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— Hoje, todo hospital tem que ter um núcleo de segurança do paciente e tomar
medidas como, por exemplo, para melhorar a segurança de cirurgias e também
preventivas contra quedas dos pacientes, cuidados com medicação,
higienização, entre outros aspectos — afirmou a pesquisadora.
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— O dado mundial é de que 9% dos pacientes podem ter um evento adverso (quando
algo que não estava programado para o caso acontece). Mas uma situação dessas é
como a de voo que pode atrasar no aeroporto, por exemplo. Ou seja, a possibilidade de
um evento adverso virar um desastre completo é pequena — diz o médico.
Ele afirma ainda que o Brasil tem tomado medidas para melhorar o cuidado com
pacientes e que o conselho federal de medicina tem uma câmara técnica de segurança
para cuidar do assunto.
— É preciso esclarecer que o Brasil não é o fim do mundo. No Rio, temos hospitais
excelentes que passam por dificuldades enormes, que tem leitos fechados. São
problemas estruturais. Mas ao mesmo tempo o Brasil é o segundo país do mundo em
transplante de órgãos. E isso é em boa parte patrocinado pelo SUS.
O médico e professor da UFMG, Renato Couto, um dos responsáveis pelo anuário, diz
que não existe sistema de saúde infalível, mas alerta que o Brasil faz parte de "um
contexto global de falhas" da assistência à saúde em diversos processos hospitalares.
PROBLEMA MUNDIAL
Além das vidas perdidas, as falhas ainda podem deixar pacientes com sequelas variadas,
que geram custo extra aos hospitais. De acordo com o anuário, dos 19,1 milhões de
brasileiros internados em hospitais ao longo de 2016, 1,4 milhão foram “vítimas” de
pelo menos um evento adverso, o que consumiu R$ 10,9 bilhões apenas dos convênios
médicos. Os dados relacionados ao Sistema Único de Saúde (SUS) não foram apurados
por causa das variadas fontes de receita "com enorme variação em todo o Brasil".
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— O dado mais alarmante na comparação com os Estados Unidos é que o total de
falecimentos por dia causados por eventos adversos está próximo do brasileiro. São
1.096 lá e 829 aqui. Mas a população norte americana é 55,6% maior do que a nossa.
Eles são 323,1 milhões, enquanto nós somos 207,7 milhões — alerta Luiz Augusto
Carneiro, superintendente executivo do IESS.
Carneiro ressalta que a escolha de um hospital, normalmente, é feita somente com "uma
percepção de qualidade, a recomendação de um médico ou opinião de conhecidos".