perceber que o
treinamento de um atleta em formação é exigente, o que ocupará grande parte do tempo que deveria ser
direcionado à escola.

Estudos anteriores

Além do referencial teórico e da revisão da literatura, também é importante analisar e trazer para o
trabalho estudos que se utilizaram da mesma metodologia ou de metodologias parecidas com a que o
autor irá utilizar no seu trabalho. Geralmente, se faz quadro com diversas informações: autores, título do
trabalho, objetivo, resultados, variáveis, amostra, dentre outros tópicos, dependendo da necessidade.
Estes estudos poderão embasar a sua justificativa, pois mostra o quanto relevante é o seu estudo. Como
também traz a evolução histórica do conceito estudado. Segue exemplo:

Monografia do discente Raylanderson Vasconcelos de Medeiros: “ANÁLISE DE CUSTOS DA


PRÁTICA DE LOGÍSTICA REVERSA APLICADA AO PROJETO LOGISVERDE DA COSERN”
– 2016.1

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Mini-Curso “Foco no TCC” 2016.2

Quadro 1 – Resumo dos estudos anteriores sobre a logística reversa


Autor Título Objetivo
Apresentar uma visão geral e introdução sobre a logística
Rogers e Tibben- Going Backwards: Reverse reversa e fornecer informações detalhadas sobre a melhor forma
Lembke (1998) Logistics Trends and Practices. para gerir bem essa prática.

Definição, dificuldades e tendências da prática da logística


reversa e resume de forma sintética as principais razões para
Logística Reversa – Conceitos e
Rodrigues et al. (2002) essa prática como: sensibilidade ecológica, pressões legais,
Componentes do Sistema.
redução do ciclo de vida dos produtos, imagem diferenciada e
redução de custos.
Diagnóstico da Logística Reversa
na Cadeia de Suprimentos de Sistematizar e identificar a prática da logística reversa e funções
Chaves et al. (2005)
Alimentos Processados no Oeste estratégicas nas empresas analisadas.
Paranaense.

[...]
Eficiência na Logística Reversa de
Verificar a prática da logística reversa para os transformadores
Kunz, Gabiatti e Brutti Transformadores de Distribuição de
de distribuição de energia elétrica e os benefícios que a prática
(2014) Energia Elétrica e os Benefícios
traz para o meio ambiente.
para o Meio Ambiente.
Logística Reversa do Óleo Isolante Analisar um processo de logística reversa aplicado em uma
Rodrigues et al. (2015) de Transformadores em uma empresa do setor elétrico no estado do Pará que possui resíduos
Empresa do Setor Elétrico. do óleo mineral isolante de transformadores.

Os resultados foram apresentados no decorrer do texto, como segue no parágrafo a seguir:

“O estudo desenvolvido por Kunz, Gabiatti e Brutti (2014) teve como foco verificar a prática da
logística reversa para os transformadores de distribuição de energia elétrica e os benefícios que a prática
traz para o meio ambiente. A obtenção de dados ocorreu através de uma distribuidora de energia elétrica
no sul do país. Com o término do estudo os autores chegaram à conclusão de que os principais métodos
para a excelência do processo de logística reversa dos transformadores foram melhorias realizadas de
cunho logístico, administração da produção, gerência de processos, gestão de pessoas e gestão do meio
ambiente. Ficou também evidente a redução dos custos de aquisição de novos transformadores fazendo
com que o reaproveitamento e reutilização dos materiais chegasse a uma poupança de R$ 822.000,00”.

Outro exemplo

Dissertação de Mestrado de Marke Geisy da Silva Dantas: “FATORES DETERMINANTES DA


EFICIÊNCIA FINANCEIRA E ESPORTIVA DE CLUBES DE FUTEBOL DO BRASIL” – 2016.1

Autor Amostra Período Insumo Produto Técnica


Total dos salários
English
dos jogadores;
Premier Pontos, total de espectadores e
Haas (2003) 2000/01 salário do treinador; DEA - BCC e CCR
League (20 receita
população da cidade
clubes)
que reside a equipe
Soleimani- DEA e Analytical
Pontos na liga, número de
Damaneh, Iranian primer Ativos Fixos, Hierarchy Process
2009/10. espectadores e a renda no fim da
Hamidi e football league Salários (AHP) – BCC orientado
temporada
Sajadi (2011) a input

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Mini-Curso “Foco no TCC” 2016.2

