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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA

CURSO DE PSICOLOGIA
TÉCNICAS PROJETIVAS

TESTE PROJETIVO DE PERSONALIDADE


PSICODIAGNÓSTICO DE RORSCHACH

Profª Maria Angélica Gabriel


2014
PSICODIAGNÓSTICO DE RORSCHACH

O teste foi criado por H. Rorschach na década de 40 e desenvolvido


posteriormente por outras escolas. O Psicodiagnóstico de Rorschach é um teste
projetivo de personalidade composto por dez imagens ou pranchas que são apresentadas
ao examinando uma de cada vez. Apresenta-se ao sujeito um material não verbal e,
ainda, desprovido de significados prévios, apenas manchas de tintas.
A aplicação do teste não se acomoda a instruções imutáveis. As explicações a
serem dadas ao sujeito variam conforme a idade, aspectos psicopatológicos e grau de
instrução. As repostas dadas pelo sujeito são classificadas e analisadas qualitativa e
quantitativamente. O teste é composto de três etapas, a primeira em que o sujeito dá as
respostas, a segunda em que é feito um inquérito pelo examinador e a terceira em que as
respostas são classificadas e analisadas.

MATERIAL NECESSÁRIO PARA APLICAÇÃO

 10 Pranchas
 Folha de Respostas
 Folha de Localização
 Cronometro
 Canetas de diferentes cores

APLICAÇÃO

As pranchas têm uma parte superior e uma inferior e, considerando isso, devem ser
apresentadas na com a parte superior para cima. Caso o sujeito vire a prancha deve-se
anotar na folha das respostas a posição que ele viu a resposta (^ , v ,< , > ). A atitude de
virar a prancha revela um espírito metódico, exploração sistemática de todas as
possibilidades ou uma atitude de oposição, consistindo em conduzir-se ao contrario do
que é proposto. O sujeito só poderá ver uma prancha de cada vez, pois a visualização de
mais pranchas pode misturar os instintos do sujeito e alterar as respostas a serem dadas
pelo mesmo. O examinador anota todas as respostas do sujeito, assim como os
comentários e seu comportamento. O sujeito pode dar a quantidade de respostas que
quiser para cada prancha, e o examinador deverá estar atento a anotá-las. É necessário
utilizar o cronometro
para anotar o tempo total (T.T) gasto em cada prancha e o tempo de reação (T.R),
decorrido entre a apresentação da prancha e a primeira resposta dada efetivamente pelo
testando. O quadro geral desses tempos permitirá saber, depois, em que prancha o
sujeito se afastou sensivelmente de sua média habitual e, em conseqüência, quais os
pontos vulneráveis nele mobilizados. Uma vez aplicado o teste, o examinador volta a
cada uma das respostas, para que o sujeito explique onde e como a viu. Trata-se do
inquérito, indispensável para classificar as respostas do sujeito (localização,
determinantes e conteúdo). Quando a pessoa testada não viu um detalhe importante ou
não deu uma resposta onde se possam identificar as classificações, pode-se induzi-lo
com uma pergunta a fim de descobrir tais dados. As respostas novas produzidas
espontaneamente durante o inquérito são registradas como respostas adicionais (AD) e
não competem na analise quantitativa (ANZIEU, 1989)

INSTRUÇÕES

O examinador deverá explicar ao sujeito que a duração do teste é livre, que cada
um tem a liberdade para ver o que quiser que não há respostas certas e erradas, boas
nem más e que, em certo sentido, todas as respostas são boas. No entanto não se deve
dar nem um tipo de exemplo de resposta. Deve-se dizer também ao sujeito que enquanto
ele responde o que vê nas manchas, o examinador estará fazendo anotações das
respostas que foram dadas. Antes de iniciar tire todas as dúvidas do sujeito e quando ele
estiver preparado inicie o teste.

QUADRO GERAL DE CLASSIFICAÇÃO DAS RESPOSTAS

Localização Determinantes Conteúdos Original/Banal


G F+, F-, F+/-, F? Elem.
D C, FC, CF Geo.
Dd K, kan, kob, kp PL.
E, EF, FE Nat.
Clob, FClob, ClobF A.
A-Cena
Ad.
Anat.
Sg.
Sex.
H.
H-Cena
(H)
Hd.
Masc.
Objt.
Alim.
Arte
(Arte)
Arq.
Símb.
Abstr.

