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TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PODER JUDICIÁRIO
São Paulo

Registro: 2017.0000557869

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº


1001209-80.2016.8.26.0695, da Comarca de Nazaré Paulista, em que é apelante LUIZ
ANTONIO RAMOS FERREIRA (JUSTIÇA GRATUITA), é apelado DURVALINO DOS
SANTOS.

ACORDAM, em 27ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de


São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Negaram provimento ao recurso. V. U.", de
conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores DAISE


FAJARDO NOGUEIRA JACOT (Presidente), MOURÃO NETO E SERGIO ALFIERI.

São Paulo, 1º de agosto de 2017

DAISE FAJARDO NOGUEIRA JACOT


A PRESIDENTE E RELATOR
Assinatura Eletrônica
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
PODER JUDICIÁRIO
São Paulo

VOTO Nº : 11.716
APELAÇÃO Nº: 1001209-80.2016.8.26.0695
COMARCA : NAZARÉ PAULISTA VARA ÚNICA
APELANTE : LUIZ ANTONIO RAMOS FERREIRA
APELADO : ESPÓLIO DE MARIA PEREIRA DOS SANTOS
(REPRESENTADO POR DURVALINO DOS SANTOS)
JUIZ : LEONARDO MANSO VICENTIN

*AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS C.C. COBRANÇA E


INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. Contratação do
Advogado requerido pela Cliente para o ajuizamento de Ação
Previdenciária, julgada procedente, com o levantamento do
êxito pelo Patrono demandado. Falecimento da Cliente.
Ajuizamento da Ação pelo Espólio, sob a alegação de ausência
de repasse da quantia levantada nos autos da Ação
Previdenciária. SENTENÇA de procedência para condenar o
demandado a prestar contas no prazo de 15 dias, sob pena de
não lhe ser lícito impugnar as apresentadas pelo autor, com
aplicação dos artigos 550, § 5°, e 551 do CPC de 2015,
impondo ao requerido as verbas sucumbenciais, arbitrada a
honorária em 10% do valor atualizado da causa. APELAÇÃO
do demandado, que insiste na arguição de prescrição
levantada na contestação. REJEIÇÃO. Prazo prescricional
não consumado. Contagem do prazo a partir da ciência quanto
ao levantamento da verba previdenciária pelos herdeiros,
ocorrida com o desarquivamento do processo previdenciário
no dia 13 de maio de 2016. Ajuizamento desta Ação ainda no
ano de 2016. Sentença mantida. RECURSO NÃO PROVIDO.*

Vistos.

O MM. Juiz “a quo” proferiu a r. sentença apelada,


decidindo “in verbis”: “JULGO PROCEDENTE EM PARTE o pedido para
CONDENAR o réu LUIZ ANTONIO RAMOS FERREIRA a prestar contas ao
autor, ESPÓLIO DE MARIA PEREIRA DOS SANTOS, no que se refere ao
mandato outorgado por Maria Pereira dos Santos (processo nº
0004268-17.2004.8.26.0048), no prazo de 15 dias, sob pena de não ser lícito
impugnar as que o autor apresentar (artigo 550, § 5°, do Código de

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Processo Civil), observando-se a forma do artigo 551, do Código de


Processo Civil. Por força da sucumbência mínima, condeno o requerido ao
pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que arbitro
com fundamento no artigo 85, § 3º do CPC, em 10% (dez por cento) sobre o
valor atualizado da causa” (fls. 67/70)” (“sic”, 67/70).

A sentença foi proferida no dia 16 de dezembro de


2016, já sob a égide do Código de Processo Civil de 2015.

Inconformado, apela o requerido insistindo na


arguição de prescrição levantada na contestação (fls. 185/192).

Anotado o Recurso (fl. 83), o autor apresentou


contrarrazões pugnando pela manutenção da sentença, com impugnação à
“Justiça Gratuita” concedida ao demandado (fls. 86/89) e os autos subiram
para o reexame (fl. 99).

É o relatório, adotado o de fl. 67.

