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MANUTENÇÃO DE AERONAVES: UMA ABORDAGEM MAIS QUE

MECÂNICA

Autoria:
 Anne Karine de Queiroz (Orientadora) - Escola Superior de Aviação Civil
(ESAC)
 Alessandro Costa Gomes - Escola Superior de Aviação Civil (ESAC)
 Guilherme Duque de Farias Neto - Escola Superior de Aviação Civil (ESAC)
 Marcelino Araújo - - Escola Superior de Aviação Civil (ESAC)
E-mail: alessandro_geo@hotmail.com

RESUMO ESTENDIDO

Segundo Marcuzzo Junior (2012), a manutenção pode ser definida, segundo o


dicionário Aurélio como: “medidas necessárias para a conservação ou permanência, de
alguma coisa ou situação” e ainda “os cuidados técnicos indispensáveis ao
funcionamento regular e permanente de motores e máquinas”. Entretanto, o mais
comum é definir a manutenção como “o conjunto de atividades e recursos aplicados aos
sistemas e equipamentos, visando garantir a continuidade de sua função dentro de
parâmetros de disponibilidade, de qualidade, de prazo, de custos e de vida útil
adequados”. Nesta definição, de grande abrangência, a manutenção é caracterizada
como um processo que deve iniciar antes da aquisição e que tem como principal função
o prolongamento da vida útil do equipamento ou sistema. Nesse sentido, o presente
trabalho tem como objetivo apresentar uma revisão bibliográfica acerca dos tipos de
manutenção de aeronaves, bem como observar como uma empresa que opera na cidade
de Campina Grande- PB procede quanto aos tipos de manutenção. Especialmente, visto
que o profissional da aviação precisa possuir um conhecimento mais profundo de tudo
que a envolve, na busca da segurança de voo, uma vez que a aeronave é uma máquina
com um complexo sistema mecânico, e para que tudo saia precisamente correto, não
podemos falhar na prevenção, diagnóstico, e correção. Assim, para atingir tais objetivos
foi realizada uma pesquisa bibliográfica, baseada na leitura de autores, como: Marcuzzo
Juior (2006), Machado (2009), Machado e Urbina (2011). Além disso, essa pesquisa
também se caracteriza como documental, uma vez que se norteia pelas normas do
RBAC 43. Primeiramente, foram utilizados seus conceitos, tipos e ética com o intuito
de ampliar esses conceitos e, posteriormente, introduzir a segurança de voo aos leigos
no assunto, enaltecendo assim a sua importância. Apesar de certas divergências quanto a
classificação dos tipos de manutenção. Para alguns autores existem seis tipos diferentes
de manutenção: Manutenção Corretiva não Planejada, Manutenção Corretiva Planejada,
Manutenção Preventiva, Manutenção Preditiva, Manutenção Detectiva e Engenharia de
Manutenção. Outros autores consideram que há apenas duas categorias de manutenção -
a Corretiva e a Preventiva – sendo os demais tipos derivados dessas duas categorias
principais. Segundo Machado (2009), a manutenção corretiva é o tipo de manutenção
mais antiga e mais utilizada, sendo empregada em qualquer empresa que possua itens
físicos, qualquer que seja o nível de planejamento de manutenção. Segundo a Norma
NBR 5462 (1994), manutenção corretiva é “a manutenção efetuada após a ocorrência de
uma pane, destinada a recolocar um item em condições de executar uma função
requerida”. Em suma: é toda manutenção com a intenção de corrigir falhas em
equipamentos, componentes, módulos ou sistemas, visando restabelecer sua função.
Este tipo de manutenção, normalmente implica em custos altos, pois a falha inesperada
pode acarretar perdas de produção e queda de qualidade do produto. As paralisações são
quase sempre mais demoradas e a insegurança exige estoques elevados de peças de
reposição, com acréscimos nos custos de manutenção. O segundo tipo de manutenção é
a Preventiva, caracterizada como a substituição de peças ou componentes antes que
atinjam a idade em que passam a ter risco de quebra. A base científica da MP é o
conhecimento estatístico da taxa de defeito das peças, equipamentos ou sistemas ao
longo do tempo. A Manutenção Preventiva também é chamada de manutenção baseada
em intervalos/tempo. Ao contrário da Manutenção Corretiva a Manutenção Preventiva
procura evitar e prevenir antes que a falha efetivamente ocorra. A definição da NBR
5462(1994) para a Manutenção Preventiva é “manutenção efetuada em intervalos
predeterminados, ou de acordo com critérios prescritivos, destinada a reduzir a
