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ANALISE DE ODS EM UMA ESTRUTURA DE PROTEÇÃO NA CAPOTAGEM DE


UM TRATOR AGRÍCOLA

Eduardo Marcos Larangeira 1, Elvys Mercado Curi 1.


eduardo.marcos14@gmail.com 1, elvys.curi@satc.edu.br 1

1
Faculdade SATC, Engenharia Mecânica - Rua Pascoal Meller, 73 - CEP 88.805-380 -
CP 362 - Criciúma - SC - Brasil.

Resumo
A análise das vibrações de uma Estrutura de Proteção na Capotagem (EPC) de um trator é
realizada através das medidas das vibrações e análise de forma de deflexões da estrutura em
operação (Operational Deflection Shape, ODS), utilizando quatro acelerômetros e um
algoritmo computacional que correlaciona movimento espacial em função do tempo. O
diagnóstico confiável das causas e os efeitos das vibrações incidentes na EPC, responsável
principalmente por minimizar danos ao operador nas capotagens acidentais, permitiriam
prolongar a vida do componente, diminuir o risco de fadiga prematura, além de ajudar no
conforto pela redução das vibrações e ruído sonoro. O método de ODS correlaciona as
vibrações que ocorrem em diversos pontos que são coletados, como se todos fossem coletados
no mesmo instante, permitindo observar a todos os pontos em movimento espacial, com a
ampliação proporcional do movimento da estrutura, determina-se a região mais afetada pelas
vibrações, obtendo-se valores da amplitude e a frequência em que esta ocorre. Com os dados
observados como imagens em três dimensões em função do tempo, podem-se propor
possíveis soluções, já que este tipo de análise engloba diferentes manifestações de vibrações,
que ocorrem em uma faixa ampla de velocidades, sendo para cada velocidade mostra-se uma
resposta dos modos de vibrar do sistema, ao detectar-se a região sensível pode-se implementar
as correções mais apropriadas, e posteriormente quantificar a redução das amplitudes com o
mesmo método (ODS). A estrutura em análise apresentou em duas velocidades (600 RPM e
1400 RPM) as maiores amplitudes sendo que na velocidade de 1400 as maiores amplitudes na
direção diagonal aos pneus do trator.

Palavras-chave:
Estrutura de Proteção na Capotagem, ODS, Análise de Vibrações.
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1. Introdução

Tratores agrícolas são máquinas amplamente utilizadas em diversas situações onde se


necessitem de grandes forças de tração, como por exemplo, em operações agrícolas e
transporte de cargas pesadas há pequenas distancias. Junior (2011) cita Mialhe (1980) que
define o trator como uma máquina auto propelida que, além de conferir apoio estável sobre
uma superfície impenetrável, tem a capacidade de tracionar, transportar e fornecer potência
mecânica aos implementos e máquinas agrícolas.
O veículo exerce funções de grande importância econômica ao proprietário, em contra
partida demandam grandes investimentos. Silva (2009) menciona em seu relatório alguns
exemplos de valores do custo da mecanização retirados de AGRIANUAL (2006), afirmando
que representam uma média de 32% na implantação da cultura de cana-de-açúcar e 26% nos
cortes seguintes, ainda, segundo a FUNDAÇÃO ABC (2007) 25% na soja em sistema
convencional. Junior (2011), afirma que o trator agrícola é a principal fonte de potência na
agricultura, utilizado em conjunto com diversos equipamentos na realização de várias tarefas,
desde o preparo do solo, semeadura, transporte, dentre outras.
O EPC (Estrutura de Proteção na Capotagem) é um componente geralmente em forma
de arco. A norma ABNT NBR ISO 5700 define como a estrutura protetora de operadores de
tratores agrícolas e florestais, que minimiza a probabilidade de danos ao operador resultantes
de capotagens acidentais durante operação normal. Portanto um item de importância vital no
requisito segurança. Schlosser (2002) aplicou um questionário aos operadores de tratores da
região da Depressão Central do Rio Grande do Sul. O mesmo demonstrou que 39% dos
trabalhadores rurais entrevistados já sofreram algum tipo de acidente de trabalho com tratores
agrícolas, evidenciou ainda que dentre os tipos de acidentes com tratores detectados na
pesquisa o capotamento correspondeu a 51,17% do total de acidentes graves. Além do ponto
de vista da segurança, quando analisado o conforto, o EPC pode servir de suporte da capota,
que protege o piloto da incidência direta de raios solares.
Uma estrutura de proteção na capotagem de um trator agrícola foi projetada, fabricada
e durante os testes iniciais foram encontrados problemas de vibração excessiva no mesmo.
As exposições às vibrações podem causar danos graves tanto a máquina quanto ao
operador. Sotelo (2006), diz que a vibração pode levar a uma ruptura prematura de elementos
de fixação e apoios de máquinas causando graves danos materiais e humanos. O mesmo ainda
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complementa que podem ocorrer falhas em componentes mecânicos em consequência de