Conforme já relatado, o MM. Juiz “a quo” proferiu a


r. sentença apelada, decidindo “in verbis”: “JULGO PROCEDENTE EM
PARTE o pedido para CONDENAR o réu LUIZ ANTONIO RAMOS
FERREIRA a prestar contas ao autor, ESPÓLIO DE MARIA PEREIRA DOS
SANTOS, no que se refere ao mandato outorgado por Maria Pereira dos
Santos (processo nº 0004268-17.2004.8.26.0048), no prazo de 15 dias, sob
pena de não ser lícito impugnar as que o autor apresentar (artigo 550, § 5°, do
Código de Processo Civil), observando-se a forma do artigo 551, do Código

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de Processo Civil. Por força da sucumbência mínima, condeno o requerido ao


pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que arbitro com
fundamento no artigo 85, § 3º do CPC, em 10% (dez por cento) sobre o valor
atualizado da causa” (fls. 67/70)” (“sic”, 67/70).

A Apelação foi apresentada e processada sob a


égide do Código de Processo Civil de 2015 e comporta conhecimento,
porquanto observados os requisitos de admissibilidade (v. artigo 1.011, inciso
II, do Código de Processo Civil de 2015).

Ao que se colhe dos autos, Maria Pereira dos Santos


contratou o Advogado requerido, ora apelante, em março de 2004 para o
ajuizamento da Ação autuada sob nº 0004268-17.2004.8.26.0048, que tramitou
na 3ª Vara de Atibaia, neste Estado, e foi julgada procedente (v. fls. 22/30).
Consta que no dia 14 de abril de 2009, após o trânsito em julgado da sentença,
foi depositada naqueles autos a quantia de R$ 25.247,36 referente ao valor da
condenação (R$ 24.199,69 em favor da autora mais R$ 380,00 em favor do
Advogado), que foi levantada pelo requerido (v. fls. 31/35). Consta ainda que a
contratante faleceu no dia 23 de dezembro de 2012 (fl. 19).

O Espólio da contratante ajuizou esta Ação de


Prestação de Contas c.c. Cobrança e Indenização por Danos Morais contra o
Advogado no dia 28 de junho de 2016, sob a alegação de que a contratante
falecida não tinha informações sobre o desfecho do processo, e o Advogado
jamais repassou qualquer quantia proveniente daquela condenação à
contratante, pretendendo compelir o demandado a prestar contas sobre o alvará
por ele levantado no processo previdenciário indicado e a pagar a quantia

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sacada, além de reparação moral (v. fls. 1/10).

Por primeiro, cabe afastar a impugnação à


“gratuidade” apresentada pelo Espólio autor nas contrarrazões, ante a ausência
de indicação de prova ou ainda de argumentação suficiente para a
demonstração de que o demandado possui efetivamente condições financeiras
de arcar com as custas processuais sem prejuízo do sustento próprio. Ora, não
ilidida a presunção de pobreza, de rigor a manutenção da benesse, que tem
fundamento no artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal, e nos artigos
98 e 99, § 3º, do Código de Processo Civil de 2015 (v. fls. 61/62).

Quanto ao mais, malgrado as alegações do Advogado


demandado, ora apelante, a pretensão deduzida na inicial não se acha alcançada
pela prescrição.

É que o Espólio somente foi cientificado do


levantamento das verbas de titularidade da falecida contratante por ocasião do
desarquivamento dos autos da referida Ação Previdenciária (13 de maio de
2016), quando nasceu para ele, Espólio, a pretensão reclamada na inicial.
Quando muito, o direito do Espólio teria nascido com o falecimento da
contratante, em dezembro de 2012, mas jamais com o levantamento do alvará
por parte do Advogado contratado, sem dar ciência no tocante à contratante ou
ao Espólio, após o falecimento da Cliente.

Assim, como a Ação foi ajuizada ainda no ano de


2016, patente que não se achava consumado o prazo prescricional de cinco (5)
anos previsto no artigo 25-A do Estatuto da Advocacia, que é invocado pelo

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Advogado demandado nas razões do Apelo (“Art. 25-A. Prescreve em cinco anos a
ação de prestação de contas pelas quantias recebidas pelo advogado de seu cliente, ou de
terceiros por conta dele (art. 34, XXI)”.

