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MÉTODOS NUMÉRICOS PARA

ENGENHARIA CIVIL
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO

MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO


ENGENHARIA: estudar e solucionar problemas físicos reais.

Entretanto: a complexidade em se levar em conta todos os aspectos


relevantes faz com que o engenheiro substitua o problema físico real por
um problema equivalente mais simples, e que pode ser definido
matematicamente.

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?

Trata-se de encontrar um modelo matemático que represente,


aproximadamente, o comportamento do problema real.

O comportamento de muitos problemas pode ser adequadamente representado por


uma equação diferencial ou por um sistema de equações diferenciais.

o modelo matemático do problema é o sistema de uma ou mais


equações diferenciais, em conjunto com as condições de contorno +
condições iniciais (em análises no tempo) correspondentes.

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1.1 - CONCEITOS BÁSICOS

A análise de um problema de engenharia requer:

 a idealização de um modelo que o represente


 a formulação das equações
 a solução das equações
 a interpretação dos resultados

Categoria dos sistemas:

 contínuo  equações de equilíbrio diferenciais válidas em todo o domínio do problema: a resposta


do sistema é descrita por um número infinito de variáveis.

 discreto  equações de equilíbrio algébricas: a resposta do sistema é descrita por um número finito
de variáveis (métodos numéricos).

Decisões a serem tomadas pelo analista:

 se o sistema será tratado como contínuo ou discreto

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A - Sistemas contínuos

As equações diferenciais devem ser válidas para todo o domínio do problema e


devem ser suplementadas pelas condições de contorno no cálculo da resposta do
sistema. No caso de análises no tempo, devem ser fornecidas as condições iniciais.

Nos problemas práticos: as equações diferenciais são quase sempre difíceis de


serem resolvidas.

- A solução exata das equações diferenciais que satisfaça todas as condições


de contorno só é possível para sistemas relativamente simples.

- Nos casos mais complexos devem ser empregados métodos numéricos


para calcular a resposta do sistema. Estes métodos reduzem o sistema
contínuo a uma idealização discreta que pode ser analisada do mesmo
modo que um sistema físico discreto.

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Neste caso, duas formulações diferentes podem ser utilizadas na obtenção das
equações diferenciais que governam o problema e das condições de contorno
correspondentes:

i. Formulação diferencial (método direto)


ii. Formulação variacional (métodos de energia)

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I - Formulação diferencial (método direto):

As relações de equilíbrio e constitutivas de um elemento diferencial típico são


estabelecidas em termos da variável desconhecida.

Estas considerações levam a um sistema de equações diferenciais na variável


desconhecida.

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Exemplo de formulação diferencial (método direto)

A barragem idealizada está assente em solo permeável. Estabelecer a equação


diferencial que governa a percolação permanente (estacionária) da água através do
solo e as condições de contorno correspondentes.

barragem impermeável

h
1
h
2

h solo permeável
L fluxo y
x

rocha impermeável

REF: Bathe, 1982, pg.92

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Considerando-se um elemento de solo típico dx dy (espessura unitária), o fluxo total que
entra no elemento deve ser igual ao que sai:

 qx
q xdx  q x  dx
x
qy+dy
(2)
 qy
q y dy  q y  dy
y
dy
qx qx+dx
dx
qy (2) em (1):

  q     qy 
 qx   qx  x dx   dy   qy   qy  dy   dx  0
  x    y 
(q|y  q|ydy ) dx  (q|x  q|xdx ) dy  0 (1)

 qx q
qx dy  qx dy  dx dy  qy dx  qy dx  y dy dx  0
x y

qx qy
  0 (3)
x y

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Da Lei de Darcy (relações constitutivas), o fluxo dado em termos do potencial hidráulico,
, é:

 
 q x   k
x (4) k - coeficiente de permeabilidade

qy   k   - potencial hidráulico = carga de elevação + carga de pressão
 y

(4) em (3):

       
k    k    0
x  x  y  y 

Equação diferencial do problema:

  2  2 
k  2  2   0
 x y 

OBS: assume-se que o solo tem o mesmo coeficiente de permeabilidade em x e em y - k uniforme

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Condições de contorno no solo:

- em x = +/-   não há fluxo no solo:

 
| x    0 ; | x  0
x x
barragem impermeável
- interface solo-rocha  impermeável:

 h
1
| y 0 0 h
y 2

h solo permeável
L fluxo
- interface barragem-solo: y
x
 h h
( x, L)  0 para   x  rocha impermeável
y 2 2
- potencial total prescrito na interface água-
solo:

 ( x, L) | x  ( h / 2)  h1
 ( x, L) | x  ( h / 2)  h2

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II - Formulação variacional (métodos de energia)

Estes processos são baseados na idéia de se determinar estados de equilíbrio dos


corpos ou estruturas associados a valores estacionários de uma quantidade escalar
dos corpos submetidos a carregamento.

