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Direito Internacional Público

Aula 00 - Aula Demonstrativa


Profa. Jamile

AULA 00
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Direito internacional público: conceito, fontes e fundamentos.
Professora Dra. Jamile Gonçalves Calissi

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Aula 00 – Aula Demonstrativa: Noções introdutórias. Conceito, fontes


e fundamentos.

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Direito Internacional Público
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Aula Conteúdo Programático Data


Direito internacional público: conceito, fontes e
00 08/01
fundamentos.
Atos internacionais. Tratados: validade; efeitos;
ratificação; promulgação; registro, publicidade;
vigência contemporânea e diferida; incorporação ao
01 12/01
direito interno; violação; conflito entre tratado e
norma de direito interno; extinção. Convenções,
acordos, ajustes e protocolos.
Domínio público internacional: mar; águas interiores;
mar territorial; zona contígua; zona econômica;
02 plataforma continental; alto-mar; rios internacionais; 15/01
espaço aéreo; normas convencionais; nacionalidade
das aeronaves; espaço extra-atmosférico.
Estado. Atos unilaterais do Estado. Normas
imperativas (jus cogens). Obrigações erga omnes.
Soft Law. Responsabilidade internacional. Soberania.
Conceito de Huber na decisão arbitral no caso Holanda
03 v. EUA de 1928. Intervenção e não intervenção. 22/01
Decisão da Corte Internacional de Justiça no caso
Nicarágua v. EUA de 1986. Limites para atuação do
Estado. Caso Lotus, decidido pelo Tribunal Permanente
de Justiça Internacional em 1927.
Imunidade à jurisdição estatal. Jurisdição internacional
e imunidade de jurisdição. Opiniões de Rezek e
Guillaume separadas da decisão final no caso Arrest
Warrant (Congo x Bélgica, 2000). Abdução de
04 29/01
estrangeiros. Casos relevantes na jurisprudência
internacional: Eichmann, Verdugo-Urquidez sobre
busca e apreensão extraterritorial (EUA) e Alvarez-
Machain (EUA).
Consulados e embaixadas. Diplomatas e cônsules:
privilégios e imunidades. Organizações internacionais:
05 05/02
conceito; natureza jurídica; elementos
caracterizadores; espécies.
População; nacionalidade; tratados multilaterais;
estatuto da igualdade. Estrangeiros: vistos;
06 09/02
deportação, expulsão e extradição: fundamentos
jurídicos; reciprocidade e controle jurisdicional. Asilo

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político: conceito, natureza e disciplina.

Proteção internacional dos direitos humanos.


Declaração Universal dos Direitos Humanos. Direitos
civis, políticos, econômicos e culturais. Mecanismos de
07 implementação. Direito Internacional dos Refugiados. 12/02
Os dispositivos convencionais, legais e administrativos
referentes ao refúgio. Tipos de perseguição. O papel
dos órgãos internos e o controle judicial.
Conflitos internacionais. Meios de solução:
diplomáticos, políticos e jurisdicionais. Soluções
pacíficas de controvérsias internacionais (Capítulo VI
08 19/02
da Carta da ONU). Ação relativa a ameaças à paz,
ruptura da paz e atos de agressão (Capítulo VII da
Carta da ONU). Cortes internacionais
Convenção das Nações Unidas contra o crime
organizado transnacional (Convenção de Palermo).
Decreto nº 5.015/2004 (Convenção das Nações Unidas
contra o Crime Organizado Transnacional). Decreto nº
5.017/2004 (protocolo adicional à convenção das
09 Nações Unidas contra o crime organizado 26/02
transnacional relativo à prevenção, repressão e
punição do tráfico de pessoas, em especial mulheres e
crianças). Decreto nº 5.687/2006 (Convenção das
Nações Unidas contra a Corrupção; Convenção de
Mérida).
Convenções internacionais sobre terrorismo:
Convenção Internacional sobre a Supressão de
Atentados Terroristas com Bombas; Convenção
10 Internacional para a Supressão do Financiamento do 05/03
Terrorismo; Convenção Interamericana Contra o
Terrorismo. Resolução nº 1.373/2001 do Conselho de
Segurança das Nações Unidas.

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Sumário

1. Questões.......................................................................................................4

2. Gabarito......................................................................................................12

3. Questões comentadas....................................................................................12

1. QUESTÕES

QUESTÃO 01 – CESPE – JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO – TRF 5º REGIÃO -


2017
Um problema perene que envolve discussões teóricas e práticas é a
coexistência de normas internacionais com normas nacionais. A esse respeito,
assinale a opção correta.
a) As correntes teóricas que estabelecem critérios para justificar a solução de
conflitos normativos entre as normas internacionais e as normas internas
prescindem dos ordenamentos jurídicos nacionais.
b) O fato de um Estado não poder invocar uma norma jurídica doméstica para
se escusar de uma obrigação internacional significa que o direito internacional
ignora o direito interno.
c) Na hipótese de conflito entre uma norma constitucional e uma norma
internacional prevalecerá a primeira, pois apregoa-se a obrigatoriedade do
direito internacional às regras do direito interno, em decorrência de uma
percepção teórica de um monismo do tipo internacionalista.
d) As correntes teóricas dualistas, ainda que moderadas, apregoam uma visão
que engloba de forma indistinta tratados internacionais, costumes e princípios
gerais de direito.
e) Considera-se o monismo do tipo internacionalista dialógico uma corrente
adequada para tratar de conflitos normativos que envolvam direitos humanos,

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visto que poderia haver a aplicação da norma de direito interno em detrimento


da de direito internacional ou vice-versa.

QUESTÃO 02 – CESPE – JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO - TRF 5º REGIÃO -


2015
Assinale a opção correta relativamente à fundamentação, às fontes e às
características do direito internacional público
a) Admite-se a escusa de obrigatoriedade de um costume internacional se o
Estado provar de forma efetiva que se opôs ao seu conteúdo desde a sua
formação.
b) Não há previsão expressa de princípios gerais do direito internacional no
Estatuto da CIJ.
c) O Estatuto da CIJ estabelece que as decisões proferidas pelas organizações
internacionais sejam consideradas fontes do direito internacional público.
d) A corrente voluntarista considera que a obrigatoriedade do direito
internacional deve basear-se no consentimento dos cidadãos.
e) O consentimento perceptivo da corrente objetivista significa que a
normatividade jurídica do direito internacional nasce da pura vontade dos
Estados.

