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Resumo de Literatura- terceiro bimestre

BARROCO

- Em Portugal e Espanha, o Renascimento exerceu forte influencia ao


despertar o valor do ser humano e retornar as propostas da Antiguidade
greco-romana, conflitando assim com as diretrizes da Igreja católica, de
origens medievais. Sendo assim, o homem teve que conciliar a glória e
a valorização do ser humano, proveniente do renascimento, com as
idéias de pequenez e submissão a Deus e à igreja. Por isso, o artista
desse período se sente dividido e confuso por causa do dualismo de
idéias: conflito entre o bem e o mal, o Céu e Inferno, Deus e o Diabo, o
material e o espiritual, o pecado e o perdão.
- Sendo assim, o novo teocentrismo imposto pela Contra Reforma da
igreja católica gera no homem barroco um forte sentimento de culpa
diante dos prazeres e realizações da vida terrena. Esse conflito leva o
artista a expressar o monstruoso que há sob o angelical no ser humano.
-Ou seja, crise religiosa, financeira, econômica e política trazem à vida
do homem uma instabilidade e uma conturbação em sua vida.
- A crise destrói a confiança do homem em si mesmo e também a
alegria de viver, própria do renascimento, e o conduz a uma postura de
desilusão.
- O homem barroco tem consciência de que a vida terrena é efêmera e
passageira, e por isso é preciso pensar na salvação espiritual. Mas, já
que a vida é passageira, sente-se ao mesmo tempo, vontade de gozar
da vida antes que ela acabe (carpe diem), o que resulta em sentimentos
contraditórios, já que gozar a vida implica a pecar e se há pecado, não
há salvação. O homem quer ficar pecando na terra, mas ser perdoado
de seus pecados e portanto, ir para o céu.
- Diante da crise e da decadência de seu tempo, os artistas do período
barroco tomam varias atitudes:
*a desilusão com a vida foi fixada e retratada das obras da época.
Assim, ante a historia do mundo, o artista refugiava-se nos valores de
uma vida de retiro e penitencia.
* A essa reação espiritual de afastamento opôs-se uma segunda
atitude, a de fuga para épocas mais gloriosas, como a Idade média
* atitude de protesto perante a situação do momento, manifestada
pela sátira, que zombava de situações injustas.
- exagerado da obra, sobrecarregando a poesia de figuras de linguagem
(principalmente a antítese e paradoxo)
- pessimismo, que era acarretado pela confusão causada pelo dualismo
- literatura moralista, já que era usada pelos padres jesuítas para pregar
a fé e a religião
- preocupação com a transitoriedade da vida: por ser curta a vida não
permite que o homem a viva intensamente como seria seu desejo
- homem dividido entre o desejo de aproveitar a vida e o de garantir um
lugar no céu (Antropocentrismo x Teocentrismo (homem X Deus, carne
X espírito))
- consciência da transitoriedade da vida: a idéia de que o tempo
consome, tudo leva consigo,e que conduz irrevogavelmente a morte,
reafirma os ideais de humildade e desvalorização dos bens materiais, ou
seja sem apego aos bens materiais
- palavras chave: esquizofrenia, dicotomia, pecado, perdão,belo-
horrível, bizarro, engenho e arte
- argumentações silogísticas são mais uma marca que prova o
racionalismo na poesia

- vocativos como termo de oração e apóstrofe como figura de linguagem


são marcas de teatralidade
- lembrar das formas de argumento: argumento de autoridade,
exemplos, recursos retóricos, paralelismo, contraposições, analogias,
argumentação baseada em raciocínio complexo
- didascália: título enorme proveniente da idade média
- mulher idealizada é uma herança medieval
- pathos----> carga emocional,dramaticidade,
teatralidade,tragicidade(fala-se que algo esta carregado de pathos)