fadiga de material associada a cargas dinâmicas moderadas, mais repetitivas, cíclicas e
acumuladas que tendem a reduzir a vida útil dos elementos de máquinas.
A estrutura de proteção na capotagem, afetada pelas vibrações, representa grande
importância ao usuário do trator, logo, foi necessária a análise da vibração presente no
mesmo, para avaliar a intensidade e a possível causa destes, correlacionando movimento e
velocidade do motor com o trator em funcionamento. Para isto optou – se por um método
onde se realizam medições da forma de deflexão da estrutura em condições de operação
(conhecido pela sigla em inglês ODS, Operational Deflection Shape). Rao (2008) exemplifica
que nesse método a forma de deflexão dinâmica forcada é medida em regime permanente
(operação) do sistema. Para fazer a medição, um acelerômetro é instalado em algum ponto da
máquina para servir de referência, e outro acelerômetro móvel é colocado em vários outros
pontos, e em direções diferentes, se necessário.
Com esta análise obtêm-se, animações e gráficos com a estrutura vibrando nas
frequências com maiores amplitudes, às que estariam afetando a estrutura. Os resultados
podem ser apresentados em velocidade, aceleração ou deslocamento em função do tempo,
como se a estrutura estivesse em movimento. Inman (2007), afirma que a ODS pode ser
apresentada como uma malha ou apenas contornos, o mesmo conclui que estudo de uma
análise de deflexão operacional suporta a decisão de possíveis mudanças em projetos para se
reduzir vibrações e ruídos na estrutura, detecta também danos estruturais.
Neste artigo será apresentado um estudo das vibrações presentes em uma estrutura de
proteção na capotagem de um trator agrícola. Através de análises de ODS’s serão
apresentados os maiores deslocamentos encontrados e como será a deflexão referente a cada
frequência testada. As aquisições serão feitas por meio de quatro acelerômetros uniaxiais e os
dados serão interpretados no software MatLab®, através do método computacional obtêm-se
resultados em imagens e animações que apresentam deslocamentos em três dimensões no
espaço e em função do tempo.

2. Revisão Bibliográfica

Serão comentados temas relacionados a vibrações, vibrações em tratores, análise de


vibrações, forma de deflexão operacional e Transformada de Fourier.
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2.1 Vibrações

Inman (2007) interpreta como um movimento repetitivo de objetos relativos a uma


posição estacionária de referência ou posição de equilíbrio. Mariani (2013) define como
qualquer movimento executado por um corpo em torno de uma posição de equilíbrio. Na
prática é composta por uma infinidade de ondas na qual apresentam frequências e direções
distintas.
Se a frequência de uma força excitadora coincidir com uma das frequências naturais
do sistema, ocorre uma condição conhecida como ressonância, e o conjunto sofre oscilações
perigosamente grandes (Rao, 2008).
Schwarz (1999) explica que ondas viajam dentro de estruturas, sendo refletidas por
suas fronteiras, somam-se formando uma onda estacionária de deformação. Esta onda
estacionária é chamada de modo de vibrar, e sua frequência é uma ressonância ou frequência
natural da estrutura.

