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SOLUBILIDADE E pH

ÁGUA = VIDA

A água está intimamente relacionada com a existência da vida pois


intervém praticamente em todas as reacções químicas da célula.

As propriedades da molécula da água têm consequências directas no


comportamento das biomoléculas. Os compostos polares tendem a
dissolver-se porque estabelecem interacções com a água.

INTERACÇÕES MOLECULARES

- Ligações electrostáticas
- Ligações por dipolos
- Pontes de hidrogénio
- Forças de van der Waals

Este tipo de interacções moleculares são ligações não covalentes e


reversíveis. Estão presentes em todos os fenómenos biológicos:
determinam a maior ou menor solubilidade de um composto, a
conformação tridimensional das proteínas, o reconhecimento do substrato
pela enzima e desempenham um papel fundamental na replicação do
DNA.

Ligações electrostáticas

Um grupo carregado de uma molécula atraí um grupo com carga de sinal


contrário de outra molécula.
ex. substrato /proteína

A força de atracção electrostática é dada pela lei de Coulomb

F = q1 q2 q1 e q2 são as cargas dos dois


grupos
D r2 e r a distância entre eles. D é a
constante dieléctrica do meio (para
a água D = 80).

Ligações por dipolos

Os dipolos das moléculas polares atraem-se mutuamente segundo o


princípio geral da atracção de cargas opostas.

São ligações mais fracas que as anteriores, mas suficientes para aumentar
o ponto de ebulição de um composto e determinarem o seu estado físico
(se entre as moléculas de acetona acima representadas não existissem
ligações dipolo-dipolo, o seu ponto de ebulição seria inferior a 0ºC em
vez dos 56ºC e à temperatura ambiente o composto estaria no estado
gasoso).

A existência de dipolos vai também permitir a ligação das moléculas


polares a iões (ex. entre os dipolos da água e o NaCl).

Pontes de hidrogénio

Nesta ligação um átomo de hidrogénio é partilhado por dois outros


átomos. Aquele a que o H está ligado de forma covalente é designado
dador de hidrogénio, enquanto que o outro é o aceitador de hidrogénio.
Nos sistemas biológicos o dador é um átomo de oxigénio ou de azoto
ligado de forma covalente a um hidrogénio. O aceitador é possuidor de
uma carga parcial negativa (um par não partilhado de electrões) que atrai
o hidrogénio. Pode ser o azoto, o oxigénio ou o flúor.

São ligações direccionadas: as ligações mais fortes estabelecem-se


quando os átomos do dador, de H e do aceitador são colineares.

Ex. água, dupla hélice do DNA

É a mais forte das interacções moleculares (as energias de ligação variam


entre 3 e 7 Kcal/mol).

São responsáveis pelo elevado ponto de ebulição da água (a molécula de


H2S tem um ponto de ebulição de -64ºC) e em parte pela solubilidade na
água dos álcoois e dos ácidos carboxílicos de massa molecular mais
baixa.

O estado físico dos compostos é também determinado por estas ligações:


assim, os álcoois como o metanol (p.e.=64ºC) são líquidos enquanto que
os alcanos ou os éteres correspondentes são gases (ex. metano, p.e.= -
89ºC).

Forças de van der Waals


A existência destas forças atractivas, muito fracas e não específicas,
deve-se ao facto de a distribuição da carga electrónica de um átomo
variar no tempo, podendo num dado instante não ser perfeitamente
simétrica. Assim, mesmo numa molécula simétrica, os electrões que a
envolvem podem não estar simetricamente distribuídos produzindo um
dipolo temporário muito fraco que pode induzir outros dipolos nas
moléculas vizinhas.
Todas estas interacções produzem atracções intermoleculares designadas
por forças de van der Waals. São as grandes responsáveis pelas
interacções entre moléculas apolares.

A energia de uma interacção de van der Waals é inferior a 1Kcal/mol


(contra as 80 a 180 kcal das ligações covalentes) e desaparece
rapidamente se os átomos envolvidos se distanciarem mais de 1A para
além da distância de contacto (que é de 3,4 A entre o oxigénio e o
carbono).