Primeiro estágio:
Kern,
Custos salariais, Primeiro estágio: valor de
Schwarzmann English 2006/07
atividade líquida de mercado. Segundo estágio: DEA (BCC e CCR,
e Premier a
transferência. Receitas, Público e Sucesso eficiência de escala).
Wiedenegger League 2008/09
Segundo estágio: esportivo (segundo estágio)
(2012)
Valor de mercado
Quadro 1: Resumo dos trabalhos que aliam eficiência e futebol

METODOLOGIA

Descreve todo o proceder da pesquisa, desde o seu tipo até a forma como foi feita a análise. Descreve o
caminho que você vai percorrer para chegar aos seus resultados.

3 METODOLOGIA Também pode conter um sub-tópico “Coleta de


3.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA dados”.
3.2 UNIVERSO E AMOSTRA
3.3 TRATAMENTO DOS DADOS Também pode aparecer nas Considerações Finais.
3.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA Questão de gosto ou de abordagem de avaliadores e
orientadores.

Tipologia da pesquisa

Tipologia da pesquisa
 De acordo com Beuren (2010), podemos
classificar os tipos de pesquisa quanto aos:

• Exploratória
OBJETIVOS • Descritiva
• Explicativa

ABORDAGEM DO • Qualitativa
PROBLEMA • Quantitativa

• Estudo de caso; Levantamento;


PROCEDIMENTOS • Documental; Experimental;
• Participante; Pesquisa-Ação
20:39 51

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Mini-Curso “Foco no TCC” 2016.2

Pesquisa exploratória: esse tipo de pesquisa é utilizado quando os dados sobre determinado assunto são
escassos. Através do estudo exploratório, buscamos aprofundar os nossos conhecimentos em determinada
área, facilitando a formulação de hipóteses.
Pesquisa descritiva: os fenômenos são observados, descritos e registrados, porém não são manipulados
Objetivos
pelo pesquisador.
Pesquisa explicativa: é um método considerado complexo, pois além de descrever, analisar e registrar os
dados, busca-se, através dela, determinar as variáveis que influenciam e determinam a ocorrência das
situações pesquisadas, ou seja, o motivo de tal fenômeno ocorrer.
Pesquisa qualitativa: o estudo qualitativo é caracterizado pela análise da interação entre variáveis,
buscando compreender os fenômenos que ocorrem nos grupos observados.
Abordagem
Pesquisa quantitativa: tem como principal característica o uso de quantificação durante a coleta de
informações, realizando o tratamento destas por meio de técnicas estatísticas.
Estudo de caso: o pesquisador tem como foco uma única situação e a partir dessa técnica ele tenta
absorver os poucos objetos analisados de forma profunda, sendo uma forma de buscar um conhecimento
específico.
Levantamento ou Survey: tem como principal característica a interrogação direta a todos os indivíduos,
ou seja, a obtenção de informações sobre determinada população, através da solicitação. Esses dados vão
passar por análises quantitativas para se chegar a alguma conclusão relevante.
Pesquisa bibliográfica: Esse tipo de pesquisa pode vir acoplado às investigações descritivas ou
experimentais ou isoladamente, através da análise de informações já documentadas. Por ser responsável
pela obtenção de dados dos referenciais teóricos, a pesquisa bibliográfica é considerada obrigatória.
Procedimentos Pesquisa experimental: ocorre quando o pesquisador manipula uma ou mais variáveis, na tentativa de
produzir efeitos diferentes. Normalmente é utilizada quando buscamos compreender a relação entre as
variáveis ou a função de uma sobre o todo.
Pesquisa documental: pode ser confundida com a bibliográfica, porém apresenta como fator diferencial a
natureza dos dados coletados, sendo estes provenientes de materiais que ainda não passaram por um
processo de tratamento analítico.
Pesquisa participante: caracteriza-se pela inserção do pesquisador e dos seus colaboradores no ambiente
analisado, ou seja, pela interação entre os membros das situações investigadas e os pesquisadores.
Pesquisa-ação: normalmente associada a ações coletivas e orientada para a resolução de problemas ou de
objetivos de transformação.

Universo e amostra
Mostra a população de dados e a quantidade destes que foram utilizados. Se for estudo de caso, pode-se
demonstrar a quantidade de casos semelhantes ao estudado.

