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Baixa Crítica X Alta Crítica

Teologia do Novo Testamento

O desenvolvimento da crítica textual[1]

Uma vez reunidos todos os manuscritos e as demais evidências que dão testemunho quanto ao texto das
Escrituras, o estudante da crítica textual torna-se herdeiro de uma tradição grandiosa. Ele passa a ter à sua
disposição grande parte dos documentos que devem ser usados a fim de apurar a verdadeira redação do texto
bíblico. Este capítulo trata do desenvolvimento histórico da ciência da crítica textual.

Distinção entre a alta crítica a baixa crítica

Levantou-se muita confusão e controvérsia em torno da questão da "alta" crítica (crítica histórica) e da "baixa"
crítica (crítica textual) da Bíblia. Parte dessa controvérsia resultou da má compreensão do
termo crítica aplicado às Escrituras. Em seu sentido gramatical esse termo diz respeito meramente ao exercício
do julgamento. Quando se aplica à Bíblia, é usado no sentido de exercício do julgamento da própria Bíblia.
Todavia, existem dois tipos básicos de crítica, e duas atitudes básicas diante de cada tipo. Os títulos atribuídos
a esses dois tipos de crítica nada têm que ver com sua importância, conforme ilustra o debate que se segue.

A alta crítica (histórica)

Quando se aplica o julgamento dos estudiosos à autenticidade do texto bíblico, esse julgamento se chama
alta crítica ou crítica histórica. O assunto desse tipo de julgamento dos especialistas dias respeito à data do
texto, seu estilo literário, sua estrutura, sua historicidade e sua autoria. O resultado é que a alta crítica na
verdade não é parte fundamental da matéria Introdução Geral ao Estudo da Bíblia. Antes, a alta crítica é a
própria essência da Introdução Especial. Os resultados dos estudos da alta crítica, feitos pelos herdeiros da
teologia herética dos fins do século XVIII, não passam de um tipo de fruto altamente destrutivo.

O Antigo Testamento. A última data atribuída aos documentos do Antigo Testamento induziu alguns
estudiosos a atribuir seus elementos sobrenaturais a lendas ou mitos. Isso resultou na negação da
historicidade e da autenticidade de grande parte do Antigo Testamento por parte dos estudiosos céticos. Na
tentativa de mediar entre o tradicionalismo e o ceticismo, Julius Wellhausen e seus seguidores desenvolveram
a teoria documental, a qual propõe datar os livros do Antigo Testamento de modo

menos sobrenaturalista. O resultado foi que desenvolveram a teoria JEDP sobre o Antigo Testamento. Tal
teoria baseia-se em grande parte no argumento de que Israel não

possuía escrita, antes da monarquia, e que um Código Eloísta (E) e um Código Javista (J) baseavam-se em
duas tradições orais a respeito de Deus ("E" indicava o nome de Eloim e "J" o nome de Jeová [Yahweh]). A
esses foi acrescentado o Código Deuteronômico (D) (documentos atribuídos ao tempo de Josias) e o
chamado Sacerdotal ("Priestly" em inglês, de onde se origina o "p") do judaísmo pós-exílico. Essas opiniões
não agradaram aos estudiosos ortodoxos, pelo que se levantou uma onda de oposição. Essa oposição surgiu só
depois de longo tempo, de modo que o mundo dosestudiosos na maior parte seguiu a teoria de Wellhausen,
de W. Robertson Smith e de Samuel R. Driver. Quando, finalmente, a oposição levantou sua voz contra a
"crítica destrutiva", esta foi considerada insignificante, desprezada e arquivada. Entre os opositores estavam
os proponentes de uma "crítica construtiva", como William Henry Green, A. H. Sayce, Franz Delitzch, James
Orr, Wilhelm Moller, Eduard Naville e RobertDick Wilson.

