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JUSTIÇA DO ESTADO X
Norberto, brasileiro, estado civil, desempregado, RG nº..., CPF nº..., residente e domiciliado na
rua..., nos autos do processo nº..., em que litiga com o Estado X, já qualificado nos autos, vem,
por seu advogado, infra firmado, com procuração anexa e endereço profissional na rua..., onde
serão encaminhadas as intimações do feito, interpor AGRAVO DE INSTRUMENTO em face da
decisão que negou o pedido liminar, pelos fatos e fundamentos a seguir.
Em respeito ao disposto no artigo 1.016, IV, do Código de Processo Civil, segue, anexo, o nome
e endereço dos advogados, do agravante e do agravado.
Também, em observância ao disposto no artigo 1.017, inciso I, do CPC, seguem em anexo aos
autos cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação e das procurações
outorgadas aos advogados do agravante e agravado.
DO CABIMENTO
DOS FATOS
O Art. 1.018, inciso I, do CPC, prevê a possibilidade de se antecipar os efeitos da tutela recursal
desde que presentes o fumus boni iuris e o periculum in mora.
O periculum in mora decorre do fato de que o agravante pode perder a sua vaga no concurso
público caso esta não seja reservada.
O fumus boni iuris se baseia na violação ao princípio do livre acesso aos cargos públicos, além
da afronta aos princípios da legalidade e da razoabilidade, na atuação administrativa.
Inicialmente, o Art. 37, inciso I, da CRFB/88, define que os cargos públicos são acessíveis a
todos os brasileiros, na forma da lei. Vejamos:
“os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei”.
Tal dispositivo configura o princípio de livre acesso aos cargos públicos, desde que cumprido os
requisitos legais.
Na situação apresentada foi negado ao Agravante o acesso a cargo público sem que houvesse
dispositivo legal acerca da matéria.
Sendo assim, a decisão proferida pelo juízo de 1ª instância, que indeferiu o pedido liminar, é
ilícita por afrontar diretamente ao princípio da legalidade.
Ademais, a discricionariedade administrativa está adstrita aos limites impostos pela lei e pelos
princípios constitucionais.
Além do mais, à luz da Sumula 683 do STF, aplicada por analogia, só se pode estabelecer
restrições para ingresso em cargo público por meio de lei e se estas restrições forem compatíveis
com o exercício das funções do cargo, ou pela natureza das atribuições deste.
DOS PEDIDOS
1. seja determinada a antecipação dos efeitos da tutela recursal com a reserva da vaga para que
o agravante possa participar das fases seguintes do certame;
2. seja o presente recurso conhecido e provido com a reforma da decisão para que seja proferida
nova decisão com a reserva da vaga do Agravante;
3. a juntada de comprovação do preparo;
4. a condenação do Agravado ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.
Advogado
OAB/...