Monografia do discente Patrézio Diego Teixeira de Almeida: “PERFIL DOS ALUNOS DE


CIÊNCIAS CONTÁBEIS SOB A ÓTICA DA CONTROLADORIA” – 2015.1

O universo da pesquisa compreende todos os alunos do 5º ao 10º período matriculados no curso de


Ciências Contábeis da UFRN, totalizando 463 alunos (POPULAÇÃO), e a amostra é composta pelos
alunos que foram entrevistados e que responderam de forma correta o instrumento de pesquisa, totalizando
142 (AMOSTRA) (31%) respondidos.

Monografia do discente Égon Celestino: “PROBLEM-BASED-LEARNING (PBL) NOS CURSOS DE


CIÊNCIAS CONTÁBEIS DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR (IES) DE NATAL, RN.” –
2014.2

3.2 Universo, População e Amostra


Os sujeitos da pesquisa são os alunos que cursam a última série do curso, por já terem passado por
todo o percurso formativo. O universo da Pesquisa é constituído por alunos concluintes, partindo do cadastro
das Instituições de Ensino Superior (IES), disponível no sítio eletrônico: http://emec.mec.gov.br/, do

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Ministério da Educação e Cultura – MEC (2014). Foram identificadas 07 instituições com ensino presencial
do curso de Ciências Contábeis na cidade do Natal/RN.

Quadro 01: Lista das IES em Natal/RN com o curso de ciências contábeis.
ORDEM Modalidade: Presencial
1 Centro Universitário do Rio Grande do Norte – UNIRN
2 Centro Universitário FACEX – UNIFACEX
3 Faculdade Estácio de Natal – ESTÁCIO DE NATAL
4 Faculdade Maurício de Nassau de Natal - FMN Natal
5 Faculdade Natalense de Ensino e Cultura – FANEC
6 Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
7 Universidade Potiguar – UNP
Fonte: Ministério da Educação (MEC, 2014).

[...]
Neste trabalho, a população fica assim definida:
Das instituições de ensino Superior listadas, obtemos respostas e aplicações em 6 IES, sem acesso,
apenas, à instituição ESTÁCIO DE NATAL, haja vista não obtermos respostas de e-mails de solicitação e
ligações para a coordenação para aplicação dos questionários. Sendo assim, tivemos acesso a uma população
de 540 alunos concluintes nas IES, distribuídos em turnos diurno e noturno. Como a teoria sugere que o PBL
seja desenvolvido em sala de aula convencional, exclui-se da população os alunos dos cursos a distância.
Unidade amostral: igual aos elementos da pesquisa.
Abrangência Geográfica: capital potiguar.
Período de Tempo: Setembro a Outubro de 2014 (quando se realizou a pesquisa de campo).
A composição da amostra refere-se aos elementos escolhidos para formá-la e ao seu
dimensionamento. Na amostragem não probabilística por conveniência, as pessoas foram selecionadas e
enquadradas em nossa população por acessibilidade para pesquisa. Pode-se obter 263 respostas de uma
população de 540 alunos, constituindo, deste modo, uma amostra representativa de 48,7%.
Tratamento dos dados

Essa parte depende do estudo a ser realizado. Deve evidenciar como foi feita a coleta de dados, o método
quantitativo ou qualitativo utilizado, descrever como foi feita toda a análise e porventura discutir as
variáveis da pesquisa e o motivo de sua utilização. Segue uma dica, caso se trabalhe com variáveis. Cada
variável foi proposta por um autor diferente e a autora fez um quadro identificando a variável com o autor
relacionado.

Monografia da discente Maria Alice Alves da Costa: “FATORES DETERMINANTES DO


ENDIVIDAMENTO DOS CLUBES DE FUTEBOL DO BRASIL” – 2014.2

Table 1: Regression Variables


Dependent Variables Formula References Expected Signal
Short and Long Term Liabilities / Mourão (2012),
Debt Ratio ---
Total Assets Brandão (2012)
Independent Variables Formula References Expected Signal

Return on Assets (ROA) Net Profit / Total Assets Dantas (2013) Negative

Current Assets / Current


Current Ratio Nakamura et al. (2007) Negative
Liabilities

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Cost / Asset Operational Costs / Total Assets Mourão (2012) Positive

Ln of Net Nakamura et. al. (2007),


Size Negative
Operational Income Famá e Perobelli (2002)
Dantas, Machado e Macedo
Score Points Earned / Total Points Positive/Negative
(2015)
Dantas, Machado e Macedo
Division (D) 1 for First Division Clubs Positive/Negative
(2015)
Source: Elaborated by the authors. Notes: (D) is used to indicate Dummy Variables.