probabilidade de falha ou a degradação do funcionamento de um item”. Já a
Manutenção Preditiva pode ser considerada como uma forma evoluída da Manutenção
Preventiva. Com o aperfeiçoamento da informática, tornou-se possível estabelecer
previsão de diagnósticos de falhas possíveis, através da análise de certos parâmetros dos
sistemas produtivos. Através do acompanhamento sistemático das variáveis que
indicam o desempenho dos equipamentos, define-se a necessidade da intervenção. Ela
privilegia a disponibilidade, pois as medições e verificações são efetuadas com o
equipamento em funcionamento. Outra condição considerada fundamental para a
aplicação da manutenção preditiva é a qualificação da mão-de-obra responsável pela
análise e diagnóstico, para que as ações de intervenção tenham qualidade equivalente
aos dados registrados. As características intrínsecas a esse tipo de manutenção impedem
que ela seja empregada de forma generalizada porque exige grande volume de recursos
iniciais, tanto humanos com materiais; mão-de-obra muito qualificada e treinada; e a
restrição para aplicação em sistemas industriais complexos. Em visita a uma empresa
aérea na cidade de Campina Grande-PB (para esse trabalho a chamaremos de empresa
“A”), buscou-se observar como os mecânicos responsáveis procedem quanto a execução
dos tipos de manutenção apresentados. Para a preventiva, o mecânico responsável
afirmou que a empresa “A” realiza tais procedimentos, são eles: acompanhamento
evolutivo dos desgastes de alguns materiais, como por exemplo, o conjunto de freio e os
pneus com atenção ao desgaste das bandas de rodagem, substituição de alguns
componentes que estão para vencer. Toda empresa organizada tem um CTM e um
Planejamento, onde o CTM executa as seguintes tarefas: Organiza e mantém atualizada
a biblioteca técnica da empresa; Efetua o controle de assinaturas e recebimento de
diretrizes de aeronavegabilidade e boletins de serviço; Atualiza as fichas de inspeção
relativas aos planos de manutenção das aeronaves; Mantém os arquivos de serviços
efetuados e informação de pessoal técnico da empresa; Efetua Controle de Manutenção.
Este último tópico é que originou o nome CTM, pois esta atividade de se efetuar o
controle técnico de manutenção nada mais é do que ter um histórico da manutenção
preventiva estabelecida pelo fabricante para cada modelo de aeronave e através dela
planejar a parada das mesmas devido ao vencimento horário, calendário, ou ciclos de
inspeções, revisões e trocas de componentes, diretrizes e boletins de serviço. Existe
também o setor de Planejamento, onde cada tarefa de manutenção requer uma análise
prévia dos seguintes tópicos básicos a fim de se evitar atrasos e desperdícios: Mão de
obra; Material; Serviços de terceiros; Ferramentas. Agora é claro, toda e qualquer tarefa
de manutenção é supervisionada por uma equipe experiente utilizando sempre o manual
de manutenção da aeronave, pois desta forma há a garantia de que toda e qualquer ação
de manutenção estará acobertada documentalmente. Como pode perceber, a empresa
parece seguir todas as orientações propostas RBAC. Diante disso, essa pesquisa se torna
relevante, pois mostrou um pouco de como é feita a manutenção, de como ela é
preparada e executada, além de apresentar de todos os procedimentos que existem para
que seja feita uma manutenção de excelência. Mas além de tudo que foi mostrado é
extremamente necessário que se tenha ÉTICA e qualidade nas tarefas executadas, que
podemos resumir esta frase da seguinte forma: Um compromisso individual de cada
profissional em realizar uma tarefa com as melhoras técnicas disponíveis utilizando o
melhor dos conhecimentos teórico e prático adquiridos em anos de estudo e dedicação
para se tentar atingir a máxima perfeição no cumprimento desta tarefa.

Palavras-chave: Manutenção, Aeronave, RBAC 43

Referências

Marcuzzo Junior, Adílio e Faria Loredo, Edison Giovani. O Planejamento da


Manutenção. 2013. Disponível em:< www. manutencaodeaeronaves.eng.br> Acesso
em 02 abr 2013

Marcuzzo Junior, Adílo. Ética e Qualidade na Manutenção de Aeronaves. 2009.


Disponível em:<www.manutencaodeaeronaves.eng.br> Acesso em 02abr2013

Marcuzzo Junior, Adílo. CTM - Controle Técnico de Manutenção. 2013. Disponível


em:<www.manutencaodeaeronaves.eng.br> Acesso em 02abr2013.

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