QUESTÃO 03 – CESPE – PROCURADOR – BACEN - 2013


Essas normas não têm o mesmo grau de atribuição de capacidades nem são tão
importantes quanto as normas restritivas, mas os Estados comprometem-se a
cooperar e a respeitar os acordos realizados, sem submeter-se, no entanto, a
obrigações jurídicas.
O fragmento de texto citado acima refere-se a:
a) costumes.
b) soft norms.
c) princípios gerais de direito.
d) umbrella conventions.
e) tratados.

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QUESTÃO 04 – CESPE – DIPLOMATA – INSTITUTO RIO BRANCO


A respeito das fontes do direito internacional público, julgue (C ou E) o item a
seguir.
O Estatuto da Corte Internacional de Justiça reconhece os princípios gerais de
direito como fontes auxiliares do direito internacional

QUESTÃO 05 – CESPE – DIPLOMATA – INSTITUTO RIO BRANCO - 2015


A par de constantes mudanças verificadas na sociedade internacional, com o
surgimento de novos atores e de renovadas demandas, também o direito das
gentes se atualiza em terminologias e em conceitos, de modo a abranger novas
fronteiras, como o comércio, o meio ambiente e os direitos humanos. No que
concerne a esse fenômeno, julgue (C ou E) o item a seguir.
A denominada soft law, de utilização polêmica pela índole programática que
comporta, embora desprovida de conteúdo imperativo, é utilizada de forma
flagrante em direito internacional do meio ambiente.

QUESTÃO 06 – CESPE – DIPLOMATA – INSTITUTO RIO BRANCO - 2015


A jurisprudência tem constituído importante acervo de decisões que balizam o
desenvolvimento progressivo do direito internacional, não apenas como
previsão ideal, mas como efetivo aporte à prática da disciplina. Acerca da
aplicação do art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, de
antecedentes judiciários, de tratados e de costumes, julgue (C ou E) o seguinte
item.
A noção de jus cogens, como a de normas imperativas a priori, embora não
unanimemente reconhecida em doutrina, é invocada com referência tanto em
jurisprudência quanto em direito internacional positivo.

QUESTÃO 07 – CESPE – DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL – DPU - 2015


Ainda no que concerne ao direito internacional, julgue o item subsequente.

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Opinio juris é um dos elementos constitutivos da norma costumeira


internacional.

QUESTÃO 08 – PGR – PROCURADOR DA REPÚBLICA - 2013


AS NORMAS DE DIREITO INTERNACIONAL PEREMPTÓRIO (JUS COGENS)
a) podem ser derrogadas por tratado;
b) só podem ser derrogadas por costume internacional;
c) pressupõem uma ordem pública internacional não disponível para os Estados
individualmente;
d) não guardam qualquer relação com o conceito de obrigações erga omnes.

QUESTÃO 09 – CESPE – DELEGADO – DPF - 2013


No que se refere ao Estatuto da Igualdade, às fontes do direito internacional e à
extradição, julgue o item subsequente.
É fonte de direito internacional reconhecida a doutrina dos juristas mais
qualificados das diferentes nações.

QUESTÃO 10 – CESPE – PROCURADOR FEDERAL – AGU - 2010

O princípio do objetor persistente refere-se à não vinculação de um Estado para


com determinado costume internacional.

QUESTÃO 11 – CESPE – DIPLOMATA – INSTITUTO RIO BRANCO - 2010


O costume, fonte do direito internacional público, extingue-se pelo desuso, pela
adoção de um novo costume ou por sua substituição por tratado internacional.

QUESTÃO 12 – CESPE – DIPLOMATA –INSTITUTO RIO BRANCO - 2009


O artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça (CIJ) relaciona o que
se costuma designar por fontes do direito internacional público, a serem
aplicadas para a resolução das controvérsias submetidas àquela Corte. Acerca
desse tema e da jurisdição da CIJ, julgue (C ou E) os seguintes itens.

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Pacta sunt servandae e res iudicata são princípios gerais de direito aceitos pela
CIJ e discutidos em casos a ela submetidos.

QUESTÃO 13 – CESPE – DIPLOMATA – INSTITUTO RIO BRANCO - 2009


O artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça (CIJ) relaciona o que
se costuma designar por fontes do direito internacional público, a serem
aplicadas para a resolução das controvérsias submetidas àquela Corte. Acerca
desse tema e da jurisdição da CIJ, julgue (C ou E) os seguintes itens.
Uma vez que a existência de um costume internacional é reconhecida mediante
a comprovação de uma "prática geral aceita como sendo o direito", um Estado
pode lograr obstar a aplicação de um costume por meio de atos que
manifestem sua "objeção persistente" à formação da regra costumeira, a menos
que esta tenha caráter imperativo (ius cogens).

QUESTÃO 14 – CESPE – ADVOGADO DA UNIÃO – AGU - 2009


Ao longo da história, empregaram-se diversas denominações para designar o
Direito Internacional. Os romanos utilizavam a expressão ius gentium (direito
das gentes ou direito dos povos). Entretanto, pode-se afirmar que foi na Europa
Ocidental do século XVI que o Direito Internacional surgiu nas suas bases
modernas. A Paz de Vestfália (1648) é considerada o marco do início do Direito
Internacional, ao viabilizar a independência de diversos estados europeus. O
Direito Internacional Público surgiu com o Estado Moderno. Quando da
formação da Corte Internacional de Justiça, após a II Guerra Mundial, indagou-
se quais seriam as normas que poderiam instrumentalizar o exercício da
jurisdição internacional (fontes do Direito Internacional Público). Assim, o
Estatuto da Corte Internacional de Haia, no art. 38, arrolou as fontes das
normas internacionais.
Com relação ao Direito Internacional, julgue os itens a seguir.
O elemento objetivo que caracteriza o costume internacional é a prática
reiterada, não havendo necessidade de que o respeito a ela seja uma prática
necessária (opinio juris necessitatis).

