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FONTES DO DIREITO POSITIVO

Fontes do direito, conceito e classificação:

A palavra fonte vem do latim fons e significa nascente, manancial. É a origem de algo, de
onde provém. Do direito significa a fonte de várias normas.

As fontes classificam-se em formais e materiais; em heterônomas e autônomas e em fontes


estatais e extraestatais.

Formais (diretas): são as formas de exteriorização do direito. A fonte formal regula o


comportamento das pessoas que, por sua vez, têm ciência do direito vigente que as obriga
naquele momento. Exemplo: leis, o costume.

Materiais (doutrina e jurisprudência): é o complexo de fatores que ocasionaram o


surgimento de normas, envolvendo fatos e valores. É a ebulição social, política e
econômica que influencia de forma direta ou indireta na confecção, transformação de uma
norma jurídica. São analisados fatores sociais, psicológicos, econômicos, históricos etc. São
fatores que vão influenciar na criação da norma jurídica.

Heterônomas: são as impostas por agentes externos. Exemplo – A constituição, leis


decretos, sentenças normativas, regulamento de empresa (quando unilateral).

Autônomas: são as elaboradas pelos próprios interessados. Exemplo – Costume, convenção


e acordo coletivo, regulamento da empresa (quando bilateral), contrato.

Estatais ou Imperativas: o Estado estabelece a norma. Exemplo – A constituição, leis,


sentença normativa.

Extraestatais ou Voluntárias: são as fontes oriundas das próprias partes, como regulamento
de empresa, costume, a convenção e o acordo coletivo, o contrato.

São fontes do Direito: a Constituição, as leis, os decretos, os atos do Poder Executivo, os


contratos, as convenções e os acordos coletivos, a doutrina e a jurisprudência:

Constituições: A Lei Maior dá sustentação a todo o ordenamento jurídico de determinada


nação. Trazem regras sobre produção das leis, direitos trabalhistas, de família, filhos,
tributos, previdência social e até financeiras.

Lei: a lei é estabelecida genericamente para regular as condutas. Não pretende atender a
certa e específica questão, mas regular genericamente as condutas. Obriga igualmente a
todos. É geral, disciplinando o comportamento de várias pessoas que estão em certa
situação. É abstrata, pois determina uma categoria de ações e não uma ação singular. A lei
realiza certeza jurídica.
As leis classificam-se em materiais e instrumentais. Materiais são as que regulam os
direitos das pessoas. Instrumentais ou processuais são o meio que a pessoa tem para fazer
valer seu direito material.
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Quanto aos órgãos, as leis podem ser federais, estaduais e municipais. As regras federais
são oriundas do Congresso Nacional (Senado e Câmara Federal); as estaduais, das
Assembléias Legislativas e as municipais, das Câmaras Municipais.

Atos do Poder Executivo: são normas provenientes do Poder Executivo.


Os decretos complementam as leis, regulamentando-as. Determina o inciso IV do art.84 da
Constituição Federal/88 que compete privativamente ao Presidente da República expedir
decretos e regulamentos para a fiel execução da lei.

Disposições contratuais: Os contratos são leis entre as partes, fixando regras de conduta e
até multas pelo inadimplemento de certa cláusula. São, portanto, fonte do Direito como
ocorre com o contrato de trabalho ou com qualquer contrato.

Usos e costumes: Na reiterada aplicação de certo costume pela sociedade é que se pode
originar a norma legal.
O costume é a vontade social decorrente de uma prática reiterada, de certo hábito, de certo
exercício.
O uso transforma-se em costume quando a prática é obrigatória entre as pessoas.
Compreende o uso o elemento objetivo do costume, que é a reiteração em sua utilização.

Doutrina: Do latim doctrina, ou docere (ensinar, instruir, mostrar). Pode ser compreendida
como um conjunto de investigações e reflexões teóricas e princípios metodicamente
expostos, analisados e sustentados pelos autores, tratadistas, jurisconsultos, no estudo das
leis. Por seu intermédio, “depura-se e cristaliza-se o melhor critério interpretativo, a servir
de guia para o julgador e de boa orientação para o legislador”.

Jurisprudência: do latim jurisprudentia, de jus (direito) e prodentia (sabedoria), entende-se


literalmente como o direito aplicado com sabedoria. São regras gerais que se extraem das
reiteradas decisões dos tribunais num mesmo sentido, numa mesma direção interpretativa.
Sempre que uma questão é decidida reiteradamente no mesmo modo surge a jurisprudência.
Em regra não vincula o juiz, mas costuma dar-lhe importantes subsídios na solução de cada
caso. A EC$%/2004 criou a súmula vinculante, em que entendimento do STF em matéria
constitucional passa a ser observada obrigatoriamente pelos demais tribunais.

Fontes do direito do trabalho: a Constituição, as leis, os decretos, os costumes (art.8º da


CLT), as sentenças normativas, os acordos, as convenções, o regulamento da empresa e os
contratos de trabalho.

Desde a Constituição de 1934 existem normas trabalhistas especificadas nesse tipo de


regra. A Constituição de 1988 traz vários direitos trabalhistas em seus artigos 7º a 11. A
CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) é a principal lei trabalhista entre outras.

Sentença Normativa: corresponde às decisões dos tribunais trabalhistas que estabelecem


normas e condições de trabalho aplicáveis às partes envolvidas. Seu fundamento está no §
2º do art. 114 da Carta Magna. São criadas, modificadas ou extintas normas e condições
aplicáveis ao trabalho, gerando direitos e obrigações a empregados e empregadores. É o

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resultado do dissídio coletivo. As sentenças normativas são proferidas nos autos de um
dissídio coletivo, cuja vigência é de quatro anos (art. 868, parágrafo único da CLT.).

Regulamento da Empresa: Não é considerado fonte do direito. Não é norma de direito


objetivo nem comando concreto heteronormativo. Consiste em condições gerais do contrato
a que adere o empregado. O empregador fixa as condições de trabalho no regulamento da
empresa. Por este motivo ela pode ser considerada uma fonte extraestatal, autônoma.
O regulamento da empresa corresponde a um ato jurídico decorrente do poder diretivo do
empregador. É conhecimento também como regimento interno da empresa, que
corresponde ao conjunto de normas confeccionadas de forma espontânea, a fim de
estruturar e organizar internamente a empresa. É, portanto, um veículo facultado ao
empregador, para dispor, de forma unilateral, sobre normas institucionais voltadas para a
emissão de ordens técnicas relativas ao empreendimento, organização do trabalho, métodos
de produção e outros.

Atenção: Súmula 51, I e II do TST:

SUM-51 NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO


REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 163
da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005.

I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas


anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do
regulamento. (ex-Súmula nº 51 - RA 41/1973, DJ 14.06.1973).

II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por


um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. (ex-OJ nº 163 da
SBDI-1 - inserida em 26.03.1999).

Bibliografia:
Cassar, Vólia Bomfim, Direito do trabalho/Vólia Bomfim Cassar – Niterói: Impetus, 2008.

Súmulas, orientações jurisprudenciais e precedentes normativas do Tribunal Superior do


Trabalho/organizador Victor Rafael Derviche, 4.ed. atual., São Paulo/ Método, 2008.

Saraiva. Renato. Direito do trabalho para concursos públicos, 4.ed., São Paulo:
Método:2006.

Martins, Sergio Pinto. Instituições do direito público e privado, 9.ed., São Paulo:Atlas,
2009.

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