Sie sind auf Seite 1von 2

OTIMIZAÇÃO NO SISTEMA DE TRANSPORTES – 5º PERÍODO

A OTIMIZAÇÃO DO SISTEMA LOGÍSTICO DE TRANSPORTES DO PAÍS

Aqueles que estão no meio acadêmico ou já passaram pelos níveis de


mestrado e doutorado sabe muito bem o que é otimização.
A otimização tal qual é conhecida no meio acadêmico, diz respeito a aplicação
de métodos e técnicas que tem por objetivo obter a melhor resposta para um cenário
ou ambiente de estudo.
É de praxe a aplicação de métodos de aplicação de algoritmos de redes (ou
grafos), do tipo PERT (program evaluation review tecniche), e CPM (critical path
method), em projetos ou de programação matemática linear para determinar
quantidades de produção, dieta ou transporte, ou ainda a teoria de filas (correntes de
Markov), para determinar a quantidade ideal de servidores para um determinado perfil
de demanda.
Mas a otimização da realidade vai muito além de métodos acadêmicos e
formais, que buscam apenas a melhoria de variáveis independentes que interferem
nos resultados fornecidos pelas variáveis dependentes.
Os métodos formais e acadêmicos são extremamente eficazes em cenários
controlados e com variáveis independentes conhecidas e presumivelmente já ótimas.
Trocando as palavras para um significado mais simples, isto quer dizer que se
você aplica os métodos de pesquisa operacional (teoria de redes, programação
matemática linear, programação dinâmica e teoria de filas), em cenários onde se
presume que os valores iniciais e pré-estabelecidos como base para os cálculos, são
os melhores possíveis, o resultado será sempre o melhor.
A presunção de que os dados ou números que servirão como base para
análise de aplicação de otimização são as melhores, é um grande problema, quando
não um erro, pois nem sempre eles são os melhores possíveis, podendo levar a erros
grosseiros.
Veja por exemplo o caso de localização de uma atividade logística seja ela de
suprimento, produção, distribuição, utilização ou reversão (ou todas juntas). Via de
regra a localização é dada pelo uso do modelo de baricentro, onde os custos de
transporte de input e transporte de output são os menores possíveis.
Este modelo é extremamente eficaz sob o ponto de vista de sua lógica e de
seu resultado, porém é completamente ineficiente sob o ponto de vista de médio e
longo prazo, pois outras variáveis podem ser incorporadas na decisão, tais como
incentivos fiscais, modificações de localização das fontes de matérias primas,
modificações de localização dos mercados, influências climáticas, etc.
Uma infinidade de cenários ligados ao ambiente compreendido pela logística
pode ser influenciada por diversos fatores, impedindo a aplicação de métodos de
pesquisa operacional, principalmente aqueles em que o controle é volúvel, tal como
ocorre com as decisões políticas por exemplo.
Quanto maior a quantidade de stakeholders, pior é a estabilização do cenário
para obtenção de variáveis independentes otimizadas. Ainda assim, é possível aplicar
otimização em cenários logísticos, desde que o ambiente seja controlável.

1
Para cenários com grandes dimensões em termos de complexidade, sugiro a
aplicação de simulação para explorar possíveis soluções razoáveis.

O sistema logístico de transportes do país enquadra-se neste caso. O sistema


é de grandes dimensões, sofre influências políticas de vários segmentos da sociedade
organizada e conta com diversos atores com influências variadas.

A Aplicação de otimização neste cenário é na prática, impossível de ser


implementado, mas algumas partes do sistema podem ser otimizadas, porém isto não
garante que o sistema esteja otimizado (um ótimo local não significa que o sistema
esteja otimizado)

Por conta disso, a otimização pura do sistema logístico do país é impossível de


ser obtida para horizontes de médio e longo prazo.
Por: Mauro Roberto Schlüter

Das könnte Ihnen auch gefallen