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Sãã o Tomãá s de Aquino

Tomás de Aquino viveu intensamente os conflitos intelectuais, típicos de sua época, que
opunha o conhecimento pela razão, a teologia à filosofia, a crença na revelação bíblica às
investigações dos filósofos gregos.

Inserida no movimento escolástico, a filosofia de Tomás de Aquino (o tomismo) já nasceu com


objetivos claros: não contrariar a fé. [1] De fato, a finalidade de sua filosofia era organizar um
conjunto de argumentos para demonstrar e defender as revelações do cristianismo.

Assim, Tomás de Aquino reviveu em grande parte o pensamento aristotélico com a finalidade
de buscar nele os elementos racionais que explicassem os principais aspectos da fé cristã.

Retomando as idéias de Aristóteles sobre o ser e o saber, Tomás de Aquino enfatizou a


importância da realidade sensorial. No processo de conhecimento dessa realidade, ressaltou
uma série de princípios considerados básicos, dentre os quais se destacam: [2]

Tomás de Aquino enfatizou a importância da realidade


sensorial. Ressaltou uma série de princípios considerados
básicos:

1)- Principio da não contradição –O ser é ou não é. Não existe nada que possa ser
e não ser ao mesmo tempo e sob o mesmo ponto de vista.

2)- Principio da substância – na existência dos seres podemos distinguir a


substancia ( a essência, propriamente dita, de uma coisa, sem a qual ela não seria
aquilo que é), do acidente (a qualidade não essencial, acessória do ser);

3)- Principio da causa eficiente - todos os seres que captamos pelos sentidos são
seres contingentes, isto é. Não possuem, em si próprios, a causa eficiente de suas
existências. Para existir, o ser contingente depende de outro ser, chamado de ser
necessário.

4)- Principio da finalidade – todo ser contingente existe em função de uma


finalidade, de um objetivo, de uma razão de ser.

5)- Principio do ato e da potência – todo ser contingente possui duas dimensões: o
ato e a potência. O ato representa a existência atual do ser, aquilo que está
realizado e determinado. A potência representa a capacidade real do ser, aquilo
que não se realizou mas pode realizar-se. É a passagem da potência para o ato
que explica toda e qualquer mudança.
O filósofo escolástico empreendeu foi uma sistematização da doutrina cristã que se
apóia em parte na filosofia aristotélica, mas que contém muitos elementos
estranhos ao aristotelismo . o conceito de criação de um deus [único, a idéia de
que o vir-a-ser , não é autodeterminado,mas precede de Deus.

Santo Tomás introduziu uma distinção entre o ser e a


essência, dividindo a metafísica em duas partes: a do ser
em geral e a do ser pleno que é Deus:

Deus é ato puro, não há o que se realizar ou se atualizar em Deus, pois ele é
completo. Ele dirá que Deus é ser, ou seja, Deus é o Ser que existe como
fundamento da realidade das outras essências que, uma vez existentes participam
de seu Ser.

O Ser é diferente da essência, pois as criaturas são seres não necessários. É


Deus que permite ás essências realizarem-se em entes, em seres existentes.

As 5 provas da existência de Deus


Outro aspecto fundamental da filosofia tomista é a prova da existência de Deus.
Em um de seus mais famosos livros, a Suma teológica, Santo Tomás propõe cinco
provas da existência de Deus:

1)- O primeiro motor – tudo aquilo que se move é movido por outro ser. Por sua
vez, este outro ser, para que se mova, necessita também que seja movido por
outro ser. E assim sucessivamente. Logo, conclui Tomás de Aquino, é necessário
chegar a um primeiro ser movente, que não seja movido por nenhum outro. Esse
ser é Deus.

2)- A causa eficiente – todas as coisas existentes no mundo não possuem em si


próprias a causa eficiente de suas existências. Devem ser considerados efeitos de
alguma causa. Logo, é necessário admitir a existência de uma primeira causa
eficiente, responsável pela sucessão de efeitos. Essa causa primeira é Deus.

3)- Ser necessário e ser contingente – este argumento é uma variante do segundo.
Afirma que todo ser contingente, do mesmo modo que existe, pode deixar de
existir. Ora, se todas as coisas que existem podem deixar de ser, então, alguma
vez, nada existiu. Mas, se assim fosse, também agora nada existiria, pois aquilo
que não existe somente começa a existir em função de algo que já existia. É
preciso admitir, então, que há um ser que sempre existiu, um ser absolutamente
necessário, que seja a causa da necessidade de todos os seres contingentes.
Esse ser necessário é Deus.

4)- Os graus de perfeição – em relação à qualidade de todas as coisas existentes,


pode-se firmar a existência de graus diversos de perfeição. Assim afirmamos que
tal coisa é melhor que outra, ou mais bela, ou mais poderosa, ou mais verdadeira.
Se uma coisa possui “mais ou menos” determinada qualidade positiva, isso supõe
que deve existir um ser com o máximo dessa qualidade, no nível da perfeição. Um
ser máximo e pleno. Esse ser é Deus.

