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1 INTRODUÇÃO
O Museu ocupa desde 1892 o antigo Paço de São Cristóvão na Quinta da Boa Vista,
onde residiu, até a proclamação da República, a família real portuguesa,
posteriormente família imperial brasileira. Após a proclamação da República, de 1889
a 1891, o prédio abrigou os trabalhos da 1ª Assembléia Constituinte da República, sob
a presidência de Prudente de Morais.
1
na Casa dos Pássaros4, pela coleção de mineralogia, conhecida como Coleção Werner5,
e por peças etnográficas provenientes das províncias do Brasil. Hoje, com um acervo
cultural e científico de cerca de 10 milhões de itens6, é considerado o maior museu de
história natural da América Latina.
4
Casa de História Natural, criada em 1784, que por mais de vinte anos colecionou, armazenou e preparou animais e
plantas para enviar à Metrópole.
5
LOPES,1997, p.28
6
Relatório Anual do Museu Nacional, 2001, p. 82
7
BR MN MN.DR.CO, AO.9
8
SÁ, DOMINGUES,[s.d.], p.3
2
Gorceix e outros cientistas de renome internacional9. Publicado até hoje, os
“Arquivos” continuam a gozar do reconhecimento da comunidade científica nacional e
internacional.
9
LANGER, 2004, p.1
3
Neste trabalho destacam-se os documentos de arquivo e a atividade arquivística
desenvolvida no Museu Nacional para o resgate e preservação da memória da
instituição.
2 OBJETIVOS
4
3 A ATIVIDADE ARQUIVÍSTICA NO MUSEU NACIONAL
5
Haverá no Museu um Secretário e um ajudante do
Secretário, incumbidos do registro das deliberações
do conselho, da correspondência com os museus
estrangeiros e do arranjo, guarda e preparação do
arquivo e biblioteca.12
12
Art. 9º do Regulamento n. 123, de 3 de fevereiro de 1842.
6
à Diretoria de artigos necessários ao Museu e outras quaisquer obras ou documentos
de reconhecida importância.13
13
Regulamento do Museu Nacional a que se refere o decreto n. 3211 desta data 11/2/1899, p.11.
14
Art. 50 do Regulamento do Museu Nacional aprovado pelo Decreto n. 19.801 de 27 de março de 1931. 1936.
7
Diário Oficial de 25/1/1941, cabe ao Laboratório de Fotografia, de Desenho, Pintura e
Modelagem a organização, guarda e conservação dos arquivos fotográficos.15
15
Parágrafo único do art. 8º do Regimento do Museu Nacional aprovado pelo Decreto n. 6746, de 23 de janeiro de
1941.
16
Art. 22 do Regimento do Museu Nacional aprovado pelo Decreto n. 6746, de 23 de janeiro de 1941, publicado no
Diário Oficial de 25 de janeiro de 1941.
8
exercício, o diretor dedica uma seção ao Arquivo, sob o título Archivo, retomando o
tema nos relatórios sobre os exercícios subseqüentes de 1920 e 1921.
O Archivo do Museu Nacional, que se acha ao
encargo do sr. Pimentel Barbosa, encontra-se em
perfeita ordem. Está com todos os documentos
catalogados por anno, mez e dia, desde sua
fundação (1818) até o anno 1919, inclusive. Foram
preparadas as fichas contendo o resumo desses
documentos correspondentes aos anos de 1818 a
1882 e as de 1893 a 1918, faltando apenas as dos
anos de 1883 a 1892, inclusive. Além disso, foram
separados pelos respectivos annos, mezes e dias os
Diários Officiaes da collecção pertencente ao
Museu.Foi também feita uma relação dos livros
recolhidos ao Archivo referentes á administração
do Instituto. 17
17
LOBO, Bruno, 1920, p. 18.
9
Sobre essa intensa atividade, Maria Alberto Torres comenta em relatório da
Seção de Administração:
18
Relatório da Seção de Administração sobre o exercício de 1943 (MN.DR. Relatórios – Seção de Administração,
1943 - classe 146.74). Não se tem ainda sistematizado o número de arquivistas envolvidos com o trabalho de
organização e reorganização no período. Tem-se, contudo, informações de que no ano de 1944 a Seção de
Administração contou com dois arquivistas (MN.DR. Relatórios – Seção de Administração, 1944, p. 2 - classe
146.74), em 1946 um (MN.DR. Relatórios – Seção de Administração, 1946, p. 2 - classe 146.74), em 1955 pelo
menos um estagiário (MN.DR. Relatórios – Seção de Administração, 1956, p. 3 - classe 146.74).
10
Arquivo Nacional. Logrou-se com isso formar uma equipe de técnicos, bolsistas e
colaboradores, criando a possibilidade de aquisição de mobiliário e materiais
destinados ao armazenamento e acondicionamento dos documentos.
11
identificação e controle sobre o seu conteúdo, alguns já organizados, descritos e
parcialmente ou integralmente informatizados, o que corresponde a cerca de 500
metros de documentos acessíveis ao usuário.
Uma segunda norma internacional, esta mais recente, também tem tido seu
lugar nos procedimentos técnicos executados. Trata-se da Norma Internacional de
Registro de Autoridade Arquivística para entidades coletivas, pessoas e famílias,
vulgarmente conhecida por ISAAR-CPF19, que além de padronizar as entradas, vem
permitindo acumular gradualmente informações sobre os produtores dos fundos e
coleções identificados, de muita valia para a organização, descrição e estabelecimento
de relações entre os documentos custodiados.
A migração dos dados do sistema SIAN para o sistema ALEPH, que abriga a
base de dados bibliográfica da UFRJ, é uma das metas para a qual vem-se trabalhando
desde 2003, como forma de inserir mais rapidamente o acervo arquivístico do Museu
Nacional disponível à pesquisa no circuito de informações utilizado pelo público
usuário da base MINERVA, reunindo-se em um único banco todo tipo de acervo da
Universidade. Para isso foram realizados estudos de compatibilização, campo por
campo como formato de entrada MARC 21.
4 CONCLUSÕES
12
de Memória e Arquivo do Museu Nacional vem procurando desenvolver atividades
que vão além da guarda de documentos, realizando o tratamento técnico completo,
item por item, dos fundos e coleções, englobando a informatização, além da
implementação de uma política de preservação e conservação desse precioso acervo.
Com essa perspectiva, o Arquivo vem se constituindo num dos principais pólos
de pesquisa e acesso a informações, subsidiando a produção de conhecimento em
diversas áreas, destacando-se a história das ciências no Brasil, o Museu Nacional e o
trabalho de cientistas, tendo já como subprodutos livros, artigos de periódicos,
dissertações e teses resultantes dessas atividades.
5 REFERÊNCIAS
13
CONSELHO Internacional de Arquivos. Comissão Ad-Hoc de Normas de Descrição.
ISAAR(CPF): norma internacional de registro de autoridade arquivística para
entidades coletivas, pessoas e famílias. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 1998. 30p.
(Publicações Técnicas, 49).
LACERDA, J.B. de. Fastos do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro:
Imprensa Nacional, 1905.
LOBO, Bruno. O Museu Nacional durante o ano de 1919. Rio de Janeiro: Imprensa
Nacional, 1920.
14
MUSEU NACIONAL (Brasil). Regulamento do Museu Nacional a que se refere o
decreto n. 3211 de 11 de fevereiro de1899. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional,
1899.
____. Relatório anual. Relatório elaborado por Luiz Fernando Dias Duarte. 2001.
FONTES PRIMÁRIAS:
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