LOCALIZAÇÃO (Globais, Detalhes Frequentes e Detalhes Infrequentes)


(Onde na macha você viu isso?)

Classificar uma resposta quanto à localização é identificar em que parte da mancha


o examinando vê a resposta. A localização informa sobre como o sujeito entra em
contato com a realidade, seu relacionamento com o mundo externo.

RESPOSTAS GLOBAIS

Utiliza-se a letra G para classificar a respostas globais. Classifica-se uma resposta


como Global quando o sujeito visualiza sua resposta na mancha inteira. As respostas
globais podem ser primárias ou secundárias. A primeira é quando o sujeito vê a sua
resposta em um só ato perceptivo sem diferenciação previa de detalhes e as secundárias
exigem uma elaboração da resposta, há uma sucessão de operações mentais para ao final
chegar a uma resposta global.
As respostas globais podem ser classificadas como:

G (Global cortada): São respostas globais das quais é cortado um pequeno detalhe.
Expressam repressão, atitude cautelosa ou ambição acima de suas possibilidades.

GDbl: Global incluindo detalhe branco, mostra um nível intelectual superior, indicando
a capacidade de superar a oposição figura e fundo, integrando as em uma síntese
superior.

DG : Quando o sujeito parte de um detalhe da mancha e vai ampliando o percepto para


a figura total.
DdG : Quando vê em uma parte infreqüente da mancha e depois vê na figura total.
Obs.: A prancha três representa o relacionamento humano e, é a única que se o sujeito
ver a resposta só na mancha preta é considerado Global.

DETALHE FREQÜENTE

D : Respostas de detalhe frequente, quando vê a resposta em um corte da mancha que as


pessoas normalmente vêem. São constituídas pelos cortes mais freqüentes interpretados
em cada prancha. Indica o gosto pelo concreto, o sentido de realidade, a inteligência
prática.

DdD : Se dá quando o sujeito inicia em um detalhe infreqüente (Dd) e chega a um


detalhe freqüente (D).

DDbl : Quando o sujeito vê no branco, mas agrega a um D.

Dbl: Quando o sujeito tem o percepto no detalhe branco da mancha.

DETALHE INFREQUENTE

Quando o sujeito vê a sua resposta em uma parte da mancha, em que normalmente


as pessoas não veem. Tem como característica básica a meticulosidade, seja intelectual
e/ou afetiva. Também representam pensamento capaz de analisar pequenos detalhes,
espírito agudo de observação. Os Dd numerosos, dispersos e pobres, indicam pobreza
cultural, se não intelectual.

Dd : Detalhe infreqüente, não e comum ver essa imagem naquela parte da figura.

DdDbl : Detalhe infreqüente incluindo o fundo branco.


Do : Detalhe inibitório, detalhe infreqüente, normalmente visto onde se vê D. Onde
normalmente as pessoas vê um D ela corta e vê um Dd no mesmo detalhe. O
oligrofrenico não consegue ver o outro integrado, ou seja, inteiro

DETERMINANTES (FORMA, COR, MOVIMENTO E ESFUMAÇADO)


(O que na macha te deu a impressão de ser...?)
É o que na mancha determinou aquilo que o sujeito percebeu na figura. Os
determinantes são Forma, Cor, Movimento e Esfumaçado. Quando for respostas de
humano ou animal inteiro, deve-se investigar, inicialmente, se há movimento (ex.:
Como está esta pessoa?)

FORMA

Quando a resposta do sujeito é motivada pela forma da mancha. Mostra a razão e


pensamento do sujeito, capacitando-o para orientar-se na vida, para adaptar-se a
realidade. Obs.: É importante que o sujeito de um número significativo de respostas de
forma.

F+ : Forma bem vista ver o que a maioria das pessoas vêem.

F-: Forma mal vista, ver o que as pessoas normalmente não vêem aquela mancha.

F +/- : Forma imprecisa, quando ele não define bem o que vê. (ex.: Vejo um bicho, Vejo
uma construção)

F? : Forma definida, mas não identificada como + ou -. É quando não se tem dados para
dizer se ela é bem vista ou mal vista.

