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CUBISMO
O Cubismo foi um movimento artístico que teve como seus principais expoentes e pioneiros Pablo Picasso e
Georges Braque por volta de 1907, muito embora Cézanne tenha usado, já em 1901, múltiplos pontos de vista
numa única pintura. Fundado no início do século XX, o Cubismo é considerado um dos movimentos mais
influentes desse período. Suas obras tratavam de maneira geométrica as formas da natureza, assim a
representação do universo visual passou a não ter nenhuma obrigação com suas reais formas, no entanto não
chegavam à abstração, pois as imagens representadas ainda permaneciam figurativas, ou seja, ainda eram
reconhecíveis. Além de seus percursores Pablo Picasso e Georges Braque, outros artistas se destacaram nesse
movimento que influenciou o mundo das artes visuais significativamente, são eles: Albert Gleizes, Fernand
Léger, MRobert Delaunay, Roger de La Fresnaye, e Juan Gris. Embora os temas das pinturas Cubistas tenham
sido temas convencionais como autos-retratos e natureza morta, o modo como os artistas desse movimento
representavam sua visão dos objetos era considerado muito ousado, pois rompia como a perspectiva
tradicional e a linha de contorno. Os cubistas utilizavam pontos de vistas diversos e cambiantes. Desse modo,
ao olharem para uma cadeira, por exemplo, a representavam na pintura, por diferentes ângulos: de cima, de
baixo, de lado ou de cabeça para baixo. Assim, esses artistas tentavam capturar todos esses pontos de vistas
num mesmo plano. Essa é a principal característica das pinturas cubistas. Para tanto se apropriaram do uso
das formas geométricas, das linhas retas, da colagem e da perspectiva confusa. É possível dividir o movimento
cubista em duas linhas: CUBISMO ANALÍTICO que se baseou na observação, fragmentação e representação
de um determinado tema e o CUBISMO SINTÉTICO que se baseou em técnicas voltadas a colagem.
Não há como falar de Cubismo sem citar o nome do seu grande expoente Pablo Picasso.
DADAÍSMO
Dada termo em francês que significa “cavalinho de pau” ou “brinquedo de criança”. Esse foi o nome escolhido
aleatoriamente pelos criadores do movimento ao folhear um dicionário. Esse termo marca a falta de sentido que
pode ter a linguagem assim como a fala de um bebê, salientando o caráter antirracional e de causalidade desse
movimento de vanguarda europeia. O acaso e o nonsense - que quer dizer sem sentido - foram fundamentais
nos conceitos dadaístas. Além disso, o movimento mostrou-se radicalmente avesso a Primeira Guerra Mundial,
ao nacionalismo e ao materialismo que desencadeou o combate, bem como os conceitos de arte vigentes na
época.O Dadaísmo, também conhecido como Movimento Dadá nasce após o início da Primeira Guerra Mundial
em 1916 em Zurique e tem como seus principais expoentes Tristan Tzara, Marcel Duchamp, Hans (ou Jean)
Arp, Julius Evola, Francis Picabia, Kurt Schwitters, Max Ernst e Man Ray.Esses integrantes e outros propunham
uma arte de protesto que chocasse e provocasse a sociedade burguesa da época. Suas obras visuais e literárias
baseavam-se no acaso, no caos, na desordem e em objetos e elementos de pouco valor, desconstruindo conceitos
da arte tradicional. Kurt Schwitters compôs telas fazendo colagens aleatórias de recortes e papeis que
encontrava no cotidiano, como bilhetes de trem, fotografias, selos e embrulhos. Assim o artista expressava a
intensão de criar um método de fazer arte que não lembrasse os métodos artísticos tradicionais.
SURREALISMO
Sonhos, fantasias, devaneios, inconsciência, ausência de lógica, formaram as bases das criações do movimento
surrealista. Fundado em Paris em 1924 o Surrealismo engrossou os movimentos de vanguardas do início do
século XX. André Breton foi seu principal porta-voz e lançou, naquele mesmo ano, o primeiro e principal
manifesto - o Manifesto Surrealista. Entre seus mais marcantes expoentes nas Artes Plásticas estão: Salvador
Dali (1904-1986), Max Ernst (1891- 1976), René Magritte (1898-1967), André Masson (1896-1987), Joan Miró
(1893- 1983). Alguns críticos e autores da arte associam o nome de Frida Kahlo (1907- 1954) ao movimento
RENÈ MAGRITTE
uma galeria em Nova York, responsável por organizar a primeira exposição individual de Frida, realizada em
1939. A exposição foi sucesso absoluto e ela logo estava realizando exposições em Paris onde conheceu grandes
artistas como Pablo Picasso, Kandinsky, Marcel Duchamp, Paul Eluard e Max Ernst. Frida foi a primeira pintora
mexicana a ter um de seus quadros expostos no Museu do Louvre, mas foi apenas em 1953, um ano antes de
sua morte, que ela consegue realizar uma exposição de suas obras na Cidade do México. Ainda em 1939 Frida
e Diego se separam novamente, desta vez oficialmente, mas voltam a se casar em 8 de dezembro do ano
seguinte. Em 1941 morre Guillermo Kahlo e ela e Diego mudam-se para a “Casa Azul”, hoje um museu em sua
homenagem. Em 1942 ela começa a escrever seu famoso diário onde escreve sobre todas as suas dores e
pensamentos em um emaranhado de textos propositadamente sobrepostos, cheio de ilustrações e cores. De 1942
a 1950 Frida é eleita membro do Seminário de Cultura do México, passa a dar aulas na escola de arte “La
Esmeralda”, mas sua saúde cada vez pior a obriga a lecionar em casa. Com o quadro “Moisés”, Frida ganha o
Prêmio Nacional de Pintura concedido pelo Ministério da Cultura do México. Nesse período ela também é
obrigada a fazer mais de seis cirurgias e usar um colete de ferro que quase a impede de respirar permanecendo
longos períodos no hospital e tendo de usar uma cadeira de rodas. Em agosto de 1953 ela tem sua perna
amputada na altura do joelho devido a uma gangrena. Sobre mais esse duro golpe Frida escreve em seu diário:
''Amputaram-me a perna há 6 meses, deram-me séculos de tortura e há momentos em que quase perco a razão.