Não bastasse, há ainda entendimento jurisprudencial


no sentido de o prazo prescricional aplicável para a prestação de contas em
caso de apropriação indébita de valores do Cliente pelo Advogado é o prazo
geral de dez (10) anos previsto no artigo 205 do Código Civil. Nesse sentido
são o r. julgados abaixo indicados:

0200995-40.2011.8.26.0100 Apelação / Associação


Relator(a): Hamid Bdine
Comarca: São Paulo
Órgão julgador: 4ª Câmara de Direito Privado
Data do julgamento: 05/11/2015
Data de registro: 10/11/2015
Ementa: Prestação de contas. Primeira fase. Sindicato que ajuizou uma série de ações em
favor de seus associados. Levantamento de valores sem repasse. Prescrição não
configurada. Aplicabilidade do prazo geral de dez anos previsto no art. 205 do CC. Termo
inicial. Ciência do evento danoso (princípio da actio nata). Advogado denunciado que
demonstrou que repassou os valores levantados ao sindicato. Denunciação da lide.
Sucumbência doa denunciante configurada. Teoria da causalidade. Dever de o sindicato
prestar contas mantido (CPC, art. 915, §2º). Recurso do sindicato denunciante improvido.
Recurso do advogado denunciado provido.

0028357-54.2013.8.26.0577 Apelação / Serviços Profissionais


Relator(a): Carlos Dias Motta
Comarca: São José dos Campos
Órgão julgador: 29ª Câmara de Direito Privado
Data do julgamento: 08/06/2016
Data de registro: 09/06/2016
Ementa: Serviços Profissionais. Honorários advocatícios. Ação de Prestação de contas.
Levantamento de valores em ação judicial. Autor falecido. Alegação de ilegitimidade ativa
das filhas herdeiras. Descabimento. Considerando que, em caso de morte da parte, a sua
substituição dar-se-á pelo seu espólio ou pelos sucessores (art. 43 do CPC/1973), estes
também detêm a legitimidade para ajuizar ação de prestação de contas de ação judicial,
que fora proposta para fins de revisão do contrato de compromisso de compra e venda de
imóvel. A escritura de inventário e partilha confere legitimidade ativa às autoras, viúva
meeira nomeada inventariante e demais filhas herdeiras do compromissário comprador. É
de dez anos o prazo prescricional para ajuizamento de ação de prestação de contas por
apropriação indébita por advogado em ação judicial. Apelo desprovido.

0001807-44.2008.8.26.0691 Apelação / Mandato

Apelação nº 1001209-80.2016.8.26.0695 - Nazaré Paulista - VOTO Nº 11716 - AOT


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Relator(a): Clóvis Castelo


Comarca: Itapeva
Órgão julgador: 35ª Câmara de Direito Privado
Data do julgamento: 28/01/2013
Data de registro: 29/01/2013
Ementa: DIREITO CIVIL MANDATO CAUSÍDICO - PRESTAÇÃO DE CONTAS
OBRIGAÇÃO RETENÇÃO INDEVIDA INDENIZAÇÃO. É obrigação do causídico-
mandatário prestar contas ao mandante de conformidade com os artigos 668 e 692 da lei
substantiva e 34, XXI do Estatuto da Advocacia (Lei n° 8.906/94), pois é inerente ao
instituto do mandato, responsabilizando-se pela retenção indevida de numerários
levantados judicialmente por se tratar de conduta incompatível com a advocacia.
PRESCRIÇÃO. Havendo apropriação indébita por parte do causídico, o prazo
prescricional decenal fica suspenso, de conformidade com os artigos 200 e 205 do Código
Civil. Recurso improvido.

