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ENGENHARIA CIVIL

JUSCELINO ALMEIDA DE OLIVEIRA FILHO

LEANDRO HENRIQUE SILVA

LETÍCIA SUANNY DE OLIVEIRA LIMA

LUCAS ANTÔNIO LUZ SILVA

LUCAS FLORES MARTINS

DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS RÍGIDAS PELO MÉTODO DAS BIELAS

Feira de Santana

2017
JUSCELINO ALMEIDA DE OLIVEIRA FILHO

LEANDRO HENRIQUE SILVA

LETÍCIA SUANNY DE OLIVEIRA LIMA

LUCAS ANTÔNIO LUZ SILVA

LUCAS FLORES MARTINS

DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS RÍGIDAS PELO MÉTODO DAS BIELAS

Trabalho realizado sobre o Dimensionamento de


sapatas rígidas pelo método das bielas apresentado
ao curso de Engenharia Civil da UNIFACS –
Universidade Salvador – Campus Feira de Santana
para composição da nota parcial da disciplina
Fundações.

Orientador: Prof. Marcelo Pedreira.

Feira de Santana

2017
SUMÁRIO

1. Introdução ...................................................................................................... 1
2. O método das bielas ...................................................................................... 2
3. Dimensionamento .......................................................................................... 7
4. Conclusão .................................................................................................... 14
5. Referências Blibliográficas ........................................................................... 15
1. INTRODUÇÃO

“Sapata é um elemento de fundação superficial, de concreto armado,


dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam
resistidas pelo emprego de armadura especialmente disposta para esse fim”.
(BASTOS, 2012, p. 1).
Entende-se como sapata isolada aquela que não é ligada a nenhuma
outra sapata e é dimensionada em função dos esforços de um único pilar que
pode está centrado ou afastado do centro, ela pode ser quadrada, retangular ou
circular e apresentar uma altura que pode ser constante ou variar linearmente
entre as faces do pilar à extremidade da base, é o tipo de sapata mais utilizado,
por ter menos possibilidade de deformação e serem menos sujeitas a ruptura por
punção.
Como critérios de dimensionamento de uma sapata isolada temos:
determinar as dimensões da base, altura, realizar o dimensionamento das
armaduras longitudinais e detalhar essas armaduras.
É comum adotar sapatas rígidas como elemento de fundação em terrenos
com boa resistência em camadas próximas a superfície. Segunda a NBR 6118
em relação a verificação de rigidez da sapata, ela é classificada como rígida de
acordo com a fórmula:
𝐴 − 𝑎𝑝
ℎ ≥
3
Sendo h – altura da sapata, A – lado da sapata numa determinada direção
e ap – dimensão do pilar na direção do lado A.
Existem vários métodos para dimensionar uma sapata rígida, são eles: o
tradicional método das bielas, do CEB de 1970 e o ACI 318 (1995). Nesse
trabalho vamos demostrar como é realizado o dimensionamento utilizando o
método das bielas e tirante. Através dessa teoria é possível determinar as forças
atuantes nas barras tracionadas e as tensões de compressão nas bielas.

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2. O MÉTODO DAS BIELAS

O Método das Bielas para o projeto de sapatas foi proposto


por M.Lebelle (1936) e é um método que pode ser
considerado semiempírico pois alia a prática dos ensaios feitos por Lebelle com
os métodos teóricos propostos pelo mesmo , tendo sido elaborado com base nos
resultados de numerosos ensaios experimentais. Aplica-se às sapatas corridas
ou isoladas, com o seguinte limite para a altura útil:

ℎ = 𝑑𝑚𝑖𝑛 + 𝑑’

Onde:

▪ dmin = Altura útil da sapata


▪ h = Altura da sapata
▪ d’ = distância da base da sapata ao centro de gravidade da armadura
(adota-se 5cm) .
Ao tratar de sapatas rígidas a altura útil da sapata deve satisfazer as
seguintes condições:
𝐴 − 𝑎𝑝
𝑑𝑚𝑖𝑛 ≥
4
𝐵 − 𝑏𝑝
𝑑𝑚𝑖𝑛 ≥
4
0,5
𝑃 𝑓𝑐𝑘
𝑑𝑚𝑖𝑛 ≥ 1,44 . ( ) , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 0,85 . ( )
𝜎𝑎𝑑𝑚 1,96