Em engenharia  medida de energia ou trabalho

Calcula-se o potencial total  do sistema e determina-se a estacionaridade de 


com relação às variáveis desconhecidas.

A principal razão para sua eficiência está no modo em que algumas condições de
contorno podem ser determinadas.

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Definição de valor estacionário

O termo estacionário pode significar um ponto de mínimo, máximo ou de inflexão de uma


função F(x):

Para se determinar o ponto de valor estacionário faz-se:

dF( x)
0
dx

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Exemplo:

Achar a condição de estacionaridade da função: - Valor da função no ponto de mínimo

2 F x = 32 − 6 ∗ 3 − 3
F x =x −6x−3

F x = 12
dF x
=2x−6
dx
150
dF x
=0 130
y = x2 - 6x - 3
dx 110
90

2x−6 =0 70

F (x)
50
30
x=3 10
x
-10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
-30
2
d F x
=2
dx 2

Valor positivo: ponto de mínimo


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No caso de uma análise tensão-deformação:

F  definida como a energia potencial de A energia potencial total do corpo, que é


um corpo submetido a carregamento, p. função da configuração deformada é:

Energia potencial de um corpo, em uma p  U  W


configuração deformada qualquer, é o
trabalho realizado por todas as forças que
agem sobre o corpo, externas e internas, Esta expressão corresponde ao funcional de
quando o corpo retorna de sua configuração energia p, associado às equações diferenciais de
deformada para a configuração indeformada. equilíbrio.
A energia potencial das forças internas é
igual à energia de deformação do corpo.

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Princípio da Energia Potencial Total

“Seja um corpo impedido de se deslocar Isto significa que para a configuração de


como corpo rígido e submetido a forças equilíbrio, a primeira variação do funcional
externas. Dentre todas as configurações de energia deve ser igual a zero:
deformadas possíveis (que atendam às
condições de contorno), aquela que
corresponde à configuração de equilíbrio  p   U   Wp  0
minimiza o funcional de energia potencial
total”.

A verificação de que o valor de p para


corpos elásticos, lineares e em equilíbrio é
um mínimo é feita mostrando-se que a 2a
derivada ou variação de p é maior do que
zero:

2 p  2 U  2 Wp  0

(demonstração por meio do cálculo variacional)

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OBS: - interpretamos  simplesmente como um símbolo que denota derivadas de p em
relação às coordenadas ou variáveis desconhecidas independentes que aparecem na
expressão de p.

Por exemplo se:

p  p ( u1, u2 ,...., un )

em que u1, u2, ..., un são variáveis independentes então, minimizar o funcional (p = 0)
significa que:

p p p


0 ;  0 .......... 0
 u1  u2  un

n - número de variáveis

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Exemplo de formulação variacional

Considere uma mola de rigidez k e carga aplicada P. Se u é o deslocamento da mola sob a


carga P, então:

Kk P

1
 energia interna de deformação: U  K u2
2

 trabalho da força P sobre o deslocamento u: W Pu

 potencial total: p  p (u)  1/ 2 K u2  P u

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Como u é a única variável, a condição de estacionaridade do potencial total (ou o princípio
da energia potencial mínima) é dada por:

d p
 p   U   W ou  K u P 0
du

que fornece a seguinte equação de equilíbrio do problema:

P K u

Ponto de mínimo ou de máximo?  da 2a derivada:

d2 p Como K é sempre (+)  ponto de mínimo  equilíbrio


2
K
du

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1.2 MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS (MEF)

Definição:

Método numérico para a obtenção de soluções aproximadas de sistemas de


equações diferenciais.

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1.2.1 HISTÓRICO E APLICAÇÕES

• A maioria das aplicações que discute o MEF surgiu a partir de 1960 e se desenvolveu
simultaneamente com o avanço dos computadores.

• O MEF:

– Foi um desenvolvimento natural da formulação em deslocamentos da análise matricial


de estruturas reticuladas, mas pode ser aplicado a outros campos da engenharia devido
à natureza geral da teoria na qual é baseado.

– Pode ser usado para se formular tanto problemas de análise de estruturas reticuladas,
como de estruturas contínuas bi e tridimensionais.

