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ANDRÉ NICOLINI
OUTUBRO/2011
MINICURSO DE INTRODUÇÃO
CIRCUITOS ELÉTRICOS
SUMÁRIO
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MINICURSO DE INTRODUÇÃO
CIRCUITOS ELÉTRICOS
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MINICURSO DE INTRODUÇÃO
CIRCUITOS ELÉTRICOS
1. INTRODUÇÃO
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𝑑𝑤 𝐽
𝑉= = = 𝑉𝑜𝑙𝑡(𝑉) (1)
𝑑𝑄 𝐶
onde:
v = tensão instantânea
V = tensão contínua
A tensão elétrica pode ser contínua ou alternada. A tensão contínua pode ser
obtida em bancos de baterias, pilhas, saídas de retificadores, etc. Já um sinal alternado é
obtido em ondas que variam o seu módulo a cada instante de tempo, como a onda
senoidal, cossenoidal, triangular, dente de serra, etc..
𝑑𝑄 𝐶
𝑖= = = 𝐴𝑚𝑝𝑒𝑟𝑒(𝐴) (2)
𝑑𝑡 𝑠
onde sua unidade é o Ampère, (A).
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i = corrente instantânea
I = corrente constante
𝑡
1
𝑃𝑚𝑒𝑑 = = ∫ 𝑖(𝑡). 𝑣 (𝑡). 𝑑𝑡 (3)
𝑇 0
𝑑𝑤
𝑃= = 𝑊𝑎𝑡𝑡(𝑊) (4)
𝑑𝑡
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3. ELEMENTOS DE CIRCUITOS
ELÉTRICOS
3.1. RESISTOR
Seu valor pode ser determinado como sendo a razão entre a tensão e a corrente
elétrica existente em um determinado ponto do circuito elétrico. Sua unidade é o Ω,
letra grega ômega.
Os resistores podem ser ligados de várias formas, formando assim, dois tipos de
associação básica, sendo elas a série e a paralela.
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1) Série:
Neste tipo de associação o terminal de entrada de um resistor é conectado ao
terminal de saída de outro resistor, e assim sucessivamente, conforme Fig. 3.
Sua resistência total é dada pela soma algébrica de cada resistor que compõe a
associação, (5):
𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2 + ⋯ 𝑅𝑛 (5)
2) Paralela:
Quando dois ou mais resistores têm seu terminais ligados à mesma diferença de
potencial, de modo a oferecer caminhos separados para a corrente elétrica,
conforme Fig. 4.
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1 1 1 1
= + + ⋯+ (6)
𝑅𝑒𝑞 𝑅1 𝑅2 𝑅𝑛
3.2. CAPACITOR
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a) Série:
𝑛
1 1 1 1 1
= + +⋯+ =∑
𝐶𝑠 𝐶1 𝐶2 𝐶𝑛 𝐶𝑖 (7)
𝑖=1
b) Paralela:
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𝐶𝑒𝑞 = ∑ 𝐶𝑖 (8)
𝑖=1
Carga
𝑞 (𝑡) = 𝐶. 𝑣(𝑡) (9)
Corrente
𝑑𝑣(𝑡)
𝑖𝑐(𝑡) = 𝐶. (10)
𝑑𝑡
Tensão
𝑡
1
𝑣(𝑡) = 𝑉0 + = ∫ 𝑖 (𝑡)𝑑𝑡
𝐶 0 (11)
Energia
1
𝐸 = . 𝐶. 𝑉² (12)
2
3.3. INDUTOR
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1) Série:
𝐿𝑒𝑞 = 𝐿1 + 𝐿2 + ⋯ + 𝐿𝑛 (13)
2) Paralela:
𝑛
1 1
=∑ (14)
𝐿𝑒𝑞 𝐿𝑖
𝑖=1
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4.1. DEFINIÇÕES
¹ Elemento cuja corrente que circula através dele e a diferença de potencial entre
os seus terminais são bem definidos. Ex: resistores, capacitores, indutores,
transistores e transformadores.
O sentido de referência para tensão de braço pode ser indicado por uma seta,
ou ainda, por sinais (+) e (-). Este sentido é denominado polaridade.
A exemplo da Fig. 11, definida uma polaridade para a tensão – por
convenção – a tensão de braço VAB, em dado instante t, é positiva caso o
potencial elétrico no ponto A for maior do que no ponto B. Já em VBA, a tensão é
negativa, pois o potencial no ponto B é menor do que no ponto A.
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𝑉𝐴𝐵 = 𝑉𝐴 − 𝑉𝐵
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5. LEIS DE KIRCHHOFF
Esta lei define que a soma de todas as correntes de braço que chegam a um nó
com as que saem do mesmo, é sempre zero.
