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Consumidor

- Características do CDC

1. Norma de ordem pública (cogente)

- Ex: pode o magistrado de ofício conhecer a abusividade de uma cláusula contratual


consumerista

- Súmula 381 STJ: É vedado ao juiz conhecer de ofício uma cláusula abusiva em um contrato
bancário

2. Norma de interesse social: lei de função social

- Interesse não apenas dos particulares, mas também da coletividade

- Art. 2º pú: equiparam-se a consumidores a coletividade de pessoas

- Art. 6º, VI: Interesses patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos

3. Microssistema jurídico: nasce para tutelar o desigual/vulnerável (consumidor)

Obs: vulnerabilidade está vinculada ao direito material, enquanto hipossuficiência está


vinculada ao direito processual

- STJ: Espécies - Vulnerabilidade técnica (conhecimentos técnicos específicos do produto),


jurídica (ampliada também para contábil), real/fática (ex: monopólio) e informacional

- Princípio da interpretação mais favorável ao consumidor: para todo e qualquer tipo de


contrato

4. Norma multidisciplinar

5. Norma principiológica

Elementos da relação de consumo

1. Subjetivos

a) Consumidor: toda pessoa física ou jurídica que adquire um produto ou um serviço como
destinatário final

- Jurisprudência: destinatário final fático (aquele que retira o produto/serviço do mercado) e


econômico (aquele que dá fim à cadeia de consumo)

- Teoria finalística/subjetiva: utiliza o produto para um fim pessoal

Obs: STJ, por vezes, faz uso da chamada teoria finalista aprofundada – Abranda o critério
subjetivo para abraçar pessoas que estavam sendo afastadas do conceito de consumidor,
apesar de sua vulnerabilidade

Obs2: consumidor equiparado ou por equiparação (2º, pú, 17 e 29):

--- Vítimas de acidente de consumo


--- Súmula 479 do STJ: Uma abertura de conta corrente fraudulenta em uma instituição
financeira faz com que o banco responda objetivamente, independentemente da existência de
culpa, frente aquele que teve seu nome negativado indevidamente

------------- Causa conexa com a atividade desenvolvida (o caso fortuito interno não gera
exclusão da responsabilidade – o externo que é desconexa com a atividade desenvolvida, que
exclui a responsabilidade)

--- Avião que cai na casa da pessoa

b) Fornecedor: Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou


estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção,
montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou
comercialização de produtos ou prestação de serviços

Obs: sem habitualidade, não há relação de consumo

2. Objetivos

a) Produto

§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.

b) Serviço

§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante


remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e
securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.

Obs: serviços aparentemente gratuitos são enquadrados aqui (ex: estacionamento de mercado)

Não se aplica o CDC

- Súmula 563 STJ: não é aplicado a entidades fechadas de previdência complementar, só


abertas

- Relação de condômino e condomínio

- Relação de franquiado e franqueador (aplica lei de franquias)

- Não se aplica entre locador e locatário

- Clube de investimento/cotista

Direitos básicos

- Artigo 6º: rol exemplificativo (números apertos)

- Poder da modificação (prestação desproporcional – lesão – causa concomitante, contrato já


nasce desiquilibrado) ou revisão (fato superveniente, que já existe, mas não é esperado, que
acarrete onerosidade excessiva – fato posterior que causa o desequilíbrio – teoria do
rompimento da base objetiva do negócio jurídico) de cláusulas
--- O CDC, para a doutrina majoritária, não adotou a teoria da imprevisão (CC 478, aplicada em
contrato de execução continuada/diferida, com fato extraordinário e imprevisível –
onerosidade excessiva e extrema vantagem para a outra parte – resolução do negócio), e sim a
teoria do rompimento da base objetiva do negócio jurídico (6º, V, aplicada em contrato de
execução continuada/diferida, com fato superveniente, previsto mas não esperado –
onerosidade excessiva - revisão)

!!!!!!!!!!!!!!!- Prevenção e reparação dos danos

--- Dano material [emergentes (perda no patrimônio já existente) e lucros cessantes (aquilo que
deixou de ganhar)] – Sempre deve ser provado