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QUESTÃO 15 – CESPE – JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO – TRF 5º REGIÃO -


2017
Até hoje, o sistema legislativo internacional é de forma horizontal, não havendo
nenhum órgão legislativo da sociedade internacional. [...] Não há autoridade
legislativa que adote uma legislação universalmente vinculativa e não há corte
internacional com jurisdição compulsória. [...] Já que não existe uma
constituição da sociedade internacional que possa esclarecer as fontes do direito
internacional, as cortes internacionais têm tentado determinar as suas regras
de aplicação. Essa questão é geralmente tratada como fontes do direito
internacional.
Hee Moon Jo. Introdução ao direito internacional. 2.ª ed. São Paulo: LTr, 2004,
p. 77-8 (com adaptações).
A respeito do assunto abordado nesse fragmento de texto, assinale a opção
correta, considerando que CIJ se refere à Corte Internacional de Justiça.
a) Jus cogens são normas imperativas de direito internacional geral, aceitas e
reconhecidas pela comunidade internacional dos Estados como um todo, que
não podem ser derrogadas ou modificadas, salvo por norma ulterior de direito
internacional geral da mesma natureza, e que podem ter fundamento tanto
convencional quanto consuetudinário.
b) Dada sua soberania, os Estados podem, no que se refere aos atos unilaterais
autonormativos, voltar atrás quanto a declarações ou manifestações formuladas
expressamente, não havendo de se falar em vinculação ao conteúdo daquilo
que formalmente expressaram.
c) O Estatuto da CIJ enumera um rol de fontes que a Corte pode utilizar para
cumprir sua função de decidir as controvérsias que lhe forem submetidas, mas
não, do ponto de vista doutrinário, um rol de fontes para o direito internacional.
d) A opinio juris do costume internacional representa uma atividade estatal que
é normativamente obrigatória, de forma que, conforme já decidido pela CIJ, se

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pode inferir que há uma norma proibitiva de determinado agir quando os


Estados não agirem de determinada forma.
e) Conforme já decidido pela CIJ, a norma consuetudinária será absorvida ou
revogada pela norma de tratado internacional se ambas regularem o mesmo

QUESTÃO 16 – FUMARC – ADVOGADO – BDMG - 2011


Leia as assertivas abaixo e coloque à frente de cada um dos parênteses (F) se
FALSA e (V) se for VERDADEIRA:
( ) Dois ordenamentos jurídicos distintos e totalmente independentes entre si –
Dualismo.
( ) Uma ordem jurídica internacional e uma ordem jurídica interna – Monismo.
( ) Impossibilidade de conflito entre Direito Internacional e o Interno –
Monismo.
( ) O Direito Internacional é que dirige a convivência entre os Estados, ao passo
que o Direito interno disciplina as relações entre os indivíduos e entre estes e o
ente estatal – Dualismo.
Marque a alternativa CORRETA, na ordem de cima para baixo:
a) V-F-V-V
b) V-F-F-V
c) F-V-F-F
d) F-V-V-F

QUESTÃO 17 – CESPE – JUIZ FEDERAL – TRF 2º REGIÃO - 2011


O Estado regulamenta a convivência social em seu território por meio de
legislação nacional, e a comunidade internacional também cria regras, que
podem conflitar com as nacionais. A respeito das correntes doutrinárias que
procuram proporcionar solução para o conflito entre as normas internas e as
internacionais, assinale a opção correta.
a) A corrente monista e a dualista apresentam as mesmas respostas para o
conflito entre as normas internas e as internacionais
b) Nenhum país adota a corrente doutrinária monista.

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c) Consoante a corrente monista, o ato de ratificação de tratado gera efeitos no


âmbito nacional.
d) De acordo com a corrente dualista, o direito interno e o direito internacional
convivem em uma única ordem jurídica.
e) De acordo com a corrente monista, a norma interna sempre prevalece sobre
a internacional.

QUESTÃO 18 – FUNDEP – PROFESSOR DE DIREITO – IF/SP - 2014


Quando há conflitos entre normas internas de um determinado Estado e normas
internacionais, duas teorias tentam solucionar essa questão, a monista e a
dualista.
Sobre essas teorias, assinale a alternativa CORRETA
a) De acordo com a corrente dualista, o direito interno e o direito internacional
convivem em uma única ordem jurídica.
b) A corrente monista e a dualista apresentam as mesmas respostas para o
conflito entre as normas internas e as internacionais
c) Segundo a corrente monista, quando há conflito entre as normas internas e
as normas internacionais, essas últimas prevalecem.
d) Os autores monistas dividiram-se em duas correntes, uma sustentando a
unicidade da ordem jurídica sob o primado do direito internacional e a outra
apregoando a soberania do direito nacional de cada Estado soberano.

QUESTÃO 19 – CESPE – ANALISTA ADMINISTRATIVO – ANAC - 2012


No que concerne ao direito internacional público, julgue os itens a seguir.
De acordo com a corrente voluntarista, a obrigatoriedade das normas de direito
internacional público deve-se a razões objetivas, não vinculadas à vontade dos
Estados.

QUESTÃO 20 – CESPE – ANALISTA LEGISLATIVO – CÂMARA DOS


DEPUTADOS - 2014

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Acerca da teoria das fontes no direito internacional público, julgue o item a


seguir.
Na teoria das fontes, a doutrina tem mais peso em direito internacional que em
direito interno, tendo em vista o maior conteúdo político das normas de direito
das gentes. Nesse sentido, a doutrina atua como elaboradora do significado e
do alcance de regras imprecisas, comuns no direito internacional.

QUESTÃO 21 – CESPE – ANALISTA LEGISLATIVO – CÂMARA DOS


DEPUTADOS - 2014
Acerca da teoria das fontes no direito internacional público, julgue o item a
seguir.
O princípio da equidade, referido no Estatuto da Corte Internacional de Justiça,
constitui fonte incondicionada de direito internacional público.