– É um método poderoso e popular porque permite a solução de problemas com:

- geometrias (contornos) irregulares


- não homogeneidades do material
- comportamento não linear
- condições de contorno quaisquer

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1.2.2 DESCRIÇÃO GERAL DO MÉTODO

O método usa os conceitos de discretização do contínuo e de matriz de interpolação que


fornece os deslocamentos em um ponto no interior do elemento em função de seus
deslocamentos nodais.

Discretização: se refere a um modelo com um número finito de incógnitas (por


exemplo, deslocamentos nos nós do modelo) para a análise de meios
contínuos em contraposição a uma análise com um número infinito de variáveis
como as feitas pela Teoria da Elasticidade que usam funções contínuas, ou seja
com infinitas incógnitas como solução.

A discretização do domínio da solução de um problema formulado em EF reduz o


problema contínuo a um problema com um número finito de incógnitas.

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A idéia básica do método dos elementos finitos é a representação de um corpo ou estrutura
por um conjunto de subdivisões denominadas elementos finitos. Ou seja, divide-se o domínio
(meio contínuo) do problema em pequenas regiões com dimensões finitas e de geometria
simples.

Os elementos se interconectam em pontos nodais.

Ao conjunto de elementos finitos e pontos nodais, dá-se, usualmente o nome de malha de


elementos finitos.

As grandezas de interesse são avaliadas em cada elemento a partir de seus valores


localizados nos nós.

Pontos nodais Elementos finitos

Contorno original

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Elemento finito é uma parte do contínuo:

define-se seu comportamento em termos de sua geometria e das propriedades do


material que o constitui de modo que a formulação geral para este elemento possa
ser aplicada a qualquer elemento do conjunto.

A escolha da forma ou configuração do elemento finito a ser utilizado na análise depende:

- da geometria da estrutura
- do número de coordenadas de espaço independentes (x,y,z) necessário
para descrever o problema: 1-D, 2-D, 3-D

REF: VAZ, Luiz Eloy. 2011. Introdução ao Método dos Elementos Finitos em Análise de Estruturas. Editora
Elsevier.

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Elemento Denominação Tipo de análise

Elemento de barra com dois nós 1-D

Elemento de barra com três nós 1-D

Elemento triangular com três nós 2-D

Elemento triangular com seis nós 2-D

Elemento quadrilateral com quatro nós 2-D

Elemento quadrilateral com nove nós 2-D

Elemento tetraédrico com quatro nós 3-D

Elemento hexaédrico com oito nós 3-D


• Funções matemáticas simples (polinômios), denominadas funções deslocamentos
ou modelos de deslocamentos, são escolhidas para aproximar a distribuição ou
variação dos deslocamentos reais dentro de cada elemento finito. As quantidades
desconhecidas são os deslocamentos (ou derivadas dos deslocamentos) nos
pontos nodais.

• A precisão do método depende da quantidade de nós e elementos, e do tamanho


e tipo dos elementos presentes na malha.

• Um dos aspectos mais importantes do MEF diz respeito a sua convergência. Pode-
se demonstrar que à medida que o tamanho dos elementos finitos tende a zero, e
consequentemente, a quantidade de nós tende a infinito, a solução obtida
converge para a solução exata do problema. Ou seja, quanto menor for o tamanho
e maior for o número de elementos em uma determinada malha, mais precisos
serão os resultados da análise.
1.2.3 PROCESSO DE SOLUÇÃO DE UM PROBLEMA EM ELEMENTOS FINITOS

A seguinte sequência de 8 passos (steps) descreve um processo real de solução que é seguido
no estabelecimento e resolução de qualquer problema de equilíbrio (apesar de esta
sequência ser baseada em um procedimento desenvolvido para aplicações em mecânica
estrutural, ela pode ser generalizada para aplicações em outros campos).

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STEP 1 - Discretização do contínuo e escolha da configuração do elemento

Aqui entra o julgamento do engenheiro. Ele é quem vai decidir qual o tipo, número, tamanho
e arranjo dos elementos que vai representar o contínuo do problema a ser analisado.

EXEMPLO DE UM PÓRTICO PLANO

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STEP 2 - Seleção do modelo ou função de aproximação para a variável
desconhecida

Define-se uma função matemática (polinômios) para aproximar a distribuição dos


deslocamentos no interior do elemento  a função deve satisfazer as condições de
contorno do problema.

d ( x, y)3x1  g ( x, y)6x6 dnós 6x1 (1)

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STEP 3 - Definir relações deformação-deslocamento e tensão-deformação
(constitutiva)

Em problemas de análise tensão-deformação, as ações ou causas são as forças e os efeitos


ou respostas são as deformações e as tensões  A ligação entre ação e resposta é a lei
constitutiva do material.