--- Dano moral: violação de um dos direitos da personalidade (mero


aborrecimento/constrangimento não gera dano moral) – Súmulas 37 (cumulação do material e
moral), 227 (direitos da personalidade para PJ – demanda por dano moral), 370 (a
apresentação antecipada de cheque pré-datado configura dano moral – in re ipsa ou
presumido), 385 (nome sujo devidamente retira dano moral de outra indevida, cabendo no
máximo cancelamento do registro), 387 (é possível a cumulação de danos morais com
estéticos), 388 (devolução indevida de cheque caracteriza dano moral, in re ipsa), 403
(publicação não autorizada de imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais– dano in
re ipsa)

Obs: dano material é reparado, moral compensado

Perda de uma chance

- Séria e real

- Cabe dano moral e material

Seguindo nos direitos

- Inversão do ônus da prova (ope judicis – aquele em que ocorre a análise do critério subjetivo
do julgador; ope legis – aquela em que não ocorre análise do critério subjetivo do julgador)

- Ope judicis é quando houver verossimilhança das alegações ou hipossuficiência

- Ope legis: 12, §3º II, 14, §3º I, 38

§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será


responsabilizado quando provar:

I - que não colocou o produto no mercado;

II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;

III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

§ 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:


I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;

II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da informação ou


comunicação publicitária cabe a quem as patrocina.

Princípios

- Da vulnerabilidade

- Do dever governamental (ações governamentais – iniciativa direta, incentivos, presença do


Estado, garantia dos produtos/serviços em padrões adequados)

- Da harmonização e compatibilização da proteção ao consumidor

- Princípio da boa-fé objetiva (dever de conduta – baseado na confiança e lealdade em todas as


fases contratuais)

- Da transparência máxima

- Da interpretação mais favorável ao consumidor

- Da identificabilidade obrigatória da publicidade 36

- Da equidade

- Do controle da qualidade e mecanismos de atendimento pelas próprias empresas

- Da racionalização e melhoria dos serviços públicos

- Da coibição e repressão das práticas abusivas

Obs: 532 STJ – Constitui prática abusiva/ato ilícito indenizável o envio de cartão de crédito sem
solicitação da pessoa

- Do estudo das modificações do mercado

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Responsabilidade civil no CDC

- Por vício: impropriedade ou inadequação que recai sobre o próprio produto ou o próprio
serviço – Natureza intrínseca 18-19-20-23-26

--- Vício do produto: responsabilidade civil no vício é independentemente da existência de


culpa (objetiva) – Fundamenta-se pelo risco da atividade

a) Qualidade 18:
Obs: toda vez que o CDC começar por “os fornecedores”, a regra é de colocar todo
mundo no polo passivo da ação (solidariedade) – Fornecedores são PF, PJ, pública,
privada, nacional, estrangeira e entes despersonalizados
- Mas no §5º, existe o rompimento da solidariedade quando o produto for in natura –
Responde o alienante imediato
- §1º: O consumidor deverá ofertar ao fornecedor um prazo máximo de 30 dias para
sanar o vício do bem – Caso não seja sanado, pode alternativamente requerer a
substituição, abatimento ou restituição – Vício reiterado, já pode requerer estes
independentemente de novo prazo
--- Exceções: §2º-3º - Uso imediato das alternativas quando o produto for essencial ou
o vício for de grande extensão; podem entrar as partes, em um acordo, diminuindo o
prazo para no máximo 7 ou aumentando para 180 dias (sendo de adesão, a escolha
cabe ao consumidor)
b) Quantidade 19
Obs: também, como o anterior, é solidariedade (dispõe “os fornecedores”)
- Exceção §2º: questões de pesagem – responsabilidade civil imediata daquele que é
ligado a isso
- Não deve esperar o prazo máximo de 30 dias, as opções da lei podem ser tomadas
imediatamente (complementação/restituição/abatimento/substituição)

--- Vício do serviço 20 (apesar de “fornecedor” no singular, se houver mais de um,


solidariedade)

------------ Não há prazo de espera para requerer reexecução/abatimento/restituição

- Por fato (acidente de consumo): dano que recai sobre a pessoa do consumidor (natureza
extrínseca) 12-13-14-27

--- Não existe fato sem vício

Ação 26

Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:

I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;

II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.