▪ A = Maior lado da sapata


▪ ap = Lado do pilar na mesma direção
▪ B = Menor lado da sapata
▪ bp = Lado do pilar na mesma diração
▪ fck = Resistência característica do concreto a compressão
▪ τadm = Tensão admissível do solo

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Segundo os ensaios desse método, quando a altura útil da sapata é um tanto
grande, a distribuição de tensões no solo é uniforme e a transmissão de esforços
aplicados ao solo se dá através das bielas comprimidas de concreto, que são
dispostas de maneira inclinada, transmitindo para as armaduras os esforços de
tração. Deve ser calculada a tração das duas direções através das equações:

𝑃 (𝐴 − 𝑎𝑝) 𝑃 (𝐵 − 𝑏𝑝)
𝑇𝑎 = . 𝑒 𝑇𝑏 = .
8 𝑑 8 𝑑

E finalmente, é possível obter a área do aço, através das equações, pois a partir
dela poderemos fazer a disposição da armadura na sapata (necessário saber
bitola que será utilizada, espaçamento, o número de barras e comprimento do
ferro).

1,61 . 𝑇𝑎 1,61 . 𝑇𝑏
𝐴𝑠𝑎 = 𝑒 𝐴𝑠𝑏 =
𝑓𝑦𝑘 𝑓𝑦𝑘

Figura 1 – Distribuição das cargas na sapata

Fonte: BITTENCOURT (Aula 13. p 10)

3
Fonte: SILVA (1998. p 52)

Figura 2 – Sistema de força idealizada no método das bielas

Fonte: MORAIS(Aula 10. p 15)

Onde, P = carga do pilar e Ta = força total de tração na direção da


dimensão A da sapata.

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Figura 3 – Disposição das armaduras de flexão na sapata, conforme esse
método

Fonte: BASTOS (2012. p 23)

Nas fundações rígidas, a distribuição de deformações a nível de seção


não é linear e, portanto, a teoria geral de flexão não se aplica. Neste caso, o
método geral de análise mais adequado é o de bielas e tirantes. Este método,
consiste em considerar a estrutura ou parte da estrutura, por uma estrutura de
barras articuladas, geralmente plana ou em alguns casos espacial, que
representa seu comportamento. As barras comprimidas são denominadas bielas
e representam a compressão do concreto, as barras tracionadas são
consideradas tirantes e representam as forças de tração das armaduras.
A carga é transferida do pilar para a base da sapata a partir de bielas de
concreto comprimido que induzem tensões de tração na base da sapata. O
comportamento estrutural pode ser caracterizado pelos seguintes aspectos:

I. Trabalho à flexão nas duas direções, admitindo-se que, para cada uma
delas, a tração na flexão seja uniformemente distribuída
na largura correspondente da sapata. Essa hipótese não se aplica à

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compressão na flexão, que se encontra mais na região do pilar que se
apoia na sapata e não se aplica também ao caso de sapatas muito
alongadas em relação à forma do pilar.
II. Trabalho ao cisalhamento também em duas direções, não apresenta
ruptura por tração diagonal, e sim compressão. Isso ocorre porque a
sapata rígida fica inteiramente dentro do cone hipotético de
punção, não havendo, portanto, possibilidade física de punção.

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3. DIMENSIONAMENTO

Usando o método das Bielas comprimidas dimensionar largura, altura e


armação de uma sapata rígida para um pilar de seção (20x30) cm, com carga
centrada de 40 tf. Sabendo-se que a tensão admissível do solo de 30 tf/m². Usar
Fck = 20 MPa, aço CA-50 e cobrimento de 5 cm.

I. Encontrar as dimensões da sapata: A e B

𝐾𝑚𝑎𝑗 . 𝑁𝑔 + 𝑁𝑞
𝑆𝑠𝑎𝑝 =
𝜎𝑎𝑑𝑚
1,05 𝑥 40 𝑡𝑓
𝑆𝑠𝑎𝑝 =
30 𝑡𝑓/𝑚²
𝑆𝑠𝑎𝑝 = 1,40 𝑚²

𝐵 2 + (𝑎𝑝 − 𝑏𝑝)𝐵 − 𝑆𝑠𝑎𝑝 = 0


𝐵 2 + (0,30 − 0,20)𝐵 − 1,40 = 0
𝐵 2 + 0,10𝐵 − 1,40 = 0

𝐵 = 1,13 𝑚 ≅ 1,15 𝑚

𝐶𝐴 = 𝐶𝐵

𝐴 − 𝑎𝑝 = 𝐵 − 𝑏𝑝

𝐴 − 𝐵 = − 𝑏𝑝 + 𝑎𝑝

𝐴 = − 0,20 + 0,30 + 1,15

𝐴 = 1,25 𝑚

𝑆𝑠𝑎𝑝 = 1,25 𝑥 1,15 = 1,4375 (𝑂𝐾!)