2. GABARITO

1 2 3 4 5 6 7
E B B ERRADA CORRETA CORRETA CORRETA
8 9 10 11 12 13 14
C CORRETA CORRETA CORRETA CORRETA CORRETA ERRADA
15 16 17 18 19 20 21
A B C D ERRADA CORRETA ERRADA

3. QUESTÕES COMENTADAS

QUESTÃO 01 – CESPE – JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO – TRF 5º REGIÃO -


2017

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Um problema perene que envolve discussões teóricas e práticas é a


coexistência de normas internacionais com normas nacionais. A esse respeito,
assinale a opção correta.
a) As correntes teóricas que estabelecem critérios para justificar a solução de
conflitos normativos entre as normas internacionais e as normas internas
prescindem dos ordenamentos jurídicos nacionais.
b) O fato de um Estado não poder invocar uma norma jurídica doméstica para
se escusar de uma obrigação internacional significa que o direito internacional
ignora o direito interno.
c) Na hipótese de conflito entre uma norma constitucional e uma norma
internacional prevalecerá a primeira, pois apregoa-se a obrigatoriedade do
direito internacional às regras do direito interno, em decorrência de uma
percepção teórica de um monismo do tipo internacionalista.
d) As correntes teóricas dualistas, ainda que moderadas, apregoam uma visão
que engloba de forma indistinta tratados internacionais, costumes e princípios
gerais de direito.
e) Considera-se o monismo do tipo internacionalista dialógico uma corrente
adequada para tratar de conflitos normativos que envolvam direitos humanos,
visto que poderia haver a aplicação da norma de direito interno em detrimento
da de direito internacional ou vice-versa.

Gabarito letra E.
Na teoria monista internacionalista dialógica, a norma prevalecente sempre será
a de direitos humanos.
Letra A. As correntes teóricas que estabelecem critérios para justificar a
solução de conflitos normativos entre as normas internacionais e as normas
internas prescindem dos ordenamentos jurídicos nacionais.
A afirmação está incorreta porque as correntes teóricas que tratam respeito aos
conflitos normativos entre normas internas e normas internacionais analisam,
cada qual no seu campo de visão, tanto os ordenamentos jurídicos
internacionais (tratados internacionais) quanto os ordenamentos jurídicos

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nacionais. Aliás, a questão é exatamente de se contrapor ordenamentos


jurídicos (nacionais e internacional) e analisar qual prevalecerá, segundo cada
doutrina
Letra B. O fato de um Estado não poder invocar uma norma jurídica doméstica
para se escusar de uma obrigação internacional significa que o direito
internacional ignora o direito interno.
O direito internacional não ignora o direito interno. Antes, ele dialoga, interage.
Letra C. Na hipótese de conflito entre uma norma constitucional e uma norma
internacional prevalecerá a primeira, pois apregoa-se a obrigatoriedade do
direito internacional às regras do direito interno, em decorrência de uma
percepção teórica de um monismo do tipo internacionalista.
A doutrina monista pressupõe a existência de uma única ordem jurídica. Assim,
em caso de conflito entre norma internacional e norma interna, para a doutrina
monista internacionalista, prevalece a norma internacional; para a doutrina
monista nacionalista, prevalece a norma interna, constitucional, portanto.
Assim, a assertiva deveria fazer referência ao monismo nacionalista e não o
internacionalista.
Letra D. As correntes teóricas dualistas, ainda que moderadas, apregoam uma
visão que engloba de forma indistinta tratados internacionais, costumes e
princípios gerais de direito.
A corrente dualista pressupõe a existência de duas ordens jurídicas distintas. No
dualismo moderado, não é necessário que o conteúdo das normas
internacionais seja inserido em um projeto de lei interna, bastando a
incorporação dos tratados ao OJ interno por meio de procedimento específico,
distinto do processo legislativo comum, que normalmente inclui apenas a
aprovação do parlamento e, posteriormente, a ratificação do Chefe de Estado.

QUESTÃO 02 – CESPE – JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO - TRF 5º REGIÃO -


2015
Assinale a opção correta relativamente à fundamentação, às fontes e às
características do direito internacional público

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a) Admite-se a escusa de obrigatoriedade de um costume internacional se o


Estado provar de forma efetiva que se opôs ao seu conteúdo desde a sua
formação.
b) Não há previsão expressa de princípios gerais do direito internacional no
Estatuto da CIJ.
c) O Estatuto da CIJ estabelece que as decisões proferidas pelas organizações
internacionais sejam consideradas fontes do direito internacional público.
d) A corrente voluntarista considera que a obrigatoriedade do direito
internacional deve basear-se no consentimento dos cidadãos.
e) O consentimento perceptivo da corrente objetivista significa que a
normatividade jurídica do direito internacional nasce da pura vontade dos
Estados.

Gabarito letra B.
As fontes do Direito Internacional Público se encontram no artigo 38 do Estatuto
da Corte Internacional de Justiça (CIJ):
Artigo 38
1. A Corte, cuja função seja decidir de acordo com o direito internacional as
controvérsias que sejam submetidas, deverá aplicar;
a) as convenções internacionais, quer gerais, quer particulares, que
estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
b) o costume internacional, como prova de uma prática geralmente aceita como
direito;
c) os princípios gerais do direito reconhecidos pelas nações civilizadas;
d) sob a ressalva da disposição do art. 59, as decisões judiciárias e a doutrina
dos juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para
determinação das regras de direito.
2. A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte para decidir uma
questão ex aequo et bono, se as partes com isso concordarem.
Não é correto o uso do termo princípios gerais do direito internacional,
porquanto, o Estatuto dispõe sobre princípios gerais do direito.

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Letra A. Admite-se a escusa de obrigatoriedade de um costume internacional


se o Estado provar de forma efetiva que se opôs ao seu conteúdo desde a sua
formação.
A afirmação está incorreta. Deveria se referir a PROVA PERSISTENTE e não
efetiva, segundo o princípio do objetor persistente. O princípio do objetor
persistente refere-se à não vinculação de um Estado para com determinado
costume internacional. Ou seja, quando o Estado põe objeção à criação da
regra consuetudinária sem conseguir valer seu ponto de vista, ele é um objetor
persistente e não se obriga juridicamente ao costume.
Letra C. O Estatuto da CIJ estabelece que as decisões proferidas pelas
organizações internacionais sejam consideradas fontes do direito internacional
público.
Afirmação incorreta. O Estatuto não elenca as decisões de organizações
internacionais como fonte do direito internacional. As decisões de organizações
internacionais são consideradas novas fontes.
Letra D. A corrente voluntarista considera que a obrigatoriedade do direito
internacional deve basear-se no consentimento dos cidadãos.
Afirmação incorreta, pois, para essa corrente, a vontade dos atores
internacionais é o fundamento único da existência do Direito Internacional
Público
Letra E. O consentimento perceptivo da corrente objetivista significa que a
normatividade jurídica do direito internacional nasce da pura vontade dos
Estados.
Afirmação incorreta. Segundo essa corrente, a normatividade jurídica do direito
internacional é fruto da dinâmica da sociedade internacional, sendo irrelevante
a vontade dos sujeitos de DIP.