2.1.1 Vibrações em Tratores

Vibrações em tratores são provenientes de múltiplas fontes, tais como, o motor, caixa
de engrenagens e da própria pista em que circula o mesmo. Prasad (1995) em seu artigo diz
que as oscilações em tratores são provenientes de interações do veículo com terrenos
acidentados e com o giro proveniente do motor.
Arbets Miljo Instituted citado no trabalho de Santos, 2002 afirma que a intensidade da
vibração nos tratores agrícolas depende da estrutura do solo, do projeto do trator (suspensão,
localizações do assento e cabine, pneus), da velocidade, da técnica de dirigir, entre outros.
As vibrações mecânicas, que ocorrem em tratores, são descritas como senoidais e
aleatórias (Franchini, 2007), o mesmo afirma de que nos tratores agrícolas, assim como em
outras máquinas podem ocorrer dois tipos de vibrações: as retilíneas (vertical, longitudinal e
transversal) e as rotacionais.
Cunha (2009) avaliou os níveis de vibração e ruído emitidos por um trator agrícola em
operação de gradagem e aração. Seu estudo demonstrou que as acelerações no sentido de
deslocamento do trator mostraram-se bem superiores as acelerações verticais e transversais ao
sentido de deslocamento do trator.
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A eliminação completa de vibração, embora seja possível teoricamente, na prática não


é possível. Para a eliminação parcial das vibrações em tratores, inicialmente poderíamos
pensar em adicionar suspensão nas rodas, porém tal solução inviabilizaria o projeto, tornando
o caro e complicado (Prasad, 1995).

2.2 Testes de Vibrações

As vibrações se originam do movimento de componentes sendo associadas a causas


específicas. Para possibilitar um diagnóstico da origem das vibrações encontradas em uma
máquina, é necessário conhecer quais as características da vibração decorrentes das diversas
combinações, causas e comportamentos (Santos, 2007).
A ideia básica dos métodos de análise de vibração, é que as estruturas das máquinas,
ao serem excitadas pelos esforços dinâmicos advindos de seu funcionamento, respondem por
meio de sinais vibratórios que possuem frequência idêntica à dos esforços que os provocam
(Santos, 2007 apud. Dimarogonas, 1992), e a medida global tomada em algum ponto é a soma
das respostas vibratórias da estrutura aos diferentes esforços excitadores (Wang, 1995 citado
por Lago, 2006).
Rao (2008) apresentou algumas razões para se realizar medições de vibrações tais
como: identificar frequências naturais de uma estrutura podendo assim, comparar com as
frequências em operação do maquinário; a medição de frequências de vibração e das forças
desenvolvidas é necessária para um projeto de isolamento e controle da mesma. Inman (2007)
exemplifica que modelos matemáticos referentes a fenômenos vibratórios requerem
conhecimento de coeficientes de massa, amortecimento e rigidez. Estes valores podem ser
obtidos a partir de técnicas de medição de vibração.
Segundo Jenneskens (2006) se identificando os padrões de vibração da máquina,
tornam-se possível analisar quais componentes são críticos, podendo assim, sugerir mudanças
no projeto.
Existem diferentes técnicas que lidam com a análise de vibrações, isto é, cada uma
define quais resultados poderão obter-se, quais sinais são necessários de se medir, e ainda
quais as formas de interpretá-los para se chegar ao objetivo. Jenneskens (2006) diz que as
técnicas experimentais mais comuns são a análise modal e a análise de forma de deflexão
operacional (Operational Deflection Shape, ODS).
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2.2.1 Análise Modal

Este tipo de análise descreve a estrutura em termos de suas características naturais, ou


seja, determina as propriedades dos coeficientes dinâmicos de uma estrutura como, por
exemplo, o coeficiente de rigidez, o fator de amortecimento, a massa efetiva e a frequência
natural. Ela baseia-se nas ideias de que quando a frequência excitadora se aproxima da
frequência natural da estrutura, a magnitude rapidamente se aproxima de um pico acentuado
(ex. aceleração) se o amortecimento não for elevado, quando passa pela ressonância a fase da
resposta muda 180º e na ressonância a fase é 90º (Inman, 2007).
Para se concretizar esta técnica de análise é necessário que se meça a força de entrada,
ou seja, que se registre a excitação simultaneamente às saídas, podendo assim determinar a
FRF (Frequency Response Function) do sistema. A função de resposta de frequência
estabelece a relação entre a saída medida (ex. deslocamento) e a entrada (ex. força), como
uma função da frequência (Jenneskens, 2006).
Um dos requisitos para este tipo de análise é o isolamento da estrutura testada de
modo que qualquer força externa, que não seja da fonte de excitação controlada, não
influencie nos resultados.