5)- A finalidade do ser – todas as coisas brutas que não possuem inteligência
própria. Existem na natureza cumprindo uma função, um objetivo, uma finalidade,
semelhante à flecha dirigida pelo arqueiro. Devemos admitir, então, que existe
algum ser inteligente que dirige todas as coisas da natureza para que cumpram
seu objetivo. Esse ser é Deus.

Tomás vê a necessidade de discorrer sobre a essência de Deus. Uma pergunta que se coloca
neste momento é se em Deus a existência precede a essência ou a essência precede a
existência. Antes de buscar apresentar a solução para esse problema da anterioridade da
essência ou da existência, é preciso demonstrar o caminho que Tomás percorre antes de
propor uma solução ao problema anteriormente citado.

Tomás entende que Deus é ato puro de existir, sendo simples e não composto de nada.
Primeiro Tomás busca demonstrar que em Deus não existe um corpo. O próprio Tomás
(Suma Teológica I, q.3, a.1, RESP.), a esse respeito, assim afirma: “É preciso dizer de modo
absoluto: Deus não é um corpo”. Completa ainda esta afirmação, o que Tomás afirma ao
dizer da impossibilidade de em Deus existir uma composição de matéria e forma, dizendo
que “É impossível haver em Deus alguma matéria. 1. Porque a matéria é o que está em
potência. Já se demonstrou que Deus é ato puro”

O Mal e o Bem

O mal é a ausência do bem, isto é, o mal não é substancial. Neste aspecto, S. Tomás de

Aquino segue S. Agostinho na teoria da não-substancialidade do mal, em confronto com


as ideias de Mani (maniqueísmo). Também esta ideia é-me agradável; o mal não é

intrínseco ao ser humano senão na sua condição de ignorância ou ausência de

sabedoria, da mesma forma que o mal é a ausência do bem.

S. Tomás de Aquino existem duas espécies de “mal”: a “pena” e a “culpa”. A “pena”

tem em Aquino um significado parecido no Budismo com o de Kharma; a “pena” é a

deficiência da forma ou de uma das suas partes, necessária para a integridade de algo.

A “culpa” é, dos males, o maior ― que a providência tenta corrigir ou eliminar com a

“pena”.

A Lei Natural

Em toda a ética de S. Tomás de Aquino está presente o direito natural ( jusnaturalismo).

Existe uma lei eterna ― uma lei que governa todo o universo e que existe na lógica do

surgimento desse universo. A lei natural que existe no Homem é um reflexo (ou uma

“participação”) dessa lei eterna que rege o universo.

A lei natural tem três características fundamentais:

1. A inclinação para o bem natural. A auto-conservação do Homem ― como a

de qualquer ser vivo ― é uma revelação desta primeira característica. Por isso, o

aborto e o suicídio (eutanásia) vão contra a lei natural.

2. A inclinação especial para determinados actos, que são os que a natureza

ensinou a todos os animais, como a união do macho e da fêmea, a educação dos

filhos e outros semelhantes. Por isso, o comportamento e a cultura “gay” vai

contra a lei natural.

3. A inclinação para o Bem segundo a natureza racional que é própria do

Homem, como é a inclinação para conhecer a Verdade, a sociabilidade, a

cultura, a tradição, etc.

A estética

O belo, segundo S. Tomás de Aquino, é um aspecto ou uma característica do Bem. O

belo é idêntico ao Bem, sendo que o Bem é aquilo que todos desejam e, portanto, é a
própria teleologia (o Fim). O belo também é desejado, e portanto tem um valor

teleológico. Porém, ao contrário do Bem, o belo só se refere aos sentidos (faculdade

cognoscitiva) ― visão, audição ― e à consciência das coisas (que inclui outros sentidos:

o tacto, o olfacto, o gosto). Portanto, a beleza só se refere aos sentidos que têm maior

valor cognoscitivo e que servem a Razão. O que agrada na beleza não é o objecto em

si, mas a apreensão do objecto.

S. Tomás de Aquino atribui ao “belo” três características essenciais:

 A integridade da perfeição. Tudo o que é reduzido ou incompleto é feio.

 A proporção das partes; a clareza. Esta característica aplica-se não só nas

coisas sensíveis (arte em geral) mas também nas coisas do espírito. Um corpo

proporcionado é belo assim como um discurso ou uma acção bem proporcionada

tem a clareza espiritual da razão.

 A verdade da beleza. O belo existe mesmo que represente um objecto feio.

São Tomás é famoso por ter cristianizado Aristóteles, à semelhança do que fez
Agostinho com Platão, ele transformou o pensamento desse sábio num padrão
aceitável pela igreja católica.