§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou


do término da execução dos serviços.

§ 2° Obstam a decadência:

I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de


produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma
inequívoca;

II - (Vetado).

III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.

§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar


evidenciado o defeito.

- Vício aparente (mero olhar) ou de fácil constatação (mero manusear)


- Prazos decadenciais (obs: prescrição só ocorre em ano ou anos)

--- 30 para produtos/serviços não duráveis

--- 90 para produtos/serviços duráveis

Obs: contados a partir da entrega efetiva (produto) ou término da execução (serviço)

Obs2: o prazo pode ser impedido/obstado – instauração de inquérito civil; reclamação por
escrito do consumidor

- Vício oculto é aquele que já existe no bem, mas só consegue ser observado em um momento
posterior (não há prazo para descoberta, mas surge da constatação – razoabilidade de ser
dentro da teoria da vida útil do bem)

--- Prazo de 30 ou 90 dias da constatação

Responsabilidade civil pelo fato/acidente de consumo

- Natureza extrínseca – recai sobre a pessoa do consumidor

- Do produto (12, 13 e 27)

--- Responsabilidade objetiva solidária será do fabricante, produtor, do construtor e do


importador

----------- Podem não responder (12 §3º): quando provar que o produto não for colocado no
mercado, for colocado mas o defeito não existir, culpa exclusiva do consumidor ou fato de
terceiro (para doutrina e jurisprudência, o rol é exemplificativo, adicionando caso fortuito
externo e força maior)

Obs: culpa concorrente minora o valor indenizatório

----------- Comerciante: para jurisprudência/doutrina, responde subsidiariamente aqui, mas


também objetivamente

Obs: produto defeituoso é o que carece de segurança

Obs2: não cabe denunciação da lide em relações de consumo

!!!!!!!!!!!!! 27 – Fato do produto tem prazo prescricional para propositura da ação de 5 anos do
conhecimento do dano e de sua autoria (teoria da actio nata)

Fato do serviço 14 (todo mundo no polo passivo será responsabilizado – “fornecedor” – logo,
comerciante também solidariamente) e 27

- Objetiva como regra (14 §4º - no caso do profissional liberal, responde de forma subjetiva
aqui no fato do serviço)
- Serviço defeituoso : § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a
segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração
as circunstâncias relevantes, entre as quais:

I - o modo de seu fornecimento;

II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;

III - a época em que foi fornecido.

- Causas excludentes: § 3° O fornecedor de serviços só não será


responsabilizado quando provar:

I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;

II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

Obs: rol exemplificativo (também entra força maior e causa fortuito externo)

---- Súmula 479 STJ: abertura de conta corrente fraudulenta em instituição bancária, tendo em
vista o risco da atividade, é objetiva, não cabendo alegar exclusão da responsabilidade por
fortuito interno

- Prazo para ingressar com a ação: 5 anos do conhecimento do dano e autoria, sendo prazo
prescricional

Obs: Vício ou fato - Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor


de produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e II deste
título, serão observadas as seguintes normas:

I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor;

II - o réu que houver contratado seguro de responsabilidade poderá


chamar ao processo o segurador, vedada a integração do contraditório pelo
Instituto de Resseguros do Brasil. Nesta hipótese, a sentença que julgar
procedente o pedido condenará o réu nos termos do art. 80 do Código de
Processo Civil. Se o réu houver sido declarado falido, o síndico será intimado a
informar a existência de seguro de responsabilidade, facultando-se, em caso
afirmativo, o ajuizamento de ação de indenização diretamente contra o
segurador, vedada a denunciação da lide ao Instituto de Resseguros do Brasil
e dispensado o litisconsórcio obrigatório com este.

