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11a edição
1a reimpressão
Rio de Janeiro
2015
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele,
sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola.
REALIZAÇÃO
3 POLÍTICA AGRÍCOLA
MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)
31
33
Missão 33
Uma Parceria Histórica com o Agronegócio 33
Resseguradoras 34
SUSEP – Superintendência de Seguros Privados 34
Principais Legislações em Vigor 35
Normas que Atualmente Regem o Seguro Rural 35
Fixando Conceitos 3 37
4 RISCO RURAL
Instrumento de Proteção ao Produtor Rural
39
41
Operação do Seguro Rural 41
Mensuração do Risco 41
Produção 42
Distribuição dos Prêmios 43
Sinistralidade do Seguro Agrícola 44
SUMÁRIO 5
Conceitos 45
Rural e Agrícola 45
Custeio, Produção, Rendimento e Índice 45
Safra e Safrinha 46
Zoneamento Agrícola 46
Riscos 47
Riscos Não Correlacionados 48
Riscos Correlacionados 48
Riscos Intermediários 49
Premissas 50
Redução do Risco 50
Reconhecimento de Riscos Não Seguráveis 51
Capacidade Financeira 51
Características dos Riscos Seguráveis – Riscos Rurais 51
Lei dos Grandes Números 52
Acidental 52
Mensurável 52
Independente 52
Provável 53
Viável 53
Mecanismos de Transferência do Risco 53
Diversificação 53
Franquia 53
Redução do Prêmio 54
Cosseguro 54
Resseguro & FESR 54
Consórcio 55
Fixando Conceitos 4 57
6 SEGURO RURAL
6 OS DESAFIOS DO AGRONEGÓCIO
Gargalo Logístico
73
75
Sistema Tributário 75
Controle Sanitário 76
Incremento da Competitividade 76
Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) 77
7 EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS
Contexto Histórico
79
81
TESTANDO CONHECIMENTOS 85
ESTUDOS DE CASO 89
ANEXOS 93
Anexo 1 – Modelo de Proposta de Seguro Agrícola 95
Anexo 2 – Lei 10.823, de 19 de dezembro de 2003 97
Anexo 3 – Circular SUSEP 261, de 9 de julho de 2004 103
Anexo 4 – Resolução CNSP 95/02 107
Anexo 5 – Resolução CNSP 46/01 109
Anexo 6 – Resolução CNSP 50/01 113
Anexo 7 – Circular SUSEP 286, de 21 de março de 2005 115
Anexo 8 – Decreto 5.782, de 23 de maio de 2006 117
Anexo 9 – Lei Complementar 137, de 26 de agosto de 2010 123
GABARITO 125
SUMÁRIO 7
8 SEGURO RURAL
1
UMA BREVE VISÃO
DO AGRONEGÓCIO
UNIDADE 1 9
10 SEGURO RURAL
O
Brasil tem uma inegável vocação agrícola, e alguns analistas apontam,
inclusive, que seremos o maior país agrícola do mundo em um prazo
de até dez anos. Isto posto, é fácil perceber que o agronegócio
brasileiro é uma atividade próspera, segura e rentável. Com um clima
diversificado, chuvas regulares, energia solar abundante e quase 13% de toda
a água doce disponível no planeta, o Brasil tem 388 milhões de hectares
de terras agricultáveis férteis e de alta produtividade, dos quais 90 milhões
ainda não foram explorados.
UNIDADE 1 11
AGRONEGÓCIO
O agronegócio envolve toda a cadeia produtiva e de comercialização dos
alimentos e fibras.
Consumidor
Sementes Pecuária Cooperativas
→ → → Feiras e sacolões →
Exportação
Serviços de Apoio
Agronômicos, veterinários, P&D, bancos, marketing, vendas, transporte, armazenagem, portos, assistência médica, informação
de mercados, bolsas de mercadorias, seguros, outros.
12 SEGURO RURAL
Importância do Agronegócio
Um dos Setores Mais Dinâmicos da Economia
• representa 22% do PIB brasileiro (2012);
• comporta 37% dos empregos; e
• US$ 1 milhão investido na agropecuária equivale à geração de 202
empregos (IBGE).
46,77%
Básicos
37,39%
Manufaturados
Fonte: SECEX/MDIC.
Oportunidades
O agronegócio brasileiro é muito competitivo e oferece grandes oportunidades:
UNIDADE 1 13
Disponibilidade de terras
(milhões de hectares)
O cerrado
Fonte: MAPA/SPC.
Logística
Atual
Ponta da
Madeira
Ferrovias
Nova fronteira
agrícola
Vitória
Santos
Paranaguá
S. F. do Sul
Hidrovias
Rio Grande
Portos
Fonte: MAPA/SPC.
14 SEGURO RURAL
O POTENCIAL DO AGRONEGÓCIO
O agronegócio é potencialmente o maior segmento econômico brasileiro e
mundial.
Por qualquer ângulo que se analise o mercado, o tamanho que o Brasil adquiriu
no campo do agronegócio é impressionante.
UNIDADE 1 15
Vantagens competitivas CRÉDITO RURAL PARA A
do Brasil
Atualmente, as lavouras ocupam 55 milhões
AGRICULTURA COMERCIAL
de hectares, a pecuária 220 milhões, e as
florestas cultivadas abrangem 5 milhões O crédito rural procura estimular os investimentos rurais, garantir o valor de
de hectares. Em termos de piscicultura, custeio da produção e comercialização e, consequentemente, favorecer o
o Brasil dispõe da maior reserva de água
doce do mundo e de uma das maiores setor rural, responsável pela produção de alimentos. Além disso tudo, ele
costas marítimas. permite o desenvolvimento de tecnologias que irão promover a melhoria da
produtividade e o aumento da produção de alimentos.
• a idoneidade do tomador;
• a elaboração de planos ou projetos com orçamentos;
• a capacidade de execução; e
• um cronograma de desembolso e reembolso do dinheiro tomado.
EM RESUMO
Principais Obstáculos
Medidas para o Brasil Pontos Fortes do Pontos Fracos do
para a Ampliação das
Ter Maior Agronegócio Agronegócio Brasileiro Agronegócio Brasileiro
Exportações do Brasil
• desenvolvimento
tecnológico (diferencial)
16 SEGURO RURAL
Fixando Conceitos 1
( ) Fertilizantes.
( ) Atacadistas.
( ) Sementes.
( ) Defensivos.
(a) F,F,F,F
(b) V,V,F,F
(c) V,F,V,F
(d) F,F,V,F
(e) V,F,V,V
FIXANDO CONCEITOS 1 17
Fixando Conceitos 1
1) Insumo ( ) herbicidas.
2) Produção ( ) fertilizantes.
3) Comercialização ( ) agricultura e pecuária.
( ) atacadistas.
( ) cooperativas.
(a) 1,1,1,2,2
(b) 1,1,2,3,3
(c) 1,2,1,2,2
(d) 2,2,1,1,1
(e) 2,2,2,1,1
18 SEGURO RURAL
2
CRONOLOGIA
NO SETOR DE
SEGURO RURAL
UNIDADE 2 19
20 SEGURO RURAL
O
seguro é uma das mais antigas instituições idealizadas pelo Homem
para lidar com eventos incontroláveis, de maneira a reduzir a incerteza
ou o risco presente no mundo real. A grande maioria dos riscos
apresenta consequências econômicas, e são esses riscos e suas consequências
que interessam ao mercado segurador.
CRONOLOGIA
A criação da Companhia Nacional de Seguro Agrícola, em 1954, e,
posteriormente, a regulamentação do Seguro Rural, por meio do Decreto-Lei 73,
de 21 de novembro de 1966, representaram as primeiras tentativas de
estruturação desse mecanismo no país. Essa norma criou o Fundo Finalidade do FESR
de Estabilidade do Seguro Rural (FESR), que tem por fim equilibrar o mercado Equilibrar o mercado de Seguro Rural,
de Seguro Rural, minimizando os prejuízos das seguradoras em caso de minimizando os prejuízos das seguradoras
em caso de sinistros abrangentes.
sinistros abrangentes, como secas e geadas, e que está sob administração
do IRB-Brasil Re.
Assim, o PROAGRO não segurava toda a produção, mas tão somente o valor
correspondente ao crédito de custeio contratado junto ao agente financeiro,
o que o tornava uma espécie de “Seguro de Crédito”, protegendo mais os
agentes financeiros do que os produtores. Além disso, por se tratar de um
UNIDADE 2 21
programa de Governo, não estava sujeito às demais regras do Seguro Rural.
Historicamente, o PROAGRO foi alvo de denúncias de fraude, além de ser
financeiramente inviável, uma vez que o volume total de prêmios arrecadado,
na grande maioria dos anos, era insuficiente para cobrir os custos das
indenizações, havendo necessidade de aporte financeiro. Além disso, devido
à dificuldade de fiscalização e aos constantes entraves burocráticos, grande
número de indenizações não foi honrado, o que levou o programa ao
descrédito.
Além disso, procedeu-se à retirada dos sinistros causados pela seca (apontada
como principal risco da agricultura brasileira) dos eventos cobertos pelo
PROAGRO, o que, por um lado, contribuiu para a redução do preço da
cobertura ao agricultor, mas, por outro lado, levou à diminuição do interesse
pela adesão ao programa.
22 SEGURO RURAL
FESR – FUNDO DE ESTABILIDADE Atenção
DO SEGURO RURAL O Fundo de Estabilidade do Seguro Rural
está em vias de ser extinto. Isso acontecerá
quando da regulamentação do Fundo de
Em 1966, é dissolvida a Companhia Nacional de Seguro Agrícola e criado Catástrofe.
Receitas do FESR
As receitas do fundo têm as seguintes origens:
UNIDADE 2 23
Obtenção da Garantia do FESR
As sociedades seguradoras que operam com o FESR devem apresentar ao seu
gestor, com antecedência mínima de 90 dias do início do exercício, plano de
operações com as seguintes informações mínimas:
É a seguradora com a mais longa história de Seguro Agrícola no país, com uma
experiência única no ramo, e é uma empresa de economia mista. O Conselho
Nacional de Seguros Privados aprovou a criação de várias seguradoras estatais
para trabalhar com Seguro Agrícola.
Com base nessa política de atuação, que perdurou por 27 anos, a seguradora
decidiu expandir-se, passando a abranger um maior número de culturas,
riscos e regiões. Em termos gerais, a experiência da COSESP apresenta como
características principais forte base agronômica, alto custo operacional e alta
sinistralidade.
24 SEGURO RURAL
A seguradora já não vinha operando de forma significativa desde 2004
quando sofreu grandes prejuízos pela sinistralidade, e recentemente o governo
do Estado de São Paulo conseguiu autorização da Assembleia Legislativa do
Estado para a venda da seguradora.
PROAGRO – PROGRAMA DE
GARANTIA DA ATIVIDADE
AGROPECUÁRIA
Síntese Histórica
O Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (PROAGRO) foi instituído
pela Lei 5.969, de 11/12/73, com a finalidade de eximir o produtor rural do Importante
O PROAGRO não é um seguro, mas tão
cumprimento de obrigações financeiras relativas a operações de crédito rural,
somente um programa do Governo
quando da ocorrência de perdas das receitas esperadas, em consequência Federal.
de fenômenos naturais, pragas e doenças que atingissem bens, rebanhos e
plantações.
UNIDADE 2 25
A Lei Agrícola (Lei 8.171, de 17/01/91), regulamentada pelo Decreto 175, de
10/07/91, e pela Resolução 1. 855, de 14/08/91, instituiu o Conselho Nacional
de Política Agrícola e modificou as regras do Programa (fase a partir da qual
se denomina PROAGRO NOVO), com destaque para a possibilidade de se
enquadrar em atividades não financiadas e a restrição de o enquadramento
aplicar-se apenas às operações de custeio (exclusão das de investimento).
26 SEGURO RURAL
Os eventos causadores de perdas são comunicados formalmente pelo
produtor ao agente do Programa, responsável pela solicitação de perícia, que
é executada por empresas de assistência técnica, profissionais autônomos ou
pertencentes ao próprio quadro da instituição financeira.