Apesar de Aristóteles não ter conhecido a revelação cristã, como diz Tomás, e de
sua obra ser original, autônoma e independente de dogmas, ele está em harmonia
com o saber contido na Bíblia. E Tomás aplica o pensamento de Aristóteles na
teologia. Portanto o grande mérito deste santo doutor da Igreja foi a síntese do
cristianismo com a visão aristotélica do mundo, introduzindo o aristotelismo, sendo
redescoberto na Idade Média na escolástica, compaginou um e outro, de forma a
obter uma sólida base filosófica para a teologia e retificando o materialismo de
Aristóteles.

Efectivamente, São Tomás propõe uma dedicação integral aos estudos, uma consagração à
vida intelectual, um estilo de vida ascético que propicie uma relação com Deus, com os outros
e consigo próprio. No De modo studendi é muito claro: “alguém dedicado ao estudo deve,
antes de mais, cuidar das atitudes da alma” (Lauand, 1998, p. 302).

A aquisição do tesouro do conhecimento exigirá, diz no “De modo studendi”, uma ordenação
interior do sujeito que estuda, bem como uma ordenação exterior: “do mais fácil para o mais
complexo, do riacho para o alto-mar”. Nesta articulação entre o interior e o exterior, Tomás
apresenta em De Magistro, a aprendizagem intelectual como um movimento gradual, que faz
com que a aquisição da ciência (saber) seja uma passagem progressiva de potência a acto.

A aprendizagem não é entendida como anamnesis (já que Tomás não admite a preexistência
da alma), mas sim como a aquisição de verdades até então desconhecidas. O saber que o
discípulo possui antes de receber os ensinamentos do mestre, é apenas um saber “inicial”,
fruto de uma adaptação espontânea da inteligência, contudo, falta-lhe todo um caudal de
conhecimentos, que serão adquiridos pela ajuda da do mestre, que o guia por “caminhos
seguros até à obtenção de conclusões certas” (Galino, 1981, p. 559).

Para São Tomás existem dois modos de adquirir a ciência: por si próprio, o modo natural, e por
intermédio do mestre. Apesar de o homem poder adquirir conhecimentos por si próprio, a acção
do mestre é sempre fecunda e insubstituível na busca da ciência.

Para São Tomás de Aquino, a Teologia era uma ciência que tinha na
Escritura sagrada e nas tradições da Igreja Católica suas principais
matérias-primas, sendo a fé e a razão as ferramentas necessárias para
desvendar os ensinamentos teológicos.

Para entender a obra do autor, é necessário compreender o conceito de


“Revelação” por ele empregado. Segundo São Tomás de Aquino, a verdade
só é reconhecida através da fé (revelação sobrenatural) e da natureza
(revelação natural), sendo que aquela é originada através do Espírito
Santo e pode ser conhecida através dos ensinamentos reunidos na
Escritura e espalhados pela tradição. Já a natureza pode ser alcançada
através da percepção de sua própria natureza e do poder da razão.

Seguindo a linha de Santo Agostinho, São Tomás de Aquino acreditava


que a guerra era algo permitido, desde que fosse por uma nobre causa.
Em “Suma”, uma de suas principais obras, ele reúne três motivos que
justificam este pensamento, a saber: a guerra deve ser por uma causa
boa e justa, e nunca por poder ou dinheiro; deve ser declarada pro
alguém que tenha competência para, como a autoridade de determinado
Estado; e a paz deve ser a motivação central em meio a mortes e lutas.

Homem, alma e conhecimento

Para Tomás de Aquino, o homem é corpo e alma inteligente, incorpórea (ou imaterial), e se
encontra, no universo, entre os anjos e os animais. Princípio vital, a alma é o ato do corpo
organizado que tem a vida em potência.

Contestando o platonismo e a tese das idéias inatas, Tomás de Aquino observa que se a alma
tivesse de todas as coisas um conhecimento inato, não poderia esquecê-lo, e, sendo natural
que esteja unida a um corpo, não se explica porque seja o corpo a causa desse esquecimento.

Conhecer, para Tomás de Aquino, não é lembrar-se, como pretendia Platão, mas extrair, por
meio do intelecto agente, a forma universal que se acha contida nos objetos sensíveis e
particulares. Do conhecimento depende o apetite, ou o desejo, inclinação da alma pelo bem.

O homem, segundo Tomás de Aquino, só pode desejar o que conhece, razão pela qual há duas
espécies de apetites ou desejos: os sensíveis e os intelectuais. Os primeiros, relativos aos
objetos sensíveis, produzem as paixões, cuja raiz é o amor. Quanto aos segundos, produzem a
vontade, apetite da alma em relação a um bem que lhe é apresentado pela inteligência como
tal.

Seguindo Aristóteles, Tomás de Aquino diz que, para o homem, o bem supremo é a felicidade,
que não consiste na riqueza, nem nas honrarias, nem no poder, em nenhum bem criado, mas
na contemplação do absoluto, ou visão da essência divina, realizável somente na outra vida, e
com a graça de Deus, pois excede as forças humanas.

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