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II. Cálculo da altura da sapata:

Para poder ser utilizado o “Método das bielas”, deve-se satisfazer o cálculo a
altura útil, deve-se ter:

𝐴 − 𝑎𝑝
𝑑𝐴 ≥
4
1,25 − 0,30
𝑑𝐴 ≥
4
𝑑 𝐴 ≥ 0,24 𝑚

𝐵 − 𝑏𝑝
𝑑𝐵 ≥
4
1,15 − 0,20
𝑑𝐵 ≥
4
𝑑𝐵 ≥ 0,24 𝑚

𝐸𝑛𝑡ã𝑜, 𝑑 𝐴 = 𝑑 𝐵 = 𝑑 ≅ 0,25 𝑚 = 25 𝑐𝑚

Segundo a NBR 6118 para uma sapata ser considerada rígida é


necessário satisfazer a relação:

𝐴 − 𝑎𝑝
ℎ ≥
3
1,23 − 0,30
ℎ=
3
ℎ = 0,31 𝑚 = 35 𝑐𝑚

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Portanto, consideraremos:

𝑑 = 35 𝑐𝑚

𝑑 ′ = 𝑐𝑜𝑏 = 5 𝑐𝑚

ℎ = 𝑑 + 𝑑′

ℎ = 35 + 5 = 40 𝑐𝑚 = 0,4 𝑚

III. Dimensionamento da armadura:

Para realizar o dimensionamento, é necessário realizar o cálculo das


forças de tração nas duas direções:

𝑃 (𝐴 − 𝑎𝑝) 1,05 . 40 (1,25 − 0,30)


𝑇𝑥𝐴 = = = 19,95 𝑡𝑓
8 𝑑 8 0,25

𝑃 (𝐵 − 𝑏𝑝) 1,05 . 40 (1,15 − 0,20)


𝑇𝑦𝐵 = = = 19,95 𝑡𝑓
8 𝑑 8 0,25

𝐸𝑛𝑡ã𝑜, 𝑇𝑡 = 𝑇𝑋𝐴 = 𝑇𝑌𝐵 = 19,95 𝑡𝑓

IV. Cálculo da armadura de tração:

Sabendo que:
1,4 . 𝑇𝑥𝐴 1,4 . 𝑇𝑦𝐵
𝐴𝑆𝐴 = 𝑒 𝐴𝑆𝐵 =
𝑓𝑦𝑑 𝑓𝑦𝑑

Então, sabendo que:

Para o aço CA-50: Fyd = 434,8 MPA = 4,35 tf/cm²

1,4 . 𝑇𝑥𝐴 1,4 . 19,95


𝐴𝑆𝐴 = = = 6,42 𝑐𝑚2 /𝑚
𝑓𝑦𝑑 4,35
𝐷𝑖𝑟𝑒çã𝑜 A → 𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛,𝑎 = 0,0015 . 𝐵 . ℎ = 0,0015 𝑥 115 𝑥 40 = 6,9 𝑐𝑚2 /𝑚

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1,4 . 𝑇𝑦𝐵 1,4 . 19,95
𝐴𝑆𝐵 = = = 6,42 𝑐𝑚2 /𝑚
𝑓𝑦𝑑 4,35
𝐷𝑖𝑟𝑒çã𝑜 B → 𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛,𝑏 = 0,0015 . 𝐴 . ℎ = 0,0015 𝑥 125 𝑥 40 = 7,5 𝑐𝑚2 /𝑚

De acordo com a tabela: barras de aço destinado a armaduras de


concreto armado:

Cálculo do número de barras:

𝐴𝑠
𝑛= +1
𝐴𝑠1

8,00
𝑛= + 1 = 11 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠
0,8

10
𝐸𝑛𝑡ã𝑜,
𝑐𝑚2
𝐷𝑖𝑟𝑒çã𝑜 A → 𝐴𝑆𝐴 = 𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛,𝑎 = 6,90 ≅ 8,00 → 11 ∅ 10 𝑚𝑚 𝑐/ 10,0 𝑐𝑚
𝑚
𝑐𝑚2
𝐷𝑖𝑟𝑒çã𝑜 𝐵 → 𝐴𝑆𝐵 = 𝐴𝑆,𝑚𝑖𝑛,𝑏 = 7,50 ≅ 8,00 → 11 ∅ 10 𝑚𝑚 𝑐/ 10,0 𝑐𝑚
𝑚

• Desenhos:

11
12
13
3. CONCLUSÃO

A utilização de métodos empíricos para o dimensionamento de elementos


estruturais que apresentavam algum tipo de descontinuidade gerava limitações
e pouca exatidão para esses projetos. Assim, o método das Bielas surge como
uma alternativa para esse problema, estabelecendo critérios mais seguros e com
maior exatidão para o dimensionamento dessas estruturas.
Através desse método foi possível gerar uma visualização mais detalhada da
estrutura, percebendo através dos fluxos de esforços internos que campos de
tensões de compressão serão idealizados através das bielas e de tensões de
tração são distribuídos pelos tirantes.
Uma maior exatidão e detalhamento do projeto pode trazer benefícios para
as sapatas rígidas como: menor consumo de aço, utilização de concreto de
menor resistência, em sapatas utilizadas em solos com maior capacidade de
carga.
Esse método é capaz de representar grande parte dos elementos estruturais
de concreto armado e protendido, abrangendo sua utilização para inúmeros
exemplos de projetos
Apesar dos benefícios trazidos, o método das Bielas pode trazer dificuldades
na sua aplicação devido a possíveis presenças de modelos estruturais
complexos, dificultando a escolha de um deles como a ideal para o projeto, e a
recente utilização impossibilita uma otimização do processo com base em
experiências anteriores.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Engenharia Concursos, Sapatas de concreto armado. Disponível em:


<http://engenhariaconcursos.com.br/arquivos/Fundacoes/sapatasconcretoPUC
RS.pdf>. Acesso em: 09 de maio de 2016.

Sapatas de fundação. Disponível em:


<http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto3/Sapatas.pdf>. Acesso em: 09 de
maio de 2016.

Monografias, Dimensionamento geotécnico e estrutural de sapatas rígidas.


Disponível em:
<http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10011589.pdf>. Acesso
em: 09 de maio de 2016.

Dimensionamento estrutural de blocos e de sapatas rígidas. Disponível em:


<http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17430/ma
terial/PUC-FUND-13.pdf>. Acesso em: 09 de maio de 2016.

Estruturas de fundações rasas. Disponível em:


<http://www.em.ufop.br/deciv/departamento/~rovia/Cap9_Const%20Conc%20A
rm_Fundacoes%20rasas.pdf>. Acesso em: 16 de maio de 2017.

Sapatas. Disponível em:


<http://www.fec.unicamp.br/~almeida/ec802/Sapatas/Sapatas.pdf>. Acesso em:
16 de maio de 2017.

Passei direto, Dimensionamento pelo Método das Bielas. Disponível em:


https://www.passeidireto.com/arquivo/4315677/usando-o-metodo-das-bielas-
comprimidas-dimensione-uma-sapata-rigida-para-um-pila>. Acesso em 16 de
maio de 2017.

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Barras de aço destinadas a armaduras de concreto armado. Disponível em:
<paginapessoal.utfpr.edu.br/tommaso/tabelas/tabela_de_aco.pdf/at_download/f
ile>. Acesso em 17 de maio de 2017.

Projeto estrutural de fundações superficiais: análise crítica da utilização de


programas computacionais. Disponível em:
<http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/8006/1/PDF-
%20Jos%C3%A9%20Leonilo%20Romeu%20de%20Figueiredo%20Lima.pdf>.
Acesso em: 17 de maio de 2017.

Modelos de bielas e tirantes. Disponível em: <https://www.maxwell.vrac.puc-


rio.br/20548/20548_3.PDF>. Acesso em: 17 de maio de 2017.

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