MOVIMENTO

Quando o sujeito dá movimento a resposta dada (Ex: duas pessoas dançando).


As respostas de movimento mostram o mundo interno do sujeito e vão prevalecer as
outras respostas.

K: Figura humana ou animais que fazem movimentos humanos (macaco ou urso em


movimento humano).

kan: Animal inteiro visto em movimento.

kp: Movimento humano violento visto em detalhe infreqüente ou em parte do corpo


humano (Hd).
kob: Movimento de objetos ou forças da natureza
Obs.: kan e kob representam impulsos do sujeito.
COR

Quando o percepto do sujeito é desencadeado pela cor da mancha (x: Uma folha
de alface no verde). É a resposta desencadeada pela cor da mancha com ausência,
secundariedade ou predominância da forma.

FC: Quando a forma é definida numa resposta de cor. A cor corresponde a um objeto
real com uma forma precisa.
Ex.: Gota de sangue (Tem forma de gota e cor de sangue)

CF: Forma semidefinida com cor. Existe uma forma mais é imprecisa.
Ex.: Mancha de sangue (Uma mancha tem forma imprecisa)

C: Quando só a cor determina a resposta e não tem forma.


Ex.: Sangue

Cn: Cor nomeada. Dar nome da cor como resposta (ex.: Aqui é o amarelo). Não é
comum e não inclui no somatório de C nas analise quantitativas do teste.

ESFUMAÇADO

As respostas são desencadeadas pela cor cinza e suas nuances

FE: Quando a forma é precisa e sobrepõe o esfumaçado.

EF: Quando a forma é imprecisa e o esfumaçado sobrepõe a figura.

E: Quando não aparece forma nenhuma o sujeito só vê o esfumaçado.

CLOB

Quando o examinando emite uma resposta com um mal estar desencadeado pela
mancha preta. Uma resposta disfórica. (ex.: é um morcego horrível preto – prancha V).

FClob: Quando tem forma definida.

ClobF: Quando não tem forma definida


Clob: Quando não tem forma

CONTEÚDOS

Elem.: Um dos 4 elementos da natureza (ar, água, terra e fogo)


Geo.: Geografia, mapa.
Pl.: Planta, árvore, flor.
Nat.: Natureza, paisagem.
A: Animal
A-cena: Cena animal. Quando figuras de animal têm uma história narrada pelo sujeito.
Ad.: Parte do corpo de um animal.
Anat.: Anatomia, radiografia, ossos, vísceras.
Sg.: Sangue
Sex.: Sexo
H: Figura humana inteira
H-cena: Cena humana
(H): Figura fantasiada, fantasistica ou exótica.
Hd.: Parte do corpo humano.
Másc.: Máscara
Objt.: Objeto fabricado
Alim.: Alimento
Arte: Quadro, desenho, escultura, instrumento musical
(arte): Quadro sem significação
Arq.: Arquitetura, edifícios, fontes
Símb.: Símbolos
Abstr.: Abstração ex.: Alegria

ANALISE QUANTITATIVA

R = É o número total de respostas, somam-se todas as respostas dadas pelo sujeito.


Localização

Calcula-se em seguida as respostas de localização, somando individualmente o total de


∑G, ∑D, ∑Dd. Tendo a soma de localização, tira-se a porcentagem de cada uma.
∑G = G + G + DG + DdG + GDbl G% = ∑G x 100

R
∑D = D + DdD + DDbl D% = ∑D x 100

∑Dd = Dd + DdDbl + Dbl Dd% = ∑Dd x 100

 Tipo de Apreensão (T.A.)

Para R = 30

G = 20% - 30%
D = 55% - 60%
Dd = 10%

Quando R aumenta G baixa


D aumenta

G > D : inteligência mais teórica

G < D : inteligência mais prática

OBS: considere os percentuais na análise

 Em termos psicopatológicos:

G > : maníacos e esquizofrênicos

D > : depressivos e esquizofrênicos c/ rigidez defensiva

Dd > : débeis mentais, obsessivos e esquizofrênicos

Determinantes

 Análise da atividade reguladora da Razão

Soma-se ∑F, depois deve saber o F%

∑F = (F+) + (F-) + (F±) + (F?)