∑ 𝑖𝑛 = 0
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−𝐼1 + 𝐼2 + 𝐼3 + 𝐼4 = 0
Convenção:
Esta lei define que, em qualquer malha fechada, a soma algébrica das tensões de
braço é sempre zero.
∑ 𝑉𝑛 = 0
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6. ELEMENTOS DE CIRCUITOS
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A fonte de tensão real não pode ficar em curto, pois a corrente tenderá a infinito,
o que pode ser comprovado pela equação da primeira Lei de Ohm, uma vez que a
resistência de um curto circuito é nula.
𝑉 = 𝑅. 𝐼 → 𝐼 = 𝑉/𝑅
Logo, com uma resistência (R) tendendo a zero (curto circuito), o valor do
quociente (V/R) tende ao infinito.
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2) Paralelo
A associação em paralelo de fontes de tensão é uma medida que exige
determinados cuidados. O nível limite de corrente deste tipo de ligação está
diretamente associado às resistências internas de cada fonte e ao valor das fontes de
tensão, portanto, se o nível da resistência for muito baixo e o circuito não apresentar
as devidas medidas de segurança, a corrente circulante tenderá ao infinito. Para isso,
uma das medidas é adicionar resistores de valores razoáveis, evitando assim a
elevação da corrente como expressa o Teorema de Millman na Fig.16.
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OBS.: A fonte de corrente pode ficar em curto circuito, mas, uma vez ligado o
circuito, este não pode ser seccionado, pois sua tensão vai a infinito, como define a
equação:
𝑉 = 𝑖. 𝑅
Pois em um circuito aberto, R tende ao infinito.
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2) Paralelo
A associação de fontes de corrente em paralelo, representada na Fig.19, é um
modelo de configuração que consiste em somar as correntes provenientes de cada
fonte, considerando o sentido de referência.
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Dedução:
𝑅𝑇𝐻 = 𝑅𝑁 (19)
𝑉𝑇𝐻 = 𝑅. 𝐼𝑁 (20)
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Exemplo
Determine o equivalente Thevenin-Norton.
Exemplo
Calcule o valor de R para i=833,33mA.
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𝑅𝑝 𝑅2 𝑅𝑝 𝑅1 𝑅𝑝
𝑖1 = .𝑖 = .𝑖 𝑖2 = .𝑖 = .𝑖 𝑖𝑛 = .𝑖 (21)
𝑅1 𝑅1 + 𝑅2 𝑅2 𝑅1 + 𝑅2 𝑅𝑛
A fonte de corrente da figura anterior pode ser substituída por uma corrente que
sai de outro componente, como um resistor, por exemplo.
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𝑅𝑖 𝑅1 𝑅𝑖 𝑅1
𝑉1 = . 𝑉 → 𝑉1 = .𝑉 𝑉2 = . 𝑉 → 𝑉2 = .𝑉 (22)
𝑅𝑠 𝑅1 + 𝑅2 𝑅𝑠 𝑅1 + 𝑅2
𝑅1 𝑅2 𝑅𝑛
𝑉1 = .𝑉 𝑉2 = .𝑉 𝑉𝑛 = .𝑉 (23)
𝑅𝑠 𝑅𝑠 𝑅𝑠
Exemplo
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3) Calcule i:
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Esta técnica tem por finalidade facilitar a análise dos circuitos elétricos. Estra
relação só é válida quando eh respeitada a posição dos resistores no circuito.
1) Transformação de Y-Δ:
𝑅1 . 𝑅2 +𝑅1 . 𝑅3 +𝑅2 . 𝑅3
𝑅𝑎 =
𝑅3
𝑅1 . 𝑅2 +𝑅1 . 𝑅3 +𝑅2 . 𝑅3
𝑅𝑏 =
𝑅2
𝑅1 . 𝑅2 +𝑅1 . 𝑅3 +𝑅2 . 𝑅3
𝑅𝑐 =
𝑅1
2) Transformação de Δ-Y:
𝑅𝑎 . 𝑅𝑏
𝑅1 =
𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 + 𝑅𝑐
𝑅𝑎 . 𝑅𝑐
𝑅2 =
𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 + 𝑅𝑐
𝑅𝑎 . 𝑅𝑐
𝑅3 =
𝑅𝑎 + 𝑅𝑏 + 𝑅𝑐
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Exemplo:
a)
b)
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Temos:
𝑉12 = (𝑉1 − 𝑉2 )
𝑉13 = (𝑉1 − 𝑉3 )
𝑉23 = (𝑉2 − 𝑉3 )
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𝑁° 𝑑𝑒 𝑒𝑞𝑢𝑎çõ𝑒𝑠 = 𝑛ó𝑠 − 1
Exemplo:
Exemplo:
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9.1.1. CIRCUITOS RC
9.1.1.1. RESPOSTA A EXCITAÇÃO ZERO
Situação em que o circuito depende apenas de situações iniciais (t=0), sendo que
este não possui entradas ou excitações.