 ( x, y)3x1     3x3 d ( x, y)3x1 (2)

 ( x, y)3x1   C  3x3  ( x, y)3x1 (3)

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STEP4 - Determinação das equações de equilíbrio dos elementos

As equações de equilíbrio do elemento podem ser determinadas a partir de métodos


variacionais ou dos métodos dos resíduos ponderados.

Para cada elemento (barra):

f ( x, y)6x1   s  6x6 dnós )6x1 (4)

{ f (x,y)} - vetor de forças externas nos nós: calculado a partir do carregamento externo
[s] - matriz de rigidez do elemento: calculada a partir da geometria e das propriedades do
material da barra
{ dnós } - vetor dos deslocamentos dos nós

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STEP 5 - Montagem das equações algébricas globais e introdução das condições de
contorno

Determina-se a equação de equilíbrio de somente um elemento. Entretanto, o que interessa é


o equilíbrio da estrutura como um todo.

A partir das matrizes de rigidez de todos os elementos, [s]1, [s]2 e [s]3, calcula-se a matriz de
rigidez da estrutura [S].

A partir dos vetores de forças externas nodais, {f}1, {f}2 e {f}3, calcula-se o vetor de forças
nodais externas da estrutura {F}

F ( x, y)12x1   S  12x12 dnós )12x1 (5)

{ F } - vetor de forças externas nos nós


[ s ] - matriz de rigidez do elemento
{ Dnós } - vetor dos deslocamentos dos nós

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STEP 6: Resolução do sistema de equações. Cálculo dos deslocamentos nodais

Conhecidas as matrizes {F} e [S], calcula-se o vetor de deslocamentos {D}:

Dnós    S 1 F (6)

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STEP 7: Obtenção de grandezas secundárias: deslocamentos, deformações e
tensões em qualquer ponto

d ( x, y)3x1  f ( x, y) dnós 6x1 (1)

 ( x, y)3x1     3x3 d ( x, y)3x1 (2)

 ( x, y)3x1   C  3x3  ( x, y)3x1 (3)

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STEP 8: Interpretação dos resultados

– gráficos: deslocamentos, tensões, deformações;

– a precisão da aproximação vai depender do tipo de carregamento, da geometria e das


propriedades do material e pode ser melhorada: (i) utilizando-se uma malha mais fina ou
(ii) modelos de aproximação de ordens superiores.

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1.2.4 VANTAGENS DO MEF

• Como as propriedades de cada elemento são avaliadas separadamente, podem ser


incorporadas diferentes propriedades do material para cada elemento  a não
homogeneidade pode ser incluída ;

• Não há restrição quanto à geometria que pode ser qualquer;

• Podem ser incorporadas quaisquer condições de contorno;

• Pode levar em conta não linearidades, condições arbitrárias de carregamento e dependência


do tempo (efeitos dinâmicos)

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1.2.5 PRINCIPAIS APLICAÇÕES EM ENGENHARIA CIVIL

• Cálculo de tensões, deformações e deslocamentos em estruturas;

• Cálculo de carga, velocidades, gradientes e vazões em problemas de fluxo transiente e


permanente;

• Cálculo de transporte de contaminantes em solos;

• Cálculo do fluxo de calor em solos, etc.

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Exemplos de utilização

TENSÕES, DEFORMAÇÕES E DESLOCAMENTOS EM ESTRUTURAS

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BARRAGEM DE EMBORCAÇÃO, CEMIG-MG

Mestrando: EDSON LUIS DE CARVALHO


DEC - UFV
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MATERIAIS NA SEÇÃO TRANSVERSAL TÍPICA DA
BARRAGEM DE EMBORCAÇÃO

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MALHA DE ELEMENTOS FINITOS
1841 NÓS, 576 ELEMENTOS, 53 NÓS CONTORNOS PRESCRITOS

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Sigma_YY
+0.00E+000
Tensões verticais
-4.67E+001
-9.34E+001
-1.40E+002
-1.87E+002
-2.33E+002
-2.80E+002
-3.27E+002
-3.73E+002
-4.20E+002

Sigma_XX
+0.00E+000 Tensões horizontais
-2.49E+001
-4.98E+001
-7.47E+001
-9.96E+001
-1.25E+002
-1.49E+002
-1.74E+002
-1.99E+002
-2.24E+002

