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Jossefem Padilha de Oliveira Sena Danielle de Cassia
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1 INTRODUÇÃO
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Numa invaginação da epiderme para formar o saco interior, que engloba uma
pequena papila dérmica, forma-se o bulbo capilar6. A formação dessas estruturas
ocorre por um processo similar ao que ocorre na pele: as células da base do folículo
dividem-se e se diferenciam, produzindo a haste capilar, que é dividida em três
partes7. A primeira chama-se córtex, a parte central do fio, responsável pelas
características de elasticidade, resistência e da cor dos fios. É formado por um
conjunto de fibras unidas por uma alta concentração de queratina rica em enxofre e
grãos de melanina. As intervenções químicas mais radicais como alisamentos,
coloração e permanentes, atuam principalmente nessa região, alterando sua
estrutura7. A segunda é a cutícula, a parte externa do fio, de estrutura delicadas,
constituídas fundamentalmente pela queratina, uma proteína elástica e flexível,
presente nos cabelos em estado normal. Sua função principal é proteger o fio. A
cutícula, por ser transparente, permite-nos ver a cor do fio do cabelo7. A terceira
parte é a medula. Os fios de cabelo nascem com medula, mas na medida em que
crescem, esse canal da medula pode estar vazio ou preenchido com queratina
esponjosa7.
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A maior parte do cabelo é constituída pela proteína denominada queratina. A
queratina, como outras proteínas, é formada por aminoácidos em forma de íons com
cargas positivas e negativas6. Esses aminoácidos podem formar grandes estruturas
poliméricas através de ligações amidas entre o grupo ácido de um aminoácido e o
amido de outro2. Para a queratina ter uma estrutura organizada, modelada e fixa,
formam-se outras ligações químicas adicionais, que se dispõem de três modos: a
formação de pontos de hidrogênio entre cadeias polipeptídios paralelas: são
consideradas fracas, quebram-se com a simples ação da água, porém são
numerosas e significativas para a estabilização da estrutura da proteína10. A
formação de ligações salinas entre as ligações paralelas de ácidos e bases: algumas
cadeias de polipeptídios possuem grupos ácidos e outros básicos, por isso há a
formação de sais (ligações iônicas); essas cadeias são consideradas de força
média. A formação de ligações pelos átomos de enxofre ou dissulfeto, essas
ligações fortes. A insolubilidade da queratina atribui-se à grande quantidade do
aminoácido cistina, este contendo dois grupos amino e dois grupos cabroxilo, por
isso, pode ligar-se a cadeias polipeptídicas paralelas através dos átomos de enxofre.
6,2,10.
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2.3 ESCOVA PROGRESSIVA
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2.4 ALISANTES CAPILARES
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para a faixa ácida natural dos cabelos, refazendo as ligações iônicas (salinas) para
que assumam a nova forma (alisado). Como esse tipo de neutralizante só
restabelece as ligações iônicas e de uma forma incompleta, os cabelos tornam-se
frágeis porque as ligações dissulfeto continuam abertas9. A seguir, aprofundemos
um pouco mais a particularidade desses princípios ativos.
Hidróxido de sódio ou, popularmente, soda cáustica, é o composto químico de
fórmula química NaOH. É uma base metálica (do metal alcalino sódio) cáustica15.
Age no fio do cabelo, transformando as ligações dissulfídicas da cistina em ligações
de lantiolina3. Essa classe de produtos, na maioria das vezes, não apresenta odor
forte e não requer neutralização. O hidróxido de sódio é compatível com ele mesmo
e com outros produtos à base de hidróxido de magnésio e cálcio. Como pertence à
mesma família de hidróxidos, sua compatibilidade com outros tipos de hidróxidos
deve ser feita mediante avaliação do estado dos fios. São produtos alcalinos, pH 13,
e uma lixívia cáustica que pode danificar os cabelos, produzindo queimaduras no
couro cabeludo e até mesmo cegueira, caso atinja os olhos. São restritos ao uso por
profissionais; produz um alisamento químico permanente e de eficiência máxima9.
O hidróxido de lítio Hidróxido de lítio (LiOH) é um corrosivo hidróxido alcalino.
É um sólido branco cristalino higroscópico7. É solúvel em água e levemente solúvel
em etanol7. É encontrado comercialmente na forma anidra, ou como mono hidrato.
Hidróxido de lítio pode ser produzido pela dissolução do lítio ou do óxido de lítio em
água. Age de forma semelhante ao sódio, porém, de forma mais lenta e suave.
Infelizmente não apresenta a mesma versatilidade do cálcio, mas, quando usado em
concentrações baixas e por um bom profissional, pode-se relaxar um cabelo
mechado, ou mesmo descolorido, desde que se tenha um bom conhecimento de
diagnóstico do fio, técnica de aplicação e um cabelo bem cuidado6. Neste caso, em
especial, a base cremosa, à qual o hidróxido de lítio está incorporado, deve ser
bastante emoliente e hidratante para suprir as deficiências do fio e controlar um
pouco a ação do lítio sobre o cabelo já enfraquecido. Deve-se levar em conta que,
se o fio já está muito poroso, o que poderemos conseguir será apenas alinhá-los um
pouco, acalmando as madeixas, e assim proporcionar mais brilho e um aspecto
saudável6.
O tioglicolato de amônia é um ativo químico obtido pela reação entre o ácido
tioglicólico e a amônia7. Ele age no córtex, quebrando as cadeias de cistina que
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compõem a fibra capilar, deixando o fio maleável, para ser moldado como desejar.