2.2.2 Análise de Forma de Deflexão Operacional (ODS)

O método de ODS é ideal para avaliar máquinas já consolidadas que apresentaram


problemas de vibração após a fabricação. Análise de forma de deflexão operacional é o
padrão de resposta de vibração de uma estrutura excitada por forças senoidais em condições
de operação (Inman, 2007).
Segundo Schawarz (1999) uma ODS pode ser definida mais generalizadamente como
qualquer movimento forçado de dois ou mais pontos de uma estrutura. Especificando o
movimento de dois ou mais pontos define-se a forma de deflexão do componente sob
determinadas condições de operação, como por exemplo, a uma frequência especifica de giro
do motor.
A frequência de vibração não coincide necessariamente com uma das frequências
naturais do sistema. Em uma frequência qualquer, o modo operacional será uma combinação
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linear dos modos próprios do sistema, contendo a contribuição de todos os modos (Gevinski,
2010). A Fig. 1 exemplifica dois modos de vibrar de uma chapa, coincidentes com suas
frequências naturais e um terceiro localizado entre os dois, resultando em uma soma dos
movimentos.

a) b) c)

Figura 1 – a) ODS coincidindo com a primeira frequência natural b) ODS coincidindo com a
segunda frequência natural c) ODS entre a primeira e a segunda frequência natural (Adaptado
de Avitable, 2001).

As respostas apresentadas no sistema de saída (resultado) podem ser dadas em


grandezas de aceleração, velocidade ou deslocamento (Jenneskens, 2006). Estes valores são
apresentados em forma animações e imagens para cada frequência, podendo-se verificar os
pontos críticos estruturais e em quais situações ocorrem. Rao (2008), afirma que pela
representação gráfica dessas medições, é possível determinar como várias partes da máquina
(estrutura) se movimentam umas em relação as outras (em fase ou contra fase) e também seus
movimentos absolutos.
Curi (2008) diz que os deslocamentos da estrutura podem ser calculados, por
integração, a partir dos sinais de aceleração, o mesmo ainda apresenta duas fórmulas, uma
para integração de sinais discretos onde se encontra a velocidade a partir da aceleração e outra
onde se calcula o deslocamento a partir da velocidade encontrada.
A velocidade e o deslocamento podem ser calculados pelas seguintes fórmulas (Curi,
2008):

v(i)   j 1 a( j )( j  1)t
i
(1)

d (i)   v( j )( j  1)t (2)


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Onde :
v [m/s]: Velocidade
a [m/s2]: Sinal de aceleração
t [s]: Intervalo de amostragem
d [m]: Deslocamento

O sinal de aceleração medido de aceleração vem somado com inúmeras frequências


ruidosas, como para a ODS serão apresentados os resultados para uma frequência específica, é
necessário então, isolar o valor desejado, para isto utiliza-se a transformada rápida de Fourier
(Fast Fourier Transform, FFT).
Rogers (1997) explica que a transformada de Fourier é um meio comum de se estudar
series de dados temporais no domínio da frequência. Mais especificamente, o algoritmo FFT
transforma N valores reais amostrados no domínio do tempo em N/2 amostras de valores
complexos no domínio da frequência. Da mesma forma a inversa da FFT (IFFT), converte
N/2 valores no domínio da frequência em N amostras no domínio do tempo (Richardson,
1993).
A transformada discreta de Fourier é uma maneira de se levar os dados para o domínio
da frequência. A transformada discreta de Fourier (DFT) é aplicada em espaços amostrais
finitos, logo para N termos é definida como (Santos, 2007):
N 1
X ( )   x(t ) e  j 2kn , k = 0, 1, ..., N-1 (3)
n 0

Onde:
X ( ) [---]: Transformada de Fourier

x(t ) [---]: Valor de uma sequência no domínio do tempo


N [---]: Número total de amostras
 [rad/s]: Frequência angular

Não foram declaradas as unidades, já que a transformada pode ser realizada em


qualquer grandeza amostrada no domínio do tempo. No caso dos dados captados por
acelerômetros xm seria em m/s2 e X k resultaria na mesma unidade.
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Diferentemente da análise modal, para a análise de ODS não são necessárias


informações do sinal de entrada, mas sim de um sinal de referência fixo para calcular a fase
de cada ponto de medição (Bae, 2007).

