Sie sind auf Seite 1von 7

POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE NO BRASIL1

Karina de Nazaré Rosa Chermont Berni2


Dra. Clara Roseane da Silva Azevedo Mont’Alverne 3

RESUMO: As políticas públicas são ações do Estado e de instituições não governamentais e privadas
com o objetivo de melhorar a qualidade do serviço público do Brasil. Uma das principais políticas
públicas é a da saúde, porém existe uma confusão que deve ser sanada que é entre “Saúde” e
“Assistência Social”, apesar de fazerem parte da Seguridade Social, são distintas entre sí, pois o
enunciado constitucional de que “Saúde é direito de todos e dever do Estado” não tem o condão de
abranger as condicionantes econômico-social da saúde, não devendo dessa maneira alcançar de
forma ampla e irrestrita todas as ações e serviços de saúde. Para isso, devem-se estabelecer o que
pode ser financiado com recursos dos fundos de saúde, adotando parâmetos que devem ser
colocados à disposição da população no âmbito do SUS. Os órgãos e entidades do SUS devem
conhecer e informar à sociedade e o governo os fatos que interferem na saúde da população e com
isso adotar políticas públicas sem a necessidade de estarem obrigados a utilizarem recursos do fundo
de saúde a título de investimento nas causas de econômia-social. A vigilância nutricional populacional
deve ser realizada pelo SUS em articulação com outros órgãos e setores governamentais em razão
de sua interface com a saúde, mas as quais, a saúde como setor não as executa. O fornecimento de
cesta básica, alimentação a crianças e idosos etc. são situações de carência que necessitam de
apoio do Poder Público, mas no âmbito da Assistência Social da Administração Pública .

PALAVRAS-CHAVE: Constituição, políticas públicas, saúde, doença, SUS.

INTRODUÇÃO

A Política pública é definida como o conjunto de ações desencadeadas


pelo Estado, no caso brasileiro, nas escalas federal, estadual e municipal, com
vistas ao bem coletivo. Elas podem ser desenvolvidas em parcerias com
organizações não governamentais e, como se verifica mais recentemente, com a
iniciativa privada. Elas estão ligadas à nossa sociedade, e uma das mais
importantes é a Saúde, pois é a maior preocupação do país, estados e municípios. A
principal causa é voltada à classe baixa, pobres que esperam ser atendidos num
período curto de tempo. Há em nosso sistema um entrave muito grande os quais
não pode solucionar porque a população é carente, desmotivada e existe um grande
número de analfabetos, os médicos são poucos e há lugares de nosso país que a
medicina está fora de alcance.

1
Artigo apresentado como exigência parcial para obtenção da nota do 2°NPC da disciplina
Metodologia do Trabalho Científico
2 Graduada em Farmácia Bioquímica (1995) pelo Centro de Ensino Superior do Pará. - CESUPA.

Graduanda em Direito pela FABEL-Faculdade de Belém.


3Professora Adjunto I da Faculdade de Belém – FABEL. Doutora em Ciência da Educação (2011)

pela Universidade Autonoma de Asunción – UAA. Mestra em Serviço Social (2006) pela Universidade
Federal do Pará – UFPA.
2

O grande desafio das políticas públicas é atuar também na parte da


alimentação básica dos trabalhadores, para que possam usufruir de uma saúde e
um rendimento eficaz. Desta forma a políticas públicas sociais devem manter um
acompanhamento diário de como a população vive.
A saúde em nosso país está um caos, e os mais atingidos são as crianças
e os idosos que se submetem a ficarem num corredor, numa maca sofrendo e
gemendo, pois os leitos de hospitais encontam-se abarrotados. O direito a saúde
nos termos do art. 196 da Constituição Federal de 1988, pressupõe que o Estado
deve garantir não apenas serviços públicos de promoção, proteção e recuparação
da saúde, mas adotar políticas econômicas e sociais que melhorem as condições de
vida da população evitando-se, assim o risco de adoecer. a saúde, mas adotar
políticas econômicas e sociais que melhorem as condições de vida da população
evitando-se, assim o risco de adoecer.

2. A SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL

No que concerne as políticas públicas no Brasil, mesmo após a


Constituição Federal de 1988, que instituiu o SUS, o qual centraliza, através do
Governo Federal diretrizes e prioridade para o setor de saúde destinadas às esferas
estadual e municipal, contudo a acentuada privatização define o investimento no
setor de saúde com recursos do orçamento da União produzidos pelo setor privado,
visualizadas em nossa realidade principalmente através do fortalecimento os planos
de saúde. Nesse sentido, Lenir Santos4 constata que o conjunto de ações
destinadas ao Estado e municípios distancia-se das reais condições de saúde
vivenciadas pela população brasileira. Como conseqüencia, a população usuária
recebe uma prestação de serviços cuja lógica de acesso não corresponde à relação:
disponibililidade tecnológica/necessidade de atendimento, mas a exigência de
lucratividade do setor privado.
Com a Constituição de 1988, o direito à saúde foi elevado à categoria
de direito subjetivo público, num reconhecimento de que o sujeito é