Consoante observado pelo douto sentenciante:


“Quanto à preliminar de prescrição, não merece melhor sorte, pois conforme
leciona o artigo 189 do Código Civil, a pretensão nasce a partir da violação
do direito do autor da ação. Denota-se dos autos que a ação foi proposta em
28/08/2016, sendo o alvará para levantamento dos valores devidos expedido
em 14/04/2009, momento em que surge a pretensão para a outorgante do
mandato. Com o falecimento da outorgante (23.12.2012), a pretensão ao
recebimento dos referidos valores transmitem-se aos sucessores, que apenas
tiveram ciência do levantamento do numerário quando do desarquivamento do
processo previdenciário promovido pela autora da herança, em 13/05/2016. É
certo, ainda, que o outorgado foi notificado, por meio de mensagem eletrônica,
em 09/06/2016 para informar situação do referido processo, não havendo
prova de qualquer manifestação dele nesse sentido. Portanto, a preliminar de
prescrição não merece prosperar, tendo em vista que o termo inicial da
prescrição é a ciência daquele que teve seu direito violado, tendo esta
ocorrido em 13/05/2016, ou, no máximo, quando do falecimento da outorgante
(23.12.2012), pelo que não há que se falar em ocorrência de prescrição, eis
que não extrapolados os 05 (cinco) anos previstos no Estatuto da Advocacia.
Tendo por base a data de falecimento da outorgante para reclamar a

Apelação nº 1001209-80.2016.8.26.0695 - Nazaré Paulista - VOTO Nº 11716 - AOT


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prestação de contas, teriam seus sucessores até o dia 22/12/2017 para propor
a medida. É esse, portanto, o termo inicial da prescrição, pois, com o
falecimento da outorgante é que surge aos sucessores sua pretensão ao
exercício do direito de ver prestadas as contas por parte do causídico-
mandatário, ou seja, quando da abertura da sucessão e por sua vez a
apuração patrimonial do “de cujos”. Tendo em vista a ação foi proposta em
28/06/2016, não se operou a prescrição.” (“sic”, fls. 68/69).

Outrossim, a alegação de regular repasse da verba


proveniente do êxito na Ação Previdenciária levantada pelo Advogado nos
autos correspondentes e nos quais ele patrocinava os interesses da contratada,
não encontra qualquer embasamento na prova dos autos, não se podendo exigir
do Espólio demandante a prova negativa de que a falecida não recebeu a
quantia indicada. Ao contrário, cabe ao demandado, ora apelante, a
comprovação do repasse, para o cumprimento do disposto no artigo 373, inciso
II, do Código de Processo Civil de 2015.

No que tange à cobrança e à indenização moral,


conquanto essa matéria não tenha sido objeto da insurgência recursal, tem-se
que a questão foi bem examinada na sentença, que por isso mesmo deve ser
inteiramente mantida (v. artigo 252 do Regimento Interno deste E. Tribunal de
Justiça).

Assim, resta a rejeição do Recurso.

A propósito, eis a Jurisprudência:

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9050253-29.2006.8.26.0000 Apelação Com Revisão / Mandato


Relator(a): Ruy Coppola
Comarca: Cabreúva
Órgão julgador: 32ª Câmara do D.SEXTO Grupo (Ext. 2° TAC)
Data do julgamento: 17/08/2006
Data de registro: 25/08/2006
Outros números: 1029216900
Ementa: Mandato. Ação de cobrança cumulada com danos morais. Valores levantados
pelo réu, nos autos da ação de desapropriação movida pela Prefeitura Municipal de São
Vicente em face de Espólio de Flávio Azevedo e Outros. Ausência de comprovação do
repasse dos mesmos aos autores (viúva e filhos de Flávio Azevedo). Mandatário que é
obrigado a prestar contas dos serviços executados, bem como a transferir ao mandante
todas as vantagens provenientes do mandato, nos termos do art. 668 do Novo Código
Civil. Mandatário que, ademais, não pode reter qualquer parcela das quantias levantadas
de depósito judicial efetuado em favor dos mandantes, sob a alegação de que é credor de
valores à título de honorários advocatícios, decorrentes da prestação do serviço. Verba
honorária que deve ser postulada por meio das vias processuais adequadas. Procedência
parcial ação em primeiro grau. Condenação do rfí ressarcimento aos autores de metade
dos valores, ele levantados, com atualização monetária desd< levantamento e juros de
mora de...