Este tipo de ligação torna-se significativo se um grande número de


átomos de uma molécula puderem aproximar-se de um número elevado
de átomos da outra molécula (quanto mais electrões envolvidos, melhor).
Esta situação ocorre mais facilmente se a forma das moléculas lhes
permitir associar-se através de mais do que 2 átomos (por exemplo nas
moléculas lineares).

Nos compostos biológicos estas forças contribuem para a estrutura


terciária das proteínas, para a ligação do centro activo de determinadas
enzimas ao substracto e para a fluidez das membranas biológicas (os
fosfolípidos com longas cadeias hidrocarbonadas estão associados por
forças de van der Waals).

SOLUÇÕES
Substâncias dissolvidas num líquido são designadas por solutos. O
líquido em que estão dissolvidas é designado por solvente.

O soluto dissolve-se no solvente para formar uma solução.

A água é o solvente mais abundante do corpo humano representando


cerca de 60% do peso total do corpo.

Concentração do soluto é definida como a quantidade de soluto por


unidade de volume (geralmente define-se o litro como unidade de
volume)

Ex: g/l (não indica a quantidade de moléculas dissolvidas)

moles/l (indica a quantidade de moléculas dissolvidas)

Uma mole de um composto corresponde ao peso molecular de 6x1023


moléculas desse composto e é igual ao seu peso molecular em gramas.

O peso molecular é igual à soma dos pesos atómicos de todos os


átomos presentes na molécula.

Ex: Glucose C6H12O6 = 6 x 12 + 12 x 1 + 6 x 16 = 180

1 litro de água contendo 180g de glucose (1 mole) corresponde a uma


solução 1molar (1M) de glucose.
SOLUBILIDADE MOLECULAR

Um composto dissolve-se num determinado solvente desde que o


conjunto das atracções entre as moléculas do composto e do meio,
após a adição, sejam equivalentes ou superiores às que existiam
antes.

MOLÉCULAS HIDROFÍLICAS – “ que gostam da água ”

São moléculas com grupos polares ou iónicos responsáveis pela


solubilidade na água. Há uma maior interacção entre as moléculas de
H2O e o soluto.

Os álcoois, os ácidos carboxílicos, os ésteres, os aldeídos e as cetonas (de


cadeia curta) formam pontes de hidrogénio com a água e por isso se
dissolvem nela. Muitas biomoléculas por conterem grupos hidroxilo,
carboxilo, éster, amina, amida ou fosforilo, interagem do mesmo modo
com a água.

MOLÉCULAS HIDROFÓBICAS – “ que não gostam de água “

São moléculas não polares, electricamente neutras, que não interagem


com as moléculas polares da H2O.

Ex. O hexano não se dissolve na água. Para haver solubilização do


hexano algumas pontes de hidrogénio entre as moléculas da água teriam
de desaparecer para acomodar as moléculas de hexano. As ligações que
se estabeleceriam seriam to tipo van der Waals, muito mais fracas do que
as pontes de hidrogénio e por isso energeticamente desfavoráveis.

MOLÉCULAS AMFIPÁTICAS
São moléculas que possuem uma região polar ou ionizada numa das
extremidades e uma região não polar na outra e têm dualidade de
comportamentos na água.

As interacções das proteínas com a água desempenham um papel


fundamental na organização da sua estrutura espacial, isto é, o modo
como se processa o enrolamento decorre das interacções da proteína com
a água. Por um lado as cadeias polares (hidrofílicas) tendem a interagir
com a água, expondo-se no exterior da molécula proteica, enquanto que
as cadeias laterais dos aminoácidos apolares (hidrofóficas) por repelirem
a água tendem a refugiar-se no interior da molécula.

Os lípidos membranares têm também um comportamento dualista.


Embora insolúveis na água, um grande grupo de lípidos inclui compostos
cujas estruturas são constituídas por um cadeia carbonada não polar
(hidrofóbica) e uma extremidade polar (hidrofílica). É o caso dos ácidos
gordos, triacilglicerois, fosfolípidos, esfingolípidos e glicolípidos. Estes
três últimos são constituintes fundamentais das membranas biológicas,
onde se dispõem em camadas horizontais (a dupla camada lípidica). A
organização destas estruturas decorre das interacções hidrofílicas e
hidrofóficas com a água. As cabeças polares orientam-se para o exterior,
enquanto que a cadeia hidrocarbonada apolar se dispõe no interior.

