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Tópicos da apresentação:

No site do Castagna tem exatamente o que ele quer que seja apresentado:

1) Principais ideias apresentadas pelo autor do capítulo;


2) Implicações das ideias do autor para o conhecimento da música e de sua história;
3) Significados e aplicações do texto na atualidade;
4) Aspectos do texto que modificam as visões convencionais sobre história da música;
5) Visão crítica do grupo em relação ao texto.

A gente pode montar qualquer outra estrutura, mas seria bom explicitar estes tópicos ao longo da
apresentação. Outra forma é apresentarmos o capítulo na sequência com que foi escrito e ao final
da apresentação fazer um resumo usando estes tópicos pedidos por ele. Ninguém fez isso ainda!

Resumo (versão Rodrigo)

Apresentação do autor:

Warren Dwight Allen (0) - 1885 a 1964


Professor na Stanford Graduate School of Education
Autor de:
Our Marching Civilization: An introduction to the study of music and society
Philosophies of Music History: A study of general histories of music 1600-1960

Estrutura do capítulo 7

Título: Revolucionistas e Evolucionistas


I. Um novo interesse no presente e no futuro: prescrições (receitas) para o progresso
II. O retorno ao passado
III. Evolução do simples para o complexo
IV. Desenvolvimento do estágio selvagem para o estágio civilizatório
V. Outras histórias gerais
A. Na Alemanha
B. Na França
C. Na Itália: primórdios das histórias chauvinistas
D. Na Inglaterra
E. Nos Estados Unidos

Considerações:
- o fato de usar o termo revolucionista ao invés de revolucionismo já demonstra a opção de
Warren Allen em apresentar a diversidade de autores que defendem as respectivas
ideologias, ao invés de focar somente nas características de cada ideologias.
-

Introdução

A produção em história da música entre 1850 e 1900 (50 anos) na Alemanha equivale a toda
produção sobre o tema realizada em todos os países nos períodos anteriores.

As doutrinas de progresso e desenvolvimento são presentes em quase todas estas obras.


Contexto

- Alemanha dividida.
- A Alemanha era um conjunto de 39 Estados independentes entre si e
diversificados. Desde 1815, pelas determinações do Congresso de Viena, esses
Estados estavam reunidos na Confederação Germânica, liderada pela Prússia e
pela Áustria.
-
- Em 1834, sob a influência de grupos de industriais, sobretudo da Prússia,
estabeleceu-se o Zollverein, uma união aduaneira (uma forma de integração
econômica) com o objetivo de eliminar os impostos alfandegários entre os
integrantes da Confederação Germânica. Até 1823, quase todos os Estados
alemães haviam aderido ao Zollverein, exceto a Áustria. Além de integrar a
Confederação Germânica, o Zollverein contribuiu para impulsionar o
desenvolvimento econômico alemão.
-
- Bismarck e Unificação
- Em vários Estados da Confederação Germânica, cresciam as ideias nacionalistas,
elaboradas por intelectuais que desejavam a união étnica e cultural dos povos
germânicos sob a tutela de um só Estado.
-
- A primeira tentativa, empreendida pela Prússia em 1850, fracassou devido à
interferência da Áustria. Em 1862, no entanto, o rei prussiano Guilherme I nomeou
como seu primeiro ministro Otto von Bismarck, conhecido como o Chanceler de
Ferro, e a Prússia passou a liderar firmemente o processo de unificação, investindo
em força bélica.