 Gregório de Matos

- Sob influencia européia, seguiu tanto a corrente cultista, quanto a


conceptista. Sua produção pode ser divida em:
a) poesia lírica: divide-se em religiosa, reflexiva ou filosófica e
amorosa: ( versa sobre tópicos recorrentes e impessoais, ditados pela
tradição literária peninsular, tais como o contraste entre o pecado e o
perdão, o antagonismo religioso vivido pelo homem barroco e a angustia
daí decorrente; o amor, a filosofia, a natureza das coisas, a vaidade e a
brevidade da vida)
b) poesia de circunstancia: rompe com a normatividade do barroco,
já que os poemas são menos requintados, mais persuasivos e originais.
Nela, Gregório se vale de expressões grosseiras, palavrões e da
linguagem erótica, licenciosa. Pode ser subdividida em sátira social e
política (denuncia os vícios de uma sociedade mesquinha e
preconceituosa. Satiricamente, fala do homem brasileiro, do português
poderoso, do clero e do rei de Portugal, da sociedade baiana), vem
marcada por um estilo dionisíaco, contestador, cujo principal traço é a
critica à cultura dominante realizada por um conjunto de gestos
marginais; o vocabulário é popular, o registro é semi formal e há
imagens e figuras a-poéticas ligadas à fauna; e poesia erótico – irônica (
composições fasceninas – obscenas, licenciosas, pornográficas).
- Muitas vezes, Gregório constrói seus textos com base em metonímias
(parte pelo todo). A divisão do Todo em partes, constitui uma
dilaceração, um estraçalhamento, além de uma exacerbação do
sofrimento. Esse recurso reflete a seguinte característica barroca: gosto
pelos aspectos cruéis e mórbidos da realidade.
- O barroco procura o belo no feio, no horrível (belo horrível)- na qual o
homem barroco admira a imagem, porem acha a figura feia, má
representada e a imagem é muito triste, sem cores etc.
- Outra técnica muito utiliza por Gregório, é a técnica da semeadura e
colheita, no qual o poeta semeia os termos relacionados a sua ânsia e
recolhe as palavras no ultimo verso.
- Gregório de Matos antecipa o modernismo ao fugir do requinte, rigor
da linguagem e é moderno quando usa tom irreverente, vocabulário
popular e imagens poéticas ligadas à fauna; que ferem o bom gosto
instituído na época
- Ready made: quando o autor se apropria de uma estrutura de outro
texto.

MÁXIMAS HORACIANAS (ela vai pedir pra indicar qual é a mais presente
em alguma poesia)
.tempus fugit (o tempo passa)
. memento mori (lembre-se de que vais morrer, portanto não se apague
as coisas, pois tudo um dia acaba)
. inutilia truncat (esqueça as coisas inúteis)
. carpe diem (aproveite o dia)
. vanitas (vaidade)

CULTISMO (gongorismo) é o jogo de palavras, o uso culto da língua,


predominando inversões sintáticas

CONCEPTISMO (quevedismo) são os jogos de raciocínio e de retórica


(marcado pelo jogo de idéias, de conceitos, seguindo um raciocínio
lógico). É comum nessa vertente, o emprego de parábolas ( narrativa
curta que transmite um conteúdo moral, sendo construída normalmente
por um encadeamento de metáforas) que servem de exemplo ou de
argumento para fundamentar um principio.
- O homem barroco é lúdico(forma de desenvolver a cratividade) pois há
poemas em que as duas vertentes se entrelaçam.

 Padre Antonio Vieira


- Teve grande prestigio entre os aristocratas portugueses e seus
sermões influenciavam positivamente a opinião publica quanto à
atuação do governo português.
- Vieira é a expressão do espírito barroco, que tenta fundir o
espiritualismo, a religiosidade, com o espírito secular, racionalista.
- Muitas das vezes, Vieira se utiliza de passagens bíblicas, passando
para a realidade contemporânea, demonstrando inequivocamente com
referencia aos livros santos o que era fruto da observação direta da
realidade.
- Seu grande objetivo era maravilhar, convencer, inquietar.
- Em Vieira está muito presente o senso humano da vida compreendia
como dor, concepção predominante entre os gregos antigos,
principalmente nos pré-socráticos.
- Vieira é um autor conceptista, embora muitas vezes se utilize de
recursos estilísticos do cultismo.
- Segue rigorosamente a estrutura clássica na confecção de seus
sermões:
a) Exórdio ou proposição: indica qual passagem bíblica vai pregar,
mostra o tema do sermão
b) Intróito ou exposição: mostra como pregará, quais recursos serão
utilizados
c) Invocação: invoca a Virgem Maria
d) Demonstração ou argumentação: onde o tema é desenvolvido. O
orador procura convencer o ouvinte.
e) Perodação ou conclusão: onde o sermonista implora aos ouvintes
que sigam seus os conselhos, exemplos de pregação e que apliquem na
vida prática, cotidiana, o que acabaram de ouvir. O orador procura
despertar no auditório sentimentos que decorram da argumentação.

