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Orientador Técnico
Roberto Fernando de Souza Freitas
Orientador Metodológico
Vinicius Vieira Costa
1 Introdução
A procura por metais data de milhares de anos, quando o homem primitivo utilizava
destes para a caça, construções e para o seu dia a dia. A medida que foram
passando os anos, percebeu-se que a demanda por metais, preciosos ou não,
aumentava e métodos de extração eram cada vez menos rudimentares, já que não
era possível retirá-los somente por escavação (CRISTINA,1995).
1
Frash, que definiram métodos extrativos pela lixiviação que atualmente são básicos
para as atividades industriais (CRISTINA,1995). Devido ao aumento da procura por
matérias-primas juntamente com a necessidade de suprir o mercado, tornou-se
imprescindível criar novos métodos de extração e otimizar aqueles que não
poderiam ser drasticamente mudados.
Como uma forma diferenciada de encontrar novos meios para otimizar a separação
de um solvente do material lixiviado, é necessário avaliar a temperatura, viscosidade
e granulometria inserindo uma nova visão que fornece resultados e conclusões
ainda pouco explorados.
Diante dessa visão, define-se que um estudo mais aprofundado sobre este tema
poderá trazer resultados que modificariam teoricamente e/ou operacionalmente o
modo de sedimentara diferentes temperaturas e com diferentes granulometrias.
Posteriormente, poderá ser possível encontrar relações da granulometria,
viscosidade do solvente e temperatura, tendo o intuito de otimizar o processo de
sedimentação presente na lixiviação em corrente contínua.
2 Referencial Teórico
2
O Estudo deste processo começou no início do século 19 pelas obras do alemão
Adolf Eugen Fick tendo ênfase em seu trabalho sobre a difusão de gás através de
uma membrana líquida. Após isso, com o estudo deste processo imprescindível para
a Engenharia Química, Fick propôs a primeira lei da transferência de massa,onde
esta caracterizava que a difusão é sempre proporcional ao gradiente de
concentração, e através da técnica de derivação matematicamente deduziu,
encontrando uma das primeiras fórmulas da transferência de massa.
(1.1)
D é difusividade.
(1.2)
Ea é a energia de ativação,
2.2 Lixiviação
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A lixiviação é definida como o processo de extração de minerais que se encontram
dentro de partículas sólidas por passagem de um solvente. Este processo é regido
pela transferência de massa primordialmente difusiva que, dependendo do tamanho
da partícula, pode levar milhares de anos até que seja completo.
Há dois métodos mais utilizados atualmente, para que se dê esse processo, sendo
estes, lixiviação por percolação através de um leito fixo (lixiviação em batelada) e
lixiviação de uma corrente contínua. O primeiro método consiste na passagem de
um solvente através do sólido em um tanque fundo, perfurado de modo que seja
possível drenar o líquido para voltar novamente para o início do tanque ou ser
carreado para o próximo processo. O segundo consiste de uma corrente de contato
constante entre o sólido e o líquido, podendo ser suas entradas contracorrentes,
multi-correntes, ou entrada única (MCCABE,1993)
(2)
4
b é espessura do liquido que circunscreve o particulado,
é o coeficiente de difusão.
(3.1)
(3.2)
5
onde: KL é o coeficiente de transferência de massa,
d é o diâmetro do reator,
DL é o coeficiente de difusão,
ρ é a densidade da polpa,
μ é a viscosidade da polpa.
2.3.1 Volume
(4.1)
Vr é o volume do reator,
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Sendo:
(4.2)
Sabendo que o volume é constante, integrando e juntando a equação 4.1 com a 4.2
tem-se:
(4.3)
(4.4)
(4.5)
(4.6)
7
(5.1)
(5.3)
T é a temperatura do sistema.
(5.4)
2.4 Sedimentação
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tempo que levaria para a transferência de massa ser realizada e retirar o mineral de
interesse do interior da partícula (LATSA,1999).
O projeto de sedimentadores tem por base uma análise primária das forças de
empuxo e peso da partícula em análise. Após a determinação dessas entra em
análise as forças inerciais e viscosas do fluido, sendo esse dado pelo número de
Reynolds. Sabendo-se que o aumento da temperatura afeta diretamente a
viscosidade, a queda deste aumentaria a eficiência dos sedimentadores
(GEANKOPOLIS,1993).
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2.4.1 Equacionamento Matemático
(7.1)
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Vp é o volume da partícula,
é a densidade do líquido,
g é a força gravitacional.
Outra força que é exercida é a força de resistência, que tem por equação:
(7.2)
v² é a velocidade,
(7.3)
Dp é o diâmetro da partícula.