I. Um novo interesse no presente e no futuro: prescrições (receitas) para o progresso

Relação entre o Manifesto Comunista de Marx e Engels (1) com o ensaio intitulado “Arte e
Revolução” de Richard Wagner (2):

1) Separação entre classes e a separação entre as artes


a) Arte deixou de expressar a consciência pública
b) Drama foi separado em seus componentes: retórica, escultura, pintura, música.
Desenvolvimento egoísta de cada arte
c) Arte se tornou um produto de luxo para entretenimento dos ricos
2) Ideal: sociedade sem esta distinção e uma grande arte (similar ao tragédia grega)
a) Novo nascer X renascer de uma arte que traga de volta um profundo senso de
beleza em tudo.
3) Para Wagner: revolução é um ideal romântico pelo qual a nação resgata uma consciência
comum e encantamento pelo belo. Progresso futuro depende de uma unidade orgânica
entre as artes.
4) Para Marx: revolução é um chamado para a ação
5) Nietzsche: “Há um profundo significado no fato que a ascensão de Wagner coincide com a
ascensão do Império.
6) Futura evolução significa revolução

Historiadores da música:
Schilling:
- palestrava sobre história da música e tinha interesse em toda esfera de cultura e política;

Brendel (3):
- historiador e apoiador de Wagner;
- vislumbrava a união da Europa: cada país manteria sua identidade, que representaria uma
cor individual diante de uma unidade européia;
* Como o Brexit e o desejo de separação de regiões como Catalunha afetarão esta
narrativa da História da Música.
- Evolução se dá numa primeira etapa com a unificação da Alemanha no âmbito político-
cultural;
- Obra extremamente popular e de grande influência: História da Música na Itália, Alemanha
e França cita e defende a música do presente (conceito novo) e a futura unificação das
artes;
- Objetivo da arte de Wagner: estimular o nacionalismo alemão e o amor pela supremacia.
- Ao olhar para as obras passadas busca relacioná-las com grandes eventos da História e
cultura geral.
- Objetivo: Reviver as grandes obras do passado;
- Visão de futuro grandiosa que gerou um arrefecimento na visão sobre o presente.
* Portanto ignora a música casual. De alguma forma o termo evolução imprime um caráter de
progresso. O que é feito hoje é superior ao que é feito no passado. As grandes obras do passado
são primitivas das obras do presente.
- Produção textual de alto nível, com enfoque jornalístico e de descrição histórica

II. O retorno ao passado

- Apesar do raro interesse em música contemporânea durante a era de Listz-Wagner (uma


novidade nos escritos de história da música), duas distintas tarefas foram realizadas por
pesquisadores, após 1870:
- Redação de dicionários ou livros-texto pedagógicos:
- Características: faz referência ao passado glorioso e é escrito com termos
nacionalistas.
- Pesquisa musicológica:
- história de gêneros musicais: paleografia (estudo de sistemas antigos de
escrita e datação histórica dos manuscritos) e etnomusicologia.
- A escassez de material para estudo trouxe uma grande dificuldade
para pesquisadores realizarem uma síntese orgânica da evolução da
música.
* Esta retorno ao passado quer dar credibilidade às teses do presente (evolucionismo).

Fétis (4)

- Importante lexicógrafo (dicionarista) belga


- Obra incompleta: General History of Music
- Obra que apresentou teorias evolucionárias da época: Biographie universelle - explicação
da progressiva mudança da música ao longo da história:
- Contradição ao cuidadoso trabalho do autor ao coletar e organizar dados
referentes a eventos da história da música.
- Definição de evolucionismo na música: “art itself, creating itself, developing itself by
virtue of various principles which are unfolded (...) in a logical order which nothing
can prevent…”
- Julgamento de valor das obras de arte: valor da obra e do papel do artista na
mudança (e evolução) da arte. O leigo pode ter impressões de obras de arte que
causem nele satisfaçam ou repulsão, mas estas impressões não possuem valor
como julgamento.
- Outra contradição: Fétis era crítico da música feita no seu tempo - “A “nova
escola”, iniciada com Mendelssohn e Schummann, precisa voltar aos ideais
do século XVIII. Música moderna é muito obscura, sobrecarregada, etc. Os
artistas são habilidosos, mas as condições sociais são responsáveis (por
isso). Música muito agitada - muito dramática. Os compositores da ópera
francesa do final do século XVIII e início do século XIX são exibidos como
modelos - Méhul, Philidor, Grétry. (...) O sistema moderno (Romantismo) é
contrário ao destino da música.”
- Homens geniais somente precisam descobrir estes princípios (da evolução) numa ordem
lógica que ninguém pode conter
- Historiador precisa somente fixar uma ordem lógica: difícil tarefa diante de tanta divisão
que existe