3. Procedimento Metodológico

Os resultados esperados de uma análise de ODS são imagens e animações dos


deslocamentos do componente posto em prova, produzidos por vibrações em diferentes
rotações. No caso deste artigo uma estrutura de proteção na capotagem (EPC) de um trator
agrícola.
Os dados foram adquiridos no pátio da empresa BUDNY em um trator agrícola da
mesma, modelo BDY – 6540 que disponibiliza até 65 cv de potência e uma faixa de rotação
do motor partindo de 600 até 2200 RPM.
Os equipamentos utilizados durante a medição foram: 4 acelerômetros uniaxiais, um
condicionador de sinais, um aquisitor de dados, e um notebook, os softwares empregados
foram o Labview® para leitura e gravação dos dados e Matlab® para filtragem, interpretação e
geração das animações e imagens.

3.1 Metodologia dos Ensaios

O primeiro passo foi definir quantos pontos seriam necessários de se realizar as


medições. A Fig. 2 apresenta a discretização da EPC destacando a numeração dos pontos e o
sistema de coordenadas utilizado, ao lado direito são apresentadas as coordenadas de cada
ponto.
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Ponto X[mm] Y[mm] Z[mm]


1 0 0 0
2 0 0 500
3 0 0 900
4 0 0 1300
12 5 0 0 1600
13
18 6 157.5 0 1760
14 11
6 7 157.5 487.5 1760
8 157.5 975 1760
5 15 10
7 9 407.5 975 1760
4 9
16 10 657.5 975 1760
8
11 657.5 487.5 1760
3
17 12 657.5 0 1760
2 13 815 0 1600
14 815 0 1300
1 15 815 0 900
16 815 0 500
17 815 0 0
18 407.5 0 1760

Figura 2 – EPC discretizada nos pontos de medição e coordenadas de cada ponto.

Definiram-se os pontos nas extremidades e vértices primeiramente, após foram


aplicados os pontos intermediários para que se pudesse representar algum deslocamento
nestes setores. A Estrutura de proteção na capotagem utilizada nos ensaios é apresentada na
Fig. 3-a, percebem-se ainda as marcações de alguns dos pontos mencionados anteriormente.

a) b)
Pontos de
medição

Dispositivo

Acelerômetros
Y X

Figura 3 – EPC com as marcações dos pontos e dispositivo utilizado durante as


medições a) No trator b) Imagem dos acelerômetros no ponto.
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Para facilitar as medições e posicionamento dos acelerômetros, foi fabricado um


dispositivo em forma de cubo, onde uma das superfícies aplicou-se um imã responsável por
garantir o contato com a estrutura e outras três faces continham os acelerômetros de cada
direção. A Fig. 3-b mostra os acelerômetros posicionados nos planos do cubo e o mesmo
fixado à EPC.
O sinal é recebido pelo aquisitor de dados foi em forma de tensão, logo, se realiza uma
conversão da grandeza para aceleração com base nos valores fornecidos pelo fabricante para
cada acelerômetro. A Tab. 1 apresenta a descrição de cada sensor com seu respectivo fator de
conversão e ainda qual eixo do sistema de coordenadas cada um será responsável durante os
testes.
Tabela 1 – Fatores de conversão e sistema de coordenadas para cada acelerômetro.
Fator de conversão/
Núm. Sistema de
Modelo Série Sensibilidade
Acelerômetro Coordenadas
(mV/m/s2)
1 603C01 LW241895 9,4 X
2 603C01 LW241894 9,2 Z
3 603C01 LW250781 9,6 Y
4 603C01 LW250781 9,6 Referência

Os testes aconteceram em três diferentes rotações do motor: 600, 1400 e 2200 RPM. A
frequência de giro mais baixa foi escolhida, pois foi a que apresentou visualmente, maior
intensidade de vibração. A frequência maior foi no extremo superior de rotação do motor e a
outra em uma rotação intermediária entre as duas, que também apresentava um movimento
notável.
Além dos acelerômetros, utilizou-se na cadeia de medidas um condicionador de sinal
responsável por transformar a informação dos sensores em tensão analógica, uma placa de
aquisição de dados que traduziu a tensão em valores digitais possíveis de serem lidos e
gravados por computador, com auxílio do software LabView® e por fim um estabilizador de
tensão que ajudava a amenizar ruídos provenientes da rede de energia. A Fig. 4 mostra os
equipamentos mencionados.
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Estabilizador
de Tensão

Placa de Aquisição de
Dados

Condicionador de
sinais

Figura 4 – Equipamentos utilizados durante os testes.