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Este último pode ser definido por equações mas existem limites em que estas
podem ser utilizadas. Para um regime laminar, também conhecido como lei de
Stokes, a equação é:
(8.1)
(8.2)
Juntando as equações 7.3 e 8.1 é possível encontrar uma equação que tenha as
forças exercidas pelo sólido sobre as forças inercias do fluido:
(8.3)
(8.4)
(8.5)
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2.4.2 Comportamento Físico
No gráfico foi determinados pontos teóricos no eixo x e y para poder passar a reta
tangente, que toca o eixo y determinando a altura real da interface de sólido e
líquido, e no eixo x determinando o tempo real do processo de
sedimentação(GEANKOPOLIS,1993).Figura 4 – Gráfico com representação da taxa de
sedimentação mássica por concentração volumétrica de sólido. Fonte: GEANKOPOLIS,1993.
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2.5 Transferência de Calor
2.5.1 Condução
(9.1)
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T1 é a maior temperatura,
T2 é a menor temperatura,
2.5.2 Convecção
(9.2)
2.5.3 Radiação
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A radiação depende do tipo da emissividade que este corpo possui, podendo ser
definido como:
(9.3)
σ é a constante de Stefan-Boltzmann,
é a temperatura do ambiente,
(9.4)
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(9.5.1)
(9.5.2)
l é o comprimento do cilindro.
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Sendo assim:
(9.5.3)
(9.5.4)
Dv é o diâmetro do tanque,
L² é o tamanho da pá de agitação,
ρ é a densidade da polpa,
(9.5.5)
(9.5.6)
Pr é o adimensional de Prandtl,
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μ é a viscosidade na temperatura média dentro da jaqueta,
(9.5.7)
v velocidade do fluido,
(9.6)
3 Metodologia
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concentração de sólido, viscosidade e densidade da polpa tendo em vista os seus
efeitos na lixiviação e na sedimentação por consequência.
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processo sem a transferência de calor e depois comparado com um processo que
existe a transferência de calor. Os resultados serão processados pelo Software
Excel® e posteriormente discutidos de modo a procurar relações entre a
transferência de calor, transferência de massa, solubilidade, viscosidade e
velocidade de sedimentação. Todos os valores a serem definidos partirão de bases
da literatura ou experimentos realizados por outros pesquisadores.
4 Resultados e Discussão
4.1 Resultados
De acordo com Li,2014, foi possível analisar uma melhora no processo de extração em
até 20% com o aumento da temperatura, tendo o seu ápice em 91%. O processo teve
uma faixa de temperatura de 230 °C até 280°C. Foi possível analisar também que a
relação entre solvente/sólido com maior aproveitamento foi a de 12.
Com os resultados dos cálculos foi possível a criação de 3 gráficos que demonstram
gradientes físicos e químicos, perfis de relações diretas e indiretas da fórmula de
velocidade terminal da partícula podendo abrir um novo olhar nas condições
operacionais de um sistema que pode receber otimizações sem que altere com as
reações que ocorrem dentro do reator.
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Gráfico 1 – Representa a relação entre a viscosidade como função da temperatura.
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Gráfico 3 – Representa a quantidade de calor transferida para o sistema e o aumento
da velocidade de reação sendo que esta é uma função da temperatura.
Com os resultados obtidos foi possível encontrar uma relação teórica entre a
velocidade de sedimentação e a temperatura partindo do pressuposto que o sistema é
um sistema perfeito e que não hajam perdas de calor e massa para o ambiente.
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De acordo com os gráficos 3 foi comprovou-se que o aumento da temperatura
influencia no processo de lixiviação aumentando a transferência de massa global
juntamente com a agitação, criando um gradiente químico favorável ao processo de
lixiviação.
5 Conclusões
Foi possível encontrar uma relação entre a calor recebido pelo sistema com a
velocidade terminal da partícula e o tempo de sedimentação, afim de confirmar que a
otimização de um processo em batelada pode advir com o aumento da temperatura do
sistema, já que existe aumento da solubilidade, velocidade de reação, transferência de
massa e por fim sedimentação como um processo de separação gravítico que
demandaria menos recurso e teria uma eficiência de maquinário utilizando.
Entretanto não é possível definir se existe uma economia monetário devido à grande
quantidade de calor envolvido que será necessário ser repassado para o sistema.
6 Referências Bibliográficas
24
Panda, Sandeep. Reactor and column leaching studies for extraction of copper
from two low grade resources: A comparative study. Hydrometallurgy. HYDROM
157, 04192. 2015.
25
Almeida, L. Viscosidade de soluções muito concentradas de nitrato de lítio.
Porto: Lisboa. Revista Porto Química., 15, 201. 1973.
http://carlosedison.blogspot.com.br/2009/06/reatores-do-tipo-tanque.html visitado
11:20 do dia 21/11/2016
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