Ambros (5)

- Nascido na Boêmia, contemporâneo de Fétis;


- Historiador que estava à parte do círculo de interessados em Liszt, Wagner e política.
- Ligado com outras fases de arte e cultura;
- Faz uma distinção entre a origem da música entre povos antigos e a origem da
música cristã europeia. Acredita que esta música tinha sua origem em canções
folclóricas de tradições antigas. Não tinha simpatia pelas teorias de tradições
Bizantinas ou de qualquer arte Bizantina.
- Seu objetivo era compreender o significado interior da música à luz da cultura que a
produziu.
- Trabalho científico meticuloso em crítica de estilo, livre de preconceitos.

III. Evolução do simples para o complexo

Herbert Spencer (6)

- (1850) - Obra “Social Statics”:


- Progresso é devido ao trabalho de uma lei universal
- (1854) - Um ensaio em “The Origins of Music” como uma das Ilustrações do Progresso
Universal
- (1859) - A Origem das Espécies de Charles Darwin: aplica a Lei universal à biologia
- (1862) - Obra “Synthetic Philosophy” - uma obra de 11 volumes:
- Teoria: a sociedade evolui como um organismo
- Dá seguimento à demanda Wagneriana por uma arte sintética
- Definição de Evolução: “(...) é uma integração da matéria e a dissipação
concomitante do deslocamento; enquanto a matéria passa de uma
homogeneidade incoerente e indefinida para uma heterogeneidade coerente
e definida (...)”
- Junto com a obra “Origem das Espécies” de Darwin, as teorias de Spencer se tornaram a
mais potente e influente sobre os escritos de história na Inglaterra e França.
- Leis Spencerianas deram aos historiadores da música uma nova solução para seus
problemas:
- História da Música não precisa ser uma mera crônica sobre homens e eventos;
para ser científica precisa somente encarar a música como um organismo em
evolução “criando a si mesmo, desenvolvendo a si mesmo (...)”
- Interesse se voltou ao passado, para as origens.
- Formas musicais como organismos.
- Apesar do respeito aos fatos, o tratamento evolucionário os abordou a partir desta lógica
da Lei do Progresso
- Concorda com a teoria Wagneriana: a origem e diferenciação gradual das artes: poesia,
música e dança.
- Conclusão radicalmente diferente de Wagner:
- A separação das artes é fruto da evolução das formas primitivas. O
desenvolvimento e a diferenciação de formas musicais fazem parte da Lei
do Progresso. A unidade da arte vai contra este princípio;
-

Rowbotham (7)

- Historiador da música que adotou os fundamentos de Spencer (chegar a uma ordem lógica
do desenvolvimento musical)
- Lei do desenvolvimento (baseada em rituais primitivos e mitológicos, que oferecem
evidências suficientes para ordenar o desenvolvimento da música):
1) Drum Stage
2) Pipe Stage
3) Lyre Stage
- Richard Wallaschek, usando os mesmos métodos, prova que instrumentos
de sopro (gaitas de foles, flautas) antecederam os instrumentos percussivos
- Sobre a Origem da música vocal (um exemplo da aplicação da teoria da evolução
na história da música):
- O homem adquiriu o hábito de confinar a voz em uma nota, contentando-se
com ela: prática do “discurso apaixonado”
- A primeira nota ouvida no mundo foi um Sol - um embrião da arte vocal
- Estágio mais baixo do desenvolvimento humano: nativos da Terra do
Fogo, etc…
- O período de “uma nota” seria sucedido por um período de “três notas”
- Se os Samoanos se contentam atualmente com duas notas em suas
canções, não há nada de improvável na suposição de um longo
período na história de homens primitivos onde todos os recursos da
música vocal consistiam em duas notas
- Próximo estágio: escala pentatônica
- É um pensamento similar ao desenvolvimento dos modos gregos:
sobreposição dos tetracordes (escalas de 4 notas)

Henri Lavoix (8)

- Historiador francês - bibliotecário da Biblioteca National (Paris)


- Biografias de compositores que mostrassem a evolução musical
- “Som, ritmo e timbre são os principais personagens desta história, na forma de
melodia, harmonia, compasso e instrumentação (...) Nós devemos tentar encontrar
os laços que unem a arte antiga com a moderna - não deve existir buracos na
história - (...) Esta é uma história da música e não de músicos.”