A Fig. 5 descreve o esquema básico utilizado para a medição de vibrações.

Figura 5 – Esquema básico de medição de vibração (Rao, 2008).

3.2 Metodologia para Elaboração do Algoritmo

Para que se conseguisse alcançar os objetivos da análise ODS dos sinais de vibração,
foi necessária à elaboração de um algoritmo em Matlab ® que interpretasse os dados
aquisitados por acelerômetros.
Fez-se necessário que o programa filtrasse as frequências indesejadas, transformasse o
sinal de aceleração para deslocamento através de duas etapas de integração, sincronizasse com
ajuda do sinal de referência todos os pontos não aquisitados ao mesmo tempo e por fim, com
os dados de deslocamento de todos os pontos sincronizados, a animação do componente e
geração das imagens com os maiores deslocamentos.
O processo de tratamento do sinal aconteceu de forma semelhante ao apresentado por
Curi (2008) e é resumido pelo diagrama apresentado na Fig. 6.
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FFT >Filtro> IFFT FFT >Filtro> IFFT

Figura 6 – Diagrama do processo de tratamento de dados dos quatro sensores (adaptado de


Curi, 2008).

Decidiu-se por usar o software Matlab®, já que contém comandos prontos e simples
para execução da Transformada de Fourier integração do sinal captado e tratamento de sinais
em geral. Antes de cada etapa de integração foi acrescentado uma etapa de filtragem.

4. Resultado e Análise

Nesta etapa serão avaliadas as imagens, animações e grandezas de deslocamento


obtidas em cada teste de rotação.

4.1 Teste com o motor a 600 RPM

O primeiro teste foi realizado com o motor girando a 600 RPM, visualmente foi
apresentou grandes intensidades de vibração. A Fig. 7 apresenta o gráfico do espectral dos
deslocamentos do ponto 4, já que foi o que apresentou o maior valor para esta rotação.
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a) b)

Figura 7 – Amplitude no domínio da frequência dos sinais de deslocamento a 600 RPM. a)


Antes da filtragem. b) Depois da filtragem passa banda.

Na Fig. 7-a percebe-se que a maior amplitude ocorreu na frequência de 12Hz, por este
motivo a mesma foi isolada por meio da substituição das suas frequências adjacentes por zero
como pode ser visto na Fig. 7-b, este processo pode ser visto como um filtro passa banda,
onde as frequências de corte definidas foram de 11,66Hz para a inferior e 12,35Hz para a
superior.
Após a filtragem, foi aplicada transformada inversa de Fourier para obter o
deslocamento em função do tempo. A Fig. 8 apresenta o mesmo para os quatro acelerômetros.

Figura 8 – Deslocamento Resultante Após a Filtragem.

Com os deslocamentos no ponto 4, sincronizados com os demais pontos e com ajuda


do sinal de referência, gerou-se uma figura da EPC no instante de deslocamento máximo
(ponto 4) em 12Hz. A imagem resultante da análise de ODS é mostrada na Fig. 9, para
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facilitar a compreensão dos movimentos da estrutura, os deslocamentos foram ampliados


1000 vezes.

Figura 9 – Imagem ODS da estrutura deformando com o motor a 600 RPM.

O módulo do vetor resultante gerado pelo deslocamento do ponto quatro foi de 0,0078
m, apresentado na parte superior da imagem. A Fig. 9 mostra que o maior deslocamento
ocorreu somente em um dos lados, isto representa a aproximação de um modo de vibrar onde
ocorre torção na estrutura.
Separaram-se duas imagens da amplitude máxima positiva e negativa para que
demonstrasse a direção diagonal do deslocamento, isso apenas foi possível de se notar devido
a análise ODS em 3 dimensões. A Fig. 10 apresenta as vistas superiores da estrutura
movimentando-se a 600 RPM com os deslocamentos máximos.

Figura 10 – Deslocamentos máximos observados que demonstram o movimento diagonal.


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Conclui-se que para gerar um movimento diagonal conforme mostrado, a excitação


proveniente do suporte onde é fixado a EPC, deve ser alternada na diagonal dos pneus do
trator. A Fig. 11 apresenta os deslocamentos máximos de cada ponto encontrados para este
teste.

