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“O mais grave é que sequer sabemos porque estamos pagando tanto e a que título,
pois não há transparência nesse processo de endividamento.
Só uma auditoria irá jogar luz sobre esse processo,
provando que somos credores e não devedores.”
(CARVALHO, 2006, p. 16)
Pois a mídia (o chamado 5º Poder), também parte constitutiva das elites, domina
o cenário das informações manipulando e manobrando as massas. Como em “vamos
bater panelas nas varandas de nossos apês!” acreditando estar fazendo uma revolução
político-social. Seria risível, não fosse lamentável.
É de se estarrecer diante do capitalismo especulativo (CORRUPTO e
CORRUPTOR! Assim como todos nós, diga-se de passagem... Afinal, somos peças
desta engrenagem!), onde a produção é secundária, praticamente desnecessária, e “o
fardo é o burro quem carrega” (leia-se os trabalhadores). Enquanto as elites facínoras e
sanguinárias deleitam-se na inescrupulosa e exorbitante concentração de renda.
E, abominavelmente, isso é somente reflexo, espelho, do que somos nós, posto
que atuamos neste cenário, dando-lhe suporte e respaldo, nem que seja por omissão.
Pode isso? Muito se pensa, se fala, mas pouco se faz com relação ao enfrentamento do
endividamento público “ilegal, imoral, ilegítimo e fraudulento” (CARNEIRO, 2014, p. 221).
Então, para além de pensar, falar, escrever, como vamos agir frente à saturação da
regressão social? Creio que, assim como se faz na experiência da “Auditoria Cidadã da
Dívida”, através de estudos transparentes, divulgação, conscientização, capacitação,
formação, articulação e mobilização da sociedade, promovendo seu protagonismo,
damos passos neste sentido.
E que, ainda assim, estas ações podem ser sabotadas pelas “autoridades”, como
o foi no episódio da visita oficial ao Brasil do Especialista Independente da ONU sobre
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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CAMPUS NOVA VENÉCIA
CURSO DE EXTENSÃO: “FORMAÇÃO E GESTÃO POLÍTICA”
dívida externa, finanças e direitos humanos, Sr. Juan Pablo Bohoslavsky (cf.
http://www.global.org.br/blog/sociedade-civil-brasileira-repudia-o-cancelamento-da-visita-
ao-brasil-do-especialista-independente-da-onu-para-divida-externa-financas-e-direitos-
humanos-pelo-governo-brasileiro/)
Extirpou-se do ser humano a perspectiva de longo prazo, em uma sociedade
consumista, vazia, fluida e fútil, como preconizado por Nostradamus ou mesmo o povo
hindu, há milênios, através de Kali-Yuga, a Era da degradação, “quando Kalki, o
Destruidor, desce à Terra. Um presságio do apocalipse hindu, (onde) acredita-se que
Kalki trará a destruição do mundo quando a humanidade abandonar completamente a
retidão, (...) como na época atual dominada pelas trevas.” (SULLIVAN, 2016).
A tarefa contra hegemônica é bem mais complexa, tanto quanto necessária.
Resta à sociedade civil organizada o árduo encargo de extirpar uma série de
ilegalidades e ilegitimidades anticonstitucionais, tendo consciência de si própria, e
fazendo as transformações/revoluções necessárias à sua própria felicidade e realização
plenas. E com proteção e força de Ogum (ou São Jorge - e estamos no dia/mês dele!),
empunhemos nossas habilidades e saberes, contribuindo para a inversão dos gastos em
pagamento da Dívida Pública para Benefícios Sociais, como o ocorrido no Equador!
(CARNEIRO, 2014, p. 220)
Patakori Ogun! Ogunhê!
REFERÊNCIAS:
CARNEIRO, M. L. F. Auditoria Cidadã da Dívida: Uma Experiência Brasileira. In: PRIMER
SIMPOSIO INTERNACIONAL: Sobre Deuda Pública, Auditoria Popular y Alternativas de Ahorro
e Inversión para los Pueblos de América Latina. Caracas, Venezuela- 22, 23 y 24 de Septiembre
de 2006. 18 p. Disponível em: <http://www.cadtm.org/IMG/pdf/Maria_lucia.pdf>. Acesso em:
19.abr.2018.
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Humildemente, dedico ao Cineasta Nelson Pereira do Santos pela maestria e, sobretudo, pela irreverência e
ousadia.
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