Sir C. Hubert H. Parry (9)

- Historiador inglês, compositor influente e pesquisador


- É claro quanto à lógica do pensamento evolucionário, apesar de contradizê-lo*
- Crítico imparcial de seus contemporâneos
- Para ele, a história da música não tem nada a ver com eventos presentes, mas não faz
queixas, como faz Fétis, sobre as tendências decadentes do seu tempo;
- * História da música é um contínuo e inquebrável registro do esforço humano em ampliar e
realçar as possibilidades dos efeitos do som sobre as sensibilidades humanas;
- Cita Wagner não pelo elogio do gênio romântico, mas pelo desenvolvimento dos recursos
da arte musical;
- A investigação deve estar direcionada nem tanto na evolução dos gênios, mas na evolução
da arte como um todo;
- Principal tema: evolução das formas musicais (estrutura musical) como
manifestações objetivas da atividade espiritual:
- Decidir a sequência pela qual o homem progrediu de simples intervalos para
melodias e escalas heterogêneas;
- Influenciado pelas Leis do Progresso de Spencer;
- Tentativa de encontrar uma ordem lógica para o surgimento das escalas;
- “É comprovadamente certo que criaturas humanas existiram por um período
muito longo sem as vantagens de de qualquer tipo de escala; e começaram
por decidir entre pares de notas quais causariam maior satisfação ou
agradabilidade quando ouvidas uma após a outra.” (...) “Permanecem
somente os intervalos de 4ª e 5ª justas, e evidencia que um destes
intervalos formam o núcleo sobre o qual as escalas são formadas; e que
primitivos selvagens se esforçaram para alcançar em suas primeiras
tentativas com música.”
- O mais alto resultado deste desenvolvimento é a Fuga;
- Evolução da harmonia:
- “No princípio não há variação; somente quintas e quartas
consecutivamente. Quando a força das circunstâncias dirigiu compositores
para o uso de combinações de consonâncias menos perfeitas de terças e
sextas… seus materiais se tornaram mais heterogêneos (...)
* Construção da frase na voz passiva, demonstra o papel secundário do homem diante da
evolução da música.
- O homem começa a sentir a harmonia que eram uma combinação de trechos
melódicos como uma entidade em si mesma
- Três etapas contínuas da evolução:
1) O domínio da experiência humana: execução vocal de uma nota
2) A evolução da arte: escalas, melodias, harmonias
3) Fases de organização da arte: formas musicais
- Esta lógica não consegue explicar rompimentos com o passado, devido à mudança
de pensamento dos homens. Ex.: Rompimento do homem renascentista com o
pensamento do homem medieval

IV. Desenvolvimento do estágio selvagem para o estágio civilizatório

Apesar dos estudiosos negarem a antiga ideia da origem divina da música, eles igualmente
substituíram esta visão por premissas dogmáticas:

1) A música criou a si mesma, como outros organismos


2) As diversas divisões da música que na sua origem foi uma coisa só
3) Esta unidade era homogênea e indiferenciável (simples)
4) A evolução progressiva conduziu à definição de formas claras da arte moderna

- A crença Wagneriana da unidade da arte no futuro não era um conceito básico em


histórias da música no final do século XIX
WAGNER SPENCER

Revolucionista Evolucionista

Interesse em fazer nova música Interesse em etnologia

Esclarecimento era secundário Sistema de pensamento que justifique o


progresso do primitivo e selvagem para a
moderna civilização europeia é o objetivo
principal

