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MODULO 5
Integrando as ações de
Defesa do Consumidor e
de Vigilância Sanitária
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2017 © Secretaria Nacional do Consumidor
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer forma ou por qualquer meio, salvo
com autorização por escrito da Secretaria Nacional do Consumidor.
Esplanada dos Ministérios, Bloco “T”, Palácio da Justiça Raymundo Faoro, Edifício Sede, 5º andar, Sala 542 – Brasília,
DF, CEP 70.964-900.
Edição
Ministério da Justiça
Secretaria Nacional do Consumidor
Escola Nacional de Defesa do Consumidor
Coordenação-Geral
Priscilla Valéria Gianini Santos
Apoio Técnico
Luciana Caetano Silva Fernandes
Ana Cláudia Sant'Ana Menezes
Coordenação Revisão
Prof. Dr. Rafael Timóteo de Sousa Júnior Renatha Choairy
Prof. Dr. Ugo Silva Dias
Ilustração
Coordenação Pedagógica Cristiano Silva Gomes
Janaína Angelina Teixeira
Diagramação
Designer Instrucional e Gestora Pedagógica Sanny Saraiva
Meirirene Moslaves Meira Patrícia Faria
1 - APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 5
5 - ENCERRAMENTO ...................................................................................................... 18
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................. 19
7 - MATERIAL COMPLEMENTAR.................................................................................... 20
Modulo 5
1 - APRESENTAÇÃO
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Como vimos no início deste curso, o cidadão brasileiro é detentor de direitos, considerados
fundamentais pelo texto de nossa Constituição. Dentre eles o direito à saúde e a defesa de direitos
na condição de consumidor.
SAIBA MAIS
Dados e informações produzidas num dos serviços podem ser aproveitados pelo outro,
facilitando o planejamento de ações de ambos e, dessa maneira, um dos princípios da
Administração Pública, a eficiência, fica resguardado.
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Modulo 5
Um
dos “direitos
básicos do
“Políticas consumidor é a proteção
econômicas e sociais que da vida, saúde e segurança
devem garantir o direito à saúde, contra os riscos provocados por
inclusive visando redução do risco práticas no fornecimento de
de doença e de outros agravos”. produtos e serviços”.
DESTAQUE
Os órgãos de defesa do consumidor e de vigilância sanitária têm pontos de intersecção muito
claros: ambos têm como foco assegurar direitos, especialmente aqueles voltados à saúde e
segurança do consumidor.
IMPORTANTE
Vejamos: ao regular a atividade do setor produtivo, com o foco no direito à saúde, ao monitorar
e fiscalizar situações de risco à saúde, punindo aquilo que não pode ser admitido e informando
o cidadão sobre o que está sendo realizado, os servidores públicos de vigilância sanitária de
produtos e serviços exercem a defesa da saúde do consumidor.
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O quadro a seguir sistematiza algumas iniciativas dos órgãos federais de vigilância sanitária
e de defesa do consumidor, respectivamente, Anvisa e Senacon, e aponta possibilidades para união
de forças dessas duas áreas da Administração.
Senacon/Ouvidoria SENACON/OUVIDO
da Anvisa RIA DA ANVISA Boletim Consumo e Saúde
(GEPAC)
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Modulo 5
Uma das atividades que mais traduzem a importância da integração desses órgãos é a Rede
de Consumo Seguro e Saúde (RCSS). A Rede, criada em 2009, é coordenada pela Organização dos
Estados Americanos (OEA), em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPS), e tem
por objetivo promover o intercâmbio de informações e experiências para a difusão, para criação
de consciência e para educação sobre segurança dos produtos de consumo e impacto na saúde.
Desenvolvimento
Intercâmbio de de um portal na Internet
informações e (www.oas.org/rcss), já em
experiências sobre funcionamento, que
segurança de produtos proporcione fácil acesso a
de consumo. informações relevantes sobre
produtos considerados
inseguros em variados
mercados do globo.
Formação/capacitação
de técnicos e autoridades
das Américas, com vistas à
formação de especialistas
em temas relacionados
a consumo seguro
e saúde.
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Escola Nacional de Defesa do Consumidor
a ação
conformação e coordenada
consolidação entre os
dos sistemas diversos países
nacionais e e sistemas,
regionais com vistas a
destinados a evitar o
fortalecer a ingresso de
segurança do produtos
consumo, inseguros nos
mediante a mercados
detecção americanos e,
rápida de riscos assim, proteger
e a saúde e
segurança dos
consumidores.
DESTAQUE
Os órgãos instituíram, em âmbito nacional, o Grupo de Trabalho Consumo Seguro e
Saúde (RCSS-GT Brasil), que tem como principal escopo traçar estratégias de mobilização
e articulação interinstitucional, visando ampliar a proteção à saúde e à segurança dos
consumidores brasileiros.
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Modulo 5
A iniciativa da RCSS já gerou diversos frutos para a defesa da vida, saúde e segurança
dos consumidores, culminando inclusive com lançamento em 2014 do Sistema Interamericano
de Alertas Rápidos (SIAR), já apresentado neste curso, que propicia troca de informações sobre
segurança de produtos e articulação entre os países de forma rápida e eficiente.