4
SANTOS, Lenir. Saúde: conceito e atribuições do Sistema Único de Saúde. Jus Navigandi,
Teresina, ano 10, n.821,2 out. 2005. Disponível em http://jus.uol.com.br/revista/texto/7378. Acesso
em: 17 de abril.2011.
3

detendor do direito e o Estado o seu devedor, além, é obvio, de uma


responsabilidade própria do sujeito que também deve cuidar de sua própria
saúde e contribuir para a saúde coletiva. Hoje, compete ao Estado garantir
a saúde do cidadão e da coletividade.

Porém, diante do conceito trazido pela Constituição de que “Saúde é


direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuparação”, abandonou-se um sistema que apenas considerava a saúde pública
como dever do Estado no sentido de coibir ou evitar a propagação de doenças que
colocavam em risco a saúde da coletividade e assume-se que o dever do Estado de
garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e
sociais, além da prestação de serviços públicos de promoção, prevenção e
recuperação.

3. FATORES QUE INTEGRAM AS POLÍTICAS PÚBLICAS

A visão epidemiológica da questão saúde-doença, que privilegia o estudo


de fatores sociais, ambientais, econômicos, educacionais que podem gerar a
enfermidade, passou a integrar o direito à saúde. Esse novo conceito de saúde
considera as suas determinantes e condicionantes – alimentação, moradia,
saneamento, meio ambiente, renda, trabalho, educação, transporte etc e impõe aos
órgãos que compõem o SUS o dever de identificar esses fatores sociais e
ambientais e ao Governo o de formular políticas públicas condizentes com a
elevação do modo de vida da população. Assim, não podemos mais considerar a
saúde de maneira isolada das condições que acercam o indivíduo e a coletividade. É
preciso falar de saúde falando também do modo como o homem se relaciona com o
seu meio social e ambiental.
Logo sem redução das desigualdades sociais, sem a erradicação da
pobreza e a melhoria do modo de vida, o setor saúde será o estuário de todas as
mazelas das más políticas sociais e econômicas. E sem essa garantia de mudança
dos fatores condicionantes e determinantes não se estará garantindo o direito à
saúde em sua abrangência constitucional. No art.196 da CF/88 o primeiro enunciado
desse artigo excecução de políticas sociais e econômicas protetivas da saúde
vincula-se a planos e programas do Estado Federal(norma programática) que devem
4

assegurar ao indivíduo e à coletividade tudo aquilo que possa ser considerado


essencial para a satisfação da saúde física, mental, psicológica, moral e social –
morar bem, ter salário digno, ter mais lazer, boa educação, alimentação suficiente,
segurança, previdência etc. Para Patrícia Lucchese e Crislaine Maltez Costa5 “as
políticas públicas sociais precisam e devem manter um acompanhamento diário de
como a população vive mesmo”.

4. O PAPEL DO SUS NO PAÍS

Deve-se delimitado campo de atuação do SUS, definido


constitucionalmente(art.196 CF/88), o qual é reproduzido por Lenir Santos 6 como “o
conjunto de ações e serviços públicos organizados em rede regionalizada e
hierarquizada de execução das três esferas do governo”. O direito à saúde como
serviço público colocado à disposição da coletivedade pelo SUS, não pode
pretender garantir ao indivíduo a melhoria de sua renda, de sua moradia, de sua
alimentação, educação, sob o argumento de que a Constituição asservera que o
direito à saúde deve ser efetivado mediante a adoção de políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de adoecer.
Esses fatores são determinantes para o bem estar físico, mental e social
do cidadão, mas não estão a cargo do setor saúde. Para melhor compreesão do
disposto no art.196 CF/88 é preciso desdobrá-lo em dua partes: a primeira de
linguagem mais difusa que corresponde a programas sociais e econômicos que
visem à redução coletiva de doenças e seus agravos, com melhora da qualidade de
vida do cidadão. Esta 1ª parte diz respeito muito mais à qualidade de vida, numa
demonstração de que saúde tem conceito amplo que abrange o bem estar
indivídual, social, afetivo, psicológico, familiar etc e não apenas a prestação de
serviços assistenciais, e a 2ª parte de dicção mais objetiva, obriga o Estado a manter
na forma do disposto nos arts.198 a 200 da CF/88 e Lei nº 8.080/90, ações e
5
LUCCHESE, Patricia; COSTA, Gislaine Maltez. Políticas públicas em saúde. Set. 2007. Disponível
em http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1672731-pol%C3%ADticas-p%C3%BAblicas-em-
sa%C3%BAde/. Acesso em: 17 de abril.2011