PROAGRO MAIS
Buscando aperfeiçoar o Programa, o Banco Central do Brasil, gestor
do PROAGRO, publicou a Resolução 3.234 do Banco Central do Brasil, Curiosidades
através da qual foi criado o subprograma PROAGRO MAIS. A intenção Faz parte dos planos do Governo Federal
transferir a responsabilidade da gestão
dessa nova iniciativa é respaldar os produtores par ticipantes do
do PROAGRO, do Banco Central, para um
PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). dos dois ministérios ligados diretamente
A novidade proposta pelo novo Programa é a indenização de 100% do ao setor primário: seja o da Agricultura,
custeio da lavoura garantida, acrescida de uma reposição de parte da receita Pecuária e Abastecimento, seja o de
Desenvolvimento Agrário.
líquida esperada.
ALIANÇA DO BRASIL
A Companhia de Seguros Aliança do Brasil é uma sociedade anônima, resultado
da tomada de controle, por parte do Banco do Brasil, da Seguradora Aliança
da Bahia. Criada em 1997, tem seu foco voltado para produtos do setor de
Seguros de Vida e Ramos Elementares, sendo uma seguradora importante no
mercado, atuando em todo o país e oferecendo seus produtos nas agências
do Banco do Brasil.
UNIDADE 2 27
28 SEGURO RURAL
Fixando Conceitos 2
FIXANDO CONCEITOS 2 29
Fixando Conceitos 2
(a) V,F,F,F
(b) V,V,F,F
(c) V,V,V,F
(d) V,V,V,V
(e) F,V,V,V
30 SEGURO RURAL
3
POLÍTICA
AGRÍCOLA
UNIDADE 3 31
32 SEGURO RURAL
MAPA (MINISTÉRIO DA
AGRICULTURA, PECUÁRIA
E ABASTECIMENTO)
Missão
Formular e implementar políticas para o desenvolvimento do agronegócio,
integrando os aspectos de mercado, tecnológicos, organizacionais e
ambientais para o atendimento aos consumidores do país e do exterior,
promovendo a segurança alimentar, a geração de renda e emprego, a redução
das desigualdades e a inclusão social.
UNIDADE 3 33
RESSEGURADORAS
O Instituto de Resseguros do Brasil foi criado em 1939, no governo do
presidente Getúlio Vargas. Naquela época, a atividade de resseguro no país
era feita quase totalmente no exterior, de forma direta ou por intermédio de
companhias estrangeiras que operavam no Brasil. A necessidade de favorecer
o aumento da capacidade seguradora das sociedades nacionais, para a
retenção de maior volume de negócios em nossa economia, tornava urgente
a organização de uma entidade nacional de resseguro.
SUSEP – SUPERINTENDÊNCIA
DE SEGUROS PRIVADOS
É o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro,
Previdência Privada Aberta, capitalização e resseguro. Autarquia vinculada
ao Ministério da Fazenda, ela foi criada pelo Decreto-Lei 73, de 21
de novembro de 1966, que também instituiu o Sistema Nacional de
Seguros Privados, do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros
Privados – CNSP, o IRB-Brasil Resseguros S.A. – IRB-Brasil Re, as sociedades
autorizadas a operar em seguros privados e capitalização, as entidades de
Previdência Privada Aberta e os corretores habilitados. Com a edição da Medida
Provisória 1.940-17, de 06/01/2000, o CNSP teve sua composição alterada.
34 SEGURO RURAL
Prestar atendimento à população, de maneira geral, também cabe a essa
instituição. Produtores rurais que não se sentirem atendidos corretamente ou
que apresentem qualquer outro tipo de queixa a fazer devem a ela recorrer.
PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES EM
VIGOR
Normas que Atualmente Regem o Seguro
Rural
• Decreto-Lei 73/1966 (alterado pela Lei Complementar 126/2007) – prevê
isenção tributária para o Seguro Rural.
• Resolução CNSP 46/2001 – dispõe sobre o Seguro Rural e o Fundo de
Estabilidade do Seguro Rural – FESR –, sua administração e controle por
seu gestor, e dá outras providências.
• Resolução CNSP 50/2001 – dispõe sobre a participação do IRB-Brasil
Resseguros S.A. na garantia de que trata o Capítulo IV da Resolução CNSP
46, de 12 de fevereiro de 2001, e dá outras providências.
• Resolução CNSP 95/2002 – altera a Resolução CNSP 46, de 2001, para
incluir o Seguro de Vida do produtor rural, quando este estiver vinculado
a crédito rural, e o Seguro de CPR como modalidades do Seguro Rural;
portanto, com isenção de IOF.
• Projeto de Lei 7.214/2002 – dispõe sobre a subvenção econômica ao
prêmio do seguro e cria o Conselho Interministerial do Seguro Rural.
• Lei 10.823/2003 – regulamenta a subvenção econômica ao prêmio do
Seguro Rural e dá outras providências.
• Circular SUSEP 261/2004 – dispõe sobre o Seguro de Cédula de Produto
Rural – CPR – e dá outras providências.
• Circular SUSEP 268/2004 – disponibiliza as novas condições contratuais
do plano padronizado do Seguro de Florestas e dá outras providências.
• Decreto 5.121, de 29 de junho de 2004 – regulamenta a Lei 10.823/03 e
autoriza o Governo Federal a subvencionar o prêmio do Seguro Agrícola.
É preocupação do referido Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro
Rural promover a universalização do acesso ao Seguro Rural, bem como
estabelecer esse seguro como instrumento para a estabilidade da renda
agropecuária. Também reduz as taxas de participação do produtor na
garantia oferecida contra eventos frustrantes que venham impedir o
sucesso do empreendimento agropecuário.
• Circular SUSEP 286/2005 – dispõe sobre o Seguro Pecuário e o Seguro
de Animais.
• Circular SUSEP 305, de 3 de novembro de 2005 – dispõe sobre o Seguro
de Benfeitorias e Produtos Agropecuários.
• Circular SUSEP 308/2005 – dispõe sobre o Seguro de Penhor Rural e dá
outras providências.
• Decreto 5.514/2005 – aprova os percentuais e valores máximos da
subvenção ao prêmio do Seguro Rural.
• Carta-Circular SUSEP/DETEC 02/2006 – dispõe sobre Condições
Contratuais do Plano Padronizado de Seguro de Florestas.
UNIDADE 3 35
• Resolução CGSR 11, de 4 de julho de 2006 – altera o Regulamento do
Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural.
• Circular SUSEP 360/2008 – estabelece, altera e consolida os arquivos
de dados a serem encaminhados à SUSEP pelas sociedades seguradoras,
sociedades de capitalização, entidades abertas de Previdência
Complementar, autorizadas a atuar no país, e Caixa Econômica Federal
(Caixa).
• Circular SUSEP 379/2008 – dispõe sobre alterações das Normas Contábeis
a serem observadas pelas sociedades seguradoras, resseguradoras,
sociedades de capitalização e entidades abertas de Previdência
Complementar, instituídas pela Resolução CNSP 86/2002.
• Circular SUSEP 385/2009 – dispõe sobre alterações das Normas Contábeis
a serem observadas pelas sociedades seguradoras, resseguradoras,
sociedades de capitalização e entidades abertas de previdência
complementar, instituídas pela Resolução CNSP 86/2002.
• Circular SUSEP 387/2009 – inclui parágrafo único ao art. 6o da Circular
SUSEP 379, de 19 de dezembro de 2008.
• Lei Complementar 137/2010 – institui o Fundo de Catástrofe, de 26 de
agosto de 2010.
36 SEGURO RURAL
Fixando Conceitos 3
FIXANDO CONCEITOS 3 37
38 SEGURO RURAL
4
RISCO
RURAL
UNIDADE 4 39
40 SEGURO RURAL
INSTRUMENTO DE PROTEÇÃO
AO PRODUTOR RURAL
Em todo o mundo, o Seguro Rural é um dos mais importantes instrumentos
de política agrícola, por permitir ao produtor proteger-se contra perdas
decorrentes, principalmente, de fenômenos climáticos adversos, sendo
indispensável à estabilidade da renda dos produtores, à geração de emprego
no campo e ao desenvolvimento tecnológico rural.
Mensuração do Risco
Esta mensuração é muito difícil, no Brasil, pela falta de informações históricas.
Por isso, atualmente, utilizam-se experiências dos resseguradores internacionais
instalados no país. Esta prática, contudo, reduz a precisão na taxação das
apólices, devido à utilização de experiências de outros países.
Além disso, a SUSEP passou a solicitar dados estatísticos relativos a cada ano
calendário para que seja possível acompanhar o resultado das carteiras de
Seguro Rural e verificar se as taxas estão adequadas aos riscos assumidos.
UNIDADE 4 41
O Seguro Rural exige grandes investimentos por parte das seguradoras para que
tenham condições técnicas de operar no ramo. Tanto na aceitação do risco quanto
na liquidação de sinistro, algumas culturas necessitam de inspeções individuais,
acarretando o deslocamento de técnicos das seguradoras, instaladas nos grandes
centros, para lugares longínquos, onde se encontram os objetos segurados.
Por esse motivo, são poucas as seguradoras que operam esse seguro.
Produção
A produção do Seguro Rural (prêmios) vem crescendo em grande escala, como
podemos observar no gráfico a seguir.
42 SEGURO RURAL
Participação do Seguro Rural no Mercado de Seguros
(1995-2012)
Sugestão de leitura
Distribuição de Prêmios
www.susep.gov.br
0,33%
0,33%
0,20%
0,21%
Região % do Prêmio
Sul 46,59
Sudeste 30,57
Centro-Oeste 17,40
Nordeste 3,97
Norte 1,47
São Paulo (SP) foi o estado que mais arrecadou prêmios em 2012, com 21,84%
do total, seguido do Rio Grande do Sul (RS), com 20,37%, e do Paraná, com
19,71%. Estes três estados juntos representam quase 62% de todo o prêmio
emitido no Seguro Rural anualmente.
UNIDADE 4 43
A segunda modalidade, em volume de prêmio, foi o Penhor Rural.
Essas duas modalidades juntas representam mais de 73% de todo o segmento
de Seguros Rurais.
Modalidades % de Participação
62/63 – Penhor Rural 35,86
01/02 – Seguro Agrícola 37,74
30 – Benfeitoria e Produtos Agropecuários 9,34
07/08 – Seguro Florestas 0,65
64 – Animais 0,53
03/04 – Seguro Pecuário 0,21
09 – Seguro de Cédula do Produto Rural 0,00
05/06 – Seguro Aquícola 0,00
98 – Seguro de Vida do Produtor Rural 15,67
Total 100,00
Ano Sinistralidade
1995 77
1996 80
1997 46
1998 156
1999 62
2000 117
2001 69
2002 227
2003 25
2004 267
2005 365
2006 29
2007 45
2008 40
2009 79
2010 6,5
2011 45
2012 83
44 SEGURO RURAL
CONCEITOS
Começando pelo conceito de que o bem segurado pode englobar desde a vida
e o patrimônio do produtor rural até a safra, temos que ter em mente que, no
Seguro de Safra, o bem não é sempre o mesmo e que, no risco rural, lida-se com
a chance ou probabilidade de consequências desfavoráveis sobre organismos
vivos expostos a céu aberto, sobre os quais o produtor não tem controle.
Rural e Agrícola
No Brasil, sempre foi relativamente confusa a terminologia das atividades
que, direta ou indiretamente, exercem o papel de seguro para a atividade
agropecuária. É muito comum que muitos agricultores façam confusão entre
o Seguro Rural Privado e os programas governamentais, destacando-se,
entre eles, o PROAGRO.
UNIDADE 4 45
• Seguro de Índice – o objeto do seguro é a indenização da perda de
produtividade, associada a um indicador regional. A perda é estimada
através de um índice que determina a quebra de produtividade (toneladas
ou sacas por hectare) da região. A quebra é determinada pelo confronto
das produtividades estimada e efetiva.
Safra e Safrinha
Safra Uma das principais características dos produtos agrícolas é a sazonalidade
É o período de colheita da produção, ou seja, sua oferta ao mercado é concentrada em épocas bem
e, também, o ciclo de definidas do ano, devido a restrições impostas pelo clima aos cultivos agrícolas.
desenvolvimento adequado Daí, o conceito de safra, nome que se atribui ao período de colheita e, também,
de uma cultura agrícola. ao ciclo de desenvolvimento da cultura. Normalmente, a safra restringe-se a
um período dentro de um ano, mas, em função das características das culturas,
Safrinha pode variar, ocorrendo mais de uma safra por ano (hortaliças), duas safras por
Está associada à época ano (uvas de mesa) ou, ainda, uma safra a cada dois anos (café).
antecipada ou adiada de
plantio, em um período curto Muitas vezes, quando o produtor antecipa ou posterga o plantio ou condução de
e pouco apropriado, em que uma lavoura, ele está expondo sua atividade a um risco climático, como geada,
a lavoura está mais exposta a frio ou seca. É a chamada safrinha. No entanto, deve-se esclarecer que toda a
riscos como geada, frio ou seca.
cadeia relacionada ao agronegócio deve respeitar esse conceito de safra.