Algo novo deveria ser feito Medo de interferência no progresso natural

Evolução depende de um esforço supremo Unidade das artes vista como uma
para a unidade das artes característica de tribos primitivas em
baixíssimo estágio de desenvolvimento

- Parry e Spencer não são revolucionistas. Para ambos, os grandes homens foram
importantes, mas, como a Lei do Progresso era um princípio cósmico, os gênios eram
meramente atores que faziam parte de um grande drama. Para eles evolução significava
desenvolvimento de recursos potenciais.
- “Inspirados pela grande teoria do século XIX, a teoria da evolução, primeiro
formulada pela biologia, mas imediatamente aplicada a todo domínio do
conhecimento, nós lemos em eventos um movimento contínuo, um crescimento
coerente, um processo vasto e singular. Para nós, homens individuais e eventos
mergulham na insignificância em comparação com o grande drama do qual eles
são somente atos e atores.”

V. Outras histórias gerais

1. Na Alemanha

- (1865): Schlüter (10): mais interessado em Bach, desconfiado de Wagner:


- “Ninguém que está vivo é apto para substituir Mendelssohn (...)”
- As obras do sec XIX possuem um escopo menos imaginativo.
- Emil Naumann (11):
- Produção textual de alto nível, com enfoque jornalístico e de descrição histórica
- História da música ilustrada:
- Primeiro texto estrangeiro a se tornar bem conhecido na Inglaterra e
Estados Unidos
- Doutrina (ou Lei) do Progresso é aparente neste obra
- Demonstra um interesse romântico na Idade Média, apesar da escassez de
informações que tinha
- Preconceito que impedia apresentar Bach e seus predecessores com
objetividade
- Uso de um termo pejorativo ao falar do barroco: Zopf, cuja tradução
é Rococó.
- Não percebeu a grande influência do Rococó em músicos alemães e
como a tradição clássica alemã refinou e aperfeiçoou muitas destas
características barrocas, que eram muito populares.
- Wilhelm Langhans (12):
- (1879) - Obra: História da música em 12 palestras
- A discussão a respeito de um artista que ainda está vivo e criando entre nós
não é em princípio permitido.
- Cabe a um período posterior determinar valor deste artista
- Poucos anos depois de Brendel (3) ter lutado arduamente pelo
reconhecimento dos artistas vivos
- Objetivo da obra: aumentar a compreensão não somente de períodos
próximos, mas do desenvolvimento evolucionário do todo.
- O sucesso das palestras foi tão grande que ele foi convidado para finalizar o
trabalho incompleto de Ambros (5)

- Série de livros com abordagem progressista (tradução livre do alemão):


- Desenvolvimento progressivo da música
- As alturas do desenvolvimento musical

- *Rev. Kraussold (13):


- Teólogo protestante
- Obra: A música, seu desenvolvimento histórico-cultural e significado*
- Ciclo de 3 palestras em Bayreuth (cidade do norte da Baviera) onde Wagner
está enterrado e onde acontecem festivais de óperas wagnerianas.
- Afirma, concordando com Kiesewetter, que a música ocidental nunca
poderia ter se desenvolvido a partir do sistema grego.
- A música alemã é um desenvolvimento das primeiras músicas cristãs.
- Cada nação desenvolveu suas próprias características musicais a
partir deste elo comum. Com a reforma protestante, a Alemanha
triunfou diante do império musical do sul da europa.
- Wagner (protestante) e Liszt (católico) estão lado a lado no
final da linha evolucionária da música.
- Rev Köstlin (14), Praetorius e Printz (15)
- Clérigo Luterano
- Dá a mesma importância à música secular e sacra

- Adalbert Svoboda (16):


- 1892: a partir da arqueologia começa a buscar a origem da música do Norte.
- sinos de bronze descobertos na Escandinávia.

