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Universidade Federal da Integração Latino-Americana

Instituto Latino-Americano de Tecnologia, Território e Infraestrutura

Disciplina: Mecânica dos Fluidos I

Bibliografia: Çengel, Y. A. & Cimbala, J. M., “Mecânica dos Fluidos –


Fundamentos e Aplicações”, McGraw-Hill, 2006

Capítulo 1:
Introdução e Conceitos Básicos

Prof. Fabyo Luiz Pereira


fabyo.pereira@unila.edu.br

Mecânica dos Fluidos I Foz do Iguaçu – PR


Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos
Introdução
Estática

Sólidos Dinâmica

Mecânica Mecânica
dos sólidos
Hidrodinâmica

Fluidos Mecânica Dinâmica


dos fluidos dos gases

Aerodinâmica

Mecânica dos Fluidos I 2 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos


O que é fluido?
É uma substância na forma gasosa ou líquida.
Diferença entre sólido e fluido?
Sólido: Resiste à aplicação de uma tensão de
cisalhamento se deformando. Tensão é proporcional à
deformação.
Fluido: Deforma-se continuamente sob a aplicação de
uma tensão de cisalhamento. Tensão é proporcional à
taxa de deformação.

Sólido Fluido

F F V
    
A A h

Mecânica dos Fluidos I 3 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos


O que é fluido?

Tensão é definida como


força por unidade de área.

Componentes:
Componente normal:
Tensão normal.
Num fluido em repouso, a tensão
normal é chamada pressão.
Componente tangencial:
Tensão de cisalhamento.
Fn Ft
σ= τ=
dA dA

Mecânica dos Fluidos I 4 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos


O que é fluido?
Um líquido toma a forma do
recipiente no qual está
contido e forma uma
superfície livre na presença
de gravidade.
Um gás expande até
encontrar as paredes do
recipiente e preenche todo o
espaço disponível. Os
gases não formam uma
superfície livre.
Gás e vapor são palavras
frequentemente usadas
como sinônimos.
Mecânica dos Fluidos I 5 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos
O que é fluido?

Sólido Líquido Gás

Mecânica dos Fluidos I 6 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos


Aplicações da Mecânica dos Fluidos

Corpo humano:
 Sistemas circulatório.
 Sistema respiratório.
 Sistemas artificiais:

Corações artificiais.

Máquinas de respirar.

Sistemas de diálise.

Mecânica dos Fluidos I 7 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos


Aplicações da Mecânica dos Fluidos
Habitações:
 Canalizações de água.
 Canalizações de gás natural.
 Canalizações de esgoto.
 Canalizações e dutos de condicionadores de ar.
 Ventiladores.
 Refrigeradores.
 Condicionadores de ar.
 Máquinas de lavar louças.
 Máquinas de lavar roupas.
 Fornos elétricos.
 Chuveiros.

Mecânica dos Fluidos I 8 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos


Aplicações da Mecânica dos Fluidos
Automóveis:
 Tubulação, bomba e injetores de combustível.
 Mistura do ar com combustível nos cilindros.
 Descarga dos gases de combustão.
 Sistemas:

De aquecimento e condicionamento de ar.

De freio hidráulico.

De direção hidráulica.

De transmissão automática.

De lubrificação.

De arrefecimento.

Mecânica dos Fluidos I 9 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos


Aplicações da Mecânica dos Fluidos
Projeto e análise de:
 Aeronaves.
 Embarcações.
 Submarinos.
 Foguetes.
 Motores a jato.
 Compressores.
 Bombas.
 Usinas termelétricas.
 Usinas hidrelétricas.
 Turbinas:

Eólicas.

Hidráulicas.

A vapor.

A gás.
Mecânica dos Fluidos I 10 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos
Aplicações da Mecânica dos Fluidos
Aerodinâmica:
 Redução da força de arrasto em veículos.
 Economia de combustível.