O Novo Testamento. A aplicação de princípios semelhantes aos escritos do Novo Testamento surgiu na escola
de teologia de Tübingen, por orientação de Heinrich Paulus, de Wilhelm de Wette e de outros. Esses homens
desenvolveram princípios que desafiavam a autoria, a estrutura, o estilo e a data dos livros do Novo
Testamento. A crítica destrutivado modernismo induziu à crítica da forma, aplicada aos evangelhos, à negação
da autoria de Paulo da maior parte das cartas a ele atribuídas até então. Chegou-se à conclusão de que só se
poderia reconhecer como autenticamente paulinas as "Quatro Grandes" (Romanos, Gálatas, 1 e 2Coríntios).
Por volta do final do século XIX, estudiosos ortodoxos competentes começaram a desafiar a crítica destrutiva
da escola da alta crítica. Dentre esses estudiosos ortodoxos estavam George Salmon, Theodor von Zahn e R. H.
Lightfoot. A obra desses homens quanto à alta crítica deve certamente ser considerada crítica construtiva.
Grande parte do trabalho recente feito no campo da alta crítica revelou sua natureza racionalista na teologia,
ainda que reivindicasse estar fundamentada na doutrina cristã ortodoxa. Esse racionalismo mais recente
manifesta-se mais abertamente quando versa sobre certos assuntos como os milagres, o nascimento virginal
de Jesus e sua ressurreição física.

A baixa crítica (textual)

Quando o julgamento dos estudiosos se aplica à confiabilidade do texto bíblico, ela é classificada como baixa
crítica ou crítica textual. Abaixa crítica aplica-se à forma ou ao texto da Bíblia, numa tentativa de restaurar o
texto original. Não deve ser confundida com a alta crítica, visto que a baixa crítica, ou crítica textual, estuda a
forma das palavras de um documento, e não seu valor documental. Muitos exemplos de baixa críticapodem
ser encontrados na história da transmissão do texto bíblico. Alguns

desses exemplos foram produzidos por leais defensores do cristianismo ortodoxo, mas outros provieram de
seus mais veementes opositores. Os estudiosos que se interessam por obter o original de um texto, mediante
a aplicação de certos critérios ou padrões de qualidade, são críticos textuais. Em geral, o trabalho desses
homens é construtivo, e sua atitude básica, positiva. Alguns deles seguem o exemplo de B. F.
Westcott, sir Frederick G. Kenyon, Bruce M. Metzger e outros. Os que usam esses critérios para

tentar destruir o texto são "descobridores de defeitos", apenas se interessam por encontrar falhas, e seu
trabalho é basicamente negativo e destrutivo. Visto que muitos dos que abraçaram a alta crítica investiram
muito tempo e energia no estudo da crítica textual, tem havido uma tendência para que se classifiquem
todos os críticos textuais com o termo "modernistas", críticos destrutivos ou críticos apegados à "alta
crítica". Ao fazerem isso, alguns cristãos virtualmente "atiraram o bebê no ralo junto com a água do banho".
Desaprovar a crítica textual meramente por que certos críticos da "alta crítica" empregaram esse método
em seu trabalho dificilmente representa uma posição justificável, digna de ser defendida. A questão mais
importante não é se a crítica é alta ou baixa, mas se é sadia, ortodoxa, Trata se de assunto de evidências e
de argumentações, não de pressuposições apriorísticas.

O desenvolvimento histórico da crítica textual

A história do texto da Bíblia na igreja pode ser dividida em vários períodos básicos, de modo especial com
referência ao Novo Testamento: 1) o período de reduplicação (até 325), 2) o período de padronização do texto
(325-1500), 3) o período de cristalização (1500-1648) e 4) o período de crítica e de revisão (1648 até o
presente). Neste período de crítica e de revisão, tem havido uma luta entre os proponentes do "texto
recebido" e os que advogam o "texto criticado". Nesse debate o texto criticado tem ocupado a posição de
predominância. Ainda que não haja muitos estudiosos hoje que defendam seriamente a superioridade do
texto recebido, deve-se observar que não existem diferenças substanciais entre o texto recebido e o texto
criticado. As diferenças porventura existentes entre ambos são meramente de ordem técnica e não
doutrinária, visto que as variantes não acarretam implicações doutrinárias. Apesar disso, tais estudos "críticos"
com freqüência são úteis para interpretar a Bíblia, e para todos os propósitos práticos as duas tradições
textuais comunicam o conteúdo dos autógrafos, ainda que estejam separadamente guarnecidas de pequenas
diferenças escribais e técnicas.

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