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BARRAGEM DE BELICHE (PORTUGAL)

Mestrando: LUCAS MELO

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MATERIAIS NA SEÇÃO TRANSVERSAL TÍPICA DA
BARRAGEM DE BELICHE

0 10 20 m
Fundação Enroc. são Enroc. alterado Filtro Núcleo

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MALHA DE ELEMENTOS FINITOS

Fundação Enroc. são Enroc. alterado Filtro Núcleo

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+0
8 Deslocamento vertical (cm)
17
(positivo para baixo)
25
35
40
50
60
67
77

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+14
+10 Deslocamento horizontal (cm)
+8
+5
+2.5
-0.2
-3.0
-5.0
-8.0
-12

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+1500
+1300
+1150
+1000 SIGMA Y
+800
+650
+500
+300
+150
+0

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+670
+600
+500
+450 SIGMA X
+370
+300
+220
+150
+700
+0

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FLUXO PERMANENTE E TRANSPORTE DE CONTAMINANTES

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ESTUDO NUMÉRICO DO TRANSPORTE DE POLUENTES DEVIDO AO
LIXÃO DA CIDADE DE VIÇOSA - MG

Mestrando: ALEX MAGNO GERMANO


Orientadora: IZABEL AZEVEDO
DEC - UFV
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Escolha da seção transversal a ser estudada

Levantamento topográfico da área do lixão

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PROGRAMA GEO-SLOPE

Módulo SEEP/W:

• Definição da malha de elementos finitos


• Dados: parâmetros dos solos e da região
• Média da precipitação de chuva na região de viçosa: 1220 mm ao ano

furo de sondagem

estrada

brejo

Seção transversal discretizada em elementos finitos.

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Resultados: velocidades de fluxo furo de sondagem
Furo 02

furo de sondagem
Furo 04

estrada
Estra da

brejo
Brejo

furo deFuro
sondagem
Fluxo sem considerar infiltração de chuva 02

furo deFurosondagem
04

estrada
Estrada

brejo
Brejo

Fluxo considerando a infiltração de chuva


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Módulo CTRAN/W:

• Dados:

- velocidades de fluxo (do módulo SEEP)


- parâmetros de transporte
- tempo de evolução da pluma de contaminação a ser estudado

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furo
EVOLUÇÃO DAS PLUMA DE CONTAMINAÇÃO resíduos
Lixo
Furo 02

furo
Furo 04

Cádmio 25 e 100 anos 96.34


1

36.341
26.341
16.
estrada
Estra da 341

6.3
40
9
brejo
Brej o

furo
Furo 02
resíduos
Lixo
furo
Furo 04

93.925

63.925

estrada
Estrada 43.925

33.9
25

brejo
Brejo

925
.92
5 33.
83 25 43.925
.9
53

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Chumbo 25 e 100 anos furo
Furo 02
resíduos
Lixo
furo
Furo 04
1
96.34

36.341
26.341
16.
estrada
Estra da 341

6.3
40
9
brejo
Brej o

furo
Furo 02
Lixo
furo resíduos
Furo 04

96.607
56.607

46.607
36.
estrada
Estra da
607

26
.6
07
brejo
Brej o

7
.60
26

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Cobre 25 e 100 anos
furo
Furo 02
resíduos
Lixo
furo
Furo 04

93.329

43.329
33.3
29
estrada
Estrada 23.3
29

13.329

3.
32
brejo
Brejo 91

furo
Furo 02
resíduos
Lixo
furo
Furo 04

93.925

63.925

estrada
Estrada 43.925

33.9
25

brejo
Brejo

925
.92
5 33.
83 25 43.925
.9
53

MÉTODOS NUMÉRICOS PARA ENGENHARIA CIVIL - PROFA. IZABEL AZEVEDO


furo
Furo 02
resíduos
Lixo

Furo 04
furo .34
7
92

42
.34
7
Cádmio 100 anos estrada
Estrada
32
.34
7

32.347
brejo
Brejo

furo

347
47 7
resíduos Furo 02
.3 .34
47

42.
Lixo
92 52
.3
72

furo
Furo 04

96.607
56.607

46.607
36.
estrada
Estra da
607

Chumbo 100 anos


26
.6
07
brejo
Brej o

Lixo furo
Furo 02

resíduos
7 Furo 04
26
.60 furo
93.925

63.925

Estrada 43.925
estrada
Cobre 100 anos 33.9
25

brejo
Brejo

925
.92
5 33.
83 25 43.925
.9
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