Obs.: média no Brasil = 50%


F% = ∑F x 100

R
o Indica a capacidade para o sujeito se orientar na vida, adaptar-se à realidade
exterior devido à atividade reguladora da razão e do pensamento.

o Se = 100%  asfixia da vida afetiva e pessoal

o Se rebaixado  histeria, psicose, adolescência rebelde e artistas

 Força do Ego (atenção precisa e julgamento exato)

∑F+ = (F+) + (F± / 2) + (F? / 2)

Obs.: Brasil varia entre 70-85%

F+% = ∑F+ x 100

∑F
o indica aptidão para orientar o pensamento mantendo atenção precisa e
julgamento exato (força do ego)

o próximo de 100%  controle rígido e obsessivo do pensamento.

o Se = 60  histeria

o Muito baixo  psicose ou debilidade mental

 Relação da ambição com potencial criador

2G:1K

o Se G > K : ambição acima do potencial criador

o Se G = K : narcisismo e fantasias predominam

 Relação entre vida pulsional e ego

2 K : 1 kan

o Se K > kan  vida pulsional subordinada ao sistema de valores do sujeito


o Se K= kan  sujeito ao mesmo tempo controlado e espontâneo

o Se K < kan  sujeito busca satisfação imediata dos desejos.

Obs.: se K e kan e F+ normal = Inibição neurótica

se K e kan e F+ = Fragilidade egóica,

 Relação entre tensão psíquica e recursos interiores

1,5 K : 1 (kan + kob)

o Se kan + kob > K  as tensões psíquicas são fortes demais para que o sujeito
utilize construtivamente seus recursos interiores.

Kp  sujeitos mais sonhadores, timidez, sentimentos de inibição e inferioridade.

 Cálculo das respostas de Cor

∑C = 0,5 . FC + 1 . CF + 1,5 . C

 Capacidade de suprimir um impulso carregado de afeto

∑C : ∑E

Impulso : controle

 Tipo vivencial

∑K > ∑C e ∑C = 0  introversivo puro


∑C nitidamente > 0  introversivo dilatado

∑K < ∑C e ∑K = 0  extratensivo puro


∑K nitidamente > 0  extratensivo dilatado

∑K = ∑C = ambigual

∑K = ∑C = 1 – coartitivo
retração psíquica
∑K = ∑C = 0 – coartado

CF : FC

Princípio : Principio
do da
Prazer Realidade

 Calculo das respostas de Esfumaçado

∑E = 0,5 . FE + 1 . EF + 1,5 . E

 Confirmação do Tipo Vivencial

∑C : ∑ E se C > E, não há controle sobre os afetos

 Confirmação do Tipo Vivencial

 VIII + IX + X %

> 40% extratensivo


< 40% introversivo

Conteúdos

 Relações Interpessoais

Tendo o somatório de H tira-se a porcentagem

H% = ∑H x 100

Mulheres de 15 a 30%
Homens de 10 a 20%

Relação de Respostas de humanos inteiros e Partes de humano

 Incapacidade de ver o ser humano no integra, tendências


hipocondríacas ou agressividade.
2 H : 1 Hd

 Pensamento infantil e / ou estereotipia do Pensamento

Tendo o somatório de todos os A tira-se a porcentagem

A% = ∑A x 100

R
 Normal entre 30% e 60%
 Indícios de Angustia Patológica

Hd + Anat + Sexo + Sg > 12%

SÍNTESE DIAGNÓSTICA

Depois de feito todos os cálculos possíveis descritos no regulamento do teste,


devem-se analisar os números apresentado nas fórmulas e o que correspondem,
analisando o que o sujeito apresenta a nível intelectual, socioambiental, emocional e
patológico. É comum surgirem discrepância nos dados coletados na analise devido à
projeção de materiais conscientes e inconsciente do sujeito. A síntese deve ser analisada
conforme descrita no Psicodiagnóstico de Rorschach, seguindo a esta ordem
anteriormente citada, eliminando as repetições e afirmando na síntese se necessário
utilizar outros meios de investigações para confirmação de algum aspecto apresentado.

REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

ANZIEU, Didier. Os Métodos Projetivos. 5 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1989.


Reimpressão.

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