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Segurança e mercado de trabalho

Escrito por Alexandre Moura de Oliveira


Sex, 24 de Abril de 2009 08:40 -

Diminuir as taxas de desemprego tornou-se preocupação constante dentro da sociedade.


Neste contexto são oferecidos cursos de qualificação (pagos ou subsidiados) visando propiciar
aos candidatos ferramentas para que consigam recolocação profissional, ou seja, uma
ocupação com direitos trabalhistas.

Na área de segurança privada, são qualificados ou formados milhares de candidatos


anualmente em todo o País.

As qualificações específicas para atuarem no ramo de segurança privada, são oferecidas por
estabelecimentos de ensino credenciados e fiscalizados pelo Departamento de Polícia Federal.

Pontos a ponderar:

- As escolas de formação lançam no mercado inúmeros candidatos ao cargo de Vigilante,


mas grande percentual destes, não possui vocação e/ou condições psicológicas para o
exercício desta profissão;
- Atualmente o mercado de trabalho na área de segurança privada não consegue absorver
a maioria destes profissionais, em virtude da baixa escolaridade (embora seja exigida apenas a
4ª série do ensino fundamental para freqüentar os cursos de formação) e também muitos
postos de serviço onde atuavam Vigilantes armados ou não, foram substituídos pela tecnologia
(CFTV, alarmes e sensores...) e por Auxiliares de Segurança, Porteiros ou outras
denominações conforme as prestadoras de serviços;
- A substituição dos Vigilantes por Auxiliares em locais onde não havia a necessidade do
porte de armas de fogo, representou para as empresas especializadas e contratantes,
contratos mais baratos e uma alternativa de serviços a mais para as empresas especializadas
em segurança. Para a categoria profissional dos Vigilantes representou o aumento no índice de
desemprego nesta categoria e forçou muitos profissionais a trabalharem como Auxiliares de
Segurança ou Porteiro, recebendo piso salarial inferior ao da categoria (Vigilantes);
- Do percentual estimado dos candidatos oriundos dos cursos de formação, estima-se que
muitos apenas desejam um emprego e que não possuem realmente vocação para atuar em
segurança privada;
- Alguns Especialistas na área de segurança privada defendem a idéia de que as escolas
de formação poderiam funcionar como filtros, não permitindo através de avaliações ou exames
rigorosos, que candidatos inaptos ingressassem nesta categoria profissional, porém o negócio
base das escolas é formar candidatos.

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Segurança e mercado de trabalho

Escrito por Alexandre Moura de Oliveira


Sex, 24 de Abril de 2009 08:40 -

Defendo a idéia que escolas não são aquartelamentos ou extensão destes e nem devem
funcionar sob moldes militares, pois isto é reflexo da época em que nas primeiras empresas e
cursos de formação foram instituídas no país (final década de 1960), constavam em seus
quadros Diretores e Instrutores oriundos ou pertencentes às Forças Armadas e Policiais.

Segurança privada é um segmento distinto das Forças Armadas e Policiais, sendo regida e
amparada em suas relações humanas e trabalhistas, por leis civis e sob a Constituição
Federal.

Vigilante não é Policial, embora alguns Instrutores em escolas de formação incutam esta idéia
ou parecida nos pensamentos dos alunos e candidatos.

A imensa demanda de candidatos em relação à pequena oferta de vagas contribuiu para a


queda salarial nas categorias profissionais as mais diversas, não sendo diferente para a
segurança privada. Baixa remuneração também gera profissionais insatisfeitos e em
conseqüência prestação de serviços com baixa qualidade e clientes insatisfeitos. Em
contrapartida, os profissionais devem buscar alternativas para especializarem-se dentro de sua
área, além de diferenciais tais como escolaridade, idiomas e atitudes.

Lembre-se: No mercado atual “quem menos corre voa”.

*Alexandre Moura de Oliveira - Consultor em Segurança, Colaborador da Prosegur Brasil


S/A. Site: www.alexandremoura.com  

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