Simulação mostrando redução de quase 6% na força de


arrasto de um veículo após a adoção de um defletor.
Mecânica dos Fluidos I 11 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos
Aplicações da Mecânica dos Fluidos
Fatores contribuintes para o aumento da eficiência energética em aviões:
 70% - Progressos no consumo por unidade de empuxo.
 25% - Melhoramentos aerodinâmicos.
 5% - Outros fatores tais como as economias de escala de grandes aeronaves.

Consumo energético em
MJ/Passageiro-Km de
algumas aeronaves
desenvolvidas a partir da
década de 1950 (a
circunferência se refere à
capacidade de passageiros,
considerando configuração
de duas classes).

Mecânica dos Fluidos I 12 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos


Condição de Não-escorregamento
Condição de não-escorregamento: Um
fluido em contato direto com um sólido
“gruda” na superfície devido aos efeitos
viscosos.
Responsável:
Pela geração de tensão de cisalhamento na
parede w.
Pelo arrasto de superfície D= ∫w dA.
Pelo desenvolvimento da camada-limite.

A propriedade do fluido responsável


pela condição de não-escorregamento é
a viscosidade.
É uma importante condição de contorno
na formulação do problema de valor de
contorno inicial (IBVP) para estudos
analíticos e de dinâmica de fluidos
computacional (CFD).

Mecânica dos Fluidos I 13 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos


Condição de Não-escorregamento
Separação de escoamento: Se um fluido se move sobre
uma superfície curva com velocidade suficientemente alta, em
algum ponto a camada-limite não poderá mais permanecer
presa à superfície e irá se separar dela, ocasionando um
processo chamado de separação de escoamento.

Obs: A condição de não-escorregamento se aplica a


qualquer ponto ao longo da superfície, mesmo a jusante
do ponto de separação do escoamento.
Mecânica dos Fluidos I 14 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos
Continuidade de Temperatura

Condição de continuidade de temperatura:


Se dois corpos a diferentes temperaturas
entram em contato, ocorre transferência de
calor até que ambos tenham a mesma
temperatura no ponto de contato.
Portanto, um sólido e um fluido
obrigatoriamente possuem a mesma
temperatura nos pontos de contato.

Mecânica dos Fluidos I 15 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos


Classificação dos Escoamentos

Classificamos os escoamentos como uma


ferramenta para assumir simplificações nas
equações diferenciais parciais governantes,
conhecidas como equações de Navier-Stokes:

Conservação da massa:
∂ρ ⃗ ⃗ )=0
+ ∇ .( ρ V
∂t

Conservação da quantidade de movimento:

∂V
ρ ⃗ )V
⃗ .∇
+ρ (V ∇ P + ρ ⃗g + μ ⃗
⃗ =−⃗ ∇ 2V

∂t

Mecânica dos Fluidos I 16 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos


Escoamento Viscoso x Não Viscoso
Regiões onde os efeitos de
atrito são significativas são
chamadas regiões viscosas, e
se encontram geralmente perto
de superfícies sólidas.
Regiões onde as forças de
atritos são pequenas quando
comparadas com as forças
inerciais ou de pressão são
chamadas regiões não
viscosas (ou invíscidas).
Para escoamentos invíscidos:
0

∂V
ρ ⃗ )V
⃗ .∇
+ ρ (V ∇ P + ρ ⃗g + μ ⃗
⃗ =−⃗ ∇ 2⃗
V
∂t
Mecânica dos Fluidos I 17 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos
Escoamento Interno x Externo

Escoamentos internos
são dominados pela
influência da
viscosidade em todo o
campo do escoamento.
Para escoamentos
externos, os efeitos
viscosos são limitados
à camada-limite e às
regiões de esteira.

