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MOVIMENTO DEMOCRATICO DE MOÇAMBIQUE

BANCADA PARLAMENTAR DO MDM

PEDIDO DE INFORMACAO AO GOVERNO – 29.03.2013

(Estratégia Económica, social e ambientamente sustentável sobre a gestão


das áreas susceptíveis as calamidades naturais)

Por: Venâncio Mondlane

SRA PRESIDENTE DA AR,

Todo protocolo observado,

Sra Presidente da AR, caros deputados, caros Moçambicanos, caros


Munícipes da Cidade de Maputo,

Em verdade vos digo que hoje a questão que preocupa ao País, o que tem
perturbado a nossa maltratada nação, não são as calamidades naturais, isto
é, não são secas, cheias e os ciclones, pois essas o Mundo hoje com
inteligência, competência, integridade e inovação deve dominar sobre elas,
como, aliás, assim foi o mandamento que Deus deu ao primeiro Homem
para dominar sobre a terra e sobre tudo quanto nela exista.

Caros deputados, meus pares

O que perturba os Moçambicanos, o que está levando o País ao abismo, a


um futuro fúnebre e sem esperança, são as calamidades não naturais, mas
as calamidades artificiais, as calamidades humanas, a calamidade que vem
devastando o País há 43 anos, desde as zero horas do dia 25 de Junho de
1975. Em fim, a grande calamidade de hoje é a doença crónica de que
padecemos há 4 décadas, um síndrome de imunodeficiência governativa,
em termos simples, esse doença cronica, tem um nome e o nome é:
GOVERNO DA FRELIMO.

Vamos por partes:

1. Uma das evidências da gestão danosa dos recursos, com efeitos


devastadores sobre o clima, provocando extremos no ciclo
hidrológico, na emissão de gases de efeito de estufa, sobretudo o
CO2, causando mais pobreza e maiores riscos de desastres naturais, é
a contínua desflorestação do País. Desde meados da década 90 que
iniciou uma autentica falta de controle, um caos total dominado pelo
que veio a ser chamado de "MÁFIA DA MADEIRA", dominada
inclusivamente por altos dirigentes do Estado.

2. A taxa de desflorestação é de cerca de 5.6% ao ano, estando hoje a


serem dizimados cerca de 219 mil hectares de floresta por ano, o
equivalente a cerca de 200 mil campos de futebol de árvores abatidas
ilegal e criminosamente. Para corroborar isto os dados da FAOSTAT
indicam que Moçambique perdeu, nos últimos 20 anos, 3 Milhões de
ha de florestas – superior a toda exploração no período colonial. Isto
não é apenas um crime ambiental, mas um crime contra a
Humanidade. Esta exploração desumana da nossa Madeira veio
inclusivamente a ser designar numa pesquisa da Katherine
Mackenzie de "Take Away Chinês". Vejam só nossa riqueza que
devia desenvolver o País, servir para as crianças terem carteiras nas
escolas, essa mesma riqueza foi convertida, com cumplicidade dos
nossos dirigentes, num Take Away da China. Que tristeza! Que
ironia!

3. Em fevereiro de 2013, a Environmental Investigation Agency (EIA)


lançou um relatório que colocava a nu as conexões do mais alto nível
no contrabando da madeira, essencialmente para o mercado Chines.
No relatório, O ex-ministro Tomás Mandlate e o Ministro da
Agricultura na altura da Pesquisa, José Pacheco, foram citados,
com provas inclusivamente audiovisuais do seu envolvimento com o
contrabando para China, mas, como era de esperar, a PGR veio a
iliba-los. O último como compensação pelo belo serviço prestado a
nação, recentemente foi premiado pelo PR, para chefe da diplomacia
Moçambicana. Resultado disto, as pesquisas recentes indicam que
com este ritmo, que a operação tronco se mostra incapaz de travar, os
nossos recursos florestais correm o risco de desaparecer nos
próximos 10 anos.