QUESTÃO 03 – CESPE – PROCURADOR – BACEN - 2013


Essas normas não têm o mesmo grau de atribuição de capacidades nem são tão
importantes quanto as normas restritivas, mas os Estados comprometem-se a

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cooperar e a respeitar os acordos realizados, sem submeter-se, no entanto, a


obrigações jurídicas.
O fragmento de texto citado acima refere-se a:
a) costumes.
b) soft norms.
c) princípios gerais de direito.
d) umbrella conventions.
e) tratados.

Gabarito letra B.
O termo "soft law" refere-se a instrumentos "quase-legais" que não têm caráter
juridicamente vinculativo, ou cuja força de ligação é um pouco "mais fraca" do
que a força obrigatória das leis tradicionais, muitas vezes referidas como "hard
law", em contraste com a "soft law". Tradicionalmente, o termo "soft law" é
associado ao direito internacional, embora mais recentemente tenha sido
transferido para outros ramos do direito interno também.

QUESTÃO 04 – CESPE – DIPLOMATA – INSTITUTO RIO BRANCO


A respeito das fontes do direito internacional público, julgue (C ou E) o item a
seguir.
O Estatuto da Corte Internacional de Justiça reconhece os princípios gerais de
direito como fontes auxiliares do direito internacional

Gabarito: a questão está errada.


Os princípios gerais de direito são fontes (primárias) do direito internacional
dispostos no artigo 38 do Estatuto da CIJ, juntamente com os tratados e os
costumes internacionais. Não são meios auxiliares, portanto. Meios auxiliares
são as decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais qualificados das
diferentes nações (por excelência), atos unilaterais, decisões das organizações
internacionais, analogia e equidade. Todos estes últimos considerados fontes
secundárias.

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QUESTÃO 05 – CESPE – DIPLOMATA – INSTITUTO RIO BRANCO - 2015


A par de constantes mudanças verificadas na sociedade internacional, com o
surgimento de novos atores e de renovadas demandas, também o direito das
gentes se atualiza em terminologias e em conceitos, de modo a abranger novas
fronteiras, como o comércio, o meio ambiente e os direitos humanos. No que
concerne a esse fenômeno, julgue (C ou E) o item a seguir.
A denominada soft law, de utilização polêmica pela índole programática que
comporta, embora desprovida de conteúdo imperativo, é utilizada de forma
flagrante em direito internacional do meio ambiente.

Gabarito: assertiva correta.


A soft law, que significa "direito mole, maleável", possui caráter mais flexivo;
num quadro onde se fortalecem noções como autonomia da vontade e
arbitragem, todas tendo em comum maior flexibilidade e capacidade de
oferecer soluções mais rápidas para os problemas das relações sociais. Se
contrapõem às jus cogens, que possuem caráter imperativo no Dir.
Internacional. Alguns dos principais documentos internacionais voltados ao
tema do meio ambiente (Ex: Declaração de Estocolmo de 1972, Declaração do
Rio de 1992 e Agenda 21), apesar de não serem tecnicamente tratados, trazem
preceitos que servem de importantes referências para o tratamento da questão
ambiental no âmbito internacional, que funcionam, na prática, como soft law.

QUESTÃO 06 – CESPE – DIPLOMATA – INSTITUTO RIO BRANCO - 2015


A jurisprudência tem constituído importante acervo de decisões que balizam o
desenvolvimento progressivo do direito internacional, não apenas como
previsão ideal, mas como efetivo aporte à prática da disciplina. Acerca da
aplicação do art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, de
antecedentes judiciários, de tratados e de costumes, julgue (C ou E) o seguinte
item.

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Direito Internacional Público
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A noção de jus cogens, como a de normas imperativas a priori, embora não


unanimemente reconhecida em doutrina, é invocada com referência tanto em
jurisprudência quanto em direito internacional positivo.

Gabarito: assertiva correta.


As normas de jus cogens não constam no rol do artigo 38, contudo, a
Convenção de Viena sobre os tratados (artigo 53) fala em normas superiores à
vontade dos Estados, que não podem ser modificadas sequer pelos tratados
internacionais.
Artigo 53- Tratado em Conflito com uma Norma Imperativa de Direito
Internacional Geral (jus cogens)
É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com
uma norma imperativa de Direito Internacional geral. Para os fins da
presente Convenção, uma norma imperativa de Direito
Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela
comunidade internacional dos Estados como um todo, como
norma da qual nenhuma derrogação é permitida e que só pode ser
modificada por norma ulterior de Direito Internacional geral da mesma
natureza.
A emergência do “jus cogens” nada mais representaria do que o abandono das
teorias voluntaristas exacerbadas dos séculos passados. Elas são rígidas
(diferente das soft Law). Para boa parte da doutrina as normas de jus cogens
provêm ou podem vir a provir tanto do costume internacional quanto do
direito convencional e ainda dos princípios gerais de direito.

QUESTÃO 07 – CESPE – DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL – DPU - 2015


Ainda no que concerne ao direito internacional, julgue o item subsequente.
Opinio juris é um dos elementos constitutivos da norma costumeira
internacional.

Gabarito: afirmação correta.

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A formação de uma norma costumeira internacional requer dois elementos: um


de caráter material e objetivo; e outro de caráter psicológico e subjetivo:
 caráter material/objetivo: é a prática generalizada, reiterada,
uniforme e constante de um ato na esfera das relações internacionais ou no
âmbito interno, com reflexos externos. É a inveterata consuetudo, que constitui
o conteúdo da norma costumeira;
 caráter psicológico/subjetivo/espiritual: é a convicção de que tal
pratica é juridicamente obrigatória. Trata-se da opinio juris, também
denominada de opinio juris sive necessitatis, que significa a convicção do direito
ou da necessidade.
A ausência do segundo elemento, isto é, da opinio juris é a diferença entre um
uso e um costume.