Exemplos escritos

Monografia da discente Eduardo Miguel de Lima Silva: “MÉTODOS ALTERNATIVOS DE


ENSINO EM CONTABILIDADE: UM EXPERIMENTO COM JOGOS DE TABULEIRO” – 2015.2

3.2 TRATAMENTO DOS DADOS


3.2.1 Experimento

Neste trabalho, foi utilizado o jogo de tabuleiro Power Grid® para verificar a eficiência da utilização
de métodos alternativos de ensino em contabilidade. Ao todo, participaram da pesquisa 35 alunos,
matriculados nas disciplinas de Controladoria Empresarial e Orçamento Empresarial do curso de Ciências
Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, ambas ministradas pelo professor Marke Geisy
da Silva Dantas. Desse total de 35 alunos, 22 foram submetidos ao primeiro questionário e não tiveram
contato com o jogo, todos matriculados no turno noturno, e 13 matriculados no turno matutino, responderam
o primeiro questionário, jogaram o Power Grid®, e após utilizarem o jogo, responderam um segundo
questionário.
Para os alunos que tiveram contato com o jogo Power Grid®, foram montados seis grupos para fazer
o papel de jogador, em função da quantidade de alunos, 13. Antes dos grupos iniciarem o jogo, foi aplicado
o primeiro questionário para verificar o perfil, a percepção inicial dos alunos em relação à utilização de
métodos alternativos de ensino, motivação, inovação, eficiência, produtividade e decisão de investimento.
Após os alunos jogarem, foi aplicado o segundo questionário, perguntando sobre a aceitação do método de
ensino jogos de empresa por parte deles, a importância atribuída para conceitos apresentados, e foi
perguntado novamente sobre eficiência, produtividade e decisão de investimento.
[...]

ANÁLISE DE DADOS

Depende de cada pesquisa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A finalização do trabalho. Deve retomar o objetivo do trabalho (depende da abordagem) apresentar as


conclusões da pesquisa, um apanhado breve do resultado, as limitações da pesquisa (se for o caso), e
sempre sugerir o que o leitor do seu estudo pode melhorar após a leitura, o que ele pode contribuir a partir
do seu trabalho. Segue exemplo de sugestões:

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Mini-Curso “Foco no TCC” 2016.2

Monografia do discente Raylanderson Vasconcelos de Medeiros: “ANÁLISE DE CUSTOS DA


PRÁTICA DE LOGÍSTICA REVERSA APLICADA AO PROJETO LOGISVERDE DA COSERN”
– 2016.1

Como sugestão para pesquisas futuras, pode-se verificar a viabilidade financeira e ecológica de
implantação da prática da logística reversa em outros tipos de resíduos sólidos gerados pela própria Cosern.
Após uma ampla análise utilizando o processo que a empresa possui como base para gestão dos estoques,
essa pesquisa poderia contribuir para um patamar em que toda a cadeia de logística da empresa seria
mapeada, desde o início de seu ciclo até o fechamento, contribuindo para uma melhoria de indicadores
ambientais e financeiros.
[...]

Monografia do discente Égon Celestino: “PROBLEM-BASED-LEARNING (PBL) NOS CURSOS DE


CIÊNCIAS CONTÁBEIS DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR (IES) DE NATAL, RN.” –
2014.2

Quanto às expectativas de estudos futuros, propomos investigar melhor se há efetividade do método,


considerando a opinião dos alunos que vivenciaram a experiência ou investigando a causa da tímida
utilização explícita do método PBL, especialmente nas áreas financeira e gerencial da contabilidade.

Monografia de João Victor Joaquim dos Santos: “EXCESSO DE CONFIANÇA E SENSO DE


CONTROLE: um estudo com os discentes do curso de Ciências Contábeis da cidade de Natal-RN” –
2015.1

Desse modo, para pesquisas futuras pode-se sugerir: i) a replicação desse estudo, considerando
amostras diferentes, como estudantes de outras áreas, ou até profissionais; ii) A ampliação da amostra,
aplicando a estudantes de outros estados e outras instituições de ensino, a fim de verificar resultados mais
generalistas; iii) a verificação de associações entre os dois vieses pesquisados com outras variáveis
demográfico e social dos indivíduos.

FIM
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