Zoneamento Agrícola
O zoneamento agrícola é um valioso instrumento de apoio à Política
Atenção Agrícola do Governo Federal, sendo fruto de um contrato firmado entre o
As seguradoras não aceitam riscos de Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e a Fundação de
áreas que estejam fora do zoneamento Empreendimentos Científicos e Tecnológicos – FINATEC/UnB.
agrícola.
Favorável
Intermediária
Desfavorável
Inapta
Fonte: MAA/FINAJEC-UnB/EMBRAPA-CPAC-CNPMS/PESAGRO-RIO/ANEEL/INMET/SERLA.
46 SEGURO RURAL
Atualmente, sua finalidade é mais ampla, com base em dados técnico-
científicos, oferece orientações de períodos de plantio por município, por
cultura e tipos de solo, de modo a evitar adversidades climáticas responsáveis
por perdas na agricultura. Assim, a minimização dessas perdas, em razão
da ocorrência de geadas, seca e outros eventos climáticos adversos, elimina
reflexos negativos no abastecimento e nos preços dos produtos.
RISCOS
A crescente alocação de capital e os riscos associados à tendência de
especialização do setor agropecuário têm criado exposição financeira para
a qual o seguro é indispensável. Ciclos de El Niño, furacões, geadas, pestes,
inundações estão tornando a produção agropecuária menos previsível
para o produtor rural, para o mercado de commodities, para a indústria de
processamento de alimentos e para os consumidores, criando demandas
crescentes para a transferência de risco.
UNIDADE 4 47
Há duas modalidades mais conhecidas:
Portanto, tendo em mente que todos os riscos não são iguais e que riscos
diferentes requerem modos diferentes de distribuição, costuma-se classificar,
genericamente, os eventos em não correlacionados e correlacionados ou,
ainda, intermediários.
Riscos Correlacionados
São assim denominados, pois os sinistros ocorrem de forma generalizada.
São situações em que os riscos são interdependentes e aos quais, portanto,
os tradicionais mecanismos de redução do risco global não se aplicam.
48 SEGURO RURAL
Em se tratando de Seguro Agrícola, deve-se analisar um efeito importante e
complicado que é o aumento na capacidade de previsão de eventos sazonais
extremos – em alguns casos, com muitos meses de antecedência, como os
fenômenos El Niño e La Niña. Esses eventos de natureza generalizada também
têm característica sistêmica, pois, além de ocorrerem com uma certa frequência
e causarem prejuízos que afetam não somente uma região, repetem-se de
tempos em tempos.
Riscos Intermediários
Alguns desastres naturais não são nem altamente independentes, nem
altamente correlacionados. São os chamados riscos intermediários que,
teoricamente, aumentam o custo marginal do seguro, reduzindo sua oferta.
UNIDADE 4 49
PREMISSAS
Para compreender o gerenciamento do risco rural, é preciso entender bem
o ambiente do mercado. É necessário, ainda, perceber que, em se tratando
de riscos rurais, a falta de um sistema confiável e massificado causa um
problema social, com efeitos nefastos para toda a economia primária e áreas
correlatas. Entre as causas do êxodo rural, está essa deficiência, pois o Estado
acaba arcando com um custo de refinanciamento muito grande. Além desse,
há mais dois problemas fundamentais neste setor:
Uma estrutura que implica custos maiores exige preços mais altos. A taxa do
prêmio, portanto, é elevada. O negócio é de maturação lenta e, para uma
carteira de Seguro Agrícola apresentar resultados, são necessários cinco anos
em média.
Redução do Risco
É a minimização do risco utilizando tecnologias associadas ao processo de
cultivo, também chamadas de “práticas agrícolas”, e a perfeita definição
de “onde se deve plantar” e “quando se deve plantar”. O objetivo é reduzir as
restrições impostas por fatores naturais e geográficos. Questões como esta
estão contempladas na seção “Zoneamento Agrícola” (p. 46).
50 SEGURO RURAL
Reconhecimento de Riscos Não Seguráveis
Prevenir-se contra a ocorrência de sinistros é sempre mais barato do que
remediar seus efeitos. É o caso de haver riscos onde a atividade não seja
recomendada por não conter os pressupostos mínimos de segurabilidade,
ou seja, atividades que não são passíveis de serem seguradas. Os métodos
utilizados em taxação do Seguro Rural, especificamente do Agrícola, dependem
do tipo de cobertura e dos dados disponíveis.
Caso não seja possível examinar ou estimar os custos de perda física ou através
do histórico de indenizações, aliando-se dados climáticos confiáveis, dentro de
níveis aceitáveis de confiança e avançadas técnicas estatísticas, o risco pode
se tornar não segurável.
Capacidade Financeira
A regulamentação do setor, feita pela SUSEP, limita o grau de exposição das
seguradoras à capacidade de suportar as altas perdas que podem ocorrer no
risco rural.
UNIDADE 4 51
Lei dos Grandes Números
A Lei dos Grandes Números diz que, quanto maior a amostragem, mais perto da
realidade será o resultado alcançado. No Seguro Rural, essa lei proporciona uma
previsão bastante confiável das futuras perdas, evitando, assim, a antisseleção
de riscos.
Acidental
As perdas devem ocorrer como resultado de situações inesperadas não
intencionais. Portanto, deve-se tomar muito cuidado, pois o risco moral é
uma ameaça real.
Mensurável
Sob a ótica do Seguro Agrícola, o desenvolvimento de uma planta é um
processo influenciado por uma enorme quantidade de fatores.
Independente
Se as perdas forem positivamente correlacionadas entre as unidades de seguro
e o risco for tomado por sistêmico, a Lei dos Grandes Números não se aplica,
pois as perdas anuais serão extremamente variáveis, podendo ser grandes o
suficiente para ameaçar a solvência do mercado. São as chamadas perdas
catastróficas.
52 SEGURO RURAL
Provável
Para desenvolver uma taxa de prêmio, deve-se estimar tanto a média de
frequência quanto a média de severidade das perdas. A baixa frequência,
aliada à alta severidade dos riscos catastróficos, apresenta sérios desafios na
determinação da taxa do prêmio, ou seja, a probabilidade de perda tende a
tornar-se incalculável. Soma-se, ainda, o fato de que circunstâncias geográficas
e meteorológicas diferem de região para região, que o risco rural de um país
não exibe uma organização uniforme e um mesmo estágio de desenvolvimento
e que as probabilidades de perda também serão diferentes.
Viável
Para que os prêmios sejam suportáveis, a probabilidade de ocorrência do
evento deve ser moderada.
MECANISMOS DE
TRANSFERÊNCIA DO RISCO
De modo geral, o agricultor não faz uso em larga escala do seguro como
ferramenta para sua administração de riscos.
Diversificação
Embora este item já tenha sido analisado como um princípio do seguro,
trata-se, na realidade, também de um mecanismo de proteção. Ao partilhar
o risco entre o maior número de produtores, aqueles produtores que não
sofrerem o risco contribuem com uma pequena parcela para a cobertura das
grandes perdas dos demais. É o que chamamos de princípio do mutualismo,
muito compreendido no meio rural, berço do sistema cooperativo nacional.
Franquia
Uma das formas de tornar o prêmio economicamente viável decorre de o
produtor preferir aceitar uma pequena e consistente parcela de perda a
enfrentar o risco de uma grande perda não desejável, mas possível. Com a
participação no risco, o produtor tem um incentivo para evitar o sinistro e reduz,
assim, o risco moral.
UNIDADE 4 53
Devido ao alto risco das atividades que envolvem o Seguro Rural, os produtos
comercializados apresentam, obrigatoriamente, opções com franquias altas,
bem como outros mecanismos de participação no risco.
Redução do Prêmio
É difícil vender um produto para alguém que não faz planos de comprá-lo.
E, muitas vezes, é exatamente esse o desafio do Seguro Rural. Aquele produtor
que elege o seguro como uma de suas prioridades, destacando-o como item
no orçamento da lavoura, não corresponde ao perfil médio da classe.
Mudanças nesse cenário, entretanto, parecem inevitáveis. Cada vez mais, vem
sendo exigida habilidade gerencial daqueles que administram uma propriedade
rural. É preciso conciliar técnicas de produção agropecuária, gestão, finanças
e mercado, sendo este mais um motivo pelo qual os custos administrativos e
os riscos devem ser minimizados ao máximo. Esta tendência deve trazer para
o mercado segurador não somente aquelas áreas com maior incidência de
sinistros, mas também aquelas com histórico de perdas menores.
Cosseguro
Tendo em vista as dimensões continentais de nosso país, e com o objetivo
de compatibilizar os riscos maiores da concentração espacial com custos mais
baixos, podem-se regionalizar as operações, garantindo-se custos operacionais
menores. Este é o princípio do cosseguro: dividir o risco entre vários
seguradores, cada um limitando sua exposição ao risco de determinada região
a uma percentagem pequena de sua carteira. Na prática, isso solucionaria,
inclusive, a distribuição dos riscos correlacionados, trazendo também maior
eficiência da especialização regional.
54 SEGURO RURAL
O FESR, ao ser criado, levou o Seguro Rural para muito próximo de sua
universalização, tornando possível diluir riscos ao longo do tempo, permitindo
que as seguradoras lançassem mão dos recursos para liquidar indenizações
em anos de alta sinistralidade. No entanto, o que vemos hoje são as grandes
limitações do Fundo, que consistem no pequeno volume de dinheiro em caixa,
insuficiente para cobrir operações em um país de dimensões continentais.
Consórcio
Considerando que o Seguro Rural apresenta-se como um risco de natureza
catastrófica, desconhecido e, por isso, com taxas muito altas, aliado a um
alto custo operacional, o mercado segurador ainda não se sente atraído a
estabelecer consórcios. Uma opção que permitiria partilhar esse risco seria
criar uma associação de seguradores.
Para que uma solução como essa fosse aplicada ao Seguro Rural, seria,
provavelmente, necessário que o mercado homogeneizasse as coberturas
oferecidas. Além disso, seria preciso reduzir, ao máximo, os custos individuais
de cada seguradora antes da montagem do pool.
UNIDADE 4 55
56
SEGURO RURAL
EM RESUMO
• reconhecimento de
• Toda a propriedade • Riscos correlacionados • Fundo de catástrofe • Ser acidental • Franquia
riscos não seguráveis
I) O seguro que garante a produção por hectare, tanto contra risco físico
quanto de mercado.
II) Um seguro de produtividade associado a indicador regional.
III) Um seguro limitado ao custo de implantação, manutenção e colheita.
IV) Um seguro que garante um título emitido pelo produtor rural.
FIXANDO CONCEITOS 4 57
Fixando Conceitos 4
58 SEGURO RURAL
Fixando Conceitos 4
[7] O Seguro Rural possui peculiaridades que o diferem dos demais ramos de
seguros. A principal delas é o(a):
FIXANDO CONCEITOS 4 59
Fixando Conceitos 4
(a) O Seguro Rural, hoje, exige uma estrutura com custos maiores,
acarretando uma taxa de prêmio elevada.
(b) O Seguro Rural é uma carteira de maturação imediata.
(c) Uma carteira de Seguro Agrícola apresenta resultados logo no primeiro
ano.
(d) A oferta é bastante elevada, pois todas as seguradoras operam neste
segmento.
(e) A demanda é grande, pois as taxas do seguro são baixas.
[12] Todo seguro tem que ter definido, em seu escopo, qual o risco segurado.
No Seguro Rural, chamamos risco de unidade segurada aquele que dependerá
do tamanho da propriedade. Uma das modalidades mais conhecidas de
unidade segurada é:
60 SEGURO RURAL
5
RAMOS DO SEGURO
RURAL
UNIDADE 5 61
62 SEGURO RURAL
A SUSEP estabeleceu que os ramos ligados aos riscos rurais estariam
enquadrados dentro do Grupo 11 (Rural/Animais).