QUESTÃO 08 – PGR – PROCURADOR DA REPÚBLICA - 2013


AS NORMAS DE DIREITO INTERNACIONAL PEREMPTÓRIO (JUS COGENS)
a) podem ser derrogadas por tratado;
b) só podem ser derrogadas por costume internacional;
c) pressupõem uma ordem pública internacional não disponível para os Estados
individualmente;
d) não guardam qualquer relação com o conceito de obrigações erga omnes.

Gabarito letra C.
A norma de jus cogens é um preceito ao qual a sociedade internacional atribui
importância maior e que, por isso, adquire primazia dentro da ordem jurídica
internacional, conferindo maior primazia a certos valores entendidos como
essenciais para a convivência coletiva. As normas de jus cogens são também
conhecidas como 'normas imperativas de Direito Internacional' ou ' normas
peremptórias de Direito Internacional.

QUESTÃO 09 – CESPE – DELEGADO – DPF - 2013

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No que se refere ao Estatuto da Igualdade, às fontes do direito internacional e à


extradição, julgue o item subsequente.

É fonte de direito internacional reconhecida a doutrina dos juristas mais


qualificados das diferentes nações.

Gabarito: a afirmação está correta. Nos termos do artigo 38 do Estatuto da


Corte Internacional de Justiça, a doutrina é meio auxiliar, também tido como
fonte.

Artigo 38
1. A Corte, cuja função seja decidir de acordo com o direito internacional as
controvérsias que sejam submetidas, deverá aplicar;
a) as convenções internacionais, quer gerais, quer particulares, que
estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
b) o costume internacional, como prova de uma prática geralmente aceita como
direito;
c) os princípios gerais do direito reconhecidos pelas nações civilizadas;
d) sob a ressalva da disposição do art. 59, as decisões judiciárias e a doutrina
dos juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar
para determinação das regras de direito.
2. A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte para decidir uma
questão ex aequo et bono, se as partes com isso concordarem.

QUESTÃO 10 – CESPE – PROCURADOR FEDERAL – AGU - 2010

O princípio do objetor persistente refere-se à não vinculação de um Estado para


com determinado costume internacional.

Gabarito: afirmativa correta.

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A regra é que os costumes internacionais obrigam todos os Estados, mesmo


aqueles que não tenham participado do seu processo e formação. No entanto,
existe a figura do Objetor ou Negador Persistente. Este consiste no Estado ou
Sujeito de DIP que demonstra que sempre rejeitou consistentemente a prática
que deu origem a um costume desde os primeiros dias de sua existência.
Assim, tal Sujeito de DIP assume a prerrogatva de negação da obrigatoriedade
desse costume internacional.

QUESTÃO 11 – CESPE – DIPLOMATA – INSTITUTO RIO BRANCO - 2010

O costume, fonte do direito internacional público, extingue-se pelo desuso, pela


adoção de um novo costume ou por sua substituição por tratado internacional.

Gabarito: afirmativa correta. O costume extingue-se pelo desuso, pela sua


substituição por um novo costume ou por um tratado internacional.

QUESTÃO 12 – CESPE – DIPLOMATA –INSTITUTO RIO BRANCO - 2009

O artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça (CIJ) relaciona o que


se costuma designar por fontes do direito internacional público, a serem
aplicadas para a resolução das controvérsias submetidas àquela Corte. Acerca
desse tema e da jurisdição da CIJ, julgue (C ou E) os seguintes itens.

Pacta sunt servandae e res iudicata são princípios gerais de direito aceitos pela
CIJ e discutidos em casos a ela submetidos.

Gabarito: correta.

Artigo 38

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A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito internacional as


controvérsias que lhe forem submetidas, aplicará:

a) as convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam


regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;

b) o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo
o direito;

c) os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas;

d) sob ressalva da disposição do Artigo 59, as decisões judiciárias e a doutrina


dos juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a
determinação das regras de direito.

O pacta sunt servanda e o res judicata são princípios gerais de direito


reconhecidos pelas nações civilizadas.

Pacta sunt servanda: todo tratado em vigor obriga as partes e deve ser
cumprido por elas de boa-fé" ou mesmo Os acordos devem ser respeitados e
cumpridos.

Res judicata: é o respeito à coisa julgada. A coisa julgada refere-se à sentença


judicial proferida em determinado processo, que se torna imutável e
indiscutível, originando-se do fato de não ter sido atacada em momento próprio
ou de não mais se prever qualquer recurso para impugná-la, em vista do
esgotamento das espécies recursais possíveis. Além disso, a res judicata tem
por objetivo a segurança jurídica.

QUESTÃO 13 – CESPE – DIPLOMATA – INSTITUTO RIO BRANCO - 2009

O artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça (CIJ) relaciona o que


se costuma designar por fontes do direito internacional público, a serem
aplicadas para a resolução das controvérsias submetidas àquela Corte. Acerca
desse tema e da jurisdição da CIJ, julgue (C ou E) os seguintes itens.

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Uma vez que a existência de um costume internacional é reconhecida mediante


a comprovação de uma "prática geral aceita como sendo o direito", um Estado
pode lograr obstar a aplicação de um costume por meio de atos que
manifestem sua "objeção persistente" à formação da regra costumeira, a menos
que esta tenha caráter imperativo (ius cogens).

Gabarito: correta.

Se um Estado comprovar que se opôs de forma persistente ao costume


internacional desde a adoção do costume, ele não está obrigado a cumprir o
referido costume. Em outras palavras, um Estado pode se subtrair à aplicação
de um costume internacional em vigor, caso consiga provar que,
persistentemente e de forma inequívoca, se opôs ao seu conteúdo desde a sua
formação, não havendo, por conseguinte, vinculação por parte do Estado a esta
fonte do direito.

A principal característica do jus cogens é a imperatividade de seus preceitos, ou


seja, a impossibilidade de que suas normas sejam confrontadas ou derrogadas
por qualquer outra norma internacional, inclusive aquelas que tenham emergido
de acordo de vontades entre sujeitos de direito das gentes. O jus cogens
configura, portanto, restrição direta da soberania em nome da defesa de certos
valores vitais.