Figura 11 – Deslocamentos máximos de cada ponto em 12Hz no teste 1.

4.2 Teste com o motor a 1400 RPM

O segundo teste foi realizado a uma rotação intermediária, mas que também
apresentou grandes níveis de vibração. A Fig. 12 apresenta o gráfico espectral dos
deslocamentos para a rotação do motor de 1400 RPM. Neste caso os maiores valores
ocorreram no ponto 9.

a) b)

Figura 12 – Amplitude no domínio da frequência dos sinais de deslocamento a 1400 RPM. a)


Antes da filtragem. b) Depois da filtragem passa banda.

Claramente uma das frequências se destacou mais que as outras, a 27,5Hz as


amplitudes foram maiores, logo foi aplicado um filtro passa banda ao seu redor, a frequência
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de corte inferior foi de 27,16Hz e a superior de 27,84Hz, resultando no espectro visto na Fig.
12-b.
Na sequência, a partir do sinal com a frequência isolada foi obtido os deslocamentos
em função do tempo, os quais os valores são apresentados na Fig. 11.

Figura 11 – Deslocamento Resultante Após a Filtragem.

Para geração das imagens de ODS para esta rotação, se realizou a sincronização de
todos os pontos em função do sinal de referência. Foi separado o momento em que o ponto 9
estava em seu deslocamento máximo para gerar a imagem da estrutura naquele instante, a
mesma é exposta na Fig. 12, a escala de ampliação dos deslocamentos foi de 1000x. O
movimento apresentou-se também diagonal aos pneus, com um movimento do teto destacado,
que não ocorreu na velocidade menor.

Figura 12 – Imagem ODS da estrutura deformando com o motor a 1400 RPM.


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O módulo do vetor resultante do deslocamento do ponto 9 foi de 0,0164m. A Fig. 12


mostra que toda a estrutura moveu-se lateralmente, aproximando um modo de vibrar onde
ocorre flexão. Nota-se ainda que o arco superior (horizontal) está em contra fase com o arco
principal (vertical), em outras palavras, enquanto um move-se lateralmente o outro se move
no sentido vertical. A Fig. 13 apresenta os deslocamentos máximos de cada ponto
encontrados para este teste.

Figura 13 - Deslocamentos máximos de cada ponto em 25,4Hz no teste 2.

4.3 Teste com o motor a 2200 RPM

O terceiro teste foi realizado com o motor girando a 2200 RPM. A Fig. 14 apresenta o
gráfico das amplitudes dos deslocamentos no domínio da frequência do ponto 9, que neste
teste foi o que apresentou a maior grandeza de deslocamento, mesmo sendo menor quando
comparado a dos testes anteriores.

a) b)

Figura 14 – Amplitude no domínio da frequência dos sinais de deslocamento a 2200 RPM. a)


Antes da filtragem. b) Depois da filtragem passa banda.
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A Fig. 14-a mostra que a maior amplitude ocorreu por volta de 43Hz, mais
precisamente ela aconteceu em 42,5Hz por este motivo a mesma foi isolada como pode ser
visto na Fig. 14-b. As frequências de corte do filtro passa banda, foram de 42,16Hz para a
inferior e 42,84Hz para a superior.
Após a filtragem, o sinal foi retornado para o domínio do tempo. A Fig. 15 apresenta o
mesmo para os quatro acelerômetros.

Figura 15 – Deslocamento Resultante Após a Filtragem.

Encontrados os deslocamentos de todos os pontos, gerou-se uma figura da EPC no


instante de deslocamento máximo para o ponto 9 em 42,5Hz. A imagem resultante da análise
de ODS é mostrada na Fig. 16, com uma ampliação de 1000x.

Figura 16 – Imagem ODS da estrutura deformando com o motor a 2200 RPM.


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O módulo do vetor resultante gerado pelo deslocamento do ponto nove foi de


0,0049m. A Fig. 16 mostra que os maiores deslocamentos ocorreram no arco superior, o
movimento da estrutura, se assemelhou novamente a um modo de flexão, porém, diferente do
segundo teste os valores máximos nas barras verticais, apareceram nos pontos do meio
formando uma espécie de onda.
A Fig. 17 apresenta os deslocamentos máximos de cada ponto encontrados para este
teste.

Figura 17 - Deslocamentos máximos de cada ponto em 42,5Hz no teste 3.