Continuo a querer me matar. O Diego é que me impede de o fazer, pois a minha vaidade faz-me pensar que
sentiria a minha falta. Ele disse-me isso e eu acreditei. Mas nunca sofri tanto em toda a minha vida. Vou esperar
mais um pouco...''. No mesmo diário ela também desenhara uma coluna cercada por espinhos com a legenda:
“Pés, para que os quero se tenho asas para voar.” Revelando a ambiguidade de seus sentimentos com relação a
todo seu sofrimento. A idéia da morte parecia algo tranquilizador para Frida que tivera uma vida tão conturbada
e frequentemente ela se refere a isso em seu diário e em sua autobiografia, porém mais do que nunca ela tenta
se agarrar a vida, pois como ela dizia: “...a tragédia é o mais ridículo que há...” e “...nada vale mais do que a
risada...” . Mas sua condição delicada não a impediu de participar, mesmo em uma cadeira de rodas de uma
manifestação contra a intervenção norte-americana na Guatemala em 1954. Na noite de 13 de julho daquele
mesmo ano Frida Kahlo é encontrada morte em seu leito. A versão oficial divulgou que ela teve morte por
embolia pulmonar, mas suas últimas palavras em seu diário foram: “Espero a partida com alegria...e espero
nunca mais voltar...Frida.”.
FUTURISMO
autoria (1912) de Giacomo Balla. Nela, Balla representa uma senhora passeando com seu cachorro onde é
possível perceber uma espécie de close-up dos movimentos dos personagens. No quadro de formas simples e
precisas, podem-se apreender as diversas pinceladas que dão a sensação de movimento das figuras. O cão assim
como à senhora tem inúmeros traços, uns transparente e outros opacos, que compõem as patas, o rabo, a coleira
e os pés criando uma magnífica expressão dinâmica do movimento. O Futurismo influenciou diversos artistas
que mais tarde vieram a fundar outros estilos artísticos como o Cubismo, o Surrealismo e o Dadaísmo. O
movimento Futurista durou até aproximadamente a década de 1930, quando foi se esvaziando com a Segunda
Guerra Mundial.
EXPRESSIONISMO
seus integrantes que eram compostos por: Ernst Ludwig Kirchner, Fritz Bleyl, Erich Heckel e Karl Schmidt-
Rottluff. Ao longo dos anos foi recebendo outros artistas alemães e de outras nacionalidades. O grupo A Ponte
foi influenciado por artistas como Van Gogh, Gauguin e Munch, além de se inspirarem no gótico alemão e na
arte africana. Também sofreram forte influência do Fauvismo, após visitarem uma exposição de Matisse em
Berlim em 1908. O segundo grupo denominado O Cavaleiro Azul voltou o tema de suas pinturas para uma área
mais subjetiva e mística, buscando revelações espirituais. Tiveram influência de Kandinsky e Jawlensky e usava
uma paleta diversa, com cores mais sutis que o primeiro grupo. No Brasil um dos nomes mais fortes quando
falamos de Expressionismo é de Anita Malfatti. Anita introduziu as vanguardas europeias no Brasil após um
período de estudos na Alemanha. As cores fortes e vivas de suas pinturas remontam retratos e paisagens. Após
críticas a seu estilo de pintura, abandona o Expressionismo dedicando-se a pintura tradicional. Com a chegada
da Primeira Guerra Mundial, o movimento perde forças, mas ganha motivos para retratar os horrores da guerra.
FAUVISMO
ABSTRACIONISMO
O abstracionismo refere-se às formas de arte não administradas
pela figuração e pela imitação do mundo, ou seja, não representam
objetos próprios da realidade concreta. Ao contrário, se utiliza das
relações formais entre cores, linhas e superfícies para produzir a
realidade da obra. Seu surgimento deve-se às experiências das
vanguardas européias, que rejeitaram a herança renascentista das
academias de arte. A arte abstrata existiu desde o princípio da
civilização, passando por algumas fases de maior ou menor
aceitação. Hoje a expressão é mais usada para nomear a produção
artística do século XX, produzida por determinados movimentos
e escolas inseridos na arte moderna. Grande parte dos movimentos
desse século concedia valor à subjetividade na arte, admitindo distorções de forma que se defrontava com a
idéia do renascentista Giorgio Vasari e sua opinião a respeito do valor do artista. Ele acreditava que este valor
devia-se a capacidade de representar a natureza com rigor. No começo do século XX, antes que os artistas
atingissem a abstração absoluta, o termo foi utilizado para se referir a escolas como o cubismo e o futurismo.
O abstracionismo divide-se em duas tendências: abstracionismo lírico; abstracionismo geométrico. O
abstracionismo lírico aparece como uma reação a Primeira Guerra Mundial. Para compor uma arte imaginária,
inspirava-se no instinto, no inconsciente e na intuição. As características da arte não figurativa são: o jogo de
formas orgânicas, as cores vibrantes e a linha de contorno. A pretensão do abstracionismo lírico é transformar
manchas de cor e linhas em ideais e simbolismos subjetivos. O abstracionismo geométrico recebeu influência
do cubismo e do futurismo. Ao contrário do abstracionismo lírico, foca a racionalização que depende da análise
intelectual e científica. No Brasil, o abstracionismo teve suas primeiras representações na década de 40.