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VISÃO INTERIOR DA REALIDADE ILUMINAÇÃO

BODHI I. SUPREMA VIRTUDE: SILA


acordocoletivo.org/2013/05/27/visao-interior-da-realidade-iluminacao-bodhi-i-suprema-virtude-sila

editor master May 27, 2013

Buda

O Buda aponta a Roda da vida como sendo errônea e mostra uma nova roda – a roda da
Lei (Dharma) ou Nobre Caminho Óctuplo que tem oito etapas divididas em três grupos
(Moralidade, Meditação e Sabedoria) e consta de, como já foi descrito:
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.

1. Compreensão – perfeita (correta) – Samma ditthi


2. Pensamento – perfeito (Correto) – Samma sankappa
3. Palavra – perfeita (correta) – Samma vaca
4. Ação – perfeita (correta) – Samma kammanta
5. Meio de Vida – perfeito (correto) – Samma ajiva
6. Esforço mental – perfeito (correto) – Samma vayama
7. Plena Atenção – perfeita (correta) – Samma sati
8. Concentração – perfeita (correta) – Samma samadhi

Os discursos do Buda começam, às vezes, pela Moralidade:

1. Palavra correta,
2. Ação correta,
3. Meio de vida correto;

outras vezes começam pela Sabedoria:

1. Compreensão correta,
2. Pensamento correto.

Desde que o caminho Óctuplo é a roda da Lei, não se pode, na verdade, dizer qual dos
fatores vem em primeiro lugar.
O indivíduo que se estabelece na moralidade já tem uma certa capacidade de
compreensão inata, criando condições de calma mental e vibrações que desenvolvem a
concentração.
Quanto mais correta é a concentração mais se desenvolve a sabedoria, e quanto mais
desenvolvida a sabedoria, mais a moralidade fica estabelecida.
Cada fator do caminho Óctuplo é designado em pela palavra samma, geralmente traduzida
como “correto”, o que poderia ser interpretado como tendência dogmática. Os conceitos de
“correto”, ou “errado” são alheios ao Budismo; o que é “correto” para alguns, pode ser
“incorreto” para outros.
Então empregamos a palavra “perfeito”, introduzida pelo Lama Anagarika Govinda*1 na
tradução da palavra samma ( samyak em sânscrito), que tem um sentido bem mais