Dentre as normas de jus cogens encontram-se aquelas voltadas a tratar de


temas como Direitos Humanos, proteção do meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável, paz e segurança internacionais, Direito de Guerra
e Direito Humanitário, proscrição de armas de destruição de massa e direitos e
deveres fundamentais dos Estados.

QUESTÃO 14 – CESPE – ADVOGADO DA UNIÃO – AGU - 2009

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Ao longo da história, empregaram-se diversas denominações para designar o


Direito Internacional. Os romanos utilizavam a expressão ius gentium (direito
das gentes ou direito dos povos). Entretanto, pode-se afirmar que foi na Europa
Ocidental do século XVI que o Direito Internacional surgiu nas suas bases
modernas. A Paz de Vestfália (1648) é considerada o marco do início do Direito
Internacional, ao viabilizar a independência de diversos estados europeus. O
Direito Internacional Público surgiu com o Estado Moderno. Quando da
formação da Corte Internacional de Justiça, após a II Guerra Mundial, indagou-
se quais seriam as normas que poderiam instrumentalizar o exercício da
jurisdição internacional (fontes do Direito Internacional Público). Assim, o
Estatuto da Corte Internacional de Haia, no art. 38, arrolou as fontes das
normas internacionais.

Com relação ao Direito Internacional, julgue os itens a seguir.

O elemento objetivo que caracteriza o costume internacional é a prática


reiterada, não havendo necessidade de que o respeito a ela seja uma prática
necessária (opinio juris necessitatis).

Gabarito: errada.

A formação de uma norma costumeira internacional requer dois elementos: um


de caráter material e objetivo; e outro de caráter psicológico e subjetivo:
 caráter material/objetivo: é a prática generalizada, reiterada,
uniforme e constante de um ato na esfera das relações internacionais ou no
âmbito interno, com reflexos externos. É a inveterata consuetudo, que constitui
o conteúdo da norma costumeira;
 caráter psicológico/subjetivo/espiritual: é a convicção de que tal
pratica é juridicamente obrigatória. Trata-se da opinio juris, também
denominada de opinio juris sive necessitatis, que significa a convicção do direito
ou da necessidade.

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A ausência do segundo elemento, isto é, da opinio juris é a diferença entre um


uso e um costume.

QUESTÃO 15 – CESPE – JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO – TRF 5º REGIÃO -


2017

Até hoje, o sistema legislativo internacional é de forma horizontal, não havendo


nenhum órgão legislativo da sociedade internacional. [...] Não há autoridade
legislativa que adote uma legislação universalmente vinculativa e não há corte
internacional com jurisdição compulsória. [...] Já que não existe uma
constituição da sociedade internacional que possa esclarecer as fontes do direito
internacional, as cortes internacionais têm tentado determinar as suas regras
de aplicação. Essa questão é geralmente tratada como fontes do direito
internacional.

Hee Moon Jo. Introdução ao direito internacional. 2.ª ed. São Paulo: LTr, 2004,
p. 77-8 (com adaptações).

A respeito do assunto abordado nesse fragmento de texto, assinale a opção


correta, considerando que CIJ se refere à Corte Internacional de Justiça.

a) Jus cogens são normas imperativas de direito internacional geral, aceitas e


reconhecidas pela comunidade internacional dos Estados como um todo, que
não podem ser derrogadas ou modificadas, salvo por norma ulterior de direito
internacional geral da mesma natureza, e que podem ter fundamento tanto
convencional quanto consuetudinário.

b) Dada sua soberania, os Estados podem, no que se refere aos atos unilaterais
autonormativos, voltar atrás quanto a declarações ou manifestações formuladas
expressamente, não havendo de se falar em vinculação ao conteúdo daquilo
que formalmente expressaram.

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c) O Estatuto da CIJ enumera um rol de fontes que a Corte pode utilizar para
cumprir sua função de decidir as controvérsias que lhe forem submetidas, mas
não, do ponto de vista doutrinário, um rol de fontes para o direito internacional.

d) A opinio juris do costume internacional representa uma atividade estatal que


é normativamente obrigatória, de forma que, conforme já decidido pela CIJ, se
pode inferir que há uma norma proibitiva de determinado agir quando os
Estados não agirem de determinada forma.

e) Conforme já decidido pela CIJ, a norma consuetudinária será absorvida ou


revogada pela norma de tratado internacional se ambas regularem o mesmo
conteúdo.

Gabarito letra A.

A noção de jus cogem é definida pelo artigo 53 da Convenção de Viena sobre o


Direito dos Tratados, que estabelece que "É nulo um tratado que, no momento
de sua conclusão, conflite com uma norma imperativa de Direito Internacional
geral. Para os fins da presente Convenção, uma norma imperativa de Direito
Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade
internacional dos Estados como um todo como norma da qual nenhuma
derrogação é permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior de
Direito Internacional geral da mesma natureza".

A norma de jus cogens é um preceito ao qual a sociedade internacional atribui


importância maior e que, por isso, adquire primazia dentro da ordem jurídica
internacional, conferindo maior proteção a certos valores entendidos como
essenciais para a convivência coletiva.

As normas de jus cogens são também conhecidas como "normas imperativas de


Direito Internacional" ou "normas peremptórias de Direito Internacional".

A principal característica do jus cogens é a imperatividade de seus preceitos, ou


seja, a impossibilidade de que suas normas sejam confrontadas ou derrogadas

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por qualquer outra norma internacional, inclusive aquelas que tenham emergido
de acordos de vontades entre sujeitos de Direito das Gentes. O jus cogens
configura, portanto, restrição direta da soberania em nome da defesa de certos
valores vitais.

QUESTÃO 16 – FUMARC – ADVOGADO – BDMG - 2011

Leia as assertivas abaixo e coloque à frente de cada um dos parênteses (F) se


FALSA e (V) se for VERDADEIRA:

( ) Dois ordenamentos jurídicos distintos e totalmente independentes entre si –


Dualismo.

( ) Uma ordem jurídica internacional e uma ordem jurídica interna – Monismo.

( ) Impossibilidade de conflito entre Direito Internacional e o Interno –


Monismo.

