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(Continuação do Acórdão referente ao Processo nº 30.171/2016...........................................................)
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eis que o Relatório de Inspeção Anual programada do turco da Baleeira nº 3, não abrange uma
verificação universal do sistema, posto que somente é recomendada a troca das pastilhas do
sistema de frenagem, sem mencionar alguma verificação ou substituição dos discos de freio. E
por fim, para que fosse apresentado um Relatório Complementar visando nova análise dos fatos,
a partir das diligências solicitadas.
As diligências foram cumpridas.
Em oitiva (fls. 235/236), o Sr. Luiz Roberto Cordeiro, representante legal da pessoa
jurídica Petróleo Brasileiro S/A – PETROBRAS, relatou que na época do evento não havia
procedimento que determinasse a necessidade de manutenção no disco de freio. Que não havia
periodicidade na troca do disco de freio, mas somente a troca das sapatas de freio, e que também
o fabricante do conjunto do turco da baleeira não previa a inspeção dimensional dos discos de
freio. Na época do fato não havia previsão de intervenção para o disco de freio, e que por isso,
não havia responsável por tal procedimento. Entretanto, atualmente, essa atividade está a cargo
do SUMEC (Supervisor de Manutenção Mecânica). E que até setembro de 2014, o disco de freio
era original, datado da construção da plataforma, em 1973, instalado pelo fabricante do turco.
Em Relatório Complementar, (fls. 233/233v), o Encarregado do IAFN asseverou
que a pessoa jurídica Petróleo Brasileiro S/A – PETROBRAS, após o fato, determinou a troca de
todo o sistema do turco, sendo instalado um equipamento novo, cujo manual agora contempla,
no item 12, (fl. 248v), a verificação dos discos de freio.
Por fim, o Encarregado do Inquérito concluiu que o fato em apreço, deveu-se a um
caso fortuito, já que os técnicos envolvidos cumpriram tão somente o que estava preconizado na
norma N-2225. Portanto, constata-se que à época do incidente, não havia procedimentos que
determinassem a substituição do item que apresentou problemas, e que o posicionamento dos
funcionários seguiu estritamente o contido na norma acima mencionada.
Após analisar os elementos de prova coligidos, a D. Procuradoria Especial da
Marinha - PEM (fls. 257 a 260) requereu o arquivamento dos presentes autos, com o
entendimento “que o fato em apreço foi de natureza fortuita, visto que não resultou de
comportamento culposo, mas de um acontecimento possível, de efeito imprevisível e inevitável.
Por consequência não havendo responsáveis pelo evento danoso”.
Publicada Nota para Arquivamento. Prazos preclusos, sem manifestações de
possíveis interessados.
Decide-se.
Por todo o exposto, deve-se concordar com a promoção da D. Procuradoria Especial
da Marinha - PEM (fls. 257 a 260) e mandar arquivar os presentes autos, considerando este como
mais um daqueles eventos de origem fortuita.
Assim,
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(Continuação do Acórdão referente ao Processo nº 30.171/2016...........................................................)
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ACORDAM os Juízes do Tribunal Marítimo, por unanimidade: a) quanto à natureza
e extensão do fato da navegação: queda de baleeira no mar, durante teste de frenagem, a bordo de
Plataforma posicionada no Campo de Marlim, Bacia de Campos, Campos dos Goytacazes, RJ,
com perda total da embarcação, sem, no entanto provocar acidentes pessoais, tampouco poluição
ao meio ambiente marinho; b) quanto à causa determinante: defeito no sistema de frenagem do
turco, por motivo fortuito; e c) decisão: julgar o fato da navegação, previsto no artigo 15, alínea
“e”, da Lei nº 2.180/54 como mais um daqueles eventos de natureza fortuita, determinando o
arquivamento dos presentes autos como requerido pela D. Procuradoria Especial da Marinha -
PEM em sua promoção (fls. 257 a 260).
Publique-se. Comunique-se. Registre-se.
Rio de Janeiro, RJ, em 12 de dezembro de 2017.
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COMANDO DA MARINHA
c=BR, st=RJ, l=RIO DE JANEIRO, o=ICP-Brasil, ou=Pessoa Juridica A3, ou=ARSERPRO, ou=Autoridade Certificadora SERPROACF, cn=COMANDO DA MARINHA
2018.05.10 10:13:56 -03'00'