Atenção
Uma das mais antigas linhas de Seguro Agrícola é o Seguro de Granizo, que cobre
perdas ocasionadas por tempestade de granizo, cuja apólice padrão indeniza
um valor de cobertura por unidade segurada, aliado a um dedutível mínimo.
UNIDADE 5 63
Já os programas de Multirrisco preveem cobertura para causas não evitáveis
de perda de produção, em especial os casos de clima adverso (seca,
chuvas excessivas, geadas, incêndio, raio, tromba-d’água, ventos fortes).
A alta exposição de Multirrisco se reflete no preço: são cobradas altas
taxas e aplicados altos dedutíveis (Franquias e Participação Obrigatória
do Segurado – POS).
Riscos Cobertos
No Seguro de Granizo, temos apenas um único evento coberto. Normalmente,
é um seguro de custeio.
• riscos cobertos;
• incêndio e raio;
• tromba-d’água;
• ventos fortes e ventos frios;
• granizo;
• chuvas excessivas;
• seca;
• geada; e
• variação de temperatura.
Período de Cobertura
Compreende do plantio à colheita, desde
que contratada a cober tura integral
(Replantio e Produção). Caso a cobertura
de Replantio não tenha sido contratada,
C
o seguro terá eficácia quando a partir da o
emergência da planta ou ainda quando a b
lavoura tiver uma altura mínima estabelecida e
r
pela seguradora. t
u
r
a
64 SEGURO RURAL
Processo de Formação de Prêmio
O custo do seguro, ou prêmio de seguro, será calculado com base no valor
segurado. A taxa de risco corresponde a um percentual sobre esse valor e
varia de acordo com os seguintes fatores inter-relacionados:
• tipo de cultura;
• região geográfica;
• nível de cobertura desejado pelo agricultor; e
• coberturas contratadas (riscos cobertos – MPCI × Granizo).
Vigência do Seguro
Início: o seguro tem início a partir da data de protocolo de recepção da proposta
de seguro na seguradora.
Período de Carência
Poderá ser estabelecido, a critério da seguradora, um período de carência como
forma de evitar a ocorrência da antisseleção de risco, ou seja, contratação do seguro
quando haja previsão de ocorrência de eventos cobertos.
Importante
Nessa hipótese, portanto, não serão considerados indenizáveis sinistros
É fundamental informar ao produtor
ocorridos durante o período de carência. rural corretamente sobre o período de
carência, incentivando-o a contratar
o seguro antecipadamente, antes mesmo
Exigências para Aceitação de Risco do plantio.
UNIDADE 5 65
Aplicação Prática
Seguro Multirrisco – Como Funciona – Exemplo Numérico – Cultura
de Soja:
Seguro de Animais
O Seguro Animais é aquele que tem por objetivo garantir o pagamento de
indenização em caso de morte de animais de elite.
Seguro Aquícola
Esse seguro garante indenização por morte de animais aquáticos (peixes,
crustáceos) em consequência de acidentes e doenças.
66 SEGURO RURAL
Existem coberturas all risks ou riscos nomeados, dependendo da situação e
das exigências do ressegurador. No Brasil, a cobertura mais comum é a de
Riscos Nomeados.
Seguro de Florestas
Esse seguro garante cobertura aos custos de reposição de florestas em
formação ou de seu valor comercial, quando se tratar de florestas já formadas Seguro de Florestas e
ou naturais, contra as perdas decorrentes de incêndio, eventos biológicos e Seguro da Produção
meteorológicos. de Florestas – Saiba a
diferença
Para a definição do valor de cobertura (LMR) existem duas metodologias Além do Seguro de Florestas, que protege
de cálculo: o valor da madeira ou a sua reposição,
existe o Seguro da Produção de Florestas
destinadas ao extrativismo vegetal.
• florestas em formação; e O interesse do produtor pode consistir na
• florestas já formadas. produção de óleo de palmeira, erva-mate,
coco, resina, borracha ou outras frutas.
Nestes casos, se a plantação (floresta) for
No primeiro caso, as coberturas podem se estender do custo de implantação, danificada por algum dos riscos cobertos
acrescido de custeio anual para a sua manutenção, visando à reposição de (incêndio, granizo, insetos), a indenização
florestas em formação. No caso de florestas já formadas (ou naturais), o valor incidirá sobre a perda da produção, e não
do valor da sua madeira.
de cobertura deve ser determinado pelo próprio valor comercial da floresta.
UNIDADE 5 67
Entre os tipos de CPR atualmente disponíveis no mercado, podemos citar:
68 SEGURO RURAL
Seguro de Vida do Produtor Rural
Esse seguro é destinado ao produtor rural que seja devedor de crédito rural
junto a uma instituição financeira e terá sua vigência limitada ao período do
financiamento, sendo que o beneficiário será o agente financiador.
Serve para amortizar ou liquidar as operações de crédito rural desse produtor rural,
contratadas junto a um agente financiador, em caso de morte do segurado.
UNIDADE 5 69
70
SEGURO RURAL
EM RESUMO
Cédula do
Benfeitoria Penhor Animais Agrícola Pecuário Aquícola Floresta Produto Rural Vida
(CPR)
I) Ao consumo e à produção.
II) À cria e recria.
III) À engorda ou ao trabalho de tração.
IV) À finalidade de incremento e/ou melhoria de plantéis.
FIXANDO CONCEITOS 5 71
Fixando Conceitos 5
(a) 1,2,3,4,5
(b) 5,2,4,3,1
(c) 2,3,4,1,5
(d) 1,2,5,3,4
(e) 4,5,1,3,2
[5] Em relação ao Seguro Rural, no que concerne aos conceitos a ele pertinentes,
podemos afirmar que o (a):
(a) Aquícola.
(b) Agrícola.
(c) de Penhor Rural.
(d) de Benfeitorias.
(e) Pecuário.
72 SEGURO RURAL
6
OS DESAFIOS DO
AGRONEGÓCIO
UNIDADE 6 73
74 SEGURO RURAL
O
potencial do agronegócio brasileiro é indiscutível, mas para que
possamos chegar a ser o maior país agrícola do mundo nos próximos
dez anos, como apontam os indicadores da UNCTAD – Conferência
das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento –, temos que dar
solução imediata para alguns pontos nevrálgicos no nosso agronegócio, entre
os quais destacamos:
GARGALO LOGÍSTICO
A falta de investimentos públicos no setor de logística – portos, aeroportos,
rodovias e ferrovias – já provoca perdas da ordem de 4% do Produto Interno
Bruto (PIB) e é idêntica ao volume que o país precisa investir para acabar
com os gargalos do setor.
SISTEMA TRIBUTÁRIO
Com uma economia aberta ao exterior, isto é, com possibilidade de exportar
e importar qualquer produto do agronegócio, a carga tributária deveria ser
compatível com a dos nossos competidores.
UNIDADE 6 75
Não há como o produtor rural e a agroindústria serem competitivos com
governos vorazes em criar novos impostos e aumentar os atuais, e
com mecanismos complexos de arrecadação, o que aumenta os custos
de produção. A reforma tributária é urgente, com a diminuição da carga de
tributos e a simplificação dos procedimentos na tributação.
CONTROLE SANITÁRIO
O nível de exigência em relação à origem e qualidade dos produtos
comercializados no mundo tem aumentado significativamente nos últimos
anos. Tal situação obriga o Brasil a buscar cada vez mais se modernizar quanto
à nossa segurança alimentar. Em que pese termos um sistema de controle
sanitário que não pode ser considerado ruim, este ainda precisa melhorar
significativamente.
INCREMENTO DA
COMPETITIVIDADE
O maior de todos os desafios está relacionado ao incremento da
competitividade, que envolve a criação de uma cultura mercadológica e visão
exportadora, com conceitos desenvolvidos de qualidade, conformidade a
padrões globais, preços competitivos, prazos, redução de custos (capital,
tributos, logística). Para vencer esse desafio, o país necessita de uma melhoria
substancial na organização do agronegócio como um todo (aumento do
nível de informação, administração [gerência] profissional, integração
de elos, relações contratuais, como prática corriqueira, reforma do papel do
Estado, entre outros) e o desenvolvimento de mecanismos e condições
que possibilitem a geração de renda adicional e de novas oportunidades
de ne gó cios (e s c alas ade quadas de pro duç ão, e sp e cializaç ão,
diferenciação de processos produtivos e de produtos, agregação de valor).
Nesse contexto, a agricultura familiar pode desempenhar um importante papel
na conquista de nichos específicos de mercado, com geração de produtos de
qualidade e criação de marcas diferenciadas, gerando renda e aumentando
o nível de emprego no campo.
76 SEGURO RURAL
PESQUISA & DESENVOLVIMENTO
(P&D)
Em que pese já haver no país uma série de novos mecanismos criados
recentemente, principalmente os fundos setoriais, importantes no financiamento
público das atividades de pesquisa, ainda persistem algumas questões
fundamentais com relação às organizações de Pesquisa e Desenvolvimento
(P&D), que necessitam de um encaminhamento mais apropriado:
Com isso, pode-se perceber que ainda falta muito para que o Brasil se torne
a maior potência do agronegócio do mundo, pois é competitivo em algumas
cadeias produtivas. Além do mais, as políticas econômicas impedem que o
rendimento seja maior, e os problemas de logística geram custos elevados.
UNIDADE 6 77
Contudo, o agronegócio brasileiro é persistente e, apesar desses obstáculos,
ocupa, a cada dia, lugar no cenário mundial. Isto implica dizer que as vantagens
apresentadas como terras abundantes, potencial de produção, climas
favoráveis, imensa disponibilidade de água doce e energia renovável, além
de sua capacidade empresarial, falam mais alto do que qualquer problema,
fazendo do agronegócio o nosso negócio.
78 SEGURO RURAL
7
EXPERIÊNCIAS
INTERNACIONAIS
UNIDADE 7 79
80 SEGURO RURAL
CONTEXTO HISTÓRICO
Uma das primeiras experiências mundiais em larga escala com o Seguro
Agrícola formal foi observada em fins do século XIX, nos EUA. A primeira
iniciativa com o Seguro Agrícola Privado de Riscos Múltiplos ocorreu na região
de Minneapolis, em 1899. Até então, havia apenas seguros cobrindo riscos
específicos como, por exemplo, a queda de granizo.
Diante da situação, o Governo promulgou a Lei Agrícola Norte-Americana, de Três anos mais tarde, em 1920, a Companhia
de Seguros Hartford Fire ofereceu um
1990, determinando que as taxas de prêmio fossem aumentadas, que as metas contrato o que cobria variações na renda
de sinistralidade estabelecidas para todas as culturas seguradas e que novos e no preço. As fortes quedas nos preços
produtos fossem desenvolvidos e experimentados. Além disso, a Federal Crop das commodities agrícolas aumentaram
o montante de indenizações, de modo a
Insurance Corporation – FCIC – foi autorizada a ressegurar e subsidiar produtos exceder o total de prêmios recolhidos em
desenvolvidos pela iniciativa privada. Deste modo, a companhia iniciou, na US$ 1,7 milhão. Outras experiências com
Seguro Agrícola de Riscos Múltiplos não
época, um projeto piloto cuja indenização era baseada em indicadores de
obtiveram sucesso, ao longo dos anos, em
produtividade regional. diversas regiões daquele país.
UNIDADE 7 81
É interessante perceber que a subvenção ao prêmio pode ser considerada
como o principal incentivador para que os produtores optem pelo seguro.
Não é exagero dizer que todos os modelos de sucesso em Seguro Agrícola
no mundo possuem como elemento comum a existência de participação
governamental subvencionando parte do prêmio do seguro.
82 SEGURO RURAL
Percebemos que todos os modelos de sucesso em Seguro Rural no mundo
têm um ponto em comum: a participação governamental, em especial na
criação de um Programa de Subvenção aos Prêmios do Seguro Rural (PSR).
No Brasil, possuímos um PSR que, em linhas gerais, é bom, e gera até 60%
de redução no preço final do seguro, como demonstra a tabela a seguir.
O nosso PSR, porém, é subutilizado, pois, em determinados Estados brasileiros
não existe oferta de produtos, dadas a alta exposição ao risco e as perdas
financeiras verificadas pelas seguradoras nos últimos anos. Alguns Estados
criaram Programas de Subvenção paralelos ao apresentado pelo Governo
Federal. Minas Gerais e São Paulo, por exemplo, assumem parte do custo do
seguro, que, quando somado à subvenção federal, garante um custo até 80%
inferior para o agricultor.