( ) O Direito Internacional é que dirige a convivência entre os Estados, ao passo


que o Direito interno disciplina as relações entre os indivíduos e entre estes e o
ente estatal – Dualismo.

Marque a alternativa CORRETA, na ordem de cima para baixo:

a) V-F-V-V

b) V-F-F-V

c) F-V-F-F

d) F-V-V-F

Gabarito letra B.

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MONISMO - Pressupõe que o Direito Internacional/Direito Interno são


elementos de uma única ordem jurídica e, sendo assim, haveria uma norma
hierarquicamente superior regendo este único ordenamento.

O Monismo se subdivide em duas vertentes:

a) O Monismo baseado no Hegelianismo que considera o Estado como soberania


absoluta, de tal forma que não pode estar sujeito a nenhum sistema jurídico
que não tenha emanado de sua própria vontade.

b) O Monismo baseado em Hans Kelsen que admitiria a preponderância do


Direito Internacional na organização das relações entre os Estados.

DUALISMO - Admitiria a existência de duas ordens distintas: a interna e a


externa, onde cada uma não se comunica com a outra.

QUESTÃO 17 – CESPE – JUIZ FEDERAL – TRF 2º REGIÃO - 2011

O Estado regulamenta a convivência social em seu território por meio de


legislação nacional, e a comunidade internacional também cria regras, que
podem conflitar com as nacionais. A respeito das correntes doutrinárias que
procuram proporcionar solução para o conflito entre as normas internas e as
internacionais, assinale a opção correta.

a) A corrente monista e a dualista apresentam as mesmas respostas para o


conflito entre as normas internas e as internacionais

b) Nenhum país adota a corrente doutrinária monista.

c) Consoante a corrente monista, o ato de ratificação de tratado gera efeitos no


âmbito nacional.

d) De acordo com a corrente dualista, o direito interno e o direito internacional


convivem em uma única ordem jurídica.

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e) De acordo com a corrente monista, a norma interna sempre prevalece sobre


a internacional.

Gabarito letra C.

A teoria monista prega a existência de uma ordem jurídica una, na qual


convivem as normas internas e internacionais. Nesse sentido, o ato de
ratificação do tratado, para o monismo, viabiliza a sua entrada em vigor na
ordem internacional, como também sua entrada em vigor na ordem interna
(pois o ordenamento uno, não havendo a exigência de um procedimento
adicional para além da ratificação).

QUESTÃO 18 – FUNDEP – PROFESSOR DE DIREITO – IF/SP - 2014

Quando há conflitos entre normas internas de um determinado Estado e normas


internacionais, duas teorias tentam solucionar essa questão, a monista e a
dualista.

Sobre essas teorias, assinale a alternativa CORRETA

a) De acordo com a corrente dualista, o direito interno e o direito internacional


convivem em uma única ordem jurídica.

b) A corrente monista e a dualista apresentam as mesmas respostas para o


conflito entre as normas internas e as internacionais

c) Segundo a corrente monista, quando há conflito entre as normas internas e


as normas internacionais, essas últimas prevalecem.

d) Os autores monistas dividiram-se em duas correntes, uma sustentando a


unicidade da ordem jurídica sob o primado do direito internacional e a outra
apregoando a soberania do direito nacional de cada Estado soberano.

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Gabarito letra D.

O monismo é uma teoria que se subdivide em dois entendimentos: o monismo


internacionalista que apregoa que no caso de conflito entre norma interna e
norma internacional, prevalece esta última; e o monismo nacionalista, que
apregoa a prevalência da norma interna. Contemporaneamente, fala-se,
também, em monismo internacionalista dialógica, que pressupõe a necessidade
de um diálogo entre as fontes de proteção internacional e interna para a
definição de qual melhor protegeria os direitos humanos, em prestígio ao
princípio internacional pro homine, nesse sentido, prevaleceira a que conferisse
maior proteção ao ser humano.

QUESTÃO 19 – CESPE – ANALISTA ADMINISTRATIVO – ANAC - 2012

No que concerne ao direito internacional público, julgue os itens a seguir.

De acordo com a corrente voluntarista, a obrigatoriedade das normas de direito


internacional público deve-se a razões objetivas, não vinculadas à vontade dos
Estados.

Gabarito: errada.

A teoria voluntarista apregoa o fundamento de existência do direito


internacional público na vontade dos Estados.

QUESTÃO 20 – CESPE – ANALISTA LEGISLATIVO – CÂMARA DOS


DEPUTADOS - 2014

Acerca da teoria das fontes no direito internacional público, julgue o item a


seguir.

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Na teoria das fontes, a doutrina tem mais peso em direito internacional que em
direito interno, tendo em vista o maior conteúdo político das normas de direito
das gentes. Nesse sentido, a doutrina atua como elaboradora do significado e
do alcance de regras imprecisas, comuns no direito internacional.

Gabarito: correta.

Em razão das características das relações externas, as normas internacionais


são, em geral, mais vagas e imprecisas, acentuando o aspecto político que
marca o seu nascimento. Por esse motivo avulta a tarefa da doutrina na fixação
do significado das regras internacionais. A doutrina prima ademais por auxiliar
no processo de individualização das normas jurídica.

QUESTÃO 21 – CESPE – ANALISTA LEGISLATIVO – CÂMARA DOS


DEPUTADOS - 2014

Acerca da teoria das fontes no direito internacional público, julgue o item a


seguir.

O princípio da equidade, referido no Estatuto da Corte Internacional de Justiça,


constitui fonte incondicionada de direito internacional público.

Gabarito: errada.

A equidade no Direito Internacional público é caracterizada pelo princípio ex


aequo et bono, mencionado expressamente pelo artigo 38 do Estatuto da Corte
Internacional de Justiça.

Equidade é um senso de justiça em que há um respeito à igualdade de direito


de cada um. Contudo, não se confunde necessariamente com justiça. Compõe o
conceito de uma justiça fundada na igualdade, mas não é a própria igualdade.

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A equidade deve atender às razões de ordem social e as exigências do bem


comum, que se instituem como princípios de ordem superior na aplicação das
leis.

Além do mais, a equidade não constitui fonte incondicionada, pois sua utilização
dependerá da anuência das partes envolvidas no respectivo litígio internacional.

Nos vemos em breve.

Abraços fraternos a todos!

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