!!!!!!!!!!!!!!!!! Desconsideração da personalidade jurídica 28 CDC; 50 CC; 133 CPC

- Disregard doctrine/teoria da penetração

- STJ: Suspensão episódica da eficácia do ato constitutivo

- CDC + Ambiental: teoria menor da desconsideração


- CC: Teoria maior

- CPC chama de incidente de desconsideração da personalidade jurídica e possibilitou a inversa


(desconsidera da pessoa física e entra na da empresa, como no divórcio)

Obs: não é mais cabível a desconsideração de ofício, só com requerimento da parte lesada ou
MP

Oferta 30-: caso suficientemente precisa (não é erro grosseiro, em termos claros, não é exagero
publicitário), vincula

- Descumprimento 30 + 35+ 84: pode exigir o cumprimento forçado

- Divide-se em:

a) Informação

!!!!!!!!!!!!!!!!! b) Publicidade 36-: Princípio da identificação obrigatória da publicidade (contra


publicidade clandestina)

--- Publicidade enganosa 37 §1º: por comissão (diz algo que não é verdadeiro) ou omissão
(deixa de dizer algo essencial)

--- Abusiva 37 §2º:

Inversão do ônus da prova 38: ope legis

Práticas abusivas 39: Rol exemplificativo

- STJ 532: Envio de cartão de crédito para a residência sem solicitação é ato ilícito indenizável –
abuso de direito – responsabilidade civil objetiva

Cobrança de dívidas 42: Direito do fornecedor

- Pode ocorrer abuso de direito: cobranças vexatórias, frequentes – 187 CC – Responsabilidade


objetiva

!!!!!!!!!!!!!!!!- Repetição do indébito: a cobrança de dívida indevida não gera devolução em


dobro, salvo se houver pagamento em excesso, que em regra gera (salvo em caso de engano
justificável do fornecedor)

Obs: aplica-se para cobranças judiciais ou extrajudiciais

Banco de dados/arquivos de consumo 43

!!!!!!!!!!!!!!!!- Súmulas STJ: 323 (nome negativo por no máximo 5 anos da data da dívida); 359
(deve notificar antes de colocar o nome); 385 (se o nome do consumidor estiver negativado
devidamente, e tiver uma indevida, desta não cabe danos morais, no máximo o cancelamento
do registro); 404 (não precisa notificar por aviso de recebimento); 548 (incumbe ao credor a
exclusão do registro da dívida do CADIN no prazo máximo de 5 dias do pagamento efetivo do
débito 43 §3º)

Cadastro de inadimplência (se a dívida é paga, quem tem o dever de retirar o nome do devedor
é o credor em 5 dias) x registro de protesto (se o título é pago, quem tem o dever de retirar o
protesto é o próprio devedor 9492/97 26)

Proteção contratual 46-

- Princípio da transparência máxima: consumidor só se vincula com transparência máxima das


cláusulas contratuais, pois caso obscuras, usa-se a interpretação mais favorável ao consumidor
(seja paritário ou de adesão)

!!!!!!!!!!!!!!! Direito de arrependimento 49

- Direito potestativo

- Independe das condições do produto (não está atrelado à existência de vício)

- Compra fora do estabelecimento (internet, catálogo, telefone)

- Prazo de 7 dias

- Não pode utilizar o produto

- Devolução de todo e qualquer valor que pagou imediatamente e monetariamente atualizado

- Não pode o devedor pagar valor para devolver

Obs: prazo de troca não é arrependimento

Garantia

a) Contratual

b) Extracontratual

1. Legal – 24 (soma-se o 26)

2. Contratual 50: não é obrigatória, só a partir do oferecimento da parte

STJ: Conta-se a garantia contratual e depois o prazo legal

Cláusulas abusivas 51 – Rol exemplificativo

- Nula de pleno direito, podendo ser conhecida de ofício, em regra

- Súmula 381: exceção em contrato bancário


- Súmulas 332 e 130

- Cláusula de decaimento 53 (perda total das parcelas pagas)

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