Fig. 24 - Circuito RC
Para t<0 a chave S1 fechada e S2 aberta, o capacitor está carregado com tensão
Vo, dado pela fonte;
Em t=0, a chave S1 é aberta e S2 é fechada;
Devido a carga inicial do capacitor, aparecerá uma corrente na malha RC, que
decrescerá até zero.
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𝑣𝑐 (𝑡) = 𝐾. 𝑒 𝑆0 .𝑡 (25)
Situação em que o circuito possui uma situação inicial (t=0) nula, sendo que este
a partir de t>0 possui uma fonte de entrada ou excitação.
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𝑣𝑐
= 𝐼𝑜 (28)
𝑅
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𝑣𝑐 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 = 𝑅 . 𝐼0 (26)
𝑣𝑐 (𝑡) = 𝐾. 𝑒 𝑆0 .𝑡 + R . 𝐼𝑜
𝑣𝑐 (𝑡) = −𝑅. 𝐼𝑜 . 𝑒 𝑆0 .𝑡 + R . 𝐼𝑜
𝑣𝑐 (𝑡) = R . 𝐼𝑜 (𝑒 𝑆0 .𝑡 + 1) (27)
Esta resposta se faz necessária quando a tensão no capacitor em t=0 for diferente
de zero e quando houver uma fonte de entrada. Deve-se proceder da seguinte maneira:
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Exercícios
9.1.2. CIRCUITO RL
9.1.2.1. RESPOSTA A EXCITAÇÃO ZERO
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Fig. 26 - Circuito RL
𝑑𝑖𝑙 (𝑡)
𝐿. + 𝑅. 𝑖𝑟 = 0
𝑑𝑡
𝑑𝑖𝑙 (𝑡)
𝐿. + 𝑅. 𝑖𝑙 = 0
𝑑𝑡
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𝑣𝑐 (𝑡) = 𝐾. 𝑒 𝑆0 .𝑡 (30)
Fig. 27 - Circuito RL
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𝑉0 = 𝑖𝑙 . 𝑅 (33)
𝑑𝑖𝑙 (𝑡)
𝐿. + 𝑅. 𝑖𝑙 (𝑡) = 0
𝑑𝑡
𝑉0
𝑖𝑙 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 = (31)
𝑅
𝑉0
𝑖𝑙 (𝑡) = 𝐾. 𝑒 𝑆0 .𝑡 +
𝑅
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𝑉0 𝑆 .𝑡 𝑉0
𝑖𝑙 ( 𝑡 ) = − .𝑒 0 +
𝑅 𝑅
𝑉0 𝑆 .𝑡
𝑣𝑐 (𝑡) = (𝑒 0 + 1) (32)
𝑅
Esta resposta se faz necessária quando a corrente no indutor em t=0 for diferente
de zero e quando houver uma fonte de entrada. Deve-se proceder da seguinte maneira:
Exercicios:
1) ) Dertermine 𝑖 (0 +), 𝑣 (0 +), 𝑖(𝑡)𝑒 𝑣(𝑡)
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1
𝛼= (35)
2𝑅𝐶
1
𝜔0 = (36)
√𝐿𝐶
Onde:
𝑊𝑑 = √𝜔0 ² + 𝛼²
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1)𝑣𝑐 (0) = 𝐾1 + 𝐾2
𝑖𝑐 (0+ )
2) = 𝐾1. 𝑆1 + 𝑘2. 𝑆2
𝐶
1) 𝑣𝑐 (0) = 𝐾1
𝑖𝑐 𝑑𝑣𝑐 (0)
2) =
𝐶 𝑑𝑡
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1) 𝑣𝑐 (0) = 𝐾 . cos(𝜃)
𝑖𝑐 𝑑𝑣𝑐 (0)
2) =
𝐶 𝑑𝑡
1) 𝑣𝑐 (0) = 𝐾 . cos(𝜃)
𝑖 𝑑𝑣𝑐 (0)
2) 𝐶𝑐 = 𝑑𝑡
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Exercícios:
1)
Determine vc(0+), vc(0-), iL(0+), iL(0-), iR(t), ic(t), iL(t) e vc(t), para:
a) iL(0)= 0 (A), vc(0)= 50 (V).
b) iL(0)= 0 (A), vc(0)= 0 (V).
c) iL(0)=10 (A), vc(0)= 0 (V).
d) iL(0)= 10 (A), vc(0)= 50 (V).
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