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profundo e definido, como de perfeição, totalidade, plenitude de uma ação ou estado da
mente. Um samma Sambuddha significa “perfeitamente, plenamente Iluminado”, e não
“corretamente Iluminado… O mesmo se. pode dizer sobre Samma-ditthi, palavra
comumente traduzida como “correta compreensão”.
Samma-ditthi significa perfeita abertura, ou atitude imparcial da mente, que nos permite ver
as coisas como elas são na sua verdadeira natureza, na sua básica sabedoria, e não
somente por um lado (especialmente o nosso próprio), mas vê-las por todos os lados:
plenamente, completamente, sem desvio, sem preconceitos, com o objetivo de chegar ao
perfeito equilíbrio mental, que conduz a perfeita compreensão. Então, em vez de fechar os
olhos para o que é desagradável e doloroso, enfrentamos o fato do sofrimento e,
enfrentando-o, nós descobrimos suas causas, e, finalmente, descobrindo que estas
causas estão em nós, seremos capazes de superá-las.
Desta maneira, chegaremos ao conhecimento do supremo objetivo da Libertação pelo
caminho que leva à sua Realização, em outras palavras o Samma-ditthi, isto é, uma
experiência não apenas de aceitação intelectual das Quatro Nobres Verdades. Somente
desta atitude, a perfeita aspiração pode crescer e dar nascimento à palavra perfeita, ação
perfeita e perfeito modo de vida, como também ao perfeito ou pleno esforço mental, onde
toda personalidade humana está engajada à perfeita plena atenção e concentração que
levam à plena Iluminação – Samma Sambodhi.
O Caminho do Meio não ó um acordo teórico, nem escape intelectual, mas a compreensão
dos dois lados da existência, onde um pertence ao passado e outro ao presente. com
nosso intelecto, nossas atividades e mesmo com nossas funções físicas, vivemos no
passado; na visão interior e percepção espiritual, vivemos no eterno presente.
Os Três Estados de Libertação
O Tripitaka distingue três estados distintos no homem liberto:
primeiro, o santo, o Arahant, aquele que superou as paixões e a ilusão de um eu
(intuitivamente) sem possuir totalmente o supremo conhecimento e a penetração de um
Supremo Iluminado;
segundo, o Iluminado silencioso (Paccekabuddha), aquele que tem os conhecimentos de
um Buda, porem não tem condições de transmiti-los aos outros; e,
terceiro (Samma-Sambuddha) o Perfeito, o Supremo Iluminado, aquele que não é somente
um santo, um conhecedor, um iluminado, mas que se tornou totalmente um Ser Perfeito,
completo, cujas qualidades espirituais e psíquicas, a maturidade, o estado de perfeita
harmonia chegaram à perfeição; cuja consciência abrange o Universo infinito.
conhecendo esses três ideais e, de acordo com o ponto de vista budista de que o homem
não é uma “criação” com determinado caráter e predisposições fixas, mas aquilo
que ele faz de si próprio, e evidente que o ideal do Perfeitamente Iluminado
(SammaSambuddha) é o mais elevado. Desde que esse ideal é capaz de levar inúmeros
seres, através do oceano escuro desse efêmero mundo de nascimentos e mortes –
samsara -, para a margem luminosa da Libertação, ele foi chamado o ideal Mahayana
(“Grande Veículo”), enquanto que os outros ideais, especialmente o Arahant, que consiste
somente na sua própria Libertação, foi chamado 146 Hinayana (“Pequeno Veículo “).
Esses termos Mahayana e Hinayana foram introduzidos pela primeira vez no Concílio do
rei Kaniska, no I século d.C., quando os diferentes ideais e caminhos de libertação foram
discutidos pelos representantes das diferentes escolas da Índia. Não era de admirar que a
maioria dos presentes no Concílio votasse no Mahayana, e o grupo menor, no Hinayana,
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que mais tarde foi-se extinguindo.
Os Theravadas, no entanto, não estavam presentes no concilio; desde aquela época já
tinham desaparecido da maior parte da Índia para se estabelecerem em outros países do
Sul. Estritamente falando, não podem ser identificados como Hinayana, porque não
rejeitam o ideal Bodhisattva. Assim, Narada Mahathera, um dos mais conhecidos líderes
do Budismo Cingalês, confirma esse ponto de vista dizendo: ‘Budismo é o ensinamento
que ajuda, igualmente, aqueles que querem a salvação pessoal, como aqueles que
querem trabalhar em ambas, a salvação pessoal e a salvação dos outros…’