Mecânica dos Fluidos I 18 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos


Escoamento Compressível x
Incompressível
Um escoamento é classificado como
incompressível se a densidade
permanece aproximadamente
constante.
Escoamentos de líquidos são
tipicamente incompressíveis.
Escoamentos de gases são altamente
compressíveis, especialmente para
altas velocidades.
O número de Mach, Ma = V/c, é um
bom indicador se os efeitos de
compressibilidade são importantes ou
não.
Ma < 0.3 → Incompressível
Ma < 1 → Subsônico
Ma = 1 → Sônico
Ma > 1 → Supersônico
Ma >> 1 → Hipersônico

Mecânica dos Fluidos I 19 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos


Escoamento Laminar x Turbulento
Laminar: Movimento altamente
ordenado do fluido com linhas de
corrente suaves.
Turbulento: Movimento altamente
desordenado do fluido,
caracterizado por flutuações de
velocidade e turbilhões.
Transitório: Um escoamento que
contém regiões laminares e
turbulentas.
O número de Reynolds é o
parâmetro-chave para determinar
se o escoamento é laminar ou
turbulento:
ρV D
Re= μ
Mecânica dos Fluidos I 20 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos
Escoamento Natural x Forçado

Natural: Qualquer movimento do


fluido se deve a meios naturais,
tais como o efeito da diferença de
densidade entre as camadas
fluidas (elevação do fluido mais
quente e descida do fluido mais
frio).
Forçado: O fluido é obrigado a
fluir sobre uma superfície ou num
tubo com o uso de meios externos
como uma bomba ou uma
ventoinha.

Mecânica dos Fluidos I 21 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos


Escoamento em Regime Permanente x
Em Regime Não Permanente
Regime permanente implica não haver
mudança com o passar do tempo.
Assim, os termos transientes nas
equações de Navier-Stokes são nulos.
O regime não permanente é oposto ao
regime permanente:
Transiente: Descreve um escoamento que
está se desenvolvendo.
Periódico: Descreve um escoamento que
oscila em torno de um valor médio.
Em alguns dispositivos, escoamentos
em regime não permanente podem ser
tratados como em regime permanente
usando médias temporais.

Mecânica dos Fluidos I 22 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos


Escoamentos Uni, Bi e Tridimensionais
As equações de Navier-Stokes são equações vetoriais 3D.
Vetor velocidade, U(x,y,z,t)= [Ux(x,y,z,t),Uy(x,y,z,t),Uz(x,y,z,t)]
Escoamentos de dimensão baixa reduzem a complexidade
para obter soluções analíticas e computacionais.
A mudança do sistema de coordenadas (cilíndrica, esférica,
etc) pode reduzir a dimensão do problema e facilitar a
solução.
Exemplo: Para escoamento totalmente desenvolvido em um
tubo, a velocidade V(r) é função do raio r e a pressão p(z) é
uma função da distância z ao longo do tubo.

Mecânica dos Fluidos I 23 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos


Sistema e Volume de Controle

Um sistema é definido
como uma quantidade de
matéria ou uma região no
espaço escolhida para
estudo.
Um sistema fechado
consiste de uma
quantidade fixa de massa.
Um sistema aberto, ou
volume de controle, é uma
região convenientemente
selecionada no espaço.

Mecânica dos Fluidos I 24 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos


Dimensões e Unidades
Qualquer quantidade física pode ser caracterizada por
dimensões.
As magnitudes atribuídas às dimensões são chamadas de
unidades.
Dimensões primárias incluem: massa m, comprimento L,
tempo t, e temperatura T.
Dimensões secundárias podem ser expressas em termos
de dimensões primárias e incluem: velocidade V, energia
E, e volume V.
Os sistemas de unidades incluem o Sistema Inglês e o
sistema métrico SI (Sistema Internacional).
Homogeneidade dimensional é uma ferramenta valiosa
para checar e achar erros. Certifique-se que cada termo
em uma equação possui a mesma unidade.
Razões de conversão de unidades ajudam na
conversão de unidades.

Mecânica dos Fluidos I 25 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos


Modelagem Matemática de Problemas

Estudo de um dispositivo ou processo de engenharia:


Experimental: Testando e tomando medidas.
Analítico: Por análises ou cálculos.
Etapas no estudo de fenômenos físicos na engenharia:
Identificam-se as variáveis que afetam o fenômeno, são feitas
hipóteses e aproximações, e se estuda a interdependência entre as
variáveis. Se invocam as leis e princípios físicos relevantes, e então
o problema é matematicamente formulado.
O problema é resolvido usando uma abordagem apropriada e os
resultados são interpretados.
Técnica de resolução de problemas:
Definição do problema.
Diagrama esquemático.
Hipóteses e aproximações.
Leis físicas.
Propriedades.
Cálculos.
Raciocínio, verificação e discussão.