0019718-38.2011.8.26.0344 Apelação / Mandato


Relator(a): Adilson de Araujo
Comarca: Marília
Órgão julgador: 31ª Câmara de Direito Privado
Data do julgamento: 16/10/2012
Data de registro: 17/10/2012
Ementa: APELAÇÃO. MANDATO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ADVOCATÍCIOS.
AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS. LEVANTAMENTO DE VALORES SEM O
DEVIDO REPASSE. ACOLHIMENTO. PRESCRIÇÃO. INOCORRÊNCIA. DIREITO
INTERTEMPORAL. INTELECÇÃO DO ART. 177 DO ANTERIOR CÓDIGO CIVIL, c/c
COM OS ARTS. 205 E 2.028, AMBOS DO CÓDIGO CIVIL ATUAL. APELO DO RÉU
IMPROVIDO. O prazo prescricional para o exercício da pretensão do acionante é de dez
anos. No direito revogado esse prazo era de vinte anos. Como houve redução de prazo
pelo novo sistema (de vinte para dez anos) e quando da entrada em vigor do novo
"Codex" havia transcorrido menos da metade do prazo fixado na lei anterior, incide por
inteiro o prazo da lei nova (dez anos) que, no entanto, só começa a correr depois da
entrada em vigor do Código Civil, isto é, em 12/01/2003.

9197027-23.2009.8.26.0000 Apelação / Mandato


Relator(a): Antonio Rigolin
Comarca: São Paulo
Órgão julgador: 31ª Câmara de Direito Privado
Data do julgamento: 02/08/2011
Data de registro: 02/08/2011
Outros números: 1291514400
Ementa: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ADVOCATÍCIOS. AÇÃO DE COBRANÇA E
RECONVENÇÃO. CONSTATAÇÃO DE QUE O ADVOGADO PRESTOU SERVIÇOS E
NÃO REPASSOU VALORES RECEBIDOS. ACERTAMENTO NECESSÁRIO, COM A
CONDENAÇÃO RECÍPROCA AO PAGAMENTO DE VERBAS. PARCIAL

Apelação nº 1001209-80.2016.8.26.0695 - Nazaré Paulista - VOTO Nº 11716 - AOT


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PODER JUDICIÁRIO
São Paulo

PROVIMENTO AO RECURSO DO RÉU, IMPROVIDO O DA AUTORA. 1. A prescrição


para a cobrança recíproca de valores em virtude do contrato de prestação de serviços tem
o seu prazo iniciado apenas quando do término do pacto, quando surgida efetivamente a
pretensão ao recebimento de valores, de onde advém a constatação de que foi oportuno o
ajuizamento da ação principal e da reconvenção. 2. Uma vez constatada a ocorrência do
patrocínio de causas pelo réu-reconvinte, com resultado apurado pelo patrono, mas não
entregue à cliente, inegável se apresenta a sua condenação ao repasse dos valores,
corrigidos e acrescidos de juros de mora legais, estes contados a partir da citação. 3. Ao
mesmo tempo, é inegável o direito do advogado ao recebimento dos honorários
advocatícios, cujo arbitramento se realiza tendo em conta a atividade desenvolvida, além
do ressarcimento de despesas processuais.

Impõe-se, pois, a rejeição do Recurso, ficando


mantida a r. sentença apelada pelos próprios e jurídicos fundamentos,
inclusive no que tange às verbas sucumbenciais, mas com a elevação da
honorária para doze por cento (12%) do valor atualizado da causa pelo
trabalho adicional em fase recursal, “ex vi” do artigo 85, §11, do Código de
Processo Civil de 2015.

Diante do exposto, nega-se provimento ao Recurso.

DAISE FAJARDO NOGUEIRA JACOT


Relatora

Apelação nº 1001209-80.2016.8.26.0695 - Nazaré Paulista - VOTO Nº 11716 - AOT

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