- Joseph Fröhlich (19)


- Historiografia

- Arrey von Dommer (20)


- Obra: Manual de história da música
- Interessado na conexão da música com as práticas religiosas
- Acredita que a cristandade foi o solo pelo qual a música apareceu com um
novo crescimento, enriquecida pela prática dos gregos e a tradição musical
dos Hebreus (músicas litúrgicas usadas no templo)
- Esta tese da origem religiosa da música foi severamente criticada.
Pensamento antropocêntrico, pois a ação do homem diante da
natureza é que causa o desenvolvimento da arte.
- Apesar da obra ter sido lançada em 1867, não abordou muito além de Beethoven.
- Papel do revisor Arnold Schering que selecionou esta obra como uma das
melhores do século XIX.

- Franz Xaver Haberl (21)


- Grande autoridade em música sacra polifônica
- Obra: Blocos de construção para a história da música
- Primeiras coleções de investigações rigorosamente científicas de certas
fases da história da música.
2. Na França

- Melhores trabalhos em musicologia do século XIX foram em música sacra.

- Clément (22):
- Observações inéditas para a época:
- Não há necessidade de arrastar o leitor para teorias antropológicas e
etnológicas visando explicar diferenças da cultura musical entre diversos
povos.
- Difícil de se imaginar um Raphael na península Mali ou um Mozart entre os
Zulus.
- Mútuas influências e intercâmbio de ideias contribuem para o progresso da
música, bem como para o progresso de outras formas de conhecimento.
- Se Méhul permanecesse em Givet e Haydn em Rohrau, não importaria
quão grande fosse o talento, este nunca teria atingido a plenitude do
desenvolvimento.
- Experiência de Méhul na Abadia de Prémontrés; oportunidade
de imitar um gênio como Gluck em Paris.
- Haydn, na infância, se impressionou com as harmonias sacras
como cantor do coral da Catedral de Viena. E posteriormente
sofreu influência das melodias italianas na pequena corte do
Príncipe Esterházy
- Mozart acompanhou os principais cantores nos teatros italianos. Não foi
isso uma vantagem no aprendizado para escrever melodias graciosas para
a voz?
- Sobre a influência de Pietro Metastasio (poeta italiano): influências
exteriores exercem um papel proeminente no direcionamento de ideias e
concepções de grandes obras.
- Quando trata sobre as origens da música, ele se volta para uma teoria
fundamentalista:
- Para provar a origem comum da escala diatônica se fez necessário
apresentar diversos exemplos de culturas exóticas, num total de 150
páginas.
- Preconceito acadêmico notável:
- Brahms não é citado na lista de nomes do apêndice
- Franck é omitido por completo
- Saint-Säesn é incluído
- Wagner possui um conhecimento consumado, mas não tinha bom gosto
- A esterilidade de sua imaginação explica o banimento da melodia
pura.

- Louis Lacombe (23):


- Obra: Filosofia da música
- Interessado na origem da música falada, canções populares e patriotismo

- Albert Soubies (24):


- Escreveu extensivamente em fases especiais da música francesa, especialmente
no campo da ópera.
3. Na Itália: primórdios das histórias chauvinistas

- Quanto maior a produção em composições, menor era a preocupação com a história da


música.
- No período romântico houve uma tentativa com pequenos panfletos feitos por Celoni;
- Risorgimento mexeu com os italianos para a atividade histórica, seguindo linhas
nacionalistas.
- 1860: década mais fértil para a história da música.
- Trabalho mais abrangente (1867):
- História da música - especialmente a italiana de Giuseppe Trambusti
- Galli: “O nosso país na ciência e na arte supera todas as outras nações”
- G. Frojo (26):
- Esboçou uma imagem da cultura Indo-mediterrânea numa obra intitulada
principalmente italiana.
- Ficou evidente que estas novas histórias italianas eram protestos passionais contra
o surgimento do romantismo alemão.
- Fiorentino (27):
- Orlandus Lassus era flamengo por nascimento, mas italiano em vida, estudo
e criação;
- Mozart era o italiano dos alemães
- Argumento geral:
- Quando da queda de Roma para os bárbaros, a música desapareceu, tendo
sido revivida no Cristianismo. Os missionários Romanos (católicos) levaram
a música e outras influências civilizadas aos bárbaros do norte
- O sopro de vida tão vital para a arte foi infundido pelos italianos.
- Naturalidade melódica italiana X invasores bárbaros (“Wagners”).
- Música é a música italiana
- Com o sucesso de Verdi e jovens compositores italianos nas operas, não houve mais
produção da história da música.
* há uma correlação entre propaganda, defesa de um ideal nacional com a produção deste gênero
literário.