QUINHENTISMO E LIT DE INFORMAÇÃO

- Quinhentismo é a denominação genérica de todas as manifestações


literárias ocorridas no Brasil durante o século XVI, correspondendo à
introdução da cultura européia em terras brasileiras.
- Não podemos falar em uma literatura do Brasil, m aquela que reflete a
cosmovisão do homem brasileiro, e sim numa literatura no Brasil, ou
seja, uma literatura ligada ao Brasil, mas que denota a cosmovisão, as
ambições e as intenções do homem europeu.
- O homem europeu apresenta-se em pleno século XVI com duas
preocupações distintas: a conquitsa material, resulttante da política das
Grandes Navegações e a conquista espiritual, resultante, no caso
português, do movimento de Contra Reforma ( expansão da fé e do
império).
- A adoção do sistema de capitanias gereditarias, a expedição de Martim
Afonso e o estabelecimento do governo geral, em Salvador, na Bahia,
foram fatos marcantes no processo de colonizzação do Brasil. Com o
primeiro governador geral, Tomé de Souza, também chegaram os
primeiros jesuítas, chefiados por Manuel de Nóbrega, com a missão de
catequizar o indígena, marcando o inicio da organização da vida
administrativa, econômica, política, militar, espiritual e social do Brasil –
colônia.
- Ao valorizar a flora e a fauna do território recém descoberto, aponta
ao colonizador aventureiros marítimos suas possíveis riquezas e
vantagens. Sem deixar de lado o ideal português de propagação da
cristandade, Caminha descreve o índio como um ser bom, natural,
ingênuo, saudável e pronto para aceitar os valores da civilização cristã.
- Textos descrevem a fauna, flora, aspectos topográficos, hídricos e
climáticos, os habitantes nativos, sua aparência, seus usos e costumes e
as condições de vida na terra recém descoberta. Abordam aspectos
pitorescos, exóticos e etnográficos em liguagem puramente referencial
(objetiva), revelando a idiologia mercantilista e religiosa, seguindo
modelos clássicos e renascentistas., tendendo, portanto, à erudição.
- A principal característica é de exaltação à terra, resultante do
assombro europeu que vinha de um mundo temperado e se defrontava
com o exotismo e a exuberância de um mundo tropical.
- O louvor à terra transparece no uso de adjetivos, quase sempre
empregados no superlativo.
- Ufanismo= exaltação dos bens naturais da terra de forma exarada
- cosmovisão do branco que vê o índio como ser exótico e diferente e o
branco como puramente racional
- intratextual = diálogo entre textos de mesmo autor
- intertextual =diálogos entre textos de autores distintos
- lit de informação (catequese= expansão da fé e do império) e lit de
informação (levantamento descritivo, aferição de riqueza, semente
ufanista---> semente pq eles só seriam UFANISTAS DE FATO se fossem
brasileiros)
- Na carta de Caminha, os europeus viam o índio como uma tabula rasa,
que estavam prontos para aceitar tudo. Eles achavam que, como na
língua deles não tinha a pronuncia de L,R,D, eles não tinham nem Lei,
nem Regra, nem Deus.
- A linguagem era referencial, em 3° pessoa.
- A literatura de catequese é uma conseqüência da contra reforma e
nessa parte, é enfatizada a questão de catequizar os gentios. Os
jesuítas tinham por objetivo catequizar os povos para aumentar seu
“rebanho”. Eles tentavam ensinar através do teatro porque era muito
mais prazeroso, escreviam peças com temáticas cristãs.
 Algumas figuras de linguagem:

- anáfora: repetição de palavras no inicio da oração


- antítese: pares opostos de mesma classe gramatical
- aliterações: repetição de sons
- símile: comparação explícita
- oxímoro: palavras com sentidos opostos de classes gramaticais
diferentes
- sinestesia: mistura de sentidos
- metáfora: um termo substitui outro em vista de uma relação de
semelhança entre os elementos que esses termos designam
- prosopopéia: dá vida e sentimentos aos seres inanimados.
- hipérbato: inversão
- gradação: são expostas determinadas ideias de forma crescente (em
direção a um clímax)
- metonímia: consiste em empregar um termo no lugar de outro,
havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido.
- apóstrofe: cumpre a função de vocativo dentro de uma frase.
evocação de determinadas entidades,
- hipérbole: exagero
- assonância: repetir sons de vogais em um verso ou em uma frase,
especialmente as sílabas tônicas.

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