Nota-se ainda que as intensidades ocorridas neste teste foram menores que a dos
outros. Complementando esta afirmação é feito na Fig. 18 um comparativo entre os
deslocamentos máximos de cada teste.

Figura 18 – Deslocamentos máximos por ponto nos três testes.


21

A comparação das amplitudes medidas nos 18 pontos mostra que na velocidade de


1400 RPM ocorreram as maiores as amplitudes que em outras velocidades, sendo a
velocidade mais frequentemente de uso do trator, por estar muito próximo a rotação de torque
máximo do motor. A pesar de serem os pontos 7, 8, 9, 10 e 11 os de maiores amplitudes, estes
são consequência das vibrações dos pontos 5, 6, 12 e 13 que estão suportando o arco do teto, e
são o extremo da estrutura vertical.
As vibrações apresentaram a maior resposta nos pontos 4 e 5 embora que não são de
maiores amplitudes, estes acusaram um movimento diagonal, que finalmente influencia as
vibrações nos outros pontos, que estão no extremo da estrutura.

5. Conclusão
As medições das vibrações nos 18 pontos da Estrutura de Proteção na Capotagem, tratadas
pelo método de ODS permitirem formular as seguintes conclusões:
 Análise de ODS é uma poderosa ferramenta da análise de vibrações facilita a detecção
de pontos de grandes deslocamentos na estrutura, permitindo a decisão de mudanças
no design precisamente nas regiões problemáticas, e em quais situações operacionais
se manifestam as maiores vibrações.
 As medidas das vibrações coletadas em três velocidades mostrarem diferentes
comportamentos, na velocidade de 1400 RPM de giro do trator apresentou maiores
amplitudes, em 600 RPM foi também significativa as amplitudes, em quanto que na
máxima velocidade foi menor as amplitudes, não sendo tão perceptível o movimento
da estrutura;
 O algoritmo desenvolvido com o software de Matlab®, que filtra o sinal, integra o sinal
de aceleração para obter velocidade, e depois o deslocamento de cada ponto coletado,
apresentou resultados confiáveis;
 O cuidado com a redução do ruído durante os testes é de suma importância, já que
dados ruidosos dificultariam a determinação das amplitudes máximas que poderiam
estar mascaradas por dados que nada significariam;
 Realização da análise em três dimensões foi um fator importante já que a estrutura
deslocou-se na direção diagonal, caso fosse feita uma análise em duas dimensões não
seria detectado a direção correta do movimento, o movimento em diagonal, ocorreu
22

com maior força em 1400 RPM na estrutura vertical e teto, e com menor força em 600
RPM, mas com menor influência no teto;
 O fato de em um dos testes o arco superior (horizontal) ter se movido em contra fase
com o arco principal (vertical) mostra a necessidade de se reforçar a ligação entre os
mesmos, a fim de se impedir este movimento relativo entre eles;
 A comparação de amplitudes de ponto por ponto apresentarem que os pontos 7, 8, 9,
10 e 11 têm as maiores amplitudes, estes são consequência das vibrações dos pontos 5,
6, 12 e 13 que estão suportando o arco do teto, e são o extremo da estrutura vertical.
As vibrações apresentaram a maior resposta nos pontos 4 e 5 embora que não são de
maiores amplitudes, estes acusaram um movimento diagonal;
 Em todos os testes realizados a estrutura apresentou uma deformação que representa
uma combinação de mais de um modo de vibrar;
 Os maiores deslocamentos aconteceram na direção do eixo X, logo reforçar a estrutura
neste sentido seria uma boa sugestão;
 Como sugestão para trabalhos futuros, sugere-se a realização de testes com o trator se
movimentando em condições de trabalho como, por exemplo, gradagem e aração;
 Indica-se ainda a análise por elementos finitos para se descobrir as frequências
naturais e modos de vibrar, podendo assim comparar com os resultados de testes
experimentais.

Agradecimentos

O autor agradece a empresa Budny e pela abertura de espaço para realização dos
testes. Ao professor orientador Elvys Mercado Curi pelo apoio e dedicação,ao meu irmão
Renato Marcos Larangeira pela ajuda com os equipamentos , ao meu colega Marcelo Miguel
por colaboração com durante a coleta de dados. Por fim, aos meus pais por toda ajuda e
compreensão.

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