Modalidade
Cultura Subvenção
de Seguro
Pecuário 30%
Florestal 30%
Aquícola 30%
UNIDADE 7 83
• a solução de continuidade se dará na forma do gerenciamento dos riscos:
o produtor de maior risco pagará prêmio mais elevado, o prêmio cobrado
da seguradora pela proteção do fundo será tão mais alto quanto maior for
o risco transferido, as seguradoras não poderão selecionar as apólices que
serão transferidas ao fundo, tendo que segurar a totalidade da carteira,
operações com o fundo terão de incluir todo o grupo econômico a que
pertencer a seguradora; e
84 SEGURO RURAL
Testando Conhecimentos
MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA
Anotações:
[1] Podemos afirmar que não é área de política agrícola do MAPA:
(a) Produção.
(b) Comercialização.
(c) Abastecimento.
(d) Determinação do preço das commodities.
(e) Armazenagem.
[2] Podemos afirmar que apresenta(m) pouca atratividade para fins de retenção
de risco para o mercado interno nacional:
(a) Florestas.
(b) Penhor Rural.
(c) Agrícola.
(d) Vida do Produtor Rural.
(e) Benfeitorias e Produtos Agropecuários.
Uma das inovações da atual gestão do MAPA foi a criação de câmaras setoriais
das diversas ______________ do agronegócio (carne, leite, avicultura, açúcar e
álcool, fruticultura, entre outras). Elas reúnem representantes ______________
para debater e propor políticas públicas para o agronegócio brasileiro.
TESTANDO CONHECIMENTOS 85
MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA
Anotações:
[4] No que se refere aos Seguros Agrícolas, podemos afirmar que representa(m)
um risco coberto nas apólices do tipo “Multirrisco”:
[5] No que se refere aos Seguros Pecuários, podemos afirmar que os animais
a que se destina a cobertura desse seguro são:
86 SEGURO RURAL
[9] No que se refere às exigências mais comuns para a obtenção de crédito
rural, aquela que não se enquadra nessas exigências é: Anotações:
TESTANDO CONHECIMENTOS 87
[14] Podemos afirmar que a frase “Seriam recomendáveis ações integradas em
Anotações: diferentes níveis – Governo, universidades, organizações e empresas privadas”
tem relação com o seguinte desafio do agronegócio:
88 SEGURO RURAL
Estudos de Caso
Caso 1
Fonte: Lavouras do Brasil | 15/03/2011 | 12h44min
– Estou vendo que carrego o mesmo tanto no caminhão, só que o peso fica
dois mil quilos abaixo. O grão está muito danificado, está feio – lamenta o
motorista Fernando Rodrigues Nascimento.
O problema é que receber cargas com uma quantidade tão elevada de soja
ardida se tornou comum nos últimos dias. Poucos estão aceitando o grão com
umidade elevada. Até caminhões com mais de 80% dos grãos prejudicados
desembarcaram.
ESTUDOS DE CASO 89
Dívidas
Perguntas:
a) Tendo por base o texto anterior, identifique as consequências regionais
da quebra de safra.
b) Qual o tipo de seguro mais adequado à situação descrita e de que forma
o Seguro Agrícola poderia auxiliar os agricultores no momento da quebra
de safra? Justifique sua resposta.
Caso 2
Só o fundo de catástrofe não garante o seguro rural
Porém, ainda não foi definido o conceito de catástrofe. Caso seja muito restrito,
poderá dificultar o acesso ao Fundo de Catástrofe e tornar o instrumento
ineficiente. A partir da instituição do fundo, as seguradoras e resseguradoras
vão contratar as operações cientes de que suas responsabilidades terão limite
determinado para sinistro, a partir do qual o fundo propiciará a cobertura
suplementar.
90 SEGURO RURAL
O produtor rural ainda guarda na memória a imagem negativa dos atrasos
no pagamento das indenizações de sinistros de seguro agrícola. Em 2004 os
produtores paranaenses demoraram um ano para receber suas indenizações.
Esse prazo para recebimento da indenização está limitado a, no máximo 30,
dias, contados a partir do cumprimento de todas as exigências por parte do
produtor segurado.
O Fundo fará com que as seguradoras tenham menos risco de quebrar quando
os valores desembolsados para cobrir as perdas nas lavouras forem superiores
ao prêmio arrecadado. Para o produtor, se o fundo funcionar adequadamente,
significa maior confiança no seguro, recebimento dos sinistros nos prazos
acordados em contrato e, além disso, pode gerar o desenvolvimento de novos
produtos de seguro rural.
ESTUDOS DE CASO 91
92 SEGURO RURAL
Anexos
ANEXOS 93
94 SEGURO RURAL
Anexo 1
MODELO DE PROPOSTA
DE SEGURO AGRÍCOLA
DADOS DO SEGURADO
ESTIPULANTE
PROPONENTE
ENDEREÇO RESIDENCIAL
ENDEREÇO DE COBRANÇA
CORRETOR
DADOS DA PROPRIEDADE
OBSERVAÇÃO
CLÁUSULA BENEFICIÁRIA
A favor de: Na qualidade de: Até: CPF/CNPJ:
DECLARAÇÃO DO PROPONENTE
Ao assinar esta proposta
ANEXO 1 95
QUESTIONÁRIO
VALORES
INFORMAÇÕES DE COBRANÇA
DECLARAÇÃO DO PROPONENTE
Ao assinar esta proposta, declaro
96 SEGURO RURAL
Anexo 2
LEI 10.823,
DE 19 DE DEZEMBRO DE 2003
Art. 1o Fica o Poder Executivo autorizado a conceder subvenção econômica em percentual ou valor do
prêmio do seguro rural, na forma estabelecida em ato específico.
§ 1o O seguro rural deverá ser contratado junto a sociedades autorizadas a operar em seguros pela
Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, na forma da legislação em vigor.
§ 2o Para a concessão da subvenção econômica de que trata o caput, o proponente deverá estar
adimplente com a União, na forma do regulamento desta Lei.
§ 3o As obrigações assumidas pela União em decorrência da subvenção econômica de que trata este
artigo serão integralmente liquidadas no exercício financeiro de contratação do seguro rural.
§ 4o As despesas com a subvenção econômica de que trata este artigo correrão à conta das dotações
orçamentárias consignadas anualmente ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
observados os limites de movimentação e empenho e de pagamento.
I – as modalidades de seguro rural contempláveis com o benefício de que trata esta Lei;
II – as condições operacionais gerais para a implementação, execução, pagamento, controle e fiscalização
da subvenção econômica de que trata esta Lei;
III – as condições para acesso aos benefícios previstos nesta Lei, incluindo o rol dos eventos cobertos e
outras exigências técnicas pertinentes;
IV – os percentuais sobre prêmios ou montantes máximos de subvenção econômica, de forma compatível
com a Lei Orçamentária Anual; e Vide Decreto 5.782, de 2006)
ANEXO 2 97
V – a composição e o regimento interno do Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural de que trata
o art. 4o desta Lei.
Parágrafo único. O Poder Executivo poderá fixar limites financeiros da subvenção, por beneficiário e
unidade de área.
Art. 4o Fica criado, no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que o coordenará,
o Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural.
§ 1o O Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural poderá criar Comissões Consultivas, das quais
poderão participar representantes do setor privado.
§ 3o Cabe ao presidente do Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural designar os integrantes das
Comissões Consultivas.
Art. 6o Os arts. 1o, 2o, 6o e 7o da Lei 10.696, de 2 de julho de 2003, passam a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 2o Os mutuários adimplentes que não optarem pela repactuação farão jus ao bônus de
adimplência de 90% (noventa por cento), no caso de pagamento total de seus débitos até 31
de maio de 2004.” (NR)
98 SEGURO RURAL
“Art. 6o ..................................................................
I – ..................................................................
a) em 30 de setembro de 2004, no caso dos mutuários com obrigações vencidas em anos
anteriores a 2001 que não se valerem de uma das alternativas previstas no art. 4o;
..................................................................
II – informar, até 30 de setembro de 2004, à Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério
do Desenvolvimento Agrário e à Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda os
montantes envolvidos nas repactuações e nas liquidações de obrigações.” (NR)
I – ..................................................................
..................................................................
b) bônus de adimplência de 30% (trinta por cento) sobre cada parcela da dívida paga até a data
do respectivo vencimento, no caso das operações de custeio e investimento contratadas na
região dos Fundos Constitucionais, e de 20% (vinte por cento) nas operações de custeio e
investimentos nas demais regiões do País, sendo que, nas regiões do semiárido, Norte do
Espírito Santo e nos Municípios do Norte de Minas Gerais, do Vale do Jequitinhonha e do
Vale do Mucuri, compreendidos na área da atuação da Agência de Desenvolvimento do
Nordeste – Adene, o bônus será de 70% (setenta por cento) para custeio e investimento;
..................................................................
II – ..................................................................
a) os mutuários que estavam adimplentes em 3 de julho de 2003 ou que regularizaram seus
débitos até 28 de novembro de 2003 terão as seguintes condições:
1. rebate de 8,8% (oito inteiros e oito décimos por cento) no saldo devedor das
operações de investimento, na posição de 1o de janeiro de 2002, desde que se trate
de operação contratada com encargos pós-fixados;
2. no caso das operações de investimento, o saldo devedor apurado na data da
repactuação será prorrogado pelo prazo de 10 (dez) anos, incluídos 2 (dois) anos
de carência, a ser liquidado em parcelas iguais, anuais e sucessivas, sendo que as
operações repactuadas de custeio serão liquidadas em três parcelas anuais, iguais
e sucessivas, após 1 (um) ano de carência contado da data da repactuação;
3. aplicação de taxa efetiva de juros de 3% a.a. (três por cento ao ano) a partir de 1o
de janeiro de 2002;
4. nas regiões do semiárido, Norte do Espírito Santo, e nos Municípios do Norte de
Minas Gerais, do Vale do Jequitinhonha e do Vale do Mucuri, compreendidos na área
de atuação da Agência de Desenvolvimento do Nordeste – Adene, será concedido
um bônus de adimplência de 70% (setenta por cento) sobre cada parcela da dívida
paga até a data do respectivo vencimento;
ANEXO 2 99
3. para aderir à repactuação nas demais regiões do País será exigido o pagamento
do valor correspondente a 5% (cinco por cento) do somatório das prestações
vencidas apuradas na forma do item 1 da alínea b quando os financiamentos
forem realizados com os recursos dos Fundos Constitucionais, ou convertidos
para esta fonte com base no § 3o deste artigo, e de 10% (dez por cento) do
somatório das parcelas vencidas quando se tratar de contratos financiados
exclusivamente por outras fontes, no ato da formalização do instrumento de
repactuação;
4. sobre o saldo das parcelas vencido, apurado após o pagamento previsto nos
itens 2 e 3 da alínea b, será concedido na data da repactuação um rebate
de 8,2% (oito inteiros e dois décimos por cento), desde que contratadas com
encargos pós-fixados, sendo aplicada taxa efetiva de juros de 3% a.a. (três
por cento ao ano) a partir da data de renegociação;
5. na parcela do saldo devedor vincendo das operações de investimento será
concedido na posição de 1o de janeiro de 2002 um rebate de 8,8% (oito inteiros
e oito décimos por cento) no saldo devedor, desde que se trate de operação
contratada com encargos pós-fixados, passando a ter uma taxa efetiva de
juros de 3% a.a. (três por cento ao ano) a partir desta data;
6. o saldo devedor total apurado nas formas dos itens 4 e 5 da alínea b das
operações de investimento será consolidado na data da repactuação e
prorrogado pelo prazo de 10 (dez) anos, incluídos 2 (dois) anos de carência,
a ser liquidado em parcelas iguais, anuais e sucessivas, após 1 (um) ano de
carência contado da data da repactuação;
7. nas regiões do semiárido, Norte do Espírito Santo, e nos Municípios do Norte de
Minas Gerais, no Vale do Jequitinhonha e no Vale do Mucuri, compreendidos
na área de atuação da Agência de Desenvolvimento do Nordeste – Adene, os
mutuários que vierem a adimplir-se nessas condições farão jus a um bônus de
adimplência de 40% (quarenta por cento) sobre cada parcela da dívida para
até a data do respectivo vencimento.
..................................................................