Mecânica dos Fluidos I 26 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos


Aplicativos para Engenharia

Diversos programas de computador se encontram


disponíveis:
Benção: Possibilitam resolver problemas de modo rápido e fácil.
Maldição: Possibilitam abusos e desinformação.
Engineering Equation Solver (EES):
Soluciona numericamente sistemas de equações algébricas lineares
e não-lineares, e de equações diferenciais.
Possui uma vasta biblioteca de funções de propriedades
termodinâmicas.
Possibilita solucionar problemas de engenharia significativos, não
adequados para cálculos à mão, e conduzir estudos paramétricos
de modo rápido.
Ansys FLUENT:
Programa de dinâmica de fluidos computacional (CFD) muito
utilizado na modelagem de escoamentos.
Etapas: pré-processamento, geração da malha, solução, pós-
processamento.

Mecânica dos Fluidos I 27 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos


Exatidão, Precisão e Algarismos Significativos
Três princípios governam o uso apropriado dos números:
Erro de exatidão: Em um conjunto de medidas, é o valor
de uma leitura menos o valor verdadeiro. A exatidão se
refere à proximidade da leitura média em relação ao valor
verdadeiro, e geralmente está associada a erros
repetitivos e fixos.
ε e ,i=|x i−x v|
Erro de precisão: Em um conjunto de medidas, é o valor
de uma leitura menos o valor médio das leituras. A
precisão se refere à fineza da resolução e à repetibilidade
do instrumento de medida, e geralmente está associada a
erros aleatórios. n
x
ε p ,i=|x i−x̄| , onde x̄= ∑ i
i=1
n
Algarismos significativos: Dígitos que são relevantes e
significativos. Quando estamos fazendo cálculos, a
precisão do resultado final é igual à precisão do
parâmetro menos preciso do problema. O padrão aceito
em engenharia é 3.
Mecânica dos Fluidos I 28 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos
Exatidão, Precisão e Algarismos Significativos

Atirador A:
ε e ,i=|x i−x v|

ε p ,i=|x i−x̄|

xi
n
x̄= ∑
i=1
n

nº xi xv x Ɛe,i Ɛp,i
1 2 10 2 8 0
2 3 10 2,5 7 0,5
3 2 10 2,33 8 0,33
4 3 10 2,5 6 0,5
5 3 10 2,6 6 0,4

Mecânica dos Fluidos I 29 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos


Exatidão, Precisão e Algarismos Significativos

Atirador B:
ε e ,i=|x i−x v|

ε p ,i=|x i−x̄|

xi
n
x̄= ∑
i=1
n

nº xi xv x Ɛe,i Ɛp,i
1 7 10 7 3 0
2 8 10 7,5 2 0,5
3 6 10 7 4 1
4 8 10 7,25 2 0,75
5 5 10 6,8 5 1,8

Mecânica dos Fluidos I 30 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos


Exatidão, Precisão e Algarismos Significativos
Atirador A: Atirador B:

ε e ,i=|x i−x v|

ε p ,i=|x i−x̄|
n
xi
x̄= ∑
i=1
n

nº xi xv x Ɛe,i Ɛp,i nº xi xv x Ɛe,i Ɛp,i


1 2 10 2 8 0 1 7 10 7 3 0
2 3 10 2,5 7 0,5 2 8 10 7,5 2 0,5
3 2 10 2,33 8 0,33 3 6 10 7 4 1
4 3 10 2,5 6 0,5 4 8 10 7,25 2 0,75
5 3 10 2,6 6 0,4 5 5 10 6,8 5 1,8

Mecânica dos Fluidos I 31 Capítulo 1: Introdução e Conceitos Básicos

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