6
SANTOS, Lenir. Saúde: conceito e atribuições do Sistema Único de Saúde. Jus Navigandi,
Teresina, ano 10, n.821,2 out. 2005. Disponível em http://jus.uol.com.br/revista/texto/7378. Acesso
em: 17 de abril.2011.
5

serviços públicos de saúde que possa promover a saúde e prevenir, de modo mais
direto mediante uma rede de serviços regionalizados e hierarquizados os riscos de
adoecer(assistência preventiva) e recuperar o indivíduo das doenças que o
acometem(assistência curativa).
A seção do cápitulo Seguridade social, temos que o art.196 CF/88 de
maneira ampla, cuida do direito à saúde, o art.197 CF/88 trata da relevância pública
das ações e serviços de saúde, públicos e privados, conferindo ao Estado o direito e
o dever de regulamentar, fiscalizar e controlar o setor(público e privado), o art.198
CF/88 dispõe sobre as ações e os serviços públicos de saúde que devem ser
garantidos a todos os cidadãos para a sua promoção, proteção e recuperação, ou
seja, dispõe sobra o SUS ,o art.199 CF/88 trata da liberdade da iniciativa privada,
suas restrições(não pode explorar o sangue, por ser bem fora do comércio, deve
submeter-se à lei quanto à remoção de órgãos e tecidos e partes do corpo humano,
não pode contar com a participação do capital estrangeiro na saúde privada, não
pode receber auxilios e subvenções se for entidade de fins econômicos etc) e a
possibilidade de o setor participar completamente do setor público e o art.200 CF/88,
das atribuições dos órgãos e entidades que compõem o sistema público de saúde o
SUS é mencionado somente nos arts.198 e 200.
O art.198 CF/88 estatuí que todas as ações e serviços públicos de saúde
constituem um único sistema o SUS. Esse sistema tem como atribuição garantir ao
cidadão o acesso às ações e serviços públicos de saúde, essa equivale a 2ª parte
do art.196 CF/88. O art.200 CF/88 define em que campo deve o SUS atuar, as
atribuições relacionadas não são taxativas ou exaustiva outras poderão existir na
forma da lei. Os órgãos e entidades do SUS devem conhecer e informar à sociedade
e ao Governo os fatos que interferem na saúde da população com vistas à adoção
de políticas públicas sem, contudo estarem obrigados a utilizar recursos do fundo de
saúde para intervir nessas causas, pois quem tem o dever de adotar políticas sociais
e econômicas que visem evitar o risco da doença é o Governo como um
todo(políticas de governo), e não é a saúde como setor(políticas setoriais). Segundo
Paulino Raimundo7 “a privatização define o investimento no setor de saúde com

7
RAIMUNDO, Paulino. Políticas públicas de saúde. Fev. 2009. Disponível em
http://www.webartigos.com. Acesso em: 17 de abril.2011.
6

recursos do orçamento da união produzidos pelo setor privado, visualizadas em


nossa realidade principalmente através do fortalecimento do plano de saúde”

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Geralmente se confunde “saúde” com “assistência social” áreas da


Seguridade Social, mas distintas entre sí. A alimentação é um fator que condiciona a
saúde tanto quanto o saneamento básico, o meio ambiente degradado, a falta de
renda e lazer, a falta de moradia, dentre tantos outros fatores condicionantes e
determinantes, tal qual mencionado no art.3º da Lei 8.080/90. Essa Lei ao dispor
sobre o campo de atuação de SUS inclui a vigilância nutricional e a orientação
alimentar, atividades complexas que não tem a ver com o fornecimento puro e
simples da bolsa-alimentação, vale-alimentação ou qualquer outra forma de garantia
de mínimos existenciais e sociais de atribuições da asssistência social ou de áreas
da administração pública voltadas para corrigir as desigualdades sociais.
Frente a toda essa gama de elementos que permeiam toda a estrutura
das políticas públicas no nosso país e especificamente as de saúde, esperasse que
num futuro próximo se concretize uma melhora significativa nessa área e que as
classes populares tenham o acesso devido a esse bem material tão precioso para o
bem estar de toda a coletividade que é a saúde.

REFERÊNCIAS:

LUCCHESE, Patricia; COSTA, Gislaine Maltez. Políticas públicas em saúde. Set.


2007. Disponível em http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1672731-
pol%C3%ADticas-p%C3%BAblicas-em-sa%C3%BAde/. Acesso em: 17 de abril.2011.

RAIMUNDO, Paulino. Políticas públicas de saúde. Fev. 2009. Disponível em


http://www.webartigos.com. Acesso em: 17 de abril.2011.

SANTOS, Lenir. Saúde: conceito e atribuições do Sistema Único de Saúde. Jus


Navigandi, Teresina, ano 10, n.821,2 out. 2005. Disponível em
http://jus.uol.com.br/revista/texto/7378. Acesso em: 17 de abril.2011.
7

Das könnte Ihnen auch gefallen