§ 5o Para os financiamentos de que tratam os incisos I e II, realizados na região Nordeste, no
Norte do Espírito Santo e nos Municípios do Norte de Minas Gerais, no Vale do Jequitinhonha
e no Vale do Mucuri, compreendidos na área de atuação da Agência de Desenvolvimento do
Nordeste – Adene, e lastreados com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT em
operações com recursos mistos desse Fundo e do Fundo Constitucional de Financiamento do
Nordeste, ou realizadas somente com recursos do FAT sem equalização, nessa região, cujo valor
total originalmente contratado não exceda a R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), prevalecem
as seguintes disposições:
..................................................................
II – a parcela do saldo devedor, apurado na data de repactuação, que diz respeito ao crédito original
excedente ao limite de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), na região do semiárido, incluído o Norte
do Espírito Santo, e nos Municípios do Norte de Minas Gerais, no Vale do Jequitinhonha e no Vale
do Mucuri, compreendidos na área de atuação da Agência de Desenvolvimento do Nordeste –
Adene, poderá ser prorrogada pelo prazo de 10 (dez) anos, incluídos 2 (dois) anos de carência,
observado o seguinte:
1. farão jus a bônus de adimplência de 50% (cinquenta por cento) sobre a prestação
ou parcela liquidada na data do vencimento;
2. aplicação de taxa efetiva de juros de 3% a.a. (três por cento ao ano) a partir de 1o
de janeiro de 2002;
ANEXO 2 101
102 SEGURO RURAL
Anexo 3
CIRCULAR SUSEP 261,
DE 9 DE JULHO DE 2004
R E S O L V E:
Art. 1o Aprovar as disposições constantes desta Circular e de seu anexo, que serão aplicadas,
obrigatoriamente, a todo e qualquer plano de seguro de cédula de produto rural – CPR.
Art. 2o O seguro de CPR tem por objetivo garantir, ao segurado, o pagamento de indenização, na hipótese
de comprovada falta de cumprimento, por parte do tomador, de obrigações estabelecidas na CPR.
Art. 3o O seguro de CPR poderá garantir a CPR Financeira ou a CPR de Entrega Física, emitidas e
registradas na forma da legislação vigente.
Art. 4o As seguintes informações, dentre outras exigidas pelas normas em vigor, deverão constar do
frontispício da apólice:
Parágrafo único. O campo “denominação do segurado” poderá ser preenchido mediante reprodução
da definição de que trata o anexo desta Circular.
ANEXO 3 103
Art. 6o Para que a CPR seja oferecida como ativo garantidor ou integrante da carteira de FIE, nos termos
da regulamentação vigente, a apólice de seguro deverá observar as seguintes disposições:
I – A indenização corresponderá ao valor da obrigação estabelecida na CPR, não podendo estar previsto
nenhum limite máximo de garantia que impeça seu pagamento pelo valor integral;
II – Se na data de vencimento da CPR for constatada alguma diferença em relação ao limite máximo
de garantia inicialmente contratado, para fins de cobrança de prêmio, a sociedade seguradora poderá
promover o necessário ajuste do prêmio, devolvendo ou cobrando o valor correspondente à diferença
apurada;
III – O pagamento da indenização deverá ser feito, no máximo, no dia útil seguinte à data de vencimento
da CPR, no caso de CPR Financeira e em até 10 (dez) dias úteis, a partir da data de vencimento da CPR,
quando se tratar de CPR de Entrega Física; e
IV – Se após o pagamento da indenização for constatado que a mesma não era devida, em razão das
excludentes previstas no artigo 5o desta Circular, a sociedade seguradora deverá adotar as providências
cabíveis, com vistas ao respectivo ressarcimento.
Art. 7o Quando a CPR não for oferecida como ativo garantidor ou integrante da carteira de FIE, deverá
estar previsto na apólice que a indenização corresponderá ao valor da obrigação estabelecida na CPR,
observado, se houver, o limite máximo de garantia previsto no contrato de seguro.
Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput deste artigo, o prazo e a forma de liquidação de sinistro
deverão estar de acordo com as demais normas vigentes.
Art. 8o No caso de CPR de Entrega Física, será permitido o pagamento da indenização pelo valor
equivalente à quantidade e qualidade de produto nela previstos, desde que o segurado tenha concordado
expressamente com esta condição.
Art. 9o A apólice continuará em vigor, mesmo que o tomador esteja inadimplente em relação a
qualquer parcela do prêmio, podendo a sociedade seguradora, neste caso, executar as contragarantias
contratualmente previstas.
Art. 10. Fica vedada a execução das contragarantias, quando o sinistro for decorrente dos seguintes
eventos:
I – Incêndio acidental;
II – Raio;
III – Tromba d’água;
IV – Vento forte;
V – Granizo;
VI – Chuva excessiva;
VII – Seca;
VIII – Geada;
IX – Variação excessiva de temperatura;
X – Inundação; e
XI – Doença e praga não controláveis.
Parágrafo único. A vedação de que trata o caput deste artigo prevalecerá de forma proporcional ao
valor dos prejuízos decorrentes diretamente dos eventos nele descritos.
Art. 11. As sociedades seguradoras deverão submeter, à apreciação da SUSEP, as condições contratuais
e a nota técnica atuarial, observados os critérios mínimos previstos em regulamentação específica.
Parágrafo único. As sociedades seguradoras, que desejarem comercializar apólices que garantam cédulas
oferecidas como ativo garantidor ou que integrem carteiras de FIE, deverão submeter o correspondente
plano de seguro em processo administrativo específico.
Art. 13. Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogada a Circular SUSEP
248, de 13 de fevereiro de 2004.
TÍTULO ÚNICO
DAS DEFINIÇÕES
I – Ativo garantidor: o ativo oferecido como garantia dos recursos das reservas, das provisões e dos
fundos, conforme as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional;
II – Caso fortuito: fato natural, imprevisível ou inevitável. É fruto do acaso e provém das forças naturais
ou de uma causa cujos efeitos não eram possíveis prever ou evitar;
III – Cédula de produto rural – CPR: título emitido por produtor rural ou suas associações, inclusive
cooperativas, na forma da lei;
IV – Chuva excessiva: precipitação natural contínua de água que gere redução na produtividade da
plantação;
V – Contragarantias: conjunto de garantias dadas pelo tomador em favor da sociedade seguradora;
VI – Doença e praga não controláveis: aquelas para as quais não existe método de controle ou de
profilaxia conhecidos, definidos por entidades devidamente autorizadas pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento;
VII – Empreendimento rural: atividade com fins econômicos desenvolvida em estabelecimento rural
devidamente cadastrado no INCRA, destinada à produção vegetal, animal, aquícola ou extrativista;
VIII – FAQE: o fundo de aplicação em quotas de fundos de investimento especialmente constituído,
conforme as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional na regulamentação que
disciplina a aplicação dos recursos das reservas, das provisões e dos fundos das sociedades seguradoras,
das sociedades de capitalização e das entidades abertas de previdência complementar, bem como a
aceitação dos ativos correspondentes como garantidores dos respectivos recursos;
IX – FIE: o fundo de investimento especialmente constituído, inclusive aqueles destinados à aplicação
de recursos por parte do FAQE, cuja carteira seja composta conforme as diretrizes estabelecidas pelo
Conselho Monetário Nacional na regulamentação que disciplina a aplicação dos recursos das reservas,
das provisões e dos fundos das sociedades seguradoras, das sociedades de capitalização e das entidades
abertas de previdência complementar, bem como a aceitação dos ativos correspondentes como
garantidores dos respectivos recursos.
X – Força maior: causa a que não se pode oferecer resistência. Acontecimento que não se pode impedir
e de que não se é responsável;
XI – Geada: fenômeno atmosférico de resfriamento intenso, acompanhado, ou não, de depósitos de
gelo nas superfícies expostas, provocando redução na produtividade do empreendimento rural;
XII – Granizo: precipitação atmosférica em forma de pedras de gelo, ocasionando danos físicos na planta
ou suas partes, com a consequente queda na produtividade do empreendimento rural;
XIII – Incêndio acidental: toda e qualquer combustão fora do controle do homem, tanto no espaço
quanto no tempo, que destrói ou danifica o empreendimento rural;
ANEXO 3 105
XIV – Inundação: grande quantidade de água acumulada pelo transbordamento de rios, diques,
açudes ou similares decorrente de fenômenos climáticos, provocando redução na produtividade do
empreendimento rural;
XV – Raio: fenômeno atmosférico que se verifica quando uma nuvem carregada de eletricidade atinge
um potencial electrostático tão elevado que a camada de ar existente entre ela e o solo deixa de ser
isolante, permitindo assim que uma descarga elétrica a atravesse, ocasionando queda na produtividade
do empreendimento rural;
XVI – Seca: situação climática em que a ausência ou carência de chuva acarreta queda na produtividade
do empreendimento rural;
XVII – Segurado: último credor titular da CPR, não podendo, em hipótese alguma, ser o próprio emitente
ou seu avalista;
XVIII – Tomador: emitente da CPR e devedor das obrigações assumidas na respectiva CPR;
XIX – Tromba d’água: precipitação excessiva de chuva num curto espaço de tempo, cuja incapacidade de
absorção da água pelo solo provoca enchentes, com consequentes danos ao empreendimento rural;
XX – Variação excessiva de temperatura: oscilação atípica da temperatura num curto período de
tempo, comprometendo o normal desenvolvimento das culturas e criações, resultando em queda na
produtividade do empreendimento rural; e
XXI – Vento forte: deslocamento intenso de ar provocando danos à plantação, a exemplo de tombamento,
quebra de partes da planta ou queda de frutos, resultando em queda na produtividade.
A SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS – SUSEP, no uso da atribuição que lhe confere o art. 34,
inciso XI, do Decreto 60.459, de 13 de março de 1967, torna público que o CONSELHO NACIONAL DE
SEGUROS PRIVADOS – CNSP, em Sessão Ordinária realizada nesta data, tendo em vista o disposto nos
arts. 16 a 19, c/c art. 32, inciso IV, do Decreto-Lei 73, de 21 de novembro de 1966, e considerando o que
consta no processo CNSP 25, de 19 de junho de 2000 – na origem, processo SUSEP 15414.001790/2002-
26, de 22 de abril de 2002,
R E S O L V E U:
Art. 1o O art. 3o da Resolução CNSP 46, de 12 de fevereiro de 2001, passa a vigorar com a seguinte
redação:
I – seguro agrícola;
II – seguro pecuário;
IV – seguro de florestas;
§1o O seguro de que trata o inciso VIII deve ser destinado ao produtor rural, devedor de crédito
rural, e terá sua vigência limitada ao período de financiamento, sendo que o beneficiário será
o agente financiador.
§2o A inclusão do seguro de que trata o inciso IX como modalidade do Seguro Rural dependerá
de regulamentação da SUSEP.” (NR)
ANEXO 4 107
Art. 2o Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
A SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS – SUSEP, no uso da atribuição que lhe confere o art. 26
do Regimento Interno aprovado pela Resolução CNSP 14, de 3 de dezembro de 1991, torna público que
o CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS – CNSP, em Sessão Ordinária realizada nesta data,
considerando o disposto nos arts. 16 a 19 c/c art. 32, inciso IV, do Decreto-Lei 73, de 21 de novembro
de 1966, e tendo em vista o que consta no Processo CNSP 25, de 19 de junho de 2000 – na origem,
Processo SUSEP 10.001716/00-05, de 31 de março de 2000, resolveu:
CAPÍTULO I
DO OBJETO
Art. 1o O Seguro Rural e o Fundo de Estabilidade do Seguro Rural – FESR, instituído pelos arts. 16 e
17 do Decreto-Lei 73, de 21 de novembro de 1966, com a finalidade de garantir a estabilidade das
operações de Seguro Rural e atender à cobertura suplementar dos riscos de catástrofe, serão regidos,
controlados e fiscalizados conforme o estabelecido na presente Resolução.
Art. 2o O Seguro Rural constitui ramo de seguro destinado à cobertura dos riscos peculiares às atividades
agrícola, pecuária, aquícola e florestal.
CAPÍTULO II
DAS MODALIDADES DO SEGURO RURAL
CAPÍTULO III
DOS PLANOS DO SEGURO RURAL
Parágrafo único. A obrigatoriedade de que trata o “caput” não se aplica às modalidades que possuam
condições contratuais e tarifas determinadas por normas específicas.