Um Bodhisattva não tem a ambição de ensinar os outros, exceto através do seu próprio
exemplo, praticando as altas virtudes – Paramita -, que consistem em não somente evitar
o mal, mas cultivar tudo o que é bom; em outras palavras, ajudar os outros e ajudar a si
mesmo; um não pode ser sem o outro, vão de mãos dadas. Cada sacrifício é um ato de
renúncia, uma vitória sobre si mesmo, portanto, um ato de libertação. Através desse
exemplo é que se pode ajudar o próximo, mais do que por ações filantrópicas, de caridade,
palavras santas, ou sermões religiosos.
As Dez Perfeições: Paramita Segundo as escrituras antigas – Sutta Pitaca, Buda-Vasna -,
as Dez Perfeições são as seguintes: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
Caridade – Dana
A conduta ética ou Dever – Sila
A Renúncia – Nekkhamma
A Sabedoria – Panna
O Esforço, energia – Virya
A Paciência – Khanti
A Fidelidade – Sacca
A Determinação – Adhitthana
A Bondade – Metta
A Equanimidade – Upekka
Pelo cultivo das dez Perfeições, acumulando todos
Os méritos (Punya)2 necessários, o discípulo entra no caminho que leva à Libertação:
1. A CARIDADE. Entende-se por caridade o dar de boa vontade, com intenção de paz e de
bem-estar para com todos os seres vivos, desejando-lhes todas as felicidades; dar sem
reservas. “Assim como uma jarra cheia, entornada, derrama todo o líquido e nada retém.”
A disposição para dar e a generosidade purificam a mente da avareza. Aquele que dá por
ostentação ou espera retribuição, reconhecimento ou gratidão, não dá, apenas estabelece
uma troca. Culmina com o auto-sacrifício. 147 2. A CONDUTA ÉTICA OU DEVER consiste
em não ferir, não magoar ou causar desarmonia, não só aos homens, como a todos os
seres vivos. Purifica a mente das ações demeritórias. Assim como uma vaca iaque,
quando a crina de sua cauda se embaraça em alguma coisa, prefere morrer a ferir a
cauda, assim deves cumprir teu dever, como a iaque para com sua cauda.
3. A RENÚNCIA é a feliz e harmoniosa capacidade de superar pela compreensão os
apegos aos prazeres sensoriais até à libertação. Dedicar os próprios méritos ao benefício
de outros purifica a pessoa de desejar sua salvação sem preocupar-se com a dos outros,
ao mesmo tempo que promove interesse pelo bem-estar alheio. A renúncia é a maior
felicidade, é o abandono de um bem menor (apego dos sentidos) por um bem maior
espiritual (Sabedoria). Assim como um detento, sofrendo longa penalidade sabe que não
lhe resta nenhum prazer, senão o de aguardar a libertação, assim as tuas existências
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terrenas aceitarás como prisões e terás teu rosto voltado para a renúncia, à espera da
libertação.
4. A SABEDORIA OU DISCERNIMENTO é a compreensão correta do presente, do que é
aqui e agora, superando os condicionamentos conceituais. Purifica a pessoa de opiniões
que a desencaminham do Dharma e, ao mesmo tempo, cria opiniões tendentes à
Sabedoria e à Libertação. Assim como o monge mendicante não se esquiva de nenhuma
família, seja ela de posição inferior, elevada ou intermediaria, ao solicitar esmola e
adquirindo a sua ração diária, assim inquirirás sempre os sábios e adquirirás o
discernimento.
5. O ESFORCO é a coragem na aplicação de nossas energias na solução do bem-estar do
próprio corpo e mente, assim como dos demais, libertando-nos do ressentimento e da
inimizade. O esforço da Atenção purifica a pessoa da indiferença ou da insensibilidade,
promovendo a compaixão. Culmina na inquebrantável determinação de alcançar a
Iluminação. Assim como ao leão não lhe falta coragem, mostrando-se animoso, assim
também, em cada uma de tuas existências, te manterás firme em tua coragem.
6. A PACIÊNCIA é a tolerância para vencer o egoísmo e não ver nem o bem; nem o mal
nos contentamentos e ressentimentos, nas gentilezas e grosserias. Purifica-nos da altivez,
promovendo humildade. culmina na eliminação de toda má vontade. Assim como a terra
escora tudo o que é arremessado sobre ela seja puro ou impuro, e não sente por isso nem
ressentimento, nem regozijo, assim, também, recebe com serenidade tanto as gentilezas,
como as grosserias.
7. A FIDELIDADE é a honestidade intelectual e de sentimentos no percorrer o caminho da
Verdade. Ouvir o Dharma nos purifica da distração, ao mesmo tempo que promove