4. A gestão de recursos hídricos é outra gangrena do regime que está no


poder há 43 anos. Moçambique tem 104 bacias hidrográficas
identificas, mas apesar do nosso País ter enormes áreas drenadas por
rios, vivemos ciclos contínuos e ininterruptos de escassez e
abundância de agua acompanhada de cheias e secas. Passado quase
meio século ainda não se conseguiu um eficiente sistema de
regularização, sejam barragens, diques ou açudes, bem como os
consequentes esquemas de regadio. Aliás apesar dos mais de 3
Milhões de ha de terras potencialmente irrigáveis, apenas se
consegue irrigar menos de 5% dessa área, mas, ironicamente, deste a
CRM de 75, 90, 2004, incluindo a recente Estratégia Nacional de
Desenvolvimento - ENDE, dizerem que a Agricultura é a base de
desenvolvimento do País. E, creio, que certamente, a nova CR da
Descentralização continuara a dizer o mesmo, mas sem reflexos na
prática, a não ser que os Moçambicanos definitivamente decidam
mudar de regime. E a hora já chegou! Faltam menos de 6 meses!

5. Caros deputados como disse a calamidade é artificial e não natural.


O problema não são as cheias em si, não são os ciclones, não são os
riscos climáticos, o problema é a ausência de infraestruturas
existentes de gestão de recursos hídricos eficiente; o problema está
na fraca rede meteorológica ao longo do País; o muito fraco
investimento em estacoes hidrológicas (a ARA – Zambeze por
exemplo não tem nenhuma estacão); associa-se também a
inexistência de um sistema efectivo de monitorização de cheias, de
estratégias de antecipação de situações de seca, a inexistência de
nenhuma estratégia de protecção das terras húmidas que servem de
áreas de absorção durante as chuvas, (caso de Maputo com um
mangal de 30 Km de extensão – estando a ser destruído em
conivência com as autoridades municipais). Por último agrava-se
pela inexistência de outras medidas não técnicas como a criação de
serviços locais de protecção civil por exemplo.
6. Meus Senhores a questão central são as decisões que este regime
vem, em nosso nome, tomando nas últimas 4 décadas. Por exemplo
aquilo que nos foi apresentado como o primeiro projecto de sucesso
de Parcerias Público-privadas (PPPs) – a TRAC com os seus 630 Km
de estrada com direito de 30 anos de operação – hoje – sobre olhar
impávido e sereno do Governo – para alem de ter montado uma
portagem ilegal que ninguém devia aceitar – a estrada da TRAC
virou um LUGAR DE SACRIFÍCIO SATÂNICO.

7. Outras decisões mal tomadas e com consequências graves de âmbito


ambiental é a letargia, a sonolência manifesta pelo CMM em relação
a lixeira de Hulene, com financiamento garantido do Governo
Coreano e terra disponível, mas como isso não lhes dava tanto
rendimento como a venda de terrenos, como as flats detidas pelo
Presidente do CM em quase todos prédios novos, como não lhes da
tanto dinheiro como as licenças para concessão criminosas e corrupta
das novas rotas de transporte para privados, então foram
negligenciando até ocorrer a tragedia de Hulene. Hoje querem aterro
sanitário em Marracuene. Outra aberração. Esses aterros criam
contaminação dos solos, são ineficientes, melhor é montar um
sistema de usinas de reciclagem e não é tao caro assim como dizem.
Se me derem a oportunidade de poder dizer depois de Outubro deste
ano, poderei implementar esses sistemas modernos e tecnicamente
mais avançados.

8. Outra decisão que só me lembra o diabo é o Prosavana. O projecto


de maior usurpação de terras de Moçambique. 14 Milhões de ha para
produzir monoculturas, numa área correspondente a uma província.
Quer dizer vamos criar uma PROVÍNCIA AUTÓNOMA DA
SOJA em Moçambique. Que crime! Caros Moçambicanos é
momento de dizer basta a tudo isto…ninguém se sinta incomodado
porque a divida da independência que supostamente tínhamos,
depois de tanto sofrimento, humilhação, tanto roubo, estamos livre
para considerar essa divida paga. Agora chegou o momento da nossa
segunda independência em Outubro próximo.

Por um Moçambique para Todos


Obrigado

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