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10 erros de português que acabam
com a sua credibilidade
Publicado em 10 de janeiro de 2017Destacado em: Carreiras, Notícias e Opinião, Recrutamento & RH
Elsa FernandesSeguir
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Content and Social …
A forma como escrevemos tem um impacto fundamental na nossa
credibilidade. Receber um email ou um orçamento com erros levanos a
questionar, mesmo que inconscientemente, a competência de quem está do outro
lado. No caso das empresas, quando há erros no site ou nos posts partilhados nas
redes sociais, é a credibilidade da empresa que está em causa.
Na minha rotina de trabalho a ler e escrever há erros que vejo quase todos os dias.
Listeios para que não o apanhem a si também. Tome nota.
1. Há / à
A confusão entre o há com “h”, presente do verbo haver, e o à, sem “h”, que é a
contração da preposição “a” com o artigo definido no feminino singular “a”,
atrapalha muita gente. Uma dica que pode ajudar: se for possível substituir a
expressão pelo verbo ”existir” (sinónimo de haver) ou a frase implicar tempo,
devemos usar “há”.
Exemplos: Há várias opções de cor. A empresa funciona há dez anos.
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2. Ir de encontro / ir ao encontro de
Vejo muitas vezes este erro em propostas para clientes e emails que se
pretendem mais formais, momentos em que não convém mesmo escrever com
erros. Mas qual é o problema? Quando escrevemos “ir de encontro” para indicar
que estamos em sintonia com a outra parte, estamos na verdade a dizer o
contrário. A expressão correta a usar é “ir ao encontro de”.
Exemplo: Esperamos que esta proposta vá de encontro aos seus objetivos (estamos
a dizer: seja oposta). Esperamos que esta proposta vá ao encontro dos seus
objetivos (forma correta).
3. Há dois anos atrás / Na minha opinião pessoal
Estas redundâncias não são propriamente erros, mas a bem da simplicidade não há
necessidade deste reforço. Basta escrever “Há dois anos” ou “Na minha
opinião”. Afinal, todas as opiniões são pessoais. As frases ficam mais simples,
mais curtas e são entendidas mais facilmente.
4. “Ciclo” vicioso
Esta é mais uma daquelas expressões que se usa em relatórios e documentos
quando se quer impressionar. O problema é que a expressão “ciclo vicioso” está
errada. A forma correta é “círculo vicioso”.
5. Tivesse / estivesse
A confusão entre o “tivesse” e “estivesse” está no chat do Facebook quando
falamos com os nossos amigos, mas infelizmente está também nos posts que
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muitas marcas fazem na mesma rede. As duas formas estão corretas, mas
enquanto “tivesse” deriva do verbo ter, “estivesse” é uma conjugação do
verbo estar.
Exemplo: Se eu tivesse mais tempo e estivesse em Lisboa gostava de sair
convosco.
6. Gratuítamente /obrigatóriamente
Os advérbios de modo terminados em “mente” não levam acento. E não há
exceções. Portanto, obrigatoriamente, gratuitamente, rapidamente,
acentuadamente, facilmente, felizmente, etc. nunca são acentuados. Fácil.
7. ás / às
É comum sermos informados que o melhor horário para a reunião é das 14h “ás”
15h00 ou vermos num site de um restaurante que está aberto das 19h00 “ás”
23h00. “Ás” com acento agudo está relacionado com o universo do jogo (ás de
espadas, p. ex.) ou pode ser usado para designar alguém que é muito bom em
determinada atividade. Quando nos referimos a espaço ou tempo o acento deve ser
grave (às).
Exemplo: Temos reunião das 14h00 às 15h00. Portanto, em horários o acento é
sempre grave.
8. Contatos / Contactos
Quando visito um site português que tem o item de menu de contactos sem “c” fico
logo nervosa. Em Portugal, apesar do acordo ortográfico, contactos mantém o “c”,
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dado que pronunciamos essa consoante.
9. Fãn
Este erro tornouse muito comum com as redes sociais. As páginas têm fãs e eu
posso ser fã de alguém ou de alguma coisa. As palavras fãn e fãns não existem.
“Fan” e “fans” (sem acento) são palavras em inglês.
10. Falase / Falasse
Mais um erro que povoa os chats nas redes sociais, mas infelizmente salta para
sites, emails e posts de marcas. Falase é uma forma do presente do indicativo e
referese a uma ação real. Falasse é uma forma do imperfeito do conjuntivo e
designa uma ação provável.
Exemplo: Hoje falase muito de política, mas gostava/gostaria que se falasse mais
de economia.
Um truque dos professores de português para não errar: construir a frase na
negativa: “Hoje não se fala muito de política. Gostava que não se falasse de
economia”. Se o “se” muda de lugar, significa que é separado por hífen.
E desse lado, como é a sua relação com o português? Há erros que não
desculpa?
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[ este post foi originalmente publicado em www.elsafernandes.com ]
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