ANEXO 5 109
Art. 5o Para efeito de controle estatístico permanente de todas as operações de Seguro Rural realizadas
no País, as sociedades seguradoras ficam obrigadas a prestar à SUSEP as informações estatísticas
referentes às operações de Seguro Rural, na forma e prazos por ela estabelecidos.
CAPÍTULO IV
DO FUNDO DE ESTABILIDADE DO SEGURO RURAL
Seção I
Da Habilitação ao FESR
Art. 6o O Fundo de Estabilidade do Seguro Rural – FESR garantirá a estabilidade das operações do
Seguro Rural, nas modalidades relacionadas nos incisos I a VI do art. 3o.
Art. 7o O exercício do Fundo de Estabilidade do Seguro Rural – FESR será de 1o de julho a 30 de junho
do ano seguinte.
Art. 8o As sociedades seguradoras que pretendam operar nas modalidades de que tratam os incisos
I a IV do art. 3o deverão apresentar ao Gestor do Fundo de Estabilidade do Seguro Rural – FESR, com
antecedência mínima de noventa dias do início do exercício do Fundo, Plano de Operações com as
seguintes informações mínimas:
I – relação das regiões e culturas que pretendam atuar em cada exercício do Fundo, observando,
obrigatoriamente, as orientações do zoneamento agrícola do Ministério da Agricultura e Abastecimento
ou instituições oficiais de pesquisa, caso as operações incluam o seguro agrícola; e
II – programa de resseguro relacionado a cada uma das modalidades selecionadas para atuação.
§ 1o Qualquer alteração no Plano de Operações deve ser apresentada com antecedência mínima de
quinze dias de sua ocorrência.
§ 2o As solicitações apresentadas durante o exercício do Fundo que não atendam ao prazo estabelecido
no “caput” serão objeto de análise do Gestor do Fundo, em caráter excepcional, desde que devidamente
justificadas.
Art. 9o A garantia do Fundo de Estabilidade do Seguro Rural – FESR está condicionada à aprovação,
pela SUSEP, das condições contratuais e nota técnica atuarial das modalidades do Seguro Rural de que
trata o art. 6o, para cada exercício, que deverão ser encaminhadas com antecedência mínima de noventa
dias do início do exercício do Fundo.
§ 2o Para fins do custeio das despesas administrativas, deverá ser considerado, na nota técnica atuarial,
o percentual de 10% (dez por cento) dos prêmios emitidos.
§ 3o A SUSEP poderá aprovar percentual superior ao previsto no parágrafo anterior, limitado a 20%
(vinte por cento), desde que devidamente justificado.
Art. 10. As sociedades seguradoras efetuarão contribuições ao Fundo de Estabilidade do Seguro Rural
– FESR em função do resultado positivo em cada exercício nas modalidades garantidas pelo Fundo, de
acordo com os seguintes percentuais:
Art. 11. As sociedades seguradoras poderão recuperar do Fundo de Estabilidade do Seguro Rural –
FESR, a cada trimestre, a partir do início do exercício, a parcela de seus sinistros retidos, nos seguros
agrícola, pecuário, aquícola e de florestas, que exceder a (1-CC-DA) × prêmios ganhos, limitada a 50%
(cinquenta por cento) × (1-CC-DA) × prêmios ganhos, considerando sempre os últimos três meses de
sinistros, prêmios e recuperações do exercício em curso.
Art. 12. As sociedades seguradoras também recuperarão do Fundo de Estabilidade do Seguro Rural –
FESR a parcela de seus sinistros retidos, nos seguros agrícola, pecuário, aquícola e de florestas, quando
esta exceder a 250% (duzentos e cinquenta por cento)x (1-CC-DA) × prêmios ganhos, a título do risco
de catástrofe, considerando sempre os últimos três meses de sinistros, prêmios e recuperações do
exercício em curso.
Parágrafo único. A solicitação da recuperação de que trata o “caput” poderá ser realizada de forma
imediata, a critério das sociedades seguradoras.
Art. 13. As sociedades seguradoras poderão recuperar do Fundo de Estabilidade do Seguro Rural – FESR,
a cada trimestre, a partir do início do exercício, a parcela de seus sinistros retidos, nos seguros de penhor
rural – instituições financeiras públicas e instituições financeiras privadas, que exceder a (1-CC-DA) ×
prêmios ganhos, considerando sempre os últimos três meses de sinistros, prêmios e recuperações do
exercício em curso.
Art. 14. As recuperações efetuadas com base nos arts. 11, 12 e 13 serão ajustadas ao final de cada
exercício do Fundo de Estabilidade do Seguro Rural – FESR.
CAPÍTULO V
DOS APORTES EXTRAORDINÁRIOS AO FESR
Art. 15. Na hipótese de insuficiência de recursos no Fundo de Estabilidade do Seguro Rural – FESR, o
seu Gestor comunicará o fato, em caráter de urgência:
I – ao Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP, a quem competirá solicitar crédito especial
suficiente para atender ao referido déficit; e
II – às sociedades seguradoras autorizadas a operar no ramo, colocando sob seu controle direto, como
Gestor, a liquidação dos sinistros.
Parágrafo único. Na hipótese prevista no “caput”, o Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP
providenciará, por intermédio do Ministério da Fazenda, os procedimentos para obtenção do crédito
especial.
ANEXO 5 111
CAPÍTULO VI
DO CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DO FESR
Art. 16. O Gestor do Fundo manterá conta corrente, sob sua titularidade, para acolher os recursos do
Fundo de Estabilidade do Seguro Rural – FESR para fins de administração e controle.
Art. 17. O saldo do Fundo de Estabilidade do Seguro Rural – FESR será aplicado em títulos públicos,
cujos rendimentos serão incorporados ao próprio Fundo.
CAPÍTULO VII
DO CONTROLE FINANCEIRO DO FESR
Art. 18. O Gestor do Fundo de Estabilidade do Seguro Rural – FESR disciplinará os critérios para registro
e acompanhamento das operações abrangidas pelo Fundo.
Art. 19. O Gestor do Fundo de Estabilidade do Seguro Rural – FESR encaminhará à Secretaria do Tesouro
Nacional, semestralmente, relatório auditado com as demonstrações financeiras relativas às operações
realizadas entre 1o de janeiro a 30 de junho e 1o de julho a 31 de dezembro de cada ano.
CAPÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 20. A SUSEP fica autorizada a baixar as normas complementares necessárias à execução das
disposições desta Resolução, bem como resolver os casos omissos.
Art. 22. Ficam revogadas, a partir de 1o de julho de 2001, as Resoluções CNSP 5, de 14 de julho
de 1970; 11, de 30 de novembro de 1970; 4, de 8 de junho de 1971; 2, de 27 de junho de 1972; 12,
de 19 de dezembro de 1972; 15, de 28 de junho de 1976; 17, de 28 de junho de 1976; 1, de 3 de maio
de 1978, 10, de 4 de maio de 1978; e 7, de 2 de setembro de 1980.
Art. 23. Ficam revogadas as Resoluções CNSP 3, de 14 de janeiro de 2000; 30, de 3 de julho de 2000;
e 39, de 8 de dezembro de 2000.
A SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS – SUSEP, no uso da atribuição que lhe confere o art.
26 do Regimento Interno aprovado pela Resolução CNSP 14, de 3 de dezembro de 1991, torna público
que o CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS – CNSP, em Sessão Ordinária realizada nesta
data, com base no disposto no art. 16, parágrafo único, c/c o art. 32, incisos II e VII do Decreto-Lei 73,
de 21 de novembro de 1966, e considerando o que consta do Processo CNSP 25, de 19 de junho de
2000 – na origem, Processos SUSEP 10.001716/00-05, de 31 de março de 2000, e 10.002658/01-19,
de 29 de maio de 2001,
R E S O L V E U:
CAPÍTULO I
DO OBJETO
Art. 1o O Fundo de Estabilidade do Seguro Rural – FESR é regido pela Resolução CNSP 46, de 12 de
fevereiro de 2001, e pelo que dispõe a presente Resolução.
CAPÍTULO II
DA COBERTURA DO FESR AO SEGURO AGRÍCOLA
Art. 2o A garantia do FESR, de que trata o art. 6o da Resolução CNSP 46, de 2001, restringe-se, para a
modalidade agrícola, aos seguros que garantam ao produtor uma indenização pelos prejuízos causados
às lavouras seguradas, abrangendo exclusivamente as despesas de orçamento de custeio direto de
culturas periódicas e o orçamento das despesas anuais de manutenção das culturas permanentes.
CAPÍTULO III
DA GARANTIA DO FESR AO IRB-BRASIL RE
Parágrafo único. Para fins de aplicação dos critérios estabelecidos nos art. 11, 12 e 13 da Resolução
CNSP 46, de 2001, a sigla CC corresponderá, neste caso, à comissão de resseguro.
ANEXO 6 113
CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 4o Para fins de cálculo do resultado de que tratam os art. 11, 12 e 13 da Resolução CNSP 46, de
2001, deve ser considerado como crédito ao prêmio ganho as comissões de resseguro recebidas pelas
sociedades seguradoras nas operações garantidas pelo FESR.
Art. 5o Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, com efeito a partir de 1o de julho de
2001.
R E S O L V E:
Art. 1o Dispor sobre o seguro pecuário e o seguro de animais, nos termos expressos nesta Circular.
Art. 2o O seguro pecuário, definido como modalidade de seguro rural, tem por objetivo garantir o
pagamento de indenização, em caso de morte de animal destinado, exclusivamente, ao consumo,
produção, cria, recria, engorda ou trabalho por tração.
§ 2o No seguro de que trata o caput deste artigo, a sociedade seguradora poderá, também, oferecer
outras coberturas que garantam riscos passíveis de causar prejuízos pecuniários ao segurado.
Art. 3o O seguro de animais tem por objetivo garantir o pagamento de indenização, em caso de morte
de animais classificados como de elite ou domésticos e não está enquadrado como seguro rural.
§ 3o No seguro de que trata o caput deste artigo, a sociedade seguradora poderá, também, oferecer
outras coberturas que garantam riscos passíveis de causar prejuízos pecuniários ao segurado.
Art. 4o A sociedade seguradora poderá oferecer, também, coberturas que garantam o reembolso de
despesas incorridas com veterinários, exames e/ou internações, cabendo ao segurado a livre escolha
do prestador de serviços.
Art. 5o A sociedade seguradora que opere ou pretenda operar com os seguros de que trata esta Circular
deverá apresentar a SUSEP as respectivas notas técnicas atuariais e condições contratuais, conforme
regulamentação em vigor.
ANEXO 7 115
§ 1o Os planos de seguro pecuário e de seguro de animais deverão ser encaminhados em processos
distintos.
Art. 6o Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogada a Circular SUSEP 194,
de 8 de julho de 2002.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição,
e tendo em vista o disposto no inciso IV do art. 3o da Lei 10.823, de 19 de dezembro de 2003,
DECRETA:
Art. 1o Ficam aprovados os percentuais de subvenção econômica ao prêmio do seguro rural para o
exercício de 2006, de que tratam os arts. 3o, inciso IV, da Lei 10.823, de 19 de dezembro de 2003, e 7o,
incisos II e III, do Decreto 5.121, de 29 de junho de 2004, na forma do Anexo a este Decreto.
Art. 2o Fica estabelecido, para o seguro rural na modalidade agrícola, o valor máximo de R$ 32.000,00
(trinta e dois mil reais) de subvenção ao prêmio, por beneficiário, pessoa física ou jurídica, por ano civil,
para cada um dos grupos de culturas previstos nos incisos a seguir indicados:
I – aveia, canola, cevada, centeio, milho segunda safra, sorgo, trigo e triticale;
II – abacaxi, alface, algodão, alho, amendoim, arroz, batata, berinjela, beterraba, cana-de-açúcar,
cebola, cenoura, couve-flor, feijão, girassol, milho, morango, pepino, pimentão, repolho, soja, tomate e
vagem; e
III – ameixa, café, caqui, figo, goiaba, kiwi, laranja, limão e demais cítricos, maçã, nectarina, pêra,
pêssego e uva.
Parágrafo único. O produtor rural poderá receber subvenção para mais de uma cultura dentro do mesmo
grupo, desde que o somatório do benefício não ultrapasse o limite de R$ 32.000,00 (trinta e dois mil
reais).