- Bonaventura (28):
- (1914) Obra: História da música:
- Dá um argumento sensível para uma os compositores resistirem à influência
alemã, condenando a adoração a deuses estrangeiros, mas sem nenhum
espírito chauvinista. Isto não reapareceu até depois da I Guerra Mundial, até
o surgimento das histórias fascistas.
4. Na Inglaterra

- O oposto ao chauvinismo surge na Inglaterra na Era Vitoriana (reinado da Rainha Vitória -


1837 a 1901) - tatataravó da Rainha Elizabeth II
- Música era um item de luxo a ser importado da Itália
- A história da música na Inglaterra era mais imparcial, mais apta a enxergar diferenças não
pelo ponto de vista nacionalista, mas por um ponto de vista global.
- Tendência observada nos trabalhos de Rowbotham (7) e Parry (9)

- John Pyke Hullah (30)


- Conferencista e pedagogo de muito sucesso
- Era admitidamente um popularizador e provavelmente despertou o interesse
pela música e sua história no público geral.
- Um dos primeiros a seguir a definição de Schilling (de que a música moderna
começou em 1600)
- Obra: História da música moderna
- A história da música moderna é completamente europeia
- O sistema europeu é o mais próximo da verdade.
- Demonstra o interesse britânico na teoria progressista, que prova a “verdade” e a
“superioridade” da música européia e o mais alto desenvolvimento do que é
moderno, comparado com o antigo.
- Mesmo assim há um paradoxo no julgamento sobre Bach:
- O cravo bem temperado provavelmente sobreviverá ao longo de toda
música existente.
- Mas Bach é o Handel dos alemães?
- A música de Handel é um carvalho que fincou suas raízes em solo inglês.
- Bach, por assim dizer, é exotic, mesmo na Alemanha.
- Há uma nota de rodapé na segunda edição que reconhece o
crescimento da popularidade de Bach.
- Obra: Período de transição da História da Música
- Abordagem mais simpática à música do século XVII, em comparação com
obras anteriores nas quais a teoria da evolução era a base de
argumentação.

- Henry Davey (31):


- É claro quanto aos costumes que naufragam compositores britânicos

- William S. Rockstro (32):


- Trabalho comparável ao trabalho de Naumann.

- Oxford History of Music:


- Clímax da historiografia musical vitoriana
- Dá continuidade à filosofia evolucionária de Parry
5. Nos Estados Unidos

- Primeiras obras de histórias da música foram re-impressas de obras estrangeiras


- O primeiro texto publicado foi: Gleanings from the History of Music, de Joseph Bird
- Nota importante:
- Nenhum destes textos estão preocupados com especulações a respeito da origem
da música ou filosofias nacionalistas ou cósmicas que se atenham ao progresso.
- O método é simplesmente o antigo encadeamento genealógico de biografias.

- Frédéric Louis Ritter (34):


- da Alsácia
- O trabalho pioneiro em história da música foi inspirado pelas exigências práticas da
sala de aula.
- Sua bibliografia era evidentemente uma lista de livros que ele havia trazido consigo.
- Condena a noção superficial de música de uma pessoa comum
- A atenção é voltada para o lado técnico da música
- Mas cabe aos músicos se dedicarem às humanidades, filosofia, história e estética
- Escreveu uma História da música Americana

- William J Henderson (35):


- Foi o primeiro a fazer uma síntese do assunto a partir do ponto de vista jornalístico
e de crítica musical

- Outros autores: até 1900.


- Compilações de resumos de obras estrangeiras

Nossa Visão (que não precisa ser de consenso do grupo… é bom mostrar a visão de cada
um na apresentação):

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