O pH DE UMA SOLUÇÃO
O pH de uma solução é definido como o logaritmo negativo de base
10 da concentração de protões livres na água.

pH = - log [H+]

A acidez de uma solução refere-se à concentração de H+ livres em


solução. Quanto maior a concentração de H+ maior a acidez da solução e
menor o pH.

Moléculas que libertam iões de hidrogénio (protões) são chamadas


ácidos.

Moléculas que aceitam iões de hidrogénio são chamadas bases

HCl <=> H+ + Cl-


-
H2CO3 <=> H+ + HCO3

Na água pura a concentração de H+ livres é igual à concentração de


-
OH livres, pelo que é designada por solução neutra. A concentração de
H+ livres na água pura é 10–7 M e o seu pH = 7

H2O <=> H+ + OH-

Soluções básicas têm [H+] menores que 10-7 ( pH > 7 )

Soluções ácidas têm [H+] maiores que 10-7 ( pH < 7 )


O pH dos fluidos biológicos tem de ser contido dentro de limites
muito estreitos (variações superiores a 0,2 seriam fatais).
De forma análoga à definição de pH, define-se:
pKa = -log10 Ka

O pKa é outra medida numérica da força de um ácido. Quanto mais


forte for o ácido mais baixo será o valor de pKa.

É possível relacionar através da equação de Henderson-Hasselbalch, o


valor de Ka de um ácido fraco com o pH da solução que contém o ácido
AH e a sua base conjugada.

A extensão da protólise (dissociação) de um composto na água é medida


pela sua constante de protólise, Ka (ácido) ou Kb (base). No caso de um
ácido temos:

HA + H2O <=> H3O+ + A-

A constante de equilíbrio escreve-se: K = [H3O+] [A-]


[HA ] [H2O]

considerando que a [H2O] é praticamente constante (55,5 M) faz-se


K[H2O] = Ka, logo:
Ka = [H3O+] [A-] ou Ka = [H+] [A-]
[HA] [HA]

e [H+] = Ka [HA] e pH = -log (Ka [HA])


[A-] [A-]

Resolvendo o logaritmo e tendo em atenção a definição de pKa temos:

pH = pKa -log [HA] ou pH = pKa + log [A-]


[A-] [HA]

Equação de Henderson-Hasselbalch
NECESSIDADES HÍDRICAS DO ORGANISMO

A água representa cerca de 45% a 75% do peso corporal.

Esta percentagem varia com o sexo, a idade e a constituição física do


indivíduo.
- O homem tem cerca de 15% mais de água corporal do que a
mulher.
- A percentagem total de água nas crianças é maior que nos
adultos. Cerca de 75% ao nascimento e 60% no adulto.
- A percentagem de água corporal depende da quantidade de
gordura. O tecido adiposo contém menos água que o tecido
muscular.

NECESSIDADES HÍDRICAS

35g água /kg peso/dia


2,5L água /dia no adulto

Litro e meio deve vir da bebida e um litro dos alimentos.

O praticante de exercício precisa de 3 a 3,5L/dia

CONSUMO ENERGÉTICO DO EXERCÍCIO

- 25 a 30% em energia mecânica


- 70 a 75% sob a forma de calor. O calor tem de ser eliminado
por uma perda de água - transpiração.
A perda de água é compensada em parte pela:

- Combustão dos nutrientes libertando CO2 e H2O (ciclo de


Krebs e cadeia respiratória).
- Glicogenólise - por cada grama de glicogénio utilizado são
libertados 3gr de água.

A capacidade física do praticante de exercício é influenciada pela


perda de líquidos.

Desidratação de 4% do peso corporal => perca de 40% da


capacidade de trabalho a 18%.

Desidratação de 4% do peso corporal => perca de 60% da


capacidade de trabalho a 41%.

Uma desidratação de 10% do peso corporal pode ser fatal.

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