No Brasil, várias atividades são frutos da parceria Anvisa/Senacon, como nos exemplos a
seguir:
EXEMPLO
i) encaminhamento para o caso da carga de bijuterias chinesas com presenças de cádmio;
(ii) alerta sobre consumo abusivo de suplementos alimentares; (iii) encaminhamento para
o caso do produto Ades com soja, cuja embalagem foi detectada presença de solução de
limpeza; (iv) organização de seminários sobre consumo seguro e saúde; e (v) implementação
de 29 procedimentos de Recall no período de 2010 a 2014 (fonte: Sistema de Alertas Rápidos
de Recall) envolvendo alimentos, medicamentos, equipamentos médicos, saneantes e
cosméticos.
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A Constituição, ao tratar
de “Direitos Políticos”, realça a Ao tratar da saúde, a
soberania popular, e além do voto, Constituição estabelece
abre a possibilidade da participação como diretriz a participação
do povo, em plebiscitos, referendos e da comunidade (C.F.,
apresentação de projetos de lei de art.198).
iniciativa popular, nos termos
da lei (C.F., art 14).
Anvisa
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Modulo 5
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Observem que no
momento de criação da Anvisa,
também foi prevista a participação
de usuários do SUS no Conselho
Consultivo da Agência.
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Modulo 5
Central de Atendimento Ouvidoria Consultas Públicas e Câmara Técnica Câmara Setoriais Participação na discussão
ao público Audiências Públicas da Agenda Regulatória
Função: estabelecer A função do Ouvidor As audiências públicas As Câmaras Técnicas são As Câmaras Setoriais, são fóruns de Agenda Regulatória é outro
comunicação direta com surge dos princípios destinam-se a debater ou compostas por representantes discussão temática com a mecanismo de transparência
a sociedade, buscando constitucionais que apresentar oralmente um da comunidade científica - cuja participação do governo, da adotado por algumas Agências,
acolher as solicitações e devem nortear a tema de interesse geral. função é prestar consultoria, sociedade civil organizada, do setor que nada mais é do que um
respondê-las de forma atuação da assessoramento e emitir produtivo, cujo principal objetivo é conjunto de temas prioritários a
ágil, clara e objetiva, Administração Pública As consultas públicas têm pareceres técnicos sobre temas subsidiar as decisões da Diretoria serem regulamentados pelo
valorizando a todos, sem direta ou indireta, quais por finalidade submeter uma relacionados à vigilância Colegiada da Agência. A Anvisa órgão no período de um ano.
qualquer tipo de sejam: legalidade, minuta de ato normativo, sanitária. A Anvisa mantém sete mantém instaladas dez Câmaras, Qualquer cidadão pode
discriminação. impessoalidade, bem como documento ou câmaras vinculadas às áreas quais sejam: contribuir com sugestões e
moralidade, publicidade tema de relevância, a técnicas, quais sejam: críticas aos temas em debate ou
- Alimentos.
e eficiência. comentários e sugestões do propostas de novas normas.
- Medicamentos - Portos, aeroportos, fronteiras e
público. Sinaliza à sociedade a direção
- Alimentos recintos alfandegados.
das próximas ações da agência.
- Cosméticos - Saneantes.
Editais de chamamento Legalidade, impessoalidade,
- Saneantes - Sangue, outros tecidos, células e
destinam-se a coletar dados, moralidade, publicidade e
- Agrotóxicos órgãos.
contribuições, informações e eficiência.
- Medicamentos fitoterápicos - Medicamentos.
opiniões dos agentes
- Tecnologia e produtos para - Toxicologia.
Função da Ouvidoria econômicos e demais atores
saúde. - Propaganda e publicidade.
sociais, com o objetivo de
- Produtos para saúde.
Defender os cidadãos ampliar o debate e colher
- Serviços de saúde e de
perante atos da subsídios para o processo de
cosméticos.
Administração Pública. regulação sanitária.
Apenas cinco Câmaras Setoriais
estão em atividade, as demais
passam por um processo de
reestruturação, com amplas
Fortalecer a democracia discussões internas.
participativa e mediar
conflitos no âmbito do
SNVS.
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SAIBA MAIS
http://portal.anvisa.gov.br/agenda-regulatoria
Senacon
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4 - VAMOS RELEMBRAR
Em relação à participação e controle social, embora na esfera federal existam diversos canais
de participação, o desafio é qualificar a participação, especialmente de entidades civis de defesa do
consumidor, do movimento de saúde, entre outras, para que possam contribuir no aprimoramento
das políticas públicas de defesa do consumidor e vigilância sanitária.
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5 - ENCERRAMENTO
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6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Vigilância Sanitária e Escola: parceiros na cons-
trução da cidadania. Brasília: Anvisa, 2008.
PROENÇA, Jadir Dias; PRADO, Carlos Eduardo Rezende (Orgs.). Melhoria da Regulação no Brasil: o papel
da participação e do controle social. Brasília: Presidência da República. 2011. Disponível em < http://
bvsms2.saude.gov.br/cgi-bin/multites/mtwdk.exe?k=default&l=60&w=1769&n=1&s=5&t=2.
Acessado em Out/2017.
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6 - MATERIAL COMPLEMENTAR
Sugestões de vídeos:
Vídeo do STF com Curso “Saber Direito” - sobre direitos do consumidor. Disponível em: <http://
www.youtube.com/watch?v=DyvY3XgSw6o> Acessado em Out/2017.
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