Art. 3o Fica igualmente estabelecido, para o seguro rural nas modalidades pecuário, de florestas
e aquícola, o valor máximo de R$ 32.000,00 (trinta e dois mil reais) de subvenção ao prêmio, por
beneficiário, pessoa física ou jurídica, por ano civil, para cada uma dessas modalidades.
ANEXO 8 117
ANEXO
PERCENTAGENS DE SUBVENÇÃO AO PRÊMIO PARA A SAFRA 2013/2014
Modalidade
Cultura Subvenção
de Seguro
Pecuário 30%
Florestal 30%
Aquícola 30%
Art. 1o É a União autorizada a participar, na condição de cotista, de fundo que tenha por único objetivo
a cobertura suplementar dos riscos do seguro rural nas modalidades agrícola, pecuária, aquícola e
florestal, que passa, nesta Lei Complementar, a ser denominado, simplesmente, Fundo.
§ 1o A integralização de cotas pela União será autorizada por decreto e poderá ser realizada a critério
do Ministro de Estado da Fazenda:
I – em moeda corrente, até o limite definido na lei orçamentária;
II – em títulos públicos, até o limite de R$ 4.000.000.000,00 (quatro bilhões de reais), a ser integralizados
nas seguintes condições:
a) até R$ 2.000.000.000,00 (dois bilhões de reais) por ocasião da adesão da União ao Fundo; e
b) (VETADO)
§ 3o O Fundo não contará com garantia ou aval do poder público e responderá por suas obrigações
até o limite dos bens e direitos integrantes de seu patrimônio.
§ 4o O disposto no § 3o não obstará a União de adquirir novas cotas do Fundo, seja para recompor
patrimônio eventualmente consumido no cumprimento de obrigações próprias do Fundo, seja para
atender metas da política de expansão do seguro rural ou outros objetivos à discrição do Poder
Executivo.
Art. 2o O Fundo poderá ser instituído, administrado, gerido e representado judicial e extrajudicialmente:
I – por pessoa jurídica criada para esse fim específico, da qual podem participar, na condição de cotistas,
sociedades seguradoras, sociedades resseguradoras, empresas agroindustriais e cooperativas; ou
II – (VETADO)
§ 1o O Fundo terá natureza privada e patrimônio próprio separado do patrimônio dos cotistas e da
instituição administradora.
ANEXO 9 119
§ 2o O patrimônio do Fundo será formado:
I – pela integralização de cotas;
II – pelos valores pagos pelas seguradoras e resseguradoras, para aquisição de cobertura suplementar
junto ao Fundo;
III – pelo resultado das aplicações financeiras dos seus recursos;
IV – por outras fontes definidas no estatuto do Fundo.
Art. 3o A participação da União no Fundo é condicionada a que seu estatuto obedeça às disposições
desta Lei Complementar.
§ 6o A sociedade seguradora ou resseguradora que optar por operar com o Fundo deverá, nos termos
e condições previstos no estatuto do Fundo:
I – subscrever cotas do Fundo;
II – contratar cobertura suplementar ofertada pelo Fundo para a totalidade da carteira de risco retido
nas modalidades de seguro rural de que trata o art. 1o.
§ 8o O estatuto do Fundo definirá o número mínimo de cotas que devem ser subscritas e integralizadas
pelas sociedades seguradoras, sociedades resseguradoras ou empresas agroindustriais e cooperativas
para assegurar representação no Conselho Diretor do Fundo.
Art. 4o O Fundo terá direitos e obrigações próprias, pelas quais responderá exclusivamente com
seu patrimônio, eximindo-se a instituição administradora do Fundo, a União e os demais cotistas de
obrigações que são próprias do Fundo.
Art. 5o Aplicam-se aos membros do Conselho Diretor do Fundo e aos gestores da instituição
administradora do Fundo os deveres e responsabilidades de que tratam os arts. 153 a 159 da Lei 6.404,
de 15 de dezembro de 1976.
Art. 7o As receitas do Fundo não estarão sujeitas à Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social (Cofins) e à Contribuição para o PIS/Pasep.
§ 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica às receitas de administração ou gerência auferidas
pela instituição de que trata o art. 2o desta Lei Complementar.
Art. 8o O valor das cotas do Fundo adquiridas por seguradoras, resseguradoras e empresas agroindustriais
poderá ser deduzido:
I – do lucro real, para efeito de imposto de renda; e
II – da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Art. 9o A dissolução do Fundo será condicionada à inexistência de riscos por ele cobertos.
Parágrafo único. Dissolvido o Fundo, seu patrimônio será distribuído entre os cotistas, na proporção
de suas cotas, com base na situação patrimonial à data da dissolução.
Art. 11. A instituição administradora do Fundo deverá submeter, para aprovação dos sócios cotistas, o
plano de operações e o orçamento anual do Fundo, nos termos e prazos definidos pelo órgão regulador
de seguros.
Parágrafo único. O plano de operações e o orçamento anual deverão ser compatíveis com o equilíbrio
atuarial de longo prazo do Fundo.
Art. 12. Caberá ao Conselho Monetário Nacional (CMN) definir as diretrizes para aplicação dos recursos
do Fundo.
Art. 13. A instituição administradora do Fundo, o Fundo e suas operações estão sujeitos à fiscalização
do órgão fiscalizador de seguros, observadas as peculiaridades técnicas, contratuais, operacionais e de
risco da atividade e as disposições do órgão regulador de seguros.
ANEXO 9 121
Art. 15. A Lei 10.823, de 2003, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 1o ..................................................................................
.......................................................................................................
§ 4o (VETADO)” (NR)
“Art. 3o .........................................................................
.............................................................................................
IV – (revogado);
.............................................................................................
VI – (VETADO)”
Parágrafo único. (Revogado)” (NR)
“Art. 5o ........................................................................
I – (revogado);
II – (revogado);
III – aprovar e divulgar:
a) os percentuais sobre o prêmio do seguro rural e os valores máximos da subvenção econômica,
considerando a diferenciação prevista no art. 2o desta Lei;
b) as condições operacionais específicas;
c) as culturas vegetais e espécies animais objeto do benefício previsto nesta Lei;
d) as regiões a serem amparadas pelo benefício previsto nesta Lei;
e) as condições técnicas a serem cumpridas pelos beneficiários; e
f) a proposta de Plano Trienal ou seus ajustes anuais, dispondo sobre as diretrizes e condições
para a concessão da subvenção econômica, observadas as disponibilidades orçamentárias e
as diretrizes estabelecidas no Plano Plurianual;
IV – implementar e operacionalizar o benefício previsto nesta Lei;
V – incentivar a criação e a implementação de projetos-piloto pelas sociedades seguradoras,
contemplando novas culturas vegetais ou espécies animais e tipos de cobertura, com vistas a
apoiar o desenvolvimento da agropecuária; e
VI – estabelecer diretrizes e coordenar a elaboração de metodologias e a divulgação de estudos
e dados estatísticos, entre outras informações, que auxiliem o desenvolvimento do seguro rural
como instrumento de política agrícola.
Parágrafo único. O Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural poderá fixar limites financeiros
da subvenção, por beneficiário e unidade de área.” (NR)
Art. 16. Os arts. 4o, 6o, 9o e 25 da Lei Complementar 126, de 15 de janeiro de 2007, passam a vigorar
com a seguinte redação:
“Art. 4o .........................................................................
.............................................................................................
§ 1o É vedado o cadastro a que se refere o inciso III do caput deste artigo de empresas estrangeiras
sediadas em paraísos fiscais, assim considerados países ou dependências que não tributam a renda
ou que a tributam a alíquota inferior a 20% (vinte por cento) ou, ainda, cuja legislação interna
oponha sigilo relativo à composição societária de pessoas jurídicas ou à sua titularidade.
“Art. 6o ..........................………….................................
.............................................................................................
IV – designar procurador, domiciliado no Brasil, com poderes especiais para receber citações,
intimações, notificações e outras comunicações; e
...................................................................................” (NR)
Art. 17. O art. 108 do Decreto-Lei 73, de 1966, passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 18. A partir da vigência do Fundo de que trata o art. 1o desta Lei Complementar, extinguir-se-á,
na forma e no prazo definidos em regulamento, o Fundo de Estabilidade do Seguro Rural (FESR), de
que tratam os arts. 16 e 17 do Decreto-Lei 73, de 1966.
§ 2o Findo o processo de liquidação de que trata o § 1o deste artigo, o eventual superavit financeiro
será incorporado à conta única do Tesouro Nacional.
Art. 19. Os arts. 32 e 36 do Decreto-Lei no 73, de 1966, passam a vigorar com a seguinte redação:
ANEXO 9 123
XVIII – regular o exercício do poder disciplinar das entidades autorreguladoras do mercado de
corretagem sobre seus membros, inclusive do poder de impor penalidades e de excluir membros;
XIX – disciplinar a administração das entidades autorreguladoras do mercado de corretagem e
a fixação de emolumentos, comissões e quaisquer outras despesas cobradas por tais entidades,
quando for o caso.” (NR)
Art. 20. O Decreto-Lei 73, de 1966, passa a vigorar acrescido do seguinte art. 127-A:
Art. 21. O art. 3o do Decreto-Lei 261, de 28 de fevereiro de 1967, passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 3o .......................................................................
.............................................................................................
§ 1o Compete privativamente ao Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) fixar as diretrizes
e normas da política de capitalização e regulamentar as operações das sociedades do ramo,
relativamente às quais exercerá atribuições idênticas às estabelecidas para as sociedades de
seguros, nos termos dos incisos I a VI, X a XII e XVII a XIX do art. 32 do Decreto-Lei 73, de 21
de novembro de 1966.
§ 2o A Susep é o órgão executor da política de capitalização traçada pelo CNSP, cabendo-lhe fiscalizar
a constituição, organização, funcionamento e operações das sociedades do ramo, relativamente
às quais exercerá atribuições idênticas às estabelecidas para as sociedades de seguros, nos termos
das alíneas a, b, c, g, h, i, k e l do art. 36 do Decreto-Lei 73, de 1966.” (NR)
Art. 23. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Este texto não substitui o publicado no DOU de 27.8.2010 e retificado no DOU de 27.8.2010
Unidade 1 Unidade 2
1–E 1–A
2–D 2–C
3–B 3–E
4–A 4–E
5–D 5–B
Unidade 3 Unidade 4
1–D 1–A 7–C
2–A 2–C 8–A
3–C 3–B 9–B
4–D 10 – B
5–A 11 – A
6–B 12 – B
Unidade 5
1–C
2–D
3–E
4–C
5–A
6–E
GABARITO 125
Testando Conhecimentos
1–D 6–A 11 – C 16 – D
2–C 7–A 12 – C 17 – A
3–A 8–D 13 – A 18 – E
4–E 9–E 14 – E
5–B 10 – B 15 – B
Estudos de Caso
Caso 1
LINHA DA RESPOSTA:
a) O aluno deve relacionar a quebra de safra com o êxodo rural, o aumento
dos custos dos produtos derivados da soja e os reflexos da quebra de safra
junto às empresas fornecedoras de insumos e implementos agrícolas aos
produtores.
b) O aluno deve identificar, dentre os tipos de seguro disponibilizados
no mercado (Multirriscos/Granizo e Rendimento/Índice/Produção/
Custeio), qual o que melhor se adapta às necessidades do produtor rural.
É importante afirmar que não existe resposta certa nem errada, devendo
apenas a justificativa do aluno estar bem embasada.
Caso 2
LINHA DA RESPOSTA: O aluno deve comparar as características do Fundo
de Catástrofe apresentado acima com o FESR apresentado no manual.
Em linhas gerais, a resposta deve conter elementos relativos ao financiamento
das seguradoras em caso de perdas catastróficas, dificuldade de aceitação de
riscos rurais, entre outras.
FUNENSEG. Diretoria de Ensino Técnico. Seguro rural. Assessoria técnica de Bruno Kelly. 11. ed.
Rio de Janeiro: Funenseg, 2014. 128 p.
LOURENÇO, Joaquim Carlos. A evolução do agronegócio brasileiro no cenário atual. [s.l.: s.n., s.d.]
PORTUGAL, Alberto Duque. A visão da pesquisa. Jornal O Globo, Rio de Janeiro, 7 de agosto de 2002.
TÁVORA, Fernando Lagares. Seguro rural: nova lei, velhos problemas [s.l.: s.n.], 2004.