concentração. Ensinar o Dharma nos purifica do egoísmo a respeito do conhecimento, ao
mesmo tempo que promove a amizade. Assim como a estrela se mantém equilibrada no
firmamento, não se desviando de seu curso, nem em sua hora, nem em sua estação,
assim também permanecerás fiel no caminho da verdade.
8. A DETERMINAÇÃO é a firme resolução, pela Correta Compreensão, de trilhar o
Caminho Óctuplo, para o bem-estar próprio e dos demais seres. Assim como a montanha
de pedra não se abala ante a tempestade, mas permanece em seu lugar, assim, também,
permanecerás firme em tua resolução, uma vez tomada.
9. A BONDADE é cultivar e desenvolver a boa vontade e a compaixão, sendo amistoso
igualmente com amigos, estranhos e inimigos. Rejubilar-se com a felicidade alheia nos
purifica da inveja, ao mesmo tempo que promove alegria simpática.
Assim como a água extingue por igual a sede dos bons e dos maus, assim também
tratarás com igual bondade o teu amigo e o teu inimigo. Seja como a água, que mata a
sede tanto dos bons como dos maus.
Seja como árvore, que nutre e fornece sombra tanto aos bons quantos aos maus.
10. A EQUANIMIDADE é a libertação dos condicionamentos às coisas, pessoas e
opiniões, levando-nos a observar com serenidade qualquer apego ou aversão. Assim
como a terra é impassível para com tudo o que se atira sobre ela, puro e impuro, assim
também aceitarás com serenidade tanto a alegria como a tristeza, se pretendes atingir a
Sabedoria.
Assim, muitas são as coisas que neste mundo tomam a Sabedoria perfeita; a1ém destas,
não existem outras. Se as Perfeições são realizadas de maneira completamente altruísta e
os Méritos acumulados não egoísticamente, a mente adquire a clareza suficiente para o
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progresso na libertação de toda espécie de sofrimento, ou experiência insatisfatória –
dukkha.
Para isto, toma-se necessário praticar, na vida cotidiana, todas as coisas que
purificam a mente levando à felicidade, sem deixar, ao mesmo tempo, de operar
aquelas causas que dão origem a dukkha.
Desta maneira, purificando-se, a mente adquire a clareza suficiente para tomar-se
livre de todo e qualquer condicionamento, dissipar a ilusão do “eu” e alcançar o
conhecimento do Real, a Sabedoria Ultima.
As Dez Imperfeições
O Bem-Aventurado disse: – Os seres humanos praticam a virtude de dez maneiras
diferentes e de dez maneiras também eles praticam o mal.
– Quais são essas dez maneiras? – Há três para o corpo, quatro para a palavra e três para
o pensamento. – Quais são as três maneiras de agir mal pelo corpo?
– Primeira, tirar a vida (matar);
segunda, tirar aquilo que não lhe foi dado (roubar);
terceira, o mau uso dos prazeres sensuais (adultério, luxúria, gula, etc.).
– Quais são as quatro maneiras de agir mal pela palavra?
– Primeira, mentir;
segunda, dizer palavras vãs;
terceira, dizer palavras rudes;
quarta, difamar.
– Quais são as três maneiras de agir mal pelo pensamento?
– Primeira, desejo de concupiscência;
segunda, desejo de prejudicar (ódio e inveja); Não cultive ódio a quem te prejudica. Ora
por ele e o ame, mas peça que ele siga seu caminho.
terceira, incredulidade (juízos errôneos, duvida cética e discursiva)
Se um discípulo deseja, ó Irmãos, pela destruição das imperfeições – asavas -, por si
próprio, e ainda neste mundo, conhecer, realizar e atingir o estado que é próprio dos
Arahants, a emancipação do coração e a emancipação da mente, que seja de uma
inteira retidão, que seja fiel a essa quietude do coração que alegra o interior, que
não rejeite o êxtase da contemplação, que sonde as causas e viva no recolhimento.
(Akenkheya Sutta.) 149 A investigação e o cultivo das Perfeições conduzem à Correta
Atitude Moral; e o desenvolvimento da Correta Atitude Moral junto com a prática da
Meditação conduzem o discípulo à correta concentração – Samadhi. 1. Na literatura
budista Mahayana freqüentemente empregam-se expressões em sânscrito, no Caminho
Óctuplo, que são. 1) samyak drsti, 2) Samyak sam kalpa, 3) samyak vak, 4) Samyak
karmanta, 5) samyak ajiva, 6) samyak vyayama 7) Samyak smirti, 8) samyak samadhi. *1
Lama Anagarika Govinda, Fundamentos do Misticismo Tibetano. Obra citada. 2. Mérito
(Punya), significa aquilo que limpa e purifica.

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