Tem PH alcalino em torno de 9 e necessita neutralização, feita comumente com
peróxido de hidrogênio. Seu pH elevado (de 9 a 9,5) é que abre o caminho. A fibra
se expande e, com o aumento de volume, as escamas da cutícula são abertas.
Estas se soltam, facilitando a entrada do alisante. Ele quebra as ligações de cistina e
a reação só é finalizada com a neutralização. Então as pontes são restabelecidas e
a estrutura do fio, alterada definitivamente. Ressalta-se que o tioglicolato apresenta
moléculas maiores que os hidróxidos7, por isso, tem menos força para agir na
cistina, ou seja, alisa menos. É que o agente oferece menor perda de proteínas e
não retira água da fibra, como acontece com os hidróxidos16. A carbocisteína,
derivada de um aminoácido (parte da proteína) chamado L-cisteína, confere força e
resistência aos fios, reparando as fibras capilares devido a sua alta bioafinidade com
os fios. Por apresentar uma estrutura molecular menor, penetra no córtex e forma
ligações fundamentais para reforçar sua estrutura. Essas ligações são responsáveis
pelas ondas que aparecem nos cabelos e permite ao cabeleireiro moldá-lo. A
cabocisteína sozinha não alisa, por isso é necessária sua associação a uma cadeia
de aminoácidos, que são moléculas de baixo peso e que atuam agentes de retenção
de moléculas de água17.
O ácido glioxílico ou formilfórmico é um ácido orgânico de fórmula OHC-
COOH, e é o mais simples dos ácidos-aldeídos. Consiste numa forma modificada do
ciclo dos ácidos tri carboxílica que ocorre na maioria das plantas e microorganismos,
mas não nos animais superiores. Esse ácido libera substâncias (aldeídos) que
promovem a quebra das pontes de cistina. Por ter um pH alto, quando aplicado ao
cabelo, dilata as cutículas, permitindo assim a entrado do ativo alisante, para que ele
possa agir no interior do fio, ou seja, no córtex. Esse ativo oferece variação no seu
poder de alisamento conforme a quantidade utilizada. Pode ser usado em
concentração de 1% a 20% e o resultado também depende do cabelo17 .
Gomes ressalta que:
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O mecanismo do processo de alisamento depende dos constituintes químicos
do produto utilizado.
2.6 FORMOL
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narinas, no pulmão, no sangue e na cabeça11 .
2.6.1 RISCOS DO FORMOL
3. METODOLOGIA
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para coleta de dados foi realizada uma pesquisa de campo com 10 Salões de
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Beleza na região metropolitana de Curitiba, com o objetivo de descobrir quais os
produtos mais utilizados na escova progressiva e todos os questionários foram
respondidos por esses salões.
Figura 1 – Gráfico da utilização da escova progressiva com formol
Fonte: O Autor
Nas escovas progressivas, 70% informaram que não utilizam a escova com
formol, optando por outros princípios ativos para realização da escova progressiva,
porém 30% utilizam a escova com formol, alegando que o produto atende aos
padrões estabelecidos pela ANVISA.
Fonte: O Autor
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mais utilizadas a escova marroquina, chocolate e inteligentes. Segundo os
profissionais, desde que a ANVISA limitou a utilização de formol a apenas 0,2%, os
salões foram condicionados a substituir o formol por outros conservantes, com
efeito, parecido. Desta forma 50% utilizam a escova inteligente, que é composta de
queratina líquida, proteínas, minerais e o formol a 0,2%. 30% utilizam a escova
marroquina, que é composta de argila branca, óleo de cacau do Marrocos e formol a
0,2%. Os 20% restantes utilizam a escova de chocolate, que é composta de
queratina líquida, proteína da seda, extrato de cacau, cafeína, ácidos graxos e, às
vezes, formol a 0,2%. Observa-se que nessas escovas - embora os profissionais e a
mídia aleguem que não utilizam o formol em sua composição química - há sim o
formol, porém conforme os padrões estabelecidos pela ANVISA, o que evita maiores
danos à saúde.
Fonte: O Autor
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progressiva, e sim a uma hidratação.
Fonte: O Autor
Fonte: O Autor
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quando fazem a escova progressiva, saem do salão com os cabelos realmente lisos;
já 20% das que não ficam satisfeitas pertencem ao grupo de clientes que já tem os
cabelos lisos e a diferença não fica tão visível.
Fonte: O Autor
Fonte: O Autor
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sem formol, pois somente o creme não alisa o cabelo. Os 20% que afirmaram não
existir o formol nas escovas progressivas são profissionais que não conhecem os
produtos que estão usando e não estão qualificados para realizar esse
procedimento.
Através da pesquisa realizada, constatou-se que tantos os profissionais como
os clientes não têm a preocupação e nem o conhecimento necessários no que diz
respeito aos princípios ativos utilizados nas escovas progressivas. Os clientes estão
preocupados com a estética e os profissionais nos lucros e benefícios pessoais que
esse procedimento pode trazer. Os profissionais compram e oferecem os produtos,
mas não se preocupam se estão registrados na ANVISA e se são legais. Já os
clientes fazem perguntas sobre o produto, porém, não investigam se realmente a
resposta dos profissionais é verdadeira.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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componentes químicos corretamente aplicados, assim garantimos a procedência do
produto e a correta finalização do resultado.
6. AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado forças para realizar este
trabalho, aos meus pais pelo apoio, a todos os professores envolvidos em meu
desenvolvimento.
7. ANEXOS
2. Quais os tipos de Escova Progressiva que o Salão oferece para seus clientes?
( ) inteligente ( ) marroquina ( ) chocolate
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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